DOGMA E RITUAL DA ALTA MAGIA
(Terceira Parte)

 

 

 

Éliphas Lèvy

Éliphas Lèvy

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo se constitui da terceira parte de um pequeno conjunto de fragmentos retirados da obra Dogma e Ritual da Alta Magia, de autoria do escritor, ocultista e Mago Cerimonialista francês Éliphas Lèvy.

 

Dizem que conselho, se fosse bom, não seria dado, seria vendido. Bem, eu não vou aconselhar nada nem ninguém, mas, antes, devo recomendar que ninguém se meta a fogueteiro, e saia por aí a fazer coisas de magia ou de Magia: o cano poderá ser escuro, longo, doloroso e não reversível, e o pândego poderá acabar ficando birutinha da silva. Com Magia, não se bole e não se brinca: nem à vera nem à brinca. A Alta Magia tem uma e apenas uma finalidade: libertar da ilusão. Todavia, pagará um preço caríssimo aquele que penetrar em seus meandros sem a devida expertise e sem uma bússola adequada. Isto dito, se você não conhece o Dogma de Éliphas, leia (estude) os fragmentos que selecionei, mas, principalmente, se não for um Iniciado, evite pôr em execução os ensinamentos (Leis Mágicas). Conhecer as coisas é um dever; pô-las em prática sem saber é uma irresponsabilidade.

 

 

 

 

 

 

Nota Biográfica

 

 

 

Éliphas Lèvy

Éliphas Lèvy

 

 

 

Éliphas Lèvi Zahed, nome de batismo Alphonse Louis Constant, (8 de fevereiro de 1810 – 31 de maio de 1875) foi um escritor, ocultista e Mago Cerimonialista francês.

 

O seu pseudônimo "Éliphas Lèvi," sob o qual publicava seus livros, resultou de pretender ter um nome adotado de origem hebraica, associando-o mais facilmente a outros KaBaListas famosos.

 

O maior ocultista do século XIX, como muitos o consideram, Éliphas era filho de um modesto sapateiro, Jean Joseph Constant, e de Jeanne-Agnès Beaupurt, de afazeres domésticos. Tinha uma irmã, Paulina-Louise, que era quatro anos mais velha. Desde sua infância, demonstrou um grande talento para o desenho. Todavia, seus pais escolheram para ele o caminho religioso.

 

Aos dez anos de idade, ingressou na comunidade do presbitério da Igreja de Saint-Louis, em Lille, uma cidade no norte da França, onde aprendeu o catecismo com o seu primeiro mestre, o abade Hubault, que fazia seleções dos garotos mais inteligentes. Éliphas foi encaminhado por Hubault ao seminário de Saint-Nicolas Du Chardonnet, para concluir seus estudos preparatórios. A vida familiar, para ele, havia acabado neste momento. No seminário, teve a oportunidade de se aprofundar nos estudos de Filologia, e, quando completara dezoito anos, já estava apto para ler a Bíblia no seu contexto original.

 

Em 1830, foi transferido para o seminário de Issy, para estudar Filosofia. Dois anos depois, ingressou em Saint-Sulpice para estudar Teologia. Foi nesse tempo que esteve em Issy que escreveu seu primeiro drama bíblico, Nemrod. No Seminário de Saint-Sulpice, criou seus primeiros poemas religiosos, considerados de demasiada beleza.

 

Éliphas Lèvi foi ordenado diácono em 19 de dezembro de 1835. Em maio de 1836, teria sido ordenado sacerdote, se não tivesse confessado ao seu superior o amor por Adelle Allenbach, que havia realizado a primeira comunhão com ele. Suas convicções causaram um choque tão grande, que Éliphas sentiu que deveria abandonar a carreira eclesiástica.

 

Como resultado da publicação da sua Bíblia da Liberdade, foi posto preso durante oito meses, tendo que pagar, inclusive, 300 francos de multa, acusado de profanar o santuário da religião, de atentar contras as bases que sustentam a sociedade, de espalhar ódio e a insubordinação. Mais ou menos foi acusado da mesma impiedade que levou Sócrates (469 a.C. – 399 a.C.) a ser condenado e a ter que tomar a cicuta.

