A DOUTRINA SECRETA

(23ª Parte)

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo, muito longo e meio difícil, se constitui da 23ª parte de alguns fragmentos garimpados nos seis volumes da obra A Doutrina Secreta, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky (12 de agosto de 1831 – Londres, 8 de maio de 1891), escrita e concluída no final do século XIX. Volume I: Cosmogênese; volume II: Simbolismo Arcaico Universal; volume III: Antropogênese; volume IV: O Simbolismo Arcaico das Religiões do Mundo e da Ciência; volume V: Ciência, Religião e Filosofia e volume VI: Objeto dos Mistérios e Prática da Filosofia Oculta. A Doutrina Secreta é uma síntese do pensamento científico, metafísico e religioso, contendo um conhecimento esotérico e secreto das religiões de mistérios e dos sábios de antigas civilizações, como Índia, Tibete e China. Os volumes I e II correspondem ao primeiro volume da edição original em inglês, e os volumes III e IV correspondem ao segundo volume da edição original. Os volumes V e VI correspondem ao volume póstumo publicado pela Sociedade Teosófica. Blavatsky alegava que a obra era baseada em documentos muito antigos (as Estâncias de Dzyan – pergaminhos de origem tibetana escritos em uma língua desconhecida pelos filólogos denominada Senzar) e que não era a autora do livro, mas, que este teria sido escrito pelos Mahatmas Djwal Khul, Kut Hu Mi e Morya, utilizando o seu corpo físico, em um processo denominado Tulku, que, segundo a autora, não era um processo mediúnico.

 

A Doutrina Secreta apresenta três proposições fundamentais:

• a existência de um Princípio Onipresente (a Deidade Una, o Absoluto ou a Raiz-Sem-Raiz), eterno, sem limites, imutável e incognoscível, pois, Sua compreensão escapa à capacidade da inteligência humana, permanecendo não-manifestado;

• a eternidade do Uni(multi)verso incriado (e, portanto, a eternidade da matéria), que passa por ciclos de atividade e de inatividade (mânvântáricos e prâlaycos), que se repetem em sucessão sem início nem fim; e

• a identidade de todas as personalidades-alma com a Alma Universal, sendo esta última um aspecto da Raiz Desconhecida.

 

 

 

Fragmentos de A Doutrina Secreta

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Pensamento

 

 

 

A Doutrina Secreta atribui ao homem: 1º - uma origem poligênica; 2º - uma diversidade de modos de procriação, antes que a Humanidade caísse no método comum de geração; e 3º - a evolução dos animais - pelo menos a dos mamíferos - segue a do homem, em vez de precedê-la, o que é diametralmente oposto às teorias geralmente aceitas ainda hoje.

 

A evolução é um ciclo eterno de devenir, e a Natureza nunca desperdiça um único átomo [ou íon.]

 

 

NaCl

Cristal de Na+Cl

 

 

Desde o início desta Ronda, tudo em a Natureza tende a se tornar um homem. Todos os impulsos da Força Dual, centrífuga e centrípeta, são direcionados para um ponto: o homem. O homem é o alfa e o ômega da criação objetiva.

 

 

 

 

O homem, nesta Ronda, precedeu os mamíferos, e os ocultistas não fazem qualquer concessão a que o homem tenha derivado do Reino Animal.

 

O Poder Misterioso e Divino de Kriyâshakti (Poder de produzir formas objetivamente por meio da Força da Ideação e da Vontade, da Matéria Invisível e Indestrutível), latente na Vontade de cada homem, permanece adormecido em 999.999 homens em cada milhão de homens. A criação é apenas o resultado da vontade operando na Matéria Fenomenal.

 

Dharma = Dever Moral Religioso + Misericórdia + Justiça.

 

No caso das encarnações humanas, a Lei Kármica de raça [karma coletivo] ou do indivíduo [karma pessoal] domina as tendências subordinadas da hereditariedade, sua serva. [Não existe pecado; existe, sim, ignorância. Não existe castigo; existe, sim, compensação. Não existe prêmio; existe, sim, Illuminação. Tudo isto é regulado pelo Bom Combate, pelo esforço e pelo mérito. Somos responsáveis por tudo. Precisamos compreender que, se somos responsáveis por tudo, no que concerne ao momento atual, fomos nós que, com todos os malfeitos que engendramos e praticamos, todos derivados da nossa 'vaidarância' (vaidade + ignorância), criamos objetivamente esta PanCOVIDmia mortal-educativa. Portanto, quaisquer formas de insurgência ou de praguejamento contra a COVID-19 são insurgências e praguejamentos contra nós mesmos.]

 

 

Dominó

 

 

 

O Vaidarante (Vaidoso + Ignorante)

 

 

A Terceira Raça-raiz foi a primeira Raça completa.

 

A Serpente é o emblema da Sabedoria.

 

O Terceiro Olho, o Olho de Shiva, simboliza o Conhecimento Espiritual.

 

A Doutrina Oculta afirma que, nesta Ronda, os mamíferos foram obra da evolução (que procede por ciclos), posterior à evolução do homem.

 

Grande Ciclo Manvantárico = Sete Rondas. [Quarenta e nove Raças-raízes.]

 

A nossa Terra é a quarta esfera e a mais baixa de todas.

