O VÉU SOBRE A ESFINGE

 

 



Grande Esfinge de Gizé

Decifra-me ou te devoro:
Que criatura, pela manhã, tem quatro pés,
ao meio-dia, tem dois, e, à tarde, tem três?
Édipo resolveu o quebra-cabeça: o homem.
Na infância, engatinha, quando é um bebê,
depois, anda sobre dois pés, na idade adulta,
e usa um arrimo, quando se torna um ancião.
Mas, há os que engatinham e peidam até a morte!1

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Uma linha mal explicada, uma letra olvidada, [uma crendice amamentada, uma ignorância enraizada, uma separatividade inculcada, uma reificação não ultrapassada, uma mania encasulada], impedirão de levantarmos o véu que a mão do Criador pousou sobre a Esfinge. [In: La Très Sainte TrinosophieA Santíssima Trinosofia – de autoria do Iluminista, Rosa+Cruz e Maçom Conde de Saint-Germain.]

 

 

 

 

 

 

Um deus inventado...
Um demônio fabricado...
Um céu rabiscado...
Um inferno desfigurado...
Um dogma acreditado...
Um não-sei não superado...
Uma mentira cozinhada...
Um fantasma forjado...
Uma magia negra obrada...
Uma mandinga encomendada...
Uma H2O consagrada desvirtuada...
Um feijão mágico adulterado...
Um milagre defraudado...
Um populário aceitado...
Um cousismo concretado...
Um preconceito radicado...
Um inculcado...
Um ponto de vista mal-ajambrado...
Um apedeutismo
enraizado...
Um afastamento desvairado...
Um desvario estouvado...
Um opróbrio internalizado...
Um barbarismo praticado...
Um escravagismo orquestrado...
Um carapetão premeditado...

 

 

 


Um ardil conspirado...
Um desespero maquinado...
Uma letra permutada...
Um sinal diacrítico olvidado...
Uma linha obliquada...
Um hiperbibasmo ignorado...
Um homônimo paronimizado...
Um parônimo homonimizado...
Um sinônimo antonimizado...
Um antônimo sinonimizado...

Um descumprimento exercitado...
Um juramento falsificado...
Um possível impossibilitado...
Um jardim não regado...
Um deserto ressecado...
Um buraco aumentado...
Um dízimo negociado...
Uma prece egoismada...
Um joelho dobrado...
Um cagaço entranhado...

Um nonsense imitado...
Um aplauso enviesado...
Um entendimento inadequado...
Um fiat voluntas mea amiudado...
Um imperativo hipotético hipotetizado...
Um sim obliterado...
Um não derriscado...
Um arremedo reiterado...
Um negacionismo instalado...
Um sonho sonhado...
Um delírio delirado...
Uma miragem acariciada...
Uma ilusão mimada...
Um vinho avinagrado...
Uma rosa desfolhada...
Um impossível aprovado...
Um equívoco acrescentado...
O festejado...
O desprezado...
O irreverenciado...
O procrastinado...
O adiado...
A ignorância abundada...

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


E
enquanto ignorarmos, a Esfinge não será decifrada.
E
nquanto ignorarmos, o véu não será desvelado.
Enquanto ignorarmos, a caverna não será desescurecida.
E
nquanto ignorarmos, o oásis não será engrinaldado.
E
nquanto ignorarmos, o horizonte não será desanuviado.
E
nquanto ignorarmos, o mínimo não será maximizado.
Enquanto ignorarmos, o máximo não será avistado.
E
nquanto ignorarmos, o grilhão não será eliminado.
E
nquanto ignorarmos, a vida não será modificada.
E
nquanto ignorarmos, o repeteco não será amiudado.
E
nquanto ignorarmos, a morte não será ultrapassada.
E
nquanto ignorarmos, o Lapis não será Alquimiado.
E
nquanto ignorarmos, o nigredo não será avermelhado.
E
nquanto ignorarmos, o não será transmutado.
E
nquanto ignorarmos, o não será conscientizado...
E
nquanto ignorarmos, a mudança não será catalisada.
E
nquanto ignorarmos, o não será minimizado.
E
nquanto ignorarmos, o não será vislumbrado.
E
nquanto ignorarmos, a compensação educativa não será aliviada.

 

 

 


E enquanto ignorarmos, a nossa noite não será Illuminada.
Enquanto ignorarmos, a nossa Aurora não será descortinada.
Enquanto ignorarmos, a nossa Compreensão não será alcançada.
Enquanto ignorarmos, a nossa Liberdade não será conquistada.
Enquanto ignorarmos, a nossa Ascensão não será granjeada.
Enquanto ignorarmos, a nossa Unificação não será realizada.
Enquanto ignorarmos, a nossa não será efetivada.
Enquanto ignorarmos, o nosso não será coerentizado.

