Rodolfo
Domenico Pizzinga
Não
há feitor nem escravo;
não
há escravo nem feitor.
Se, em
mim, dolore esta dor,
é
porque só aprendi o alinhavo.
Não
há começo nem fim;
não
há fim nem começo.
Se, hoje,
eu choro e padeço,
Não
há castigo nem prêmio;
não
há prêmio nem castigo.
Eu sou
meu exclusivo inimigo;
em mim,
é gerado o proêmio.
Não
há negridão nem cruz;
não
há cruz nem negridão.
que eu
produzi minha Cruz.
Não
há salvação nem abadia;
não
há abadia nem salvação.
Eu fiz
de mim u'a devastação;
in
Corde meo, nascerá o Dia.
Engendrei
o bem e o mal;
inventei
o plural e o singular.
Sei que
só retornarei ao Lar,
se
me desentupir do lodaçal.
Mas
pode findar a doridade,
Basta
que me [re]una ao Ser
Um
dia, aprenderei, saberei;
decidi
não mais me abster.
Com todos,
almejo ascender.
In
Corde... Nostro Vox Dei.
Esforço
Pela Unidade