DOGMA E RITUAL DA ALTA MAGIA
(Sexta Parte)

 

 

 

Éliphas Lèvy

Éliphas Lèvy

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo se constitui da sexta parte de um pequeno conjunto de fragmentos retirados da obra Dogma e Ritual da Alta Magia, de autoria do escritor, ocultista e Mago Cerimonialista francês Éliphas Lèvy.

 

Dizem que conselho, se fosse bom, não seria dado, seria vendido. Bem, eu não vou aconselhar nada nem ninguém, mas, antes, devo recomendar que ninguém se meta a fogueteiro, e saia por aí a fazer coisas de magia ou de Magia: o cano poderá ser escuro, longo, doloroso e não reversível, e o pândego poderá acabar ficando birutinha da silva. Com Magia, não se bole e não se brinca: nem à vera nem à brinca. A Alta Magia tem uma e apenas uma finalidade: libertar da ilusão. Todavia, pagará um preço caríssimo aquele que penetrar em seus meandros sem a devida expertise e sem uma bússola adequada. Isto dito, se você não conhece o Dogma de Éliphas, leia (estude) os fragmentos que selecionei, mas, principalmente, se não for um Iniciado, evite pôr em execução os ensinamentos (Leis Mágicas). Conhecer as coisas é um dever; pô-las em prática sem saber é uma irresponsabilidade.

 

 

 

 

 

 

Nota Biográfica

 

 

 

Éliphas Lèvy

Éliphas Lèvy

 

 

 

Éliphas Lèvi Zahed, nome de batismo Alphonse Louis Constant, (8 de fevereiro de 1810 – 31 de maio de 1875) foi um escritor, ocultista e Mago Cerimonialista francês.

 

O seu pseudônimo "Éliphas Lèvi," sob o qual publicava seus livros, resultou de pretender ter um nome adotado de origem hebraica, associando-o mais facilmente a outros KaBaListas famosos.

 

O maior ocultista do século XIX, como muitos o consideram, Éliphas era filho de um modesto sapateiro, Jean Joseph Constant, e de Jeanne-Agnès Beaupurt, de afazeres domésticos. Tinha uma irmã, Paulina-Louise, que era quatro anos mais velha. Desde sua infância, demonstrou um grande talento para o desenho. Todavia, seus pais escolheram para ele o caminho religioso.

 

Aos dez anos de idade, ingressou na comunidade do presbitério da Igreja de Saint-Louis, em Lille, uma cidade no norte da França, onde aprendeu o catecismo com o seu primeiro mestre, o abade Hubault, que fazia seleções dos garotos mais inteligentes. Éliphas foi encaminhado por Hubault ao seminário de Saint-Nicolas Du Chardonnet, para concluir seus estudos preparatórios. A vida familiar, para ele, havia acabado neste momento. No seminário, teve a oportunidade de se aprofundar nos estudos de Filologia, e, quando completara dezoito anos, já estava apto para ler a Bíblia no seu contexto original.

 

Em 1830, foi transferido para o seminário de Issy, para estudar Filosofia. Dois anos depois, ingressou em Saint-Sulpice para estudar Teologia. Foi nesse tempo que esteve em Issy que escreveu seu primeiro drama bíblico, Nemrod. No Seminário de Saint-Sulpice, criou seus primeiros poemas religiosos, considerados de demasiada beleza.

 

Éliphas Lèvi foi ordenado diácono em 19 de dezembro de 1835. Em maio de 1836, teria sido ordenado sacerdote, se não tivesse confessado ao seu superior o amor por Adelle Allenbach, que havia realizado a primeira comunhão com ele. Suas convicções causaram um choque tão grande, que Éliphas sentiu que deveria abandonar a carreira eclesiástica.

 

Como resultado da publicação da sua Bíblia da Liberdade, foi posto preso durante oito meses, tendo que pagar, inclusive, 300 francos de multa, acusado de profanar o santuário da religião, de atentar contras as bases que sustentam a sociedade, de espalhar ódio e a insubordinação. Mais ou menos foi acusado da mesma impiedade que levou Sócrates (469 a.C. – 399 a.C.) a ser condenado e a ter que tomar a cicuta.

