A DOUTRINA SECRETA

(13ª Parte)

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo, muito longo e meio difícil, se constitui da 13ª parte de alguns fragmentos garimpados nos seis volumes da obra A Doutrina Secreta, de autoria de Helena Petrovna Blavatsky (12 de agosto de 1831 – Londres, 8 de maio de 1891), escrita e concluída no final do século XIX. Volume I: Cosmogênese; volume II: Simbolismo Arcaico Universal; volume III: Antropogênese; volume IV: O Simbolismo Arcaico das Religiões do Mundo e da Ciência; volume V: Ciência, Religião e Filosofia e volume VI: Objeto dos Mistérios e Prática da Filosofia Oculta. A Doutrina Secreta é uma síntese do pensamento científico, metafísico e religioso, contendo um conhecimento esotérico e secreto das religiões de mistérios e dos sábios de antigas civilizações, como Índia, Tibete e China. Os volumes I e II correspondem ao primeiro volume da edição original em inglês, e os volumes III e IV correspondem ao segundo volume da edição original. Os volumes V e VI correspondem ao volume póstumo publicado pela Sociedade Teosófica. Blavatsky alegava que a obra era baseada em documentos muito antigos (as Estâncias de Dzyan – pergaminhos de origem tibetana escritos em uma língua desconhecida pelos filólogos denominada Senzar) e que não era a autora do livro, mas, que este teria sido escrito pelos Mahatmas Djwal Khul, Kut Hu Mi e Morya, utilizando o seu corpo físico, em um processo denominado Tulku, que, segundo a autora, não era um processo mediúnico.

 

A Doutrina Secreta apresenta três proposições fundamentais:

• a existência de um Princípio Onipresente (a Deidade Una, o Absoluto ou a Raiz-Sem-Raiz), eterno, sem limites, imutável e incognoscível, pois, Sua compreensão escapa à capacidade da inteligência humana, permanecendo não-manifestado;

• a eternidade do Uni(multi)verso incriado (e, portanto, a eternidade da matéria), que passa por ciclos de atividade e de inatividade (mânvântáricos e prâlaycos), que se repetem em sucessão sem início nem fim; e

• a identidade de todas as personalidades-alma com a Alma Universal, sendo esta última um aspecto da Raiz Desconhecida.

 

 

 

Fragmentos de A Doutrina Secreta

 

 

 

Helena Petrovna Blavatsky

 

 

 

Pensamento

 

 

 

O Lótus é a flor consagrada à Natureza e aos seus Deuses, e representa o Uni[multi]verso no abstrato e no concreto, sendo o emblema das potências produtivas, tanto da Natureza Espiritual como da Natureza Física. As futuras folhas do Lótus, como pétalas imaculadas, estão ocultas na semente desta planta. O Lótus é o duplo símbolo do Hermafrodita Divino e do Humano, sendo, por assim dizer, de duplo sexo. A idéia fundamental deste símbolo é a emanação do objetivo do subjetivo a Ideação Divina passando da forma abstrata para a forma concreta ou visível.

 

 

Lótus

Lótus

 

 

Em um capítulo do Livro dos Mortos, [uma coletânea de feitiços, fórmulas mágicas, orações, hinos e litanias do Antigo Egito], denominado "Transformação no Lótus", o Deus, representado como emergindo desta flor, exclama: Eu sou o puro Lótus que emerge dos Luminosos... Eu levo as mensagens de Hórus. Eu sou o puro Lótus que vem dos Campos do Sol.

 

Nenhuma religião dogmática escapou de ter o elemento sexual em si, e, até o presente, ele continua a macular a beleza moral da idéia básica da simbologia. A nossa era materialista é produto direto e resultado do caráter antropomórfico das religiões exotéricas, coisa que nunca existiu entre os antigos arianos primitivos.

 

A mais sagrada de todas as letras é a Letra M. É tanto feminina quanto masculina, ou seja, é andrógina, e é feita para simbolizar a Água em sua origem o Grande Mar. É uma letra mística em todas as línguas, tanto orientais quanto ocidentais, e é um sinal que representa as ondas da Água, desta forma: Letra M. Tanto no Esoterismo Ariano quanto no Semítico, esta letra sempre simbolizou as Águas.

 

Exemplos: Letra Makara, Letra Maitreya, Letra Metis, Letra Mimra, Letra Mithras,Letra Mihr, Letra Mônada, Letra Mâyâ, Letra Mut, Letra Minerva, Letra Maria, Letra Miriam, Letra Myrrha, Letra Mâdhava, Letra Mâdhavî, Letra Mandala, Letra Mahat, Letra Mandara, Letra Mandâkimî, Letra Manu, Letra Moisés, Letra Meborach, Letra Mbul, Letra Messias, Letra Mîham, Letra Matsya, [Letra MATRA (por excelência, a medida-mãe que expressa a unidade em todas as coisas), Letra MAeTRA (o sinal métrico do Dom Divino), Letra Mendes (o Touro Sagrado)]...