 

Depois de tanto constrangimento e de tantos parênteses na sua vida, enquanto esteve preso, teve contato com os estudos do polímata e espiritualista sueco Emanuel Swedenborg (29 de janeiro de 16881 – 29 de março de 17721). Segundo Éliphas, os escritos de Swedenborg não contêm toda a verdade, mas, conduzem os neófitos com segurança em uma suposta senda esotérica.

 

Muitos estudiosos e a maioria dos leitores não compreendem as obras de Éliphas Lèvy. O que estas pessoas não sabem, é que para compreender a Sabedoria veiculada nos seus livros, é fundamental e indispensável possuir os ensinamentos Gnósticos. Somente a Sabedoria Gnóstica oferece as chaves para decifrar a Alta Magia revelada por Éliphas.

 

Cumprida a sua missão, Éliphas transcende tranqüilamente aos Planos Superiores no dia 31 de maio de 1875, em sua residência.

 

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

É pelo equilíbrio [tendência ao equilíbrio] que se explica o mistério da existência e da necessidade relativa do mal.1

O Setenário é o Número Sagrado em todas as teogonias e em todos os símbolos, porque é composto do ternário e do quaternário. O Número Sete representa o Poder Mágico em toda a sua força; é o espírito protegido pelas potências elementares; é a alma servida pela Natureza; é o Sanctum Regnum de que falam as Clavículas de Salomão, e que é representado, no Tarô, por um guerreiro coroado, trazendo um triângulo na sua couraça, e de pé, em cima de um cubo, ao qual estão atreladas duas esfinges, uma branca e outra preta, que puxam em sentido contrário e voltam a cabeça, olhando uma à outra. Este guerreiro está armado com uma espada flamejante, e tem, na outra mão, um cetro rematado por um triângulo e uma bola.

 

 

 

 

Cubo Pedra Filosofal.

 

 

 

 

A Ciência das Coisas Divinas faz o Sábio invulnerável aos golpes humanos.2

Fé O Sol Confiança em si-mesmo.

Esfinge, armada com uma espada flamejante, representa a Lei do Mistério que vigia a Porta da Iniciação para desviar dela os profanos.3

O Verbum Inenarrabile et Æternum dos Sábios [Iniciados] da Escola de Alexandria exprime a triplicidade do princípio secundário, o dualismo dos meios e a Unidade, tanto do Primeiro Princípio como do fim.

A virtude do Setenário é absoluta em Magia, porque o número 7 é decisivo em todas as coisas.

 

 

 

 

7 = 4 + 3.

As causas se revelam pelos efeitos, e os efeitos são proporcionais às causas.

Compreendendo Deus como o Homem Ilimitado, o homem disse a si mesmo: — Eu-sou Deus Limitado.

O Mago só admite como certo, no domínio das idéias, o que é demonstrado pela realização da Palavra; é o Verbum propriamente dito.

Luz Astral é a realização ou a forma da Luz Intelectual, como a Luz Intelectual é a realização ou a forma da Luz Divina.

Opor uma corrente à outra é renovar o Poder da Vida Fluídica.

[personalidade-]alma aspira e respira exatamente como o corpo. Ela aspira o que crê ser felicidade, e respira idéias que resultam das suas sensações íntimas. As [personalidades-]alma doentes têm mau hálito e viciam a sua atmosfera moral, isto é, misturam seus reflexos impuros com a Luz Astral que as penetra e nela estabelecem correntes deletérias. Muitas vezes ficamos admirados de sermos assaltados, na vida social, por pensamentos maus que não julgamos possíveis, e não sabemos que isto é devido a alguma vizinhança mórbida.

 

 

 

 

Não há atos solitários e não há atos ocultos.4

O Corpo Astral nem sempre é do mesmo sexo que o Corpo Terrestre, isto é, as proporções das duas forças, variando da direita para a esquerda, parecem, muitas vezes, contradizer a organização visível, e é isto o que produz os erros aparentes das paixões humanas.5

Quer em relação ao vício, quer em relação à virtude, não há pensamento, palavra ou ato dos quais não sejamos responsáveis. Tudo produz efeitos análogos ao seu motivo, ao seu valor e à sua direção.

No fundo de toda injustiça há o germe de um homicídio.