 

Depois de tanto constrangimento e de tantos parênteses na sua vida, enquanto esteve preso, teve contato com os estudos do polímata e espiritualista sueco Emanuel Swedenborg (29 de janeiro de 16881 – 29 de março de 17721). Segundo Éliphas, os escritos de Swedenborg não contêm toda a verdade, mas, conduzem os neófitos com segurança em uma suposta senda esotérica.

 

Muitos estudiosos e a maioria dos leitores não compreendem as obras de Éliphas Lèvy. O que estas pessoas não sabem, é que para compreender a Sabedoria veiculada nos seus livros, é fundamental e indispensável possuir os ensinamentos Gnósticos. Somente a Sabedoria Gnóstica oferece as chaves para decifrar a Alta Magia revelada por Éliphas.

 

Cumprida a sua missão, Éliphas transcende tranqüilamente aos Planos Superiores no dia 31 de maio de 1875, em sua residência.

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

Como posso me servir de um Arcano que não compreendo?
– Crê e faz; compreenderás depois.

Um preguiçoso nunca será Mago. A Magia é um exercício de todas as horas e de todos os instantes. É preciso que o operador da Grandes Obra seja senhor absoluto de si mesmo; que saiba vencer as atrações do prazer, o apetite e o sono; que seja insensível ao sucesso como à afronta. A sua vida deve ser uma vontade dirigida por um pensamento e servida pela Natureza inteira, que terá subordinada ao espírito nos seus próprios órgãos e por simpatia em todas as forças universais que lhe são correspondentes. Todas as faculdades e todos os sentidos devem tomar parte na Obra, e nada, no Sacerdote de Hermes, tem direito de estar ocioso; é preciso formular a inteligência por signos e resumi-la por caracteres ou pantáculos. E preciso determinar a Vontade por Palavras, e realizar as Palavras por Atos. É preciso traduzir a Idéia Mágica em Luz para os olhos, em Harmonia para os ouvidos, em Perfumes para o olfato, em Sabores para a boca, e em Formas para o tato. É preciso, em uma palavra, que o operador realize na sua vida inteira o que quer realizar fora de si no mundo. É preciso, enfim, que se torne um imã para atrair a coisa desejada. E, quando estiver suficientemente imantado, saiba que a coisa virá sem que ele pense na coisa mesma.1

4 Ternário pela Unidade.

 

 

Tetractys Pitagórica

 

 

Basicamente, a purificação do Mago deve se consistir na abstinência das voluptuosidades brutais, em um regime vegetariano e brando, na supressão dos licores fortes e na regularidade das horas de sono.

Em Magia, a negligência é mortal.

A Palavra Proibida de Magia nunca deverá ser pronunciada.

O Mago deve ser dócil e digno com todos; mas, nas relações sociais, nunca deverá se deixar absorver, e deverá se retirar dos círculos em que não haja nenhuma iniciativa.2

O movimento é o resultado de uma preponderância alternada.

 

 

 

Átomo de Hélio

 

 

Pêndulo

 

 

Metrônomo

 

Em toda a Natureza, os contrários agem sobre os contrários por correspondência e por conexão analógica. Toda a Natureza é bissexual [magnetização andrógina], e o movimento que produz as aparências da morte e da vida é uma contínua geração. O movimento é uma troca perpétua.

O Andrógino Mágico traz escrito, no braço direito, Solve, e, no braço esquerdo, Coagula.

O emprego alternado das forças contrárias – por exemplo, o quente depois do frio – é o segredo do movimento perpétuo e do prolongamento do poder.

Sempre uma Operação Mágica deverá ser seguida de um repouso igual à sua duração e de uma distração análoga, mas, contrária ao seu objeto. Lutar continuamente contra a Natureza para dominá-la e vencê-la é expor a sua razão e a sua vida.3

Em Magia, nada há de arbitrário, porque tudo é regulado e determinado adiantadamente pelo Dogma único e universal de Hermes – o da analogia nos três mundos.

Constatar fatos; apreciar causas.

 

 

 

 

Mostrar o [absolutamente] natural do maravilhoso [pretensamente sobrenatural] e produzi-lo à vontade é destruir, para o vulgo, inexistência dos milagres, que cada religião reivindica como sua propriedade exclusiva e seu argumento definitivo.4

O Mago, durante uma Operação Mágica, deverá ficar no interior de um Círculo Hieroglífico traçado ao redor de si, do qual não deve sair, se não quiser perder, no mesmo instante, todo o seu Poder.

Todas as formas são proporcionais e analógicas à idéia que as determinou. São o caráter natural, a assinatura desta idéia, como dizem os Magistas, e desde que evocamos ativamente a idéia, a forma se realiza e se produz.5

O Ternário – número simbólico da realização e do efeito – é a base do Dogma Mágico, e deverá, necessariamente, ser observado em todas as evocações.

 

 

 

 

Pantáculo ou Selo de Salomão:

 

 

Selo de Salomão

 

 

O Triângulo Mágico dos teósofos pagãos é o célebre ABRACADABRA, ao qual os Hierofantes de Alexandria atribuíam virtudes extraordinárias e propriedades taumatúrgicas. O A isolado representa a Unidade do Primeiro Princípio ou do Agente Intelectual ou Ativo. O A unido ao B representa a fecundação do Binário pela Unidade. O R é o sinal do ternário, porque representa hieroglificamente a efusão que resulta da união dos dois princípios. O número 11 das letras da palavra ABRACADABRA ajunta a unidade do iniciado ao denário de Pitágoras. E o número 66 [Valor Secreto do Número 11], total de todas as letras adicionadas, forma cabalisticamente o número 12 [6 + 6], que é quatro vezes o Ternário [4 x 3] e, por conseguinte, a Quadratura Mística do Círculo. Note-se, de passagem, que o Autor do Apocalipse, Clavícula da KaBaLa Cristã, compôs o Número da Besta, isto é, a idolatria, acrescentando um 6 ao duplo senário do ABRACADABRA – 666 – o que dá KaBaListicamente 18 [6 + 6 + 6]. O misterioso e obscuro Número 666 se reduz a 9 [6 + 6 + 6 = 18 1 + 8 = 9] – o Número da Iniciação.6

 

 

ABRACADABRA
ABRACADABR
ABRACADAB
ABRACADA
ABRACAD
ABRACA
ABRAC
ABRA
ABR
AB
A

 

 

Tridente de Paracelso – resumo do Ternário na Unidade, que completa, assim, o Quaternário Sagrado:

 

 

Tridente de Paracelso

 

Toda matéria é animada; o pensamento e a Alma [Anima Mundi] estão em toda parte.

Sinal da Cruz KaBaLístico:
Levar a mão direita à testa, e dizer: A ti pertencem...
Levar a mão ao peito, e dizer: o Reino...
Levar a mão ao ombro esquerdo, e dizer: a Justiça...
Levar a mão ao ombro direito, e dizer: e a Misericórdia...
Depois, juntar as duas mãos, e acrescentar: nos ciclos geradores. Tibi sunt MaLKhUTh et GeBURaH et CheSeD per æonas.

 

 

 

 

Aquele que não se deixar subjugar pelas suas fraquezas [desejos, cobiças e paixões] dirigirá os Elementos e terá o mundo inteiro ao seu serviço e à sua disposição.

Metais correspondentes às Quatro Formas Elementais: ouro e prata para o Ar; mercúrio para a Água; ferro e cobre para o Fogo; e chumbo para a Terra.

Os Quatro Elementos são simplesmente instrumentos para ajudar a Segunda Vista – faculdade de ver na Luz Astral – mas, só pode operar pela abstração dos sentidos.

Advertência: a adivinhação, de qualquer modo que seja operada, é perigosa ou, ao menos, inútil, porque desanima a vontade e embaraça, por conseguinte, a liberdade e fatiga o sistema nervoso.

Pentagrama Estrela Flamejante Microprósopo Símbolo Absoluto em Magia Sinal do Verbum Sinal de Onipotência e de Autocracia Intelectuais.

A negligência (uma palavra ociosa ou uma dúvida) em uma única etapa em qualquer Cerimônia de Magia fará abortar todo o sucesso das Grandes Obras da Ciência.

Os Cinco Gênios: Gabriel, Rafael, Anael, Samael e Orifiel.

A Lâmpada, a Baqueta, a Espada e a Foice.

 

 

Lâmpada, Baqueta, Espada e Foice

 

 

Ouro: símbolo da Vida e da LLuz. Mirra: imagem da Morte e da Noite. Incenso: emblema da Divindade do Dogma Conciliador dos Dois Princípios.

A materialização do Dogma produz o fanatismo e as amarguras das controvérsias.

O Pentagrama – o maior e o mais poderoso de todos os Signos, segundo Paracelso – brilha sempre sem sombra na Mão Direita do Verbum da Verdade.

 

 

Pentagrama

 

 

Toda Obra Mágica consiste em se desembaraçar dos anéis da antiga serpente, e, depois, pôr o pé na cabeça dela e guiá-la aonde se quiser.

Quando o Mago tiver completado a recriação de si-próprio, a Grande Obra estará realizada.

O ponto de apoio do Mago é a Pedra Cúbica Intelectual.

 

 

 

 

Eis o Segredo da Força: querer bem, querer sem esmorecer, querer sempre.

As Grandes Obras da Ciência são mortais à volúpia.

A Luz Astral poderá ser projetada pelo olhar, pela voz, pelos polegares e pela palma da mão.

O sucesso das Obras Mágicas depende da fiel observância de todos os ritos, que se apóiam nas Leis essenciais da realização analógica e da relação que existe necessariamente entre as idéias e as formas.

Ternário + Quaternário = Setenário Sagrado.

Os Sete Planetas são Signos Mágicos, e não outra coisa. São mais realmente astros do espírito humano do que estrelas do céu.

As Obras Mágicas são em número de sete: 1ª) obras de luz e riqueza, sob os auspícios do Sol; 2ª) obras de adivinhação e mistérios, sob a invocação da Lua; 3ª) obras de habilidade, ciência e eloqüência, sob a proteção de Mercúrio; 4ª) obras de cólera e castigo, consagradas a Marte; 5ª) obras de amor, favorecidas por Vênus; 6ª) obras de ambição e política, sob os auspícios de Júpiter; e 7ª) obras de maldição e morte, sob o patrimônio de Saturno.

No simbolismo teológico, o Sol representa o Verbum de Verdade.

O Mago que quiser proceder às Obras de LLuz deverá operar no domingo, de meia-noite até oito horas da manhã ou das três horas da tarde até dez horas da noite.

Um Pantáculo é um caráter sintético que resume todo o Dogma Mágico. É a verdadeira expressão de um Pensamento e de uma Vontade completa; é a Assinatura de um Espírito. Os Pantáculos podem ser indiferentemente traçados no pergaminho virgem, no papel ou nos metais.

Pentagrama Símbolo da Soberania Humana pela Iniciativa Inteligente.

A Inteligência só poderá se libertar pelo Trabalho.

Sob pretexto algum, o Magista deve deixar os profanos verem ou tocarem os seus Instrumentos Mágicos, pois, perderiam todas a suas virtudes.

Para se entregar à Magia Cerimonial. é preciso estar sem preocupações inquietadoras; é preciso poder adquirir todos os instrumentos da Ciência e, se for possível, saber confeccioná-los por si mesmo; é preciso, enfim, ter um laboratório inacessível, em que nunca possa temer ser surpreendido ou perturbado.

A condição essencial para se tornar e ser um Mago é saber equilibrar as forças e conter os impulsos da própria iniciativa.

 

 

 

 

Todo Mago deve ter uma profissão que não seja a de Mago; a Magia não é um ofício.

O Mago deve viver retirado e dificilmente deixar que se aproximem dele. É o que representa o símbolo da nona chave do Tarô, em que o Iniciado é figurado por um Eremita inteiramente envolto em seu manto. O retiro, entretanto, não deve se transformar em isolamento.

 

 

O Eremita

 

 

Pedir prodígios para acreditar na Ciência é se mostrar indigno ou incapaz da ciência – Sancta Sanctis.

Ninguém se diverte impunemente com os mistérios da vida e da morte.

Nada é mais perigoso do que fazer da Magia um passatempo.

As operações da Ciência não são isentas de perigo. Podem levar à loucura os que não estão firmes na base da suprema, absoluta e infalível razão. Podem excitar o sistema nervoso e produzir terríveis e incuráveis doenças. Podem, quando a imaginação fica impressionada e atemorizada, produzir o esvaimento e até a morte por congestão cerebral.

Quando não são sabiamente dirigidas, as paixões humanas produzem fatalmente os efeitos contrários ao seu desejo desenfreado.

 

 

 

Alerta aos Neófitos

 

 

 

om Magia,

não se bole nem se brinca:

nem à vera nem à brinca.

Em Magia,

poderá suceder o inesperado,

e comprometer o Quadrado!

Com Magia,

não se mexe nem se remexe:

Em Magia,

para o que se quiser realizar,

deve-se Saber como operar.

Com Magia,

só aquele que for Iniciado,

e, mesmo assim: Cuidado!

Em Magia,

o medo sempre devastará;

a dúvida sempre malucará!

 

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Tudo isto se resume a três conceitos básicos: Força de Vontade, Imaginação Criadora e Pertinácia Tenacíssima. Como diz Éliphas, o Poder Mágico deverá e poderá ser adquirido pela perseverança e pelo trabalho.

2. Dizem que a preguiça é mãe de todos os vícios; mas, a inutilidade (falta de iniciativa) é a mãe da preguiça. O preguiçoso e inútil jamais será um Mago.

3. É por isto que, por exemplo, ficar horas e horas em meditação, além de ser contraproducente, poderá adoentar e até esquizofrenizar. In medio stat virtus. A virtude está no meio. Nem tanto nem tão pouco. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. (Aristóteles, Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.). Ou, como ensina um provérbio popular muito antigo: Tudo o que é demais é moléstia.

4. Mas, há coisas que não devem e não podem ser mostradas, vulgarizadas! Os Altos Iniciados e os Hierofantes quando operam algo absolutamente extraordinário, geralmente, fazem-no uma única vez na vida, e, normalmente, não o repetem. Quem pôde ver, viu; quem não pôde ver... Marco Antonio Coutinho relata, no trabalho O Homem Que Não Sabia Nada, que Jean Mallinger (Sâr Elgin) declarou: Sâr Hieronymus [19 de abril de 1884 – 21 de maio de 1969 – Nome Iniciático de Émile Dantinne] possuía um dom singular, que seu falecido amigo Léon Lelarge e eu mesmo pudemos verificar com nossos próprios olhos: podia fazer parar rapidamente a chuva e enviar as nuvens para outra região. Sem dúvida, isto parecerá inverossímil para alguns; entretanto, com a melhor boa-fé, só posso dizer que vi! Entretanto, a bem da verdade, é preciso que se diga que modificações da Natureza são feitas – quando são feitas! – com muito cuidado, pois, os Altos Iniciados e os Hierofantes sabem que não devem nem podem alterar o equilíbrio universal ao seu bel-prazer. E sempre: demonstrações excepcionais e maravilhosas só são levadas a cabo para educar, nunca por qualquer outro motivo.

5. E assim, de uma forma ou de outra, todos nós somos, um pouco menos, um pouco mais, Magistas. Mas, muita atenção: não se violenta impunemente a Natureza, e não se joga sem perigo com forças desconhecidas e incalculáveis, como ensinou Éliphas. Com Magia, não se bole nem se brinca: nem à vera nem à brinca.

6. Mas, há um Mistério Insondável no final da Palavra ABRACADABRA, que Éliphas não ensinou nem poderia ensinar, pois, cada um deverá descobri-Lo por si. E, ai de aquele que, tendo descoberto este Mistério, o revelar!

Música de fundo:

Jesus Of Nazareth
Compositor: Maurice Jarre

Fonte:

http://www.loudtronix.me/search/Maurice-Jarre-Jesus-Of-Nazareth

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.schoolphysics.co.uk/age16-19/Mechanics/
Statics/text/Vectors_in_equilibrium/index.html

http://amraluz.com/jornadadotarot/MENU/
ARCANO_TEXTO/TAROTMARSELHA.HTM

http://www.netanimations.net/Swinging-moving-pendulum-and
-metronome-images-and-rhythmic-beat-animations.htm

http://www.csulb.edu/~cwallis/482/fmri/fmri.html

http://www.sca.org.br/uploads/news/
id184/Dogma-e-Ritual-da-Alta-Magia.pdf

 

Direitos autorais:

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