DOIS TEMAS

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

A pressão dos três karmaspessoal, grupal e racial sempre impelirá o ser-humano-aí-no-mundo para vivenciar situações necessárias para ativar o duplo processo de despertamento e de compreensão das suas próprias possibilidades inatas. Uma vez que ele se torna um construtor consciente e consegue controlar as forças ínferas e os construtores da sua própria natureza inferior e constrói o Templo de Salomão, não está mais sujeito às condições kármicas anteriores. Transforma-se em Regedor, Construtor e Transmissor, até que, oportunamente, se torna um com os Anjos Solares, pois, cumpriu o trabalho necessário da humana evolução.

 

In: Reflexionem Sobre Isto, uma compilação de 185 conceitos esotéricos diligentemente elaborada por um estudante anônimo, que trata de diversos assuntos telepatizados para Alice Ann Bailey pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna e um Transmissor da LLuz a qualquer preço.

 

 

 

 

 

Quem diria! Agora sou um Anjo!

E não é que acabou o desarranjo!

Mas, da Humanidade não esqueci:

 

Para minha Querida Humanidade,

quero já! o fim a separatividade!

Quero 'o Amor, o Amor mais profundo',

Paz Perpétua e 'toda a Beleza do mundo'!

 

Para minha Amada Humanidade,

quero agora! o fim a Saudade!

Quero 'a rosa mais linda que houver'

e LLuz da 'primeira estrela que vier'!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cada passo do Caminho deverá ser preparado pelo próprio ser-humano-aí-no-mundo, e nenhum caminho curto ou fácil poderá [e]levar das trevas à LLuz.

 

In: Reflexionem Sobre Isto, uma compilação de 185 conceitos esotéricos diligentemente elaborada por um estudante anônimo, que trata de diversos assuntos telepatizados para Alice Ann Bailey pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna e um Transmissor da LLuz a qualquer preço.

 

 

 

 

 

  Doei tudo e garimpei um atalho.

Fui ficando brochildo e grisalho,

meio solito e perdidão no alfazar,

e desesperançado, como Calabar.1

 

 Encafifado, me disse o Carvalho,

que não era chegado a mimalho:

O Deus Interno não faz negócio

nem apóia 'dolce far niente' ou ócio.

 

  Mas, aí, já era meio tarde,

e murchara o narciso-da-tarde.

Talvez, na próxima revisitação,

eu pinte por aqui menos babão!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Nota:

1. Domingos Fernandes Calabar (Porto Calvo, 1609 – Porto Calvo, 1635) foi um senhor de engenho, mameluco, nascido na então Capitania de Pernambuco, em área que corresponde ao atual Estado de Alagoas. Aliou-se aos holandeses que invadiram o Nordeste do Brasil. Calabar, a exemplo de Benedict Arnold, para os estadunidenses, é tido como o maior traidor da História Brasileira. Será que foi mesmo? Calabar acabou sendo capturado, garroteado, esquartejado e as suas partes expostas, para demonstrar, assim, a quem mudasse de lado o destino que lhe estava reservado. Já Benedict Arnold (14 de janeiro de 1741 – 14 de junho de 1801) foi um general durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos, que, inicialmente, lutou pelo Exército Continental, mas, acabou desertando para o Exército Britânico. Mas, por que, neste poema, eu trouxe à baila, como uma espécie de mote, o Senhor Domingos Fernandes Calabar? Simplesmente, porque, independente do fato de se Calabar foi ou não foi um perjuro, o pior traidor é quem trai a si mesmo. Bem, seja como for, quanto a isto, Romeu de Avelar, nome literário do autor, jornalista e historiador alagoano Luís de Araújo Morais (São Miguel dos Campos, Alagoas 23 de março de 1893 – Leopoldina, 20 de dezembro de 1972), contestou a idéia de que Calabar teria sido, de fato, um perjuro. O autor argumentou que Calabar, por ter sido brasileiro e não português, tinha todo o direito de escolher de que lado lutar. Ele admitiu que Calabar era não apenas corajoso, mas, também, um patriota. Segundo o autor, Domingos Fernandes Calabar foi um insurreto e um clarividente que se antecipou à revolução histórica e liberal do Brasil. Já Calabar: o Elogio da Traição foi uma peça de teatro musicada, escrita entre os anos de 1972 e 1973, no auge da ditadura militar brasileira, por Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), e Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira (Lourenço Marques, atual Maputo, 22 de agosto de 1931), que, na verdade, é uma alegoria histórica, na qual é questionada a chamada versão oficial, sendo Calabar apresentado como herói, que não tinha por objetivo o ganho pessoal, mas, o melhor para o povo brasileiro. A intenção dos autores, porém, não foi denunciar um erro histórico nem teve a pretensão de promover uma revisão: o alvo, na época, foi, justamente, o próprio regime militar, a censura e os veículos de comunicação que, engessados pelas versões dos fatos sempre acordes com o sistema, passavam ao povo imagens e informações que precisavam ser questionadas em sua veracidade. A grande questão é: onde está, de fato, a traição? Nos mantenedores de uma ordem hipotética ou na rebeldia dos heróis, que arriscam a vida pelo dever ou em benefício de outrem? Enfim, na vida, precisamos ultrapassar nossos pontos de interrogação, nossas coisificações (miragens + ilusões), nossas dúvidas e nossas perplexidades, e, definitivamente, deixar de ser traidores de nós mesmos e do Deus de nossos Corações.

 

E se vocês rirem de mim,
Se eu for alvo de chacotas e chalaças,
Se for ridículo na jaqueta de veludo
Ou nas ceroulas de brim,
Ou porque falo tanto de caganeira e bacalhau,
É bom pensarem duas vezes, porque, ainda mesmo assim,
Com lombrigas dançando dentro da barriga,
Com a Holanda, a Espanha e toda a intriga,
Eu sou aquele que, custe o que custar,
Acerta o laço e tece o fio
Que enforca Calabar.

 

 

Domingos Fernandes Calabar
Benedict Arnold
Domingos Fernandes Calabar
Benedict Arnold

 

 

Música de fundo:

A Noite do Meu Bem
Composição e interpretação: Dolores Duran

Fonte:

http://musicpleer.audio/#!3ce4139c5ca904b37e8e657a7d2a7861

 

Páginas da Internet consultadas:

https://giphy.com/gifs/business-122xvcGTKEHSFi

http://www.passeiweb.com/estudos/livros/calabar

https://pt.wikipedia.org/wiki/Calabar:
_o_Elogio_da_Trai%C3%A7%C3%A3o

http://www.cultura.al.gov.br/politicas-e-acoes/
mapeamento-cultural/alagoanos-ilustres/calabar

https://pt.wikipedia.org/wiki/Domingos_Fernandes_Calabar

https://pt.wikipedia.org/wiki/Benedict_Arnold

http://www.efecade.com.br/amigo-da-onca/

http://necaonline.com/

https://giphy.com/search/fartman-farting

https://techcrunch.com/

 

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