O Esforço Mediúnico de
DIVALDO PEREIRA FRANCO

 

 

 

 

Divaldo Franco

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Objetivo do Trabalho

 

 

 

Eu não sou espírita; por isto, fico inteiramente à vontade para divulgar um pouquinho do esforço mediúnico de Divaldo Franco e de alguns dos denominados benfeitores espirituais que o auxiliam e orientam. Compreensões distintas à parte, o certo que eu e Divaldo lutamos pela mesma causa, que pode ser resumida em dois pontos principais: Liberdade para todos e Illuminação para todos.

 

 

 

 

Breve Biografia de Divaldo

 

 

 

Divaldo Franco

Divaldo Franco

 

 

 

Divaldo Pereira Franco, professor, médium e orador espírita brasileiro, é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Dos seus oitenta anos, sessenta foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas das periferias de sua Salvador. Nasceu em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia, e desde a infância se comunica com os espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor primário, em 1943. Trabalhou como escriturário no antigo Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), em Salvador, aposentando-se em 1980. É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo.

 

Como médium, publicou 202 livros, com mais de 8 milhões de exemplares, onde se apresentam 211 Autores Espirituais, muitos deles ocupando lugar de destaque na Literatura, no pensamento e na religiosidade universais. Destas obras, houve 92 versões para 16 idiomas (alemão, albanês, catalão, espanhol, esperanto, francês, holandês, húngaro, inglês, italiano, norueguês, polonês, tcheco, turco, russo, sueco e sistema braille). A renda proveniente da venda dessas obras bem como os direitos autorais foram doados, em cartório, à Mansão do Caminho (obra de amor e de fraternidade construída em colaboração com Nilson de Souza Pereira na cidade de Salvador, Bahia, em uma área de 78.000 m2, e inaugurada no dia 15 de agosto de 1952) e a outras entidades filantrópicas.

 

 

 

 

Pensamentos de Divaldo

 

 

 

Divaldo Franco

Divaldo Franco

 

 

 

A lei é de progresso e, por conseqüência, a todos cabe o esforço de libertação das heranças enfermiças, dos hábitos primitivos, experienciando conquistas íntimas que se irão acumulando na estrutura emocional que se apresentará em forma de paz e de concórdia. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

Reserva alguns minutos para a meditação antes de tomar atitudes, de assumir compromissos. Os melhores conselhos que receberes são guias e não soluções. Os teus problemas pertencem-te e a ti cabe solucioná-los. Transferir responsabilidades para os outros é fugir ao dever. Como não é justo que te acredites responsável por tudo, também não é correto que culpes os outros por todas as ocorrências infelizes que te alcancem. Renovação moral é compromisso para já, e não para oportunamente. Cada vez que postergas a ação dignificadora em favor de ti mesmo, as circunstâncias se tornam mais complexas e difíceis. Em ti próprio estão as respostas para as interrogações que bailam em tua mente. Aclimata-te ao silêncio interior e ouvirás com clareza as diretrizes para equacioná-las. No dia-a-dia, aprenderás a te encontrares, se o intentares sempre. Um dia é valioso período de tempo, cheio de incidentes para serem resolvidos e rico de oportunidade para elevação pessoal. Ganha cada momento, fazendo uma após a outra cada tarefa, e terminarás a jornada em paz. Reflexiona, portanto, antes de agires, para que, arrependido, não venhas a meditar só depois. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

 

 

 

Caminha um pouco ao ar livre. Tranqüilamente, redescobrirás a natureza que te abençoa a vida. Espairece, saindo deste turbilhão em que te encontras e deixa a imaginação voar. Evita os lugares movimentados, para o teu passeio, e aspira o oxigênio balsâmico da floresta, da montanha, do mar... Refaze conceitos, acalma-te e abençoa a vida na forma como se te apresente. A tua atual existência é rica do que necessitas para ser feliz! (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

Abençoa com alegria cada oportunidade evolutiva. A dor enfrentada com resignação diminui de intensidade, tanto quanto suportada em silêncio passa com mais rapidez. Nunca te alcançam os sofrimentos que não mereças, assim como não passarás pela Terra, em regime de exceção, sem os enfrentares. As leis de Deus são iguais para todos. Substituindo o amor que escasseia, a dor é a mestra que impulsiona ao avanço.1 (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

As dificuldades, as diferenças de opinião, os insultos e os agravamentos devem ser considerados como experimentos, como testes ao aprimoramento espiritual, ao aprendizado das novas condutas exaradas no Evangelho de Jesus. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

