A DOUTRINA SECRETA

(29ª Parte)

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo, muito longo e meio difícil, se constitui da 29ª parte de alguns fragmentos garimpados nos seis volumes da obra A Doutrina Secreta, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky (12 de agosto de 1831 – Londres, 8 de maio de 1891), escrita e concluída no final do século XIX. Volume I: Cosmogênese; volume II: Simbolismo Arcaico Universal; volume III: Antropogênese; volume IV: O Simbolismo Arcaico das Religiões do Mundo e da Ciência; volume V: Ciência, Religião e Filosofia e volume VI: Objeto dos Mistérios e Prática da Filosofia Oculta. A Doutrina Secreta é uma síntese do pensamento científico, metafísico e religioso, contendo um conhecimento esotérico e secreto das religiões de mistérios e dos sábios de antigas civilizações, como Índia, Tibete e China. Os volumes I e II correspondem ao primeiro volume da edição original em inglês, e os volumes III e IV correspondem ao segundo volume da edição original. Os volumes V e VI correspondem ao volume póstumo publicado pela Sociedade Teosófica. Blavatsky alegava que a obra era baseada em documentos muito antigos (as Estâncias de Dzyan – pergaminhos de origem tibetana escritos em uma língua desconhecida pelos filólogos denominada Senzar) e que não era a autora do livro, mas, que este teria sido escrito pelos Mahatmas Djwal Khul, Kut Hu Mi e Morya, utilizando o seu corpo físico, em um processo denominado Tulku, que, segundo a autora, não era um processo mediúnico.

 

A Doutrina Secreta apresenta três proposições fundamentais:

• a existência de um Princípio Onipresente (a Deidade Una, o Absoluto ou a Raiz-Sem-Raiz), eterno, sem limites, imutável e incognoscível, pois, Sua compreensão escapa à capacidade da inteligência humana, permanecendo não-manifestado;

• a eternidade do Uni(multi)verso incriado (e, portanto, a eternidade da matéria), que passa por ciclos de atividade e de inatividade (mânvântáricos e prâlaycos), que se repetem em sucessão sem início nem fim; e

• a identidade de todas as personalidades-alma com a Alma Universal, sendo esta última um aspecto da Raiz Desconhecida.

 

 

 

Fragmentos de A Doutrina Secreta

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Pensamento

 

 

 

O Oceano Sideral é ilimitado.

 

Para o filósofo e matemático grego jônico Pitágoras de Samos (cerca de 570 cerca de 495 a.C.), a Coluna e o Círculo (IO) simbolizavam o número perfeito (10) contido na Tetraktys.

 

 

Tetraktys

Tetraktys

 

 

Os fundamentos esotéricos [e matemáticos] usados na construção da Grande Pirâmide e as medidas arquitetônicas empregadas no Templo de Salomão (seja um mito ou uma realidade), na Arca de Noé e na Arca da Aliança são os mesmos.

 

 

Arca de Noé

Arca de Noé

 

 

Moisés, antes de ter sido Iniciado por Jetro, seu sogro, não conhecia a Palavra Iaho. (IAO = I–Ah–O.)

 

Eu sou o que eu sou.

 

 

Eu sou o que eu sou

Eu sou o que eu sou1

 

 

Defeitos idiossincrásicos que caracterizam muitos seres humanos na atualidade: realismo grosseiro, egoísmo, sensualidade [e separatividade].

 

A religião é um sentimento prudencial baseado em mero cálculo. [Thomas Carlyle (Ecclefechan, 4 de dezembro de 1795 – Londres, 5 de fevereiro de 1881), apud Helena Petrovna Blavatsky.] Assim tem sido desde o início.

 

Na Antigüidade, a Passagem de Entrada e o Sarcófago na Câmara do Rei significavam REGENERAÇÃO, não geração.

 

 

Sarcófago – Câmara do Rei – Pirâmide de Quéops

 

 

O culto fálico se desenvolveu apenas com a perda gradual das chaves dos significados íntimos dos símbolos religiosos.

 

A Geometria é a Quinta Ciência Divina Quinta na série das Sete Chaves para a Linguagem e a Simbologia Esotéricas Universais.

 

 

Teorema de Pitágoras

Teorema de Pitágoras

 

 

É lamentável, mas, todas as idéias panteístas abstratas dos antigos [ditos pagãos] foram empequenecidas, terrestralizadas, [antropomorfizadas] e concretadas na Bíblia. Tome-se como exemplo o "Santo dos Santos", que, no Hinduísmo, é uma abstração universal o Espírito Infinito e a Natureza. Já no Judaísmo Cristão, é um Deus pessoal, exterior à Natureza, daí um Deus fálico antropomórfico e sua imagem: o homem.

 

Os Ocultistas consideram a Natureza Física composta de uma série de graus em direção a uma perfectibilidade sempre crescente [e ilimitada], visível na influência silenciosa do infalível Karma ou Natureza Abstrata.