 

Uma rã ou um sapo envolto em uma flor de lótus ou, simplesmente, sem o último emblema, foi a forma escolhida para as lâmpadas das Igrejas, nas quais estavam gravadas as palavras: Eu Sou a Ressurreição.

 

A Lua está em uma relação mais estreita com a Terra do que qualquer outro globo sideral.

 

Ísis, em certo sentido, era a Lua, assim como Osíris era o Sol.

 

Os Filósofos Alquimistas diziam: Mercúrio deve estar sempre perto de Ísis, como seu ministro, pois, sem Mercúrio, nem Ísis nem Osíris podem realizar qualquer coisa na Grande Obra.

 

 

Sol e Lua

Sol e Lua

 

 

A Lua é o mistério dos mistérios ocultos, e é mais um símbolo do mal do que do bem.

 

As religiões de todas as nações antigas foram originariamente baseadas nas manifestações ocultas de uma Força ou um Princípio puramente abstrato, atualmente chamado de "Deus".

 

O magnetismo lunar gera vida, a preserva e a destrói.

 

Os antigos ensinavam a autogeração, por assim dizer, dos Deuses da seguinte forma: a Essência Divina não-manifestada, concebe perpetuamente um Segundo Eu manifesto e andrógino em natureza, que dá origem, de maneira imaculada, a tudo o que é macrocósmico e microcósmico no Uni[multi]verso. Isto está simbolizado pelo Sagrado Dez (10).

 

 

Tetractys

Tetractys

 

 

A pomba era, entre algumas nações, o símbolo da Alma, e foi consagrada a Vênus, a Deusa nascida da espuma do mar, e, mais tarde, se tornou o símbolo da 'Anima Mundi' cristã ou do Espírito Santo.

 

Muitos, depois de passarem a Palavra, morrem!

 

A Serpente sempre foi o símbolo da renovação, consecutiva ou serial, da Imortalidade e do Tempo. Na Antigüidade, quer sejam considerados símbolos metafísicos ou físicos, a Árvore invertida e a Serpente, unidas ou separadas, como imagens divinas, estavam inter-relacionadas de uma forma emblemática quase indissolúvel. Portanto, quase todas as interpretações contemporâneas dos símbolos antigos são radicalmente falsas.

 

 

Serprnte

(Simbolicamente)

 

 

O modo de procriação que todos os seres, agora, têm em comum na Terra, é apenas uma fase passageira, um meio físico de fornecer as condições e de produzir os fenômenos da vida, que mudará e desaparecerá na próxima Raça-raiz.

 

A Serpente se converteu no tipo e no símbolo do mal e do diabo apenas durante a Idade Média. [De maneira geral, é possível se afirmar que a Idade Média produziu todos os absurdos teológicos que ainda perduram até a contemporaneidade e que nós continuamos a acreditar.]

 

Buscais estes Mistérios? – Jesus pergunta no Pistis Sophia. Não há Mistério melhor do que Eles (as Sete Vogais), pois, Eles conduzirão suas [personalidades-]alma à LLuz das Luzes isto é, à Verdadeira Sabedoria. Nada é, portanto, mais excelente do que os Mistérios que buscais, exceto, apenas, o Mistério das Sete Vogais e seus Quarenta e Nove Poderes, e os Números dos Mesmos.

 

 

49

(Simbolicamente)

 

 

Se o Uno e Absoluto Homogêneo não é mera figura de linguagem, e se o Heterogêneo, em sua aspecto dual, é sua produção, sua sombra ou seu reflexo bifurcado, então, a Homogeneidade Divina deve conter, em Si, a essência do bem e do mal. Quanto a isto, ou aceitamos a emanação do bem e do mal de Agathodæmon e de Kakodæmon, como ramos do mesmo tronco da Árvore da Existência ou teremos que nos resignar ao absurdo de acreditar em dois Absolutos eternos. Demon est Deus inversus.

 

O desejo é o pai do pensamento.

 

O mal para alguns é o bem para outros. [O bem para alguns é o mal para outros.] Seja como for, não há mal em si, mas, apenas, a Sombra de Luz, sem a qual Ela não poderia existir, nem mesmo para a nossa percepção.

 

Em toda parte, as especulações dos Cabalistas tratam o Mal como uma Força que é contrária, mas, ao mesmo tempo, essencial ao Bem, dando-lhe a vitalidade e a existência, que, de outra forma, não poderia ter.

 

Todas as contradições surgem porque separamos os poderes, em vez de os considerarmos como duas fases de uma e a mesma coisa.

 

 

Bem e Mal

 

 

No Vishnu Purâna, I: 1 está escrito: A Misericórdia é o Poder dos Justos.