O Iniciado é aquele que possui a Lâmpada de Trismegisto (razão esclarecida pela inteligência), o Manto de Apolônio (posse plena e total de si mesmo, que isola o sábio das correntes instintivas) e o Bastão dos Patriarcas (auxílio das Forças Ocultas e Perpétuas da Natureza). A Lâmpada brilha com tríplice chama; o Manto se redobra três vezes; e o Bastão se divide em três partes. Por isto, o Iniciado reina sobre a superstição e pode caminhar com segurança nas trevas, apoiado como está no seu Bastão, envolto no seu Manto e Illuminado pela sua Lâmpada.

O Número Nove é o Número dos Reflexos Divinos; é o Número da Iniciação.

 

 

 

 

Arte da Adivinhação é simplesmente o conhecimento dos efeitos contidos nas causas e a Ciência aplicada aos fatos do Dogma Universal da Analogia.

O futuro é sempre a conseqüência do passado. O Iniciado compreende tudo e de nada se admira.

O Iniciado não tem esperanças duvidosas nem temores absurdos, porque não tem crenças desarrazoadas. Eis, então, uma nova interpretação dos atributos do Iniciado; a sua Lâmpada representa o Saber, o Manto que o envolve representa a sua Discrição e o seu Bastão é o emblema da sua Força e da sua Audácia. Ele Sabe, Ousa e se Cala. Sabe a natureza do Grande Agente Mágico, ousa fazer os Atos e pronunciar as Palavras e se cala sobre o Dogma Único da Alta Iniciação. Sucessor e herdeiro de tantos Profetas martirizados, o Iniciado não ousa menos, mas, compreende inteiramente a necessidade de se calar.

O visível é a medida proporcional do Invisível.

Equilíbrio de GeBURaH e CheSeD Estabilidade e Movimento, Necessidade e Liberdade, Ordem Racional e Autonomia Volitiva, Oeste e Leste, Justiça rigorosa e sábia e Misericórdia poderosa e benévola.

O diabo é Deus compreendido pelos malvados.

O diabo é formado dos fragmentos de Deus.

O diabo é uma idéia humana da Divindade sobrepujada e despojada do céu pelo progresso da ciência e da razão.

Chave Religiosa e KaBaLística do Tarô:

1 – ALeF – Tudo mostra uma Causa Inteligente e Ativa.
2 – BET – O Número dá prova da Unidade Viva.
3 – GiMeL – Nada pode limitar Aquele que tudo contém.
4 – DaLeT – Só, antes de qualquer princípio, está presente em toda parte.
5 – HE – Como é Único Senhor, é o Único Adorável.
6 – VAV – Revela aos Corações puros seu Dogma Verdadeiro.
7 – ZaIN – É preciso um só chefe às obras da fé.
8 – HeT – Só há um Altar e só há uma Lei.
9 – TeT – Nunca o Eterno mudará a sua base.
10 – IOD – Dos céus e dos nossos dias regula cada fase.
11 – KaF – Rico em misericórdia e enérgico na justiça.
12 – LaMeD – Promete a seu povo um reino no porvir.
13 – MeM – O túmulo é a passagem para a Terra Nova. Só a morte acaba, a Vida é Eterna.
14 – NUN – O bom anjo é aquele que acalma e tempera.
15 – SaMeK – O mau é o espírito de orgulho e cólera.
16 – AIN – Deus manda no raio e governa o fogo.
17 – PhE – Vésper e o seu orvalho obedecem a Deus.
18 – TzaDE – Coloca sobre nossas torres a Lua como sentinela.
19 – KOF – O seu Sol é a fonte em que tudo se renova.
20 – RESh – O seu Sopro faz germinar o pó dos túmulos.
0 ou 21 – ShIN – Onde os mortais sem freio descem em multidão.
21 ou 22 – TaV – Sua coroa cobriu o propiciatório.

10 Sephirah + Vinte e Duas Lâminas do Tarô Trinta e Dois Caminhos da Ciência Absoluta.

Saber se apoderar do Grande Agente Mágico (Luz Astral) é ser depositário do próprio Poder de Deus – toda Magia Real, Efetiva, todo Verdadeiro Poder Oculto.

Fé só produz fé. Querer com razão é querer com força indefinida.

Solve et Coagula. Todo indivíduo preconceituoso, temeroso e escravo das suas paixões é incapaz de dissolver e coagular – conforme a expressão de Heinrich Khunrath – a Luz Astral ou a Alma da Terra.