A grandeza da alma se reflete na ação das pequenas coisas. Quanto mais desce para servir, mais se eleva na realização. Nem sempre os heróis são aqueles que se revelaram nos graves momentos da Humanidade, pela atuação decisiva. Existem incontáveis lidadores que impulsionam o homem e a sociedade no rumo do grande bem, através de contínuos sacrifícios que passam ignorados e, sem os quais, o caos se estabeleceria dominador. Os discutidores inoperantes consideram em demasia o valor das palavras, perdendo o tempo útil que poderia ser aplicado nas ações relevantes. Nos debates estéreis dizem o que não amadureceram pensando, quando poderiam agir bem, assim melhor ensinando. Quem não pode se revelar em uma grande realização, sempre dispõe de meios para se manifestar nas pequenas ações. Se não possui recursos para acabar com a fome geral, pode atendê-la em uma pessoa necessitada; se não consegue resolver o problema das enfermidades, deve socorrer um doente; não logrando acabar com a miséria, dispõe-se a minorá-la naqueles que defronta e padecem-lhe a injunção.Não é imprescindível estar presente nos grandes momentos da História, todavia, é importante facilitá-los para os outros, desde hoje, com a sua contribuição. Jesus não quis vencer no mundo; antes, porém, venceu o mundo repleto de paixões mesquinhas. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

Quando alguém se escusa a ajudar não está sendo impedido pela culpa, mas pelo egoísmo, esse genitor insensível da indiferença pelo sofrimento dos outros, distanciando-se, na desdita em que se compraz, dos recursos eficientes para a aquisição da paz interior. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

Todos os seres humanos, de uma ou de outra forma, carregam algumas culpas, inclusive aquelas que lhes foram impostas pelas tradições religiosas absurdas, que se compraziam em condenar ao invés de orientar a maneira eficiente de libertação dos equívocos em que se tombava. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

A aceitação2 honesta do fenômeno culpa pela consciência constitui excelente aquisição emocional para o trabalho de diluição dos fatores que a geraram. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

A felicidade somente se instalará na Terra quando as criaturas humanas compreenderem que o auxílio recíproco é o recurso precioso3 para o equilíbrio entre todos. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

A Illuminação é o vir-a-ser... É um tentame de natureza espiritual convidando à conscientização em tomo da imortalidade. Aquele que se ilumina, descobre a vida na sua grandiosidade e experimenta um ilimitado sentimento de compaixão acompanhado de gratidão a todos quantos o precederam, aos contemporâneos e àqueles que virão depois... Com a iluminação adquire-se sabedoria – esse estágio que vai além do conhecer alcançando o altiplano moral do ser, do encontrar-se no mundo com todos e não estar amordaçado nem aprisionado a ninguém. Aquele que se ilumina, mesmo que não o deseje, torna-se observador da própria consciência, dilatando-a e utilizando-a para a compaixão e o amor. O Ser Illuminado não teme o futuro, não sofre as recordações do passado, não se aflige com a chegada da velhice e muito menos com a perspectiva da morte. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

Aprende a dominar os impulsos da ira, porque a existência terrestre não é uma viagem deliciosa ao país róseo da alegria sem-fim... Esforça-te para compreender o outro lado, a forma como os outros encaram as mesmas ocorrências... Luta para vencer a arrogância, porque todos os Espíritos que anelam pela paz, pela vitória das paixões, têm, como primeiro desafio, a superação dos sentimentos inferiores, aqueles que devem ser substituídos pelos de natureza dignificante. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

Ninguém é o que apresenta exteriormente. Tanto existem conteúdos cruéis ocultos pela educação, pela dissimulação e pela hipocrisia, como sentimentos relevantes e bons. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

És responsável pelos teus atos, qual semeador que avança, seara adentro, atirando os grãos que irão germinar com o tempo. (Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco).

 

Não temamos nunca! Estejamos unidos na defesa da Vida em uma família espiritual digna, suportando reveses e incompreensões. Ser espírita, hoje, é o mesmo que ter sido cristão ontem. (Bezerra de Menezes, psicografia de Divaldo Franco).

 

A Oração é o Elixir da Longa Vida que nos proporciona os recursos para preservar os valores de edificação, perseverando no trabalho iluminativo. E o Amor indiscriminado, a todos, mesmo aos inimigos – o que não quer dizer anuência com os seus despropósitos – é impositivo de emergência para lograrmos a Paz. (Bezerra de Menezes, psicografia de Divaldo Franco).

 

As grandiosas contribuições do pensamento, exteriorizado nas nobres realizações da Ciência e da Tecnologia, fomentaram também a corrida desenfreada pelo conforto excessivo e pelo poder irresponsável, na louca tentativa de se possuir em abundância para bem se desfrutar com ganância. (Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Franco).

 

O egoísmo solapa os ideais de fraternidade e de ventura coletiva trabalhando em favor da individualização... (Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Franco).

