A miopia é a causa da dor sem-termo e da miséria sem-fim. A miopia moral desemboca no vício; a miopia filosófica desemboca no materialismo; a miopia religiosa desemboca no dogmatismo; e a miopia racional desemboca no fanatismo. [E a miopia patriótico-desfraterna desemboca sempre no absolutismo, na tirania, no totalitarismo, no belicismo e no armamentismo, como, no passado, desembocou na Tirania dos Trinta (em grego, ), no caligulismo, no napoleonismo, no franquismo, no salazarismo, no hitlerismo, no mussolinismo, no stalinismo, no videlismo, no pinochetismo, no papadoquismo, no norieguismo, no fulgencionismo, no idiamindadaísmo, no stroessnerismo, no miloševicismo, no costa-e-silvismo, no garrastazuísmo e em mil outros ismos sobre-horrendos, com suas multíplices arbitrariedades e seus múltiplos e multicoloridos atos institucionais, como, por exemplo, foi o caso do abominável Ato Institucional Número Cinco (AI-5), baixado em 13 de dezembro de 1968 – o ano que não acabou – durante o Governo do General Artur da Costa e Silva (Taquari, 3 de outubro de 1899 – Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 1969), que foi o maior instrumento de intolerância e a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira (1º de abril de 1964 – 15 de março de 1985), que serviu como modelo para outras ditaduras por toda a América Latina, através da sistematização da Doutrina de Segurança Nacional.]

 

 

 

 

Donald John Trump e Ali Khamenei

 

 

[Mas, na contemporaneidade, não é o que todos nós estamos assistindo? É miopia por todo lado. É desvirtude e sacanagem de norte a sul, de leste a oeste, a bombordo e a estibordo, a montante e a jusante, no equinócio e no solstício, na baixa-mar e na preia-mar, no verão e no inverno.] A virtude, cada vez mais, tem sido considerada um impedimento ao progresso do materialismo mercantilista, avassalador, desagregador e aniquilador, que, por igual, infesta o Estado e as religiões, [e, a reboque, toda a Humanidade, que é cegueta e tem a vista curta, sem saber que tem a vista curta]. Esta visão sinistra é a fonte nutritiva das larvas da Magia Negra e da maldição da raça humana. O fato lamentavelmente indiscutível é que, enquanto o pedantismo e o egoísmo permanecerem enraizados na [personalidade-]alma dos homens, eles porão suas [personalidades-]alma à venda, como fez o doutor Fausto, que a vendeu para o cruel Mefistófeles [inimigo da LLuz], para gratificação do ego, ou seja, do não-Eu. Conclusão: ou o homem decide e passa a acatar as Leis da Natureza ou sofrerá as conseqüências da sua insensatez cobiçosa, e acabará entropizado, como o doutor Fausto, que terminou destruído pelas mesmas forças que o serviam. A Lei da Causa-Efeito é infalível; poderá tardar, mas, acabará cumprindo seu desígnio educativo. [In: Magia (Um Tratado Sobre Ocultismo Natural), de autoria de Manly Palmer Hall.]

 

 

Lei da Causa-Efeito

 

 

 

A Cobiça

 

 

 

— Intelectualmente míope

e moralmente estrábico,

me tornei um depravado.

Mas, paguei o preço da depravação!

 

— Intelectualmente míope

e filosoficamente estrábico,

me tornei um corrupto(r).

Mas, paguei o preço da corrupção!

 

— Intelectualmente míope

e fideisticamente estrábico,

me tornei um inquisidor.

Mas, paguei o preço da inquisição!

 

— Intelectualmente míope

e racionalmente estrábico,

me tornei um intolerante.

Mas, paguei o preço da coação!

 

— Intelectualmente míope

e trapaceiramente estrábico,

me tornei um aproveitador.

Mas, paguei o preço da exploração!

 

— Intelectualmente míope

e cambalacheiramente estrábico,

me tornei um falsificador.

Mas, paguei o preço da fraudação!

 

— Intelectualmente míope

e fraternalmente estrábico,

me tornei um usurpador.

Mas, paguei o preço da usurpação!

 

— Intelectualmente míope

e patrioticamente estrábico,

me tornei um xenofóbico.

Mas, paguei o preço da prenoção!

 

— Intelectualmente míope

e oportunisticamente estrábico,

me tornei um atravessador.

Mas, paguei o preço da enganação!

 

— Intelectualmente míope

e homofobicamente estrábico,

me tornei um perseguidor.

Mas, paguei o preço da perseguição!

 

— Intelectualmente míope

e ferinamente estrábico,

me tornei um beligerante.

Mas, paguei o preço da insurreição!

 

— Intelectualmente míope

e estupidamente estrábico,

me tornei um .

Mas, paguei o preço da doutrinação!

 

— Cobiçosamente míope

e ambiciosamente estrábico,

joguei no lixo a minha vida.

Mas, paguei o preço da porquidão!

 

— Preconceituosamente míope

e pervertidamente estrábico,

me tornei um ente-sem-alma.

Mas, paguei o preço da ceguidão!

 

— Espiritualmente míope

e mefistofelicamente estrábico,

terminei na Oitava Esfera.

Mas, paguei o preço da adesão!

 

 

 

Oitava Esfera

 

 

 

Música de fundo:

Mephistopheles Serenade (Vous qui faites l’endormie)
Composição: Charles Gounod
Interpretação: Nicolai Ghiaurov & London Symphony Orchestra

Fonte:

https://mixmuz.ru/mp3/nicolai%20ghiaurov

Observação:

Fausto (em alemão, Faust) é um poema trágico do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe ( Frankfurt am Main, 28 de agosto de 1749 – Weimar, 22 de março de 1832), dividido em duas partes. Está redigido como uma peça de teatro com diálogos rimados, pensado mais para ser lido do que para ser encenado. É considerado uma das grandes obras-primas da Literatura Alemã. A criação da obra ocupou toda a vida de Goethe, ainda que não de maneira contínua. A primeira versão foi composta em 1775, mas, era apenas um esboço conhecido como Urfaust (Proto-Fausto). Outro esboço foi feito em 1791, intitulado Faust, ein Fragment (Fausto, um Fragmento), e também não chegou a ser publicado. A versão definitiva só seria escrita e publicada por Goethe no ano de 1808, sob o título Faust, eine Tragödie (Fausto, uma Tragédia). A problemática humana expressada no Fausto foi retomada a partir de 1826, quando ele começou a escrever uma segunda parte. Esta foi publicada postumamente, em 1832, sob o título de Faust: Der Tragödie zweiter Teil in fünf Akten (Fausto: Segunda Parte da Tragédia, em Cinco Atos).

In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fausto_(Goethe)

 

 

Fausto em seu Escritório
(Pintura de Georg Friedrich Kersting, 1829)

 

 

Páginas da Internet consultadas:

https://emberobserver.com

https://cpdoc.fgv.br/producao/
dossies/FatosImagens/AI5

https://hararelive.com

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