 

A ignorância da cristandade resulta de longas idades de sono mental, durante as quais a Humanidade foi autorizada a pensar por procuração! Um dos feitos mais repreensíveis do Cristianismo foi transformar o Divino Alter Ego no grotesco satã teológico, que Santo Agostinho e Tertuliano o chamaram Símio de Deus.

 

O Diabo cristão é uma cópia roubada da mitologia judaico-caldéia.

 

O que denominamos mal e punição nada mais são do que agentes do karma, em um sentido retributivo, [educativo] e absolutamente justo.

 

Satã está sempre perto e intrincadamente entrelaçado com o homem. É apenas uma questão de saber se esse Poder está latente ou ativo em nós.

 

Deus est Demon inversus. [Demon est Deus inversus.]

 

Mâthra Spenta = Palavra Sagrada.

 

Em algumas obras masdeístas, Ferouer (ou Fravashi) é o Homem Interior Imortal ou o Eu que reencarna, e que existe antes do corpo físico, e que sobrevive a todos os corpos com os quais está vestido. É a contraparte espiritual de todo Deus, animal, vegetal e mesmo mineral, ou seja, é a parte mais pura e mais refinada da criação mais densa a [personalidade-]alma do corpo, seja o que for que este corpo seja. É por isto que Ahura Mazda [o Princípio ou Deus do Bem, segundo o Zoroastrismo e a Mitologia Persa] recomenda que Zoroastro invoque seu Fravashi e não Ele (Ahura Mazda), isto é, a Essência Impessoal e Verdadeira da Divindade, uma com o próprio Atmâ (ou Cristos) de Zoroastro, não a aparência falsa e pessoal.

 

A Igreja Católica copiou antigas idéias pagãs e as transformou nos dogmas cristãos, nada mais do que um plágio lendário perpetrado pelo homem.

 

Obras e mais obras foram escritas, [discursos e mais discursos foram proferidos, ameaças e mais ameaças foram anunciadas, matanças e mais matanças foram levadas a cabo], para provar a Divindade de Jesus e a origem satânica de todos os outros salvadores, [o que, para dizer o mínimo, é uma inconsistente absurdidade. Mas, as pessoas gostam de absurdos, crêem em absurdos, se alimentam de absurdos, divulgam absurdos, morrem por absurdos e até matam por absurdos. Basta ver o que está acontecendo, hoje, no Afeganistão!]

 

 

Afeganistão – Atualidade

 

 

Os Princípios Védicos, dos primeiros arianos, antes de serem escritos, foram comunicados a todas as nações dos Lêmuro-Atlantes, e semearam as primeiras sementes de todas as religiões antigas agora existentes.

 

A Sétima Raça-raiz será a Raça dos Buddhas, dos Filhos de Deus, nascidos de pais imaculados. [Mas, para, no futuro, podermos ver a 7ª Raça-raiz, precisaremos merecer.]

 

Cada um dos Avatares do passado é a queda de um Deus na geração.

 

Os Vedas são e sempre serão, no Esoterismo do Vedanta e dos Upanishads, o Espelho da Sabedoria Eterna.

 

Inferno e Condenação Eterna = Dogmas Blasfemos. [Alguns filhotes desses dogmas são: Pecado Original, demônios enfiando tridentes na bunda gente, salvação pelo perdão etc.]

 

Idéia do Pecado Original = Consolo conturbado das tristezas deste mundo = Dogma Blasfemo.

 

É melhor ser um homem, coroa da produção terrena e rei da sua 'opus operatum', [a ação como tal, a própria realização do ato], do que, sem vontade, ser confundido no Céu entre Hostes Espirituais. (É melhor reinar no inferno do que servir no céu! In: Paraíso Perdido, de John Milton.)

 

A grande pergunta que todos nós – [se quisermos dignamente nos libertar] precisamos nos fazer é: por que, para salvar da destruição as elucubrações [nefelibáticas] dos teólogos cristãos, a Verdade teve que ser sacrificada? [Temporariamente sacrificada, sim, em termos, porém, não eliminada. O que esses teólogos marca barbante nunca souberam e ainda não aprenderam é que as Leis Universais não podem ser adulteradas pela vontade humana, e, na verdade, pela vontade de ninguém.]

 

 

Continua...

 

 

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Nota:

1. Observe que 21 + 501 + 21 = 543. E 543 + o seu inverso = 888, ou seja, 543 + 345 = 888. Em grego, o nome de Jesus é . Calculando:

IESOUS

Jesus = = 10 + 8 + 200 + 70 + 400 + 200 = 888

 

Música de fundo:

O Sole Mio
Composição: Giovanni Capurro (letra) & Eduardo di Capua (música)

Fonte:

https://www.8notes.com/scores/23411.asp?ftype=midi

 

Páginas da Internet consultadas:

https://vleeptronz.blogspot.com

https://www.mathwarehouse.com

https://pt.quora.com

https://davidallender.com/the-
messenger-has-arrived-part-two/

https://www.infocatolica.com

https://www.pinterest.co.uk/pin/494692340322070801/

https://www.tetraktys-cm.com

http://paxprofundis.org/livros/aphpb/aphpb.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Doutrina_Secreta

 

Direitos autorais:

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