A
plena natureza espiritual do ser-humano-aí-no-mundo é andrógina
e incorruptível. [In:
Os Ensinamentos Secretos
de Todos os Tempos, de autoria de Manly Palmer Hall.]
Splendor Solis
A
palavra ADM [Adão]
significa uma espécie ou uma raça, e somente pela
falta de conhecimento adequado [Iniciático]
foi considerada um indivíduo.
[Ibidem.]
ADM
também pode ser interpretado como uma idéia ou um molde, refletindo-se
no universo material como uma multidão de imagens animadas que, juntas,
são chamadas Eva. [Ibidem.]
Na
atração aparentemente incompreensível de um sexo por
outro, Platão reconheceu o impulso cósmico do encontro das
metades cortadas do Ser Arquetípico. O conceito moderno de casamento
se baseia, de certo modo, nesse ideal. [Ibidem.]
Uma
outra maneira de interpretar a divisão dos sexos
[que ocorreu na Terceira Raça-raiz] estabelece que, ao
ser suprimido um dos pólos do ser andrógino, as energias puderam,
então, se manifestar e se orientar no sentido do desenvolvimento
do raciocínio. Deste ponto de vista, na realidade, o ser-humano-aí-no-mundo
continua sendo andrógino e espiritualmente completo, embora, no mundo
material, a parte feminina da natureza masculina e a parte masculina da
natureza feminina estejam inativas
[dormentes]. No entanto, através do desenvolvimento espiritual
e do conhecimento transmitido pelos Mistérios, o elemento latente
em cada natureza, aos poucos, se torna ativo, e, a longo prazo, o ser-humano-aí-no-mundo
acabará recuperando o equilíbrio sexual. As Escolas Filosóficas
mais profundas se inclinam para esta interpretação, porque
reconhece melhor as potencialidades ilimitadas da completude divina nos
dois aspectos da manifestação [+
e –]. A Igreja
Católica
se opõe fundamentalmente à teoria do matrimônio, sustentando,
dogmaticamente, que apenas aqueles que preservarem o estado virginal alcançarão
o mais alto grau de espiritualidade, e, para os seus confrades, continua
a impor o celibato, uma prática que só serve para produzir
uma quantidade alarmante e inconcebível de neuróticos [com
todas as mórbidas conseqüências conhecidas e desconhecidas].
Nos Mistérios,
o celibato é reservado para Aqueles que atingiram um elevado grau
de Desenvolvimento Espiritual [Portanto,
o Verdadeiro Celibato é Iniciático; jamais poderá ser
exclusivamente físico]. Por outro lado, quando o celibato
é imposto à massa da Humanidade não-Illuminada, se
torna uma heresia perigosa, fatal tanto para a própria religião
como para a Filosofia, [porque
acaba se transformando em magia negra]. Enfim, por alguma razão
inexplicável, para a Religião Católica, o intelectualismo
– de
fato, qualquer forma de conhecimento –
sempre foi considerado
fatal para o desenvolvimento espiritual do ser-humano-aí-no-mundo.
[A Igreja Católica quer tudo, menos um ser-humano-aí-no-mundo
Espiritualmente Livre, e faz de tudo para que esta Libertação
não aconteça. Os dogmas católicos se incumbem exatamente
disto e têm exatamente esta função, pois, sendo pontos
fundamentais da doutrina religiosa, são apresentados como certos
e indiscutíveis, cuja verdade as pessoas devem aceitar sem questionar.
Há coisa mais absurda do que o perdão dos pecados, que só
um padre pode dar? Eu só fico me perguntando: até quando as
pessoas irão acreditar e se submeter à essas coisas, que,
de fato, propriamente, não são coisas, mas, monstruosidades
abomináveis?] [Ibidem.]
Simbolicamente
—
(De modo geral)
costuma
ser assim,
seja
no não-começo,
seja
no não-meio,
seja
no não-fim:
não
há
mânvântâra
sem prâlâya,
e
não há
prâlâya
sem mânvântâra.
Não
há
Cruz
sem Rosa,
e
não há
Rosa
sem Cruz.
Não
há
reintegração
sem renascimento,
e
não há
(Re)nascimento
sem (Re)integração.
Não
há
medo
sem ignorância,
e
não há
ignorância
sem medo.
Não
há
fideísmo
sem ajoelhação,
e
não há
ajoelhação
sem fideísmo.
Não
há
patriotismo
sem nacionalismo,
e
não há
nacionalismo
sem patriotismo.
Não
há
sem preconceito,
e
não há
preconceito
sem .
Não
há
dor
sem desejo,
e
não há
desejo
sem dor.
Não
há
o
mesmo sem o outro,
e
não há
o
outro sem o mesmo.
Não
há
Professor
Raimundo sem Chico Anysio,
e
não há
Chico
Anysio sem Professor Raimundo.
Não
há
Capitão
Gay sem Jô Soares,
e
não há
Jô
Soares sem Capitão Gay.
Não
há
múmia
paralítica sem Aquiles Arquelau,
e
não há
Aquiles
Arquelau sem múmia paralítica.
Não
há
Discoteca
sem Chacrinha,
e
não há
Chacrinha
sem Discoteca.
Não
há
Don
Camillo sem Fernandel,
e
não há
Fernandel
sem Don Camillo.
Não
há
núcleo
sem periferia,
e
não há
periferia
sem núcleo.
— Não há
o
+ sem o
–,
e não há
o –
sem o +.
Não há
sem ,
e não há
sem .
Não
há
sem ,
e não há
sem .
Não há
numerador
sem denominador,
e não há
denominador sem numerador.
Não há
antes
da vírgula sem depois da
vírgula,
e não há
depois
da
vírgula
sem antes da vírgula.
Não
há
catetos
sem hipotenusa,
e não há
hipotenusa
sem catetos.
Não há
Noite sem Dia,
e não há
Dia
sem
Noite.
Não há
sem ,
e não há
sem .
Não
há
(re)construção
sem destruição,
e não há
destruição
sem (re)construção.
Não
há
efeito
sem causa,
e não há
causa
sem efeito.
Não
há
ação
sem compensação,
e não há
compensação
sem ação.
Não
há
nascimento
sem morte,
e não há
morte
sem nascimento.
Não
há
existência
sem ausência,
e não há
ausência
sem existência.
Não
há
peregrinação
sem barco,
e não há
barco
sem peregrinação.
Não
há
Caronte
sem Hades,
e não há
Hades
sem Caronte.
Não
há
Zeus
sem o Monte Olimpo,
e não há
o
Monte Olimpo
sem Zeus.
Modelo 3D do Monte Olimpo
—
Não há
descida
sem subida,
e não há