 

Misericórdia para a Humanidade,
nesta hora tão difícil e dolorosa.
Proteção para a Humanidade,
nesta hora tão difícil e dolorosa.
Auxílio para a Humanidade,
nesta hora tão difícil e dolorosa.
Que esta PanCOVIDmia chegue ao fim,
que o karma coletivo se cumpra
e que a Humanidade possa prosseguir
sem dor e em Amor e Compreensão.

Está feito. Está selado. A.'. U.'. M.'.

 

Todos os sacrifícios e orações a Deus pedindo ajuda nada mais são do que atos de magia negra... Em todos os casos, este tipo de coisa é magia negra da pior espécie, oculta como o demônio Sr. Hyde sob a santidade do Dr. Jekyll. [Sem nenhuma exceçãozinha, tudo o que for desejado e for pedido para o ego pessoal será sempre um ato de magia negra. É por isto que, um pouco mais ou um pouco menos, todos nós, em certa medida, de uma forma ou de outra, ainda somos todos magos negros. Você já havia pensado nisto? Você conhece alguém que não queira alguma coisa para si mesmo? Talvez, eu esteja enganado, mas, penso que a única coisa lícita que podemos desejar e invocar seja, como pediu o escritor, cientista e filósofo alemão Johann Wolfgang von Goethe (28 de agosto de 1749, em Frankfurt am Main – 22 de março de 1832, em Weimar): — Luz, mais Luz! Luz, mais Luz, não para si, para propósitos pessoais, egoístas, mas, para ajudar a Humanidade. E por que estou afirmando isto? Por que, ainda que tudo seja mâyâ, uma coisa é ajudar a Humanidade com um conhecimento pessoal; outra é ajudá-La com um conhecimento universal.]

 

Em a natureza humana, o mal denota apenas a polaridade da Matéria e do Espírito, a luta pela vida entre os dois princípios manifestados no espaço e no tempo [espaço-tempo1], que, na verdade, 'per se', são um, visto que têm suas raízes no Absoluto. No Cosmos, as operações dos opostos produzem harmonia, como, por exemplo, as forças centrípeta e centrífuga, que, sendo mutuamente interdependentes, são necessárias uma à outra, para que ambas possam existir. Se uma se detivesse, a ação da outra se tornaria imediatamente destrutora de si mesma.

 

Queda Desejo de aprender e de adquirir conhecimento; desejo de saber.

 

Sempre houve um esforço indiscreto dos crentes fanáticos para ver um diabo em cada Deus pagão.

 

Como a Verdade poderá vir à tona, se não são modificados os métodos de pesquisa? [A Chave do Mistério da Vida está no DNA, porém, o desvelamento total deste Mistério poderá se tornar tanto um bem quanto um mal para a Humanidade, como foi, por exemplo, a descoberta da radiatividade. O que estou querendo dizer com isto? Estou querendo dizer que desvelar integralmente a Chave do DNA (inclusive e principalmente do Junk DNA – DNA Lixo (hoje, assim como a Matéria Escura do Unimultiverso, já denominada Matéria Escura de DNA ou DNA Ultraconservado, inalterado em todas as espécies e essenciais para o desenvolvimento de todos os organismos vivos) – porque não existe lixo em a Natureza) sem um paralelo desenvolvimento espiritual elevado e consciente, poderá levar a Humanidade (quase) à extinção, como Humanidade sobre a Terra. Mas, penso que isto nunca acontecerá. Todavia, aos cientistas, fica a advertência!]

 

 

 

DNA

DNA

 

 

 

Continua...

 

 

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Nota:

1. Na Física contemporânea, espaço-tempo é o sistema de coordenadas utilizado como base para o estudo da Relatividade Restrita e da Relatividade Geral. O tempo e o espaço tridimensionais são concebidos em conjunto como uma única variedade de quatro dimensões, a qual se dá o nome de espaço-tempo. Um ponto, no espaço-tempo, pode ser designado como um acontecimento. Cada acontecimento tem quatro coordenadas (t, x, y, z) ou, em coordenadas angulares, t, r, e , que dizem o local e a hora em que ele ocorreu, ocorre ou ocorrerá.

 

Música de fundo:

O Sole Mio
Composição: Giovanni Capurro (letra) & Eduardo di Capua (música)

Fonte:

https://www.8notes.com/scores/23411.asp?ftype=midi

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o-tempo

http://rebloggy.com/

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:
A-DNA_orbit_animated.gif

https://super.abril.com.br/ciencia/
cientistas-descobrem-a-funcao-do-dna-lixo/

https://br.pinterest.com/pin/517210338433365472/

https://www.vectorstock.com/

https://br.pinterest.com/pin/851110029551159273/

http://paxprofundis.org/livros/aphpb/aphpb.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Doutrina_Secreta

 

Direitos autorais:

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