 

Ao final da Sétima Raça-raiz da Sétima Ronda, a Mônada se verá tão livre da matéria e de todas as suas qualidades como no início, mas, também terá adquirido Experiência e Sabedoria, frutos de toda a sua vida pessoal, sem suas maldades e suas tentações. [Então, seremos Deuses Conscientes. Mas, a Divindade Consciente poderá acontecer antes do final deste Ciclo Manvantárico. Tudo dependerá de nós, só de nós, exclusivamente de nós e de mais ninguém.]

 

Shiva [simbólica e alegoricamente] é a Divindade Destruidora da Evolução [desordenada] e do Progresso [atabalhoado], mas, é, ao mesmo tempo, a Divindade Regeneradora, aquela que destrói as coisas sob uma determinada forma, mas, para trazê-las de volta à vida sob outros tipos mais concertados e mais perfeitos. [No Unimultiverso, a destruição tem uma exclusiva finalidade: ininterruptamente, aperfeiçoar as formas. Então, talvez, não devêssemos falar em destruição, porém, em mudança, não em morte, mas, em renascimento, pois, a Vida é eterna.]

 

 

Casa

(Simbolicamente)

 

 

Já ultrapassamos o ponto médio da Quinta Raça-raiz [desta 4ª Ronda]. Certamente, os seres-humanos-aí-no-mundo desta 5ª Raça-raiz são completamente diferentes dos das raças-raízes anteriores, [como serão diferentes de nós os seres-humanos-aí-no-mundo da 6ª e da 7ª raças-raízes futuras.]

 

 

Raças-raízes

Peregrinação Através das 7 Raças-raízes
(Simbolicamente, é mais ou menos assim)

 

 

Repetindo: O Ocultismo rejeita a idéia de que a Natureza produziu o homem a partir dos macacos ou de um ancestral comum a ambos, mas, ao contrário, entende que algumas das espécies mais antropóides procedam do homem da Terceira Raça-raiz.

 

Durante a primeira, segunda e terceira Rondas, o homem foi, sucessivamente, uma pedra, uma planta e um animal. Seja como for, a mônada humana mineralizada na pedra, vegetalizada na planta e animalizada no animal foi sempre uma MÔNADA DIVINA, e, portanto, também Humana. Ela só deixará de ser humana quando se tornar absolutamente DIVINA. A MÔNADA é uma gota no Oceano-sem-limites, no plano da diferenciação primordial. Ela é DIVINA em sua condição superior e humana em sua condição inferior (usando estes adjetivos "superior" e "inferior" por falta de palavras mais adequadas). Neste sentido, estão certos os Cabalistas ao dizerem que o HOMEM (MÔNADA DIVINA), sucessivamente, se torna uma pedra, uma planta, um animal, um homem, um espírito e, finalmente, um Deus, realizando assim o ciclo ou circuito completo, e voltando ao ponto de partida como HOMEM CELESTE. Enfim, os homens deste mânvântâra, das três Rondas precedentes, passaram por todos os Reinos da Natureza, ou seja, foram sombras astrais, como dizem os Ocultistas, das pedras, das plantas e dos animais presentes.

 

Todas as coisas e todos os seres vivos têm a mesma origem. Todas as coisas têm sua origem no Espírito.

 

O homem não tem meia gota de sangue pitecóide nas veias.

 

O Ocultismo nunca acreditou em nada, animado ou inanimado, fora da Natureza. Ocultismo nunca acreditou em nada sobrenatural. Para os Ocultistas todo dogma é letra morta. Os Ocultistas sabem que a Natureza não dá saltos. [Natura non facit saltus. A Natureza varia de maneira contínua e não de maneira abrupta.]

 

Natura non facit saltus.
(Nem para frente nem para trás.)

 

A Segunda Raça-raiz tinha a linguagem do som, a saber: sons cantados compostos somente de vogais.

 

Dragões da Sabedoria Chineses = Iniciados.

 

A alegoria do incidente de Eva com a serpente ígnea alada tentadora (o camelo ou dragão voador e suposto satã) é um antigo simbolismo, não sendo uma idéia judaica, porém, universal.

 

A Humanidade e especialmente o sacerdócio pouco escrupuloso e intolerante da Igreja Romana [da baixa Idade Média] foram os engendradores que deram nascimento ao Demônio. [O pior é que, até hoje, em pleno século XXI, ainda acreditamos em demônios e no inferno!]

 

Dragão = O Ser que se Sobressai em Inteligência, o Ser que Vê e Vigia.

 

Sabedoria Divina = Conhecimento do Bem e do Mal.

 

O homem não inventa nada, pois, não existe invenção em a Natureza. Quando muito, o homem descobre as coisas.

 

Thot Hermes é um nome genérico, como é Enoch Enoichion, o Olho Espiritual, Interno e Nebo o profeta e vidente. Não são nomes de nenhum homem que tenha vivido no passado, mas, são títulos genéricos de muitos Adeptos. [Isto me fez lembrar, por exemplo, de Shakespeare e de Nostradamus, que não existiram como seres humanos.]

 

A Terceira Raça-raiz foi a primeira Raça Intelectual da Humanidade.

 

 

Continua...

 

 

Música de fundo:

O Sole Mio
Composição: Giovanni Capurro (letra) & Eduardo di Capua (música)

Fonte:

https://www.8notes.com/scores/23411.asp?ftype=midi

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.totalprosports.com

https://www.animatedimages.org

https://gfycat.com/gifs/tag/hi-def

https://br.pinterest.com/pin/199002877259631834/

https://giphy.com/

https://brasilescola.uol.com.br

http://paxprofundis.org/livros/aphpb/aphpb.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Doutrina_Secreta

 

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