 

 

Coerentização do Sete
(7 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 = 28 2 + 8 = 10 1 + 0 = )

 

 

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Nota:

1. Flatulência não é motivo para demissão, diz TRT de São Paulo. Um funcionário que tenha o hábito de soltar gases (peidos) durante o expediente poderá ser demitido por justa causa? A sonora dúvida mereceu a atenção dos juízes da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo) em uma reclamação trabalhista julgada em dezembro de 2007. A espirituosa resposta do Juiz Ricardo Artur Costa e Trigueiros (relator) mostrou que, mesmo não seguindo as regras do bom costume, a flatulência é um ato que independe da vontade da pessoa e, por isso, não pode ter reflexos sobre o contrato de trabalho. A eliminação involuntária, conquanto possa gerar constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, não há de ter reflexo para a vida contratual. Deste modo, não se tem como presumir má-fé por parte da empregada, quanto ao ocorrido, restando insubsistente, por injusta e abusiva, a advertência pespegada, e bem assim, a justa causa que lhe sobreveio, argumentou o Juiz Trigueiros. E completou: o organismo tem que expelir os flatos, e é de experiência comum a todos que, nem sempre pode haver controle da pessoa sobre tais emanações. O Juiz Trigueiros explicou que a flatulência constitui uma reação orgânica natural à ingestão de ar e de determinados alimentos com alto teor de fermentação, os quais, combinados com elementos diversos, presentes no corpo humano, resultam em gases que se acumulam no tubo digestivo e necessitam ser expelidos, via oral ou anal, respectivamente, sob a forma de eructação (arroto) e flatos (ventosidade, pum). Apesar de sua tolerante posição, o Excelentíssimo magistrado faz uma ressalva, de tal sorte que, em algumas hipóteses, flatos barulhentos e intencionais podem ensejar em uma justa causa. (Oh!!!) Sua propulsão só pode ser debitada aos responsáveis quando comprovadamente provocada, ultrapassando assim o limite do razoável. A imposição deliberada aos circunstantes dos ardores da flora intestinal pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de punição pelo empregador, ensina o juiz. Para embasar cientificamente seu voto, o Doutor Trigueiros fez um estudo sobre o tema, recorrendo a um artigo do médico Dr. Dráuzio Varella, para mostrar que a flatulência não significa doença. Segundo o médico, um adulto pode soltar gases até vinte vezes por dia (que é exatamente o meu caso). Expelir gases é algo absolutamente natural e, ainda por cima, ocorre mais vezes em pessoas que adotam dietas mais saudáveis. Deste modo, a flatulência poderá estar associada à reação de organismos sadios, sendo sinal de saúde, argumenta o juiz. (Oba!!!) O Erudito Juiz cita, inclusive, uma passagem do livro O Xangô de Baker Street, do saudoso humorista Jô Soares, para afirmar que os gases nem sempre são tolerados pelas convenções sociais. No livro, uma comprometedora e embaraçosa flatulência involuntária do Imperador Dom Pedro II – nascido Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga (Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 – Paris, 5 de dezembro de 1891), cognominado o Magnânimo – é assumida pronta e heroicamente pelo personagem Rodrigo Modesto Tavares. Pelo heroísmo do súdito, o generoso Imperador peidão lhe concedeu o título de Visconde de Ibituaçu (Vento Grande – em tupi-guarani). Se o herói imperial tivesse sido eu, o Longânime Imperador, certamente, teria me concedido o título nobiliárquico de Marquês de Pizzinguaçu (Vento Ribombante Habitudinário – em patropi tupiniquinho), o que teria me honrado, sim, sobremaneira.

Para Conferir:

https://www.conjur.com.br/2008-fev-27/flatulencia_nao_motivo_demissao_trt-sp/

 

 

 

Música de fundo:

Days of Wine and Roses
Composição: H
enry Mancini (música) & Johnny Mercer (letra)
Interpretação: Frank Sinatra

Fonte:

https://mp3store.cc/get-music/frank-sinatra-days-of-wine-and-roses/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.pngwing.com/pt/search?q=nariz+de+pin%C3%B3quio

https://iconduck.com/emojis/128748/bubbles

https://reino-de-piratini6.webnode.page/l/barao-de-gravatai/

https://gifer.com/en/gifs/crawling

https://www.pensador.com/autor/esfinge/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Esfinge_de_Giz%C3%A9

https://www.azquotes.com/quote/705043

https://www.wikiperledo.org/wiki/File:Cesare_Cant%C3%B9.jpg

https://www.oexplorador.com.br/160368-2/

https://asanaathome.com/bhagavad-gita-quotes-positive-thinking/

https://stock.adobe.com/br/search?k=montesquieu

https://www.britannica.com/summary/Francois-Rabelais

https://br.pinterest.com/pin/342836590379657657/

https://br.vexels.com/vetores/previsualizar/78128/moldura-floral-antiga

https://www.mypartybox.pt/veu-noiva-simples.html

https://b10.beauty/cartoon-moon-without-face

https://depositphotos.com/pt/vectors/ora%C3%A7%C3%A3o-de-joelhos.html

https://es.dreamstime.com/

 

Direitos autorais:

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