 

As famílias – mergulhadas no torvelinho dos interesses externos – desestruturam-se, e os filhos são entregues a babás humanas ou eletrônicas, quando deveriam conviver com os pais e com eles haurir emoções de segurança propiciadas pelo amor, gerando responsabilidade e dever, que são essenciais para o respeito pela própria existência e pela vida em todas as suas variadas expressões. (Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Franco).

 

A má orientação escolar, pela falta de uma educação baseada em valores humanos e espirituais, apresentada por professores igualmente conflitivos e atormentados, torna-se porta de acesso ao desespero e à conseqüente queda no abismo da viciação... Todos os indivíduos inseguros e conflituosos são vítimas em potencial do uso e do tráfico de drogas, que se encontram ao alcance de quantos desejem usá-las. (Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Franco).

 

A facilidade com que se vendem produtos farmacêuticos geradores de dependência química e propiciadores de transes alucinógenos ou de sensações de aparente paz e de relaxamento torna-se estímulo poderoso para iniciações perigosas que terminam em abuso de substâncias destrutivas dos neurônios cerebrais e responsáveis por outros danos orgânicos irreparáveis e de alta essencialidade para a existência do ser. (Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Franco).

 

A criança e o jovem, não obstante a aparência de fragilidade e a inocência ante as experiências atuais, são Espíritos vividos e portadores de largo patrimônio de conquistas positivas e negativas que lhes exornam a personalidade, facilmente despertáveis de acordo com os estímulos externos que lhes sejam apresentados. Eis porque os valores morais e éticos, quando cultivados, oferecem seguras diretrizes para o equilíbrio e a existência saudável, tornando-se antídoto valioso para o enfrentamento do perigo das drogas. (Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Franco).

 

Ninguém se equivoque! Obsessores há desencarnados, exercendo maléfica influenciação sobre os homens, e encarnados, de mente vigorosa, exercendo pressão deprimente sobre os deambuladores da erraticidade. (Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Franco).

 

Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em conseqüência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, que é uma das eleitas de semelhante ação – como as enfermidades e todas as atribulações da vida deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter. (Allan Kardec, Obsessões e Possessões, apud Divaldo Franco).

 

Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das potências da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até então inexplicados ou mal explicados e que não encontram explicação racional senão no Espiritismo. As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos sucumbir e assemelhar-nos a eles. (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, apud Divaldo Franco).

 

Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto que com os tratamentos corporais os tornam verdadeiros loucos. Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo, saberão fazer essa distinção e curarão mais doentes do que com as duchas. (Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, apud Divaldo Franco).

 

Para alguém ser um bom doutrinador não basta ter boa vontade. Recordo-me que, quando estava muito em voga o termo boa vontade, um Espírito escreveu pela psicografia o seguinte: 'A boa vontade não basta. Já afirmava Goethe que não pode haver nada pior de que um indivíduo com grande dose de boa vontade mas sem discernimento de ação.' Acontece que a pessoa de boa vontade, não sabendo desempenhar a função a contento, termina fazendo uma confusão terrível. Não é suficiente ter apenas boa vontade, mas saber desempenhar a função. É melhor uma pessoa com má vontade que saiba fazer corretamente a tarefa do que outra de boa vontade que não sabe agir. Aliando-se as duas qualidades o resultado será mais positivo. O médium doutrinador, que é também um indivíduo suscetível à influência dos Espíritos, pode desajustar-se no momento da doutrinação, passando a sintonizar com a Entidade comunicante e não com o seu Mentor e, ao se perturbar, perde a boa direção mental ficando a dizer palavras a esmo. Observa-se, às vezes, mesmo em reuniões sérias, que muitos companheiros excelentes, ao invés de serem objetivos, fazem verdadeiros discursos no atendimento aos Espíritos sofredores, referindo-se a detalhes que não têm nada com o problema do comunicante. Não é necessário ser um técnico, um especialista, para desempenhar a função de doutrinador. Porém, é preciso não abdicar do bom senso. Deste modo, quando o Espírito incorporar, cabe ao doutrinador acercar-se do médium e escutá-lo para avaliar o de que ele necessita. Não é recomendável falar antes do comunicante procurando adivinhar aquilo que o aflige. A técnica ideal, portanto, é ouvir-se o que o Espírito tem a dizer, para depois orientá-lo, de acordo com o que ele diga, sempre em um posicionamento de conselheiro e nunca de um discutidor. Procurar ser conciso, porque alguém em perturbação não entende muito do assunto que seu interlocutor está falando. Torna-se imprescindível que o doutrinador ausculte a problemática da entidade.

 

O mistério dos meus oitenta anos? Alegria de viver. Como conseqüência, eu não me dou conta de o tempo passar.

 

A misericórdia de Deus sempre nos proporciona surpresas.

 

Quando um espírito se aproxima de um médium, o médium sente uma sensação de bem-estar ou de mal-estar, conforme o nível