 

 

Solve et Coagula

 

 

A felicidade dos Adeptos é a Inteligência dos Grandes Segredos e a Consciência do Poder.

Magia é um instrumento de Bondade Divina ou de orgulho diabólico, mas, certamente, é a morte das alegrias da Terra e dos prazeres da vida mortal. Há, todavia, operações mágicas relativas e limitadas a um certo círculo, que não exigem tão heróicas virtudes.

A Grande Obra é, antes de tudo, a criação do homem por si mesmo, isto é, a conquista plena e total que faz das suas faculdades e do seu futuro. É, principalmente, a emancipação perfeita da sua vontade, que lhe assegura o império universal do Azoth e do domínio da Magnésia, isto é, um pleno poder sobre o Agente Universal – que os antigos Filósofos herméticos encobriam sob o nome de Matéria-prima, determina formas da substância modificável, e pode-se, realmente, chegar, por seu meio, à Transmutação Metálica e à Medicina Universal.6

Há duas Operações Alquímicas Herméticas: uma espiritual, outra temporal, e dependem uma da outra.

'Separarás a Terra do Fogo, o Sutil do Espesso, suavemente, com grande indústria. Ele sobe da Terra ao Céu, e logo desce a Terra, e recebe a força das coisas superiores e inferiores. Terás, por este meio, a glória de todo mundo, e, por isto, toda obscuridade desaparecerá de ti. É a Força fonte de toda força, porque ela vencerá todas as coisas sutis e penetrará em todas as coisas sólidas. Assim o mundo criado.' [Tábua de Esmeralda, Hermes Trismegisto, apud Éliphas Lèvy].

Separar o Sutil do Espesso, na primeira operação, que é totalmente interior, é libertar a [personalidade-]alma de todo preconceito e de todo vício, o que se faz pelo uso do Sal Filosófico, isto é, da Sabedoria [ShOPhIa] e do Mercúrio, isto é, da habilidade pessoal e do trabalho. Depois, enfim, do Enxofre, que representa a energia vital e espiritual até as coisas menos preciosas, e até as imundícies da Terra. É neste sentido que é preciso entender a turba dos Filósofos [Turba Philosophorum] de Bernardo Trevisano, de Basílio Valentino, de Maria Egipcíaca [Maria do Egito] e dos outros Profetas da Alquimia. Mas, nas suas obras, como na Grande Obra, é preciso separar habilmente o Sutil do Espesso, o Mítico do Positivo, a Alegoria da Teoria. Se os quiserdes ler com prazer e inteligência, deveis primeiramente ouvi-los alegoricamente no seu conjunto, depois descer das alegorias às realidades por meio das correspondências ou das analogias indicadas no Dogma Único: “O que está em cima é como o que está embaixo, e reciprocamente”.

ART, voltada ou lida à maneira das escrituras sagradas e primitivas, isto é, da direita para a esquerda [TRA], exprime, por três iniciais, os diferentes graus da Grande Obra. T significa Ternário, Teoria e Trabalho. R significa Realização e A significa Adaptação.

Dogma da Criação Lei de Criação Fixo + Volátil Necessidade + Liberdade.

Alquimia Filosófica e Moral Vontade Forte Independência Absoluta Athanor Pentagrama ou Estrela de Cinco Pontas Signo Absoluto da Inteligência Humana.

Um Triângulo remontado por uma Cruz significa, em Alquimia, o fim e a perfeição da Grande Obra – a Obra realizada.

 

 

 

 

Como poderás salvar os outros, tu que ainda não pudeste salvar a ti mesmo?

Para os reveladores do Grande Arcano, o suplício!

 

 

 

Alerta aos Neófitos

 

 

 

om Magia,

não se bole nem se brinca:

nem à vera nem à brinca.

Em Magia,

poderá suceder o inesperado,

e comprometer o Quadrado!

Com Magia,

não se mexe nem se remexe:

 

 

 

Continua...

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Na realidade, o bem e o mal não são necessidades. Antes, são manifestações tendentes à harmonia (o bem) ou à desarmonia (o mal) com o Teclado Cósmico-vibratório Universal. Quando propendem à conformidade com as Leis Cósmicas, dizemos que os atos são bons; quando se dá o oposto, dizemos que são maus. Por este motivo, tanto o bem quanto mal não têm existência real nem são definitivos como bem ou como mal, pois, só o que tem existência real é a Lei-em-si, desde sempre a Lei-em-si. Note bem que, mesmo uma coisa que se aproxime das vibrações harmônicas da Lei-em-si não é, ainda, a Lei-em-si, mas, uma imitação deficiente que precisa ser depurada e aperfeiçoada. Logo, particularmente no que concerne ao que denominamos bem, ele não é uma coisa pronta e acabada, mas, sim, uma busca praticamente eterna. E assim, em cada estágio da nossa evolução/reintegração, temos uma idéia diferente do que sejam efetivamente o mal e o bem. A nossa Pereginação sempre será caracterizada pelo mais ou menos.

2. Leia invulnerável como quase invulnerável. Se todos os grandes Adeptos fossem absolutamente invulneráveis aos golpes humanos, nenhum deles teria padecido em virtude da ignorância-fúria humana, apesar de, em todos os casos, saberem de antemão o que os aguardava, por terem descido à Terra para esparramar o Conhecimento.

3. Leia profanos como indignos ou desmerecedores.

4. Tudo o que pensamos, tudo o que falamos e tudo o que fazemos é conseqüencial, e fica devidamente registrado nos Registros Akáshicos escrito na Luz Astral. Por isto, Éliphas afirmou corretamente que não há atos solitários e não há atos ocultos... e é assim que cada um se torna e permanece filho das suas obras.

 

 

5. Desconhecendo isto, grande parte dos seres humanos pré-qualifica as preferências sexuais que não estejam de acordo com o que consideram adequado e normal, ou seja, pão, pão, queijo, queijo, e só admitem pão com queijo. O que precisamos definitivamente entender é que nada se produz de estalo em uma vida. De maneira geral, tudo vem de longe; às vezes, de muito longe! Seja como for, um aviso aos preconceituosos: Camarão que dorme a onda leva; hoje, é dia da caça, amanhã, do caçador. (Versos da música Camarão Que Dorme a Onda Leva, de autoria de Zeca Pagodinho e de Arlindo Cruz).

6. A Fraternidade dos Rosacruzes é uma sociedade secreta de homens possuidores de poderes super-humanos, senão sobrenaturais. São capazes de prever os eventos futuros, de penetrar nos mais profundos mistérios da Natureza, de transformar ferro, cobre, chumbo ou mercúrio em ouro, de preparar um Elixir da Vida (ou Panacéia Universal), pelo uso do qual poderiam preservar sua juventude. Acredita-se, ainda, que eram capazes de comandar os Espíritos da Natureza. Conheciam também o segredo da Pedra Filosofal, uma substância que facultava ao seu possuidor todos os poderes, incluindo a imortalidade e a suprema sabedoria. (Franz Hartmann, (1838 – 1912). Em adição às suas inúmeras invenções e aos seus diversos trabalhos, em 22 de junho de 1916, Harvey Spencer Lewis (1883 – 1939), fundador e Imperator do 2º ciclo de atividades da Ordem Rosacruz, AMORC, operou publicamente uma transmutação de zinco em ouro – durante uma demonstração clássica de princípios alquímicos, na cidade de Nova Iorque. Uma equipe de Grandes Mestres da AMORC, membros da AMORC, cientistas e um jornalista assistiram de perto o processo, que era composto pela mistura de reagentes selecionados em uma ordem preestabelecida. Na ocasião, após a transmutação, foi declarado que o produto do resultado do experimento tinha as mesmas propriedades do ouro, e tal anúncio consta na American Rosæ Crucis. Os reagentes utilizados na transmutação do zinco em ouro nunca foram revelados; apenas, óbvia e sabidamente, a matriz transmutável foi o zinco. Rosacruz quando cisma de não falar, não fala nem sob tortura. Desde então, esta experiência, ao que eu saiba, não foi repetida na AMORC.

Música de fundo:

Jesus Of Nazareth
Compositor: Maurice Jarre

Fonte:

http://www.loudtronix.me/search/Maurice-Jarre-Jesus-Of-Nazareth

 

Páginas da Internet consultadas:

http://heathersanimations.com/devils.html

http://www.honkingdonkey.com/holiday-coloring-
pages/april-fools-day/april-fool-coloring-01-009.htm

http://www.sca.org.br/uploads/news/
id184/Dogma-e-Ritual-da-Alta-Magia.pdf

 

Direitos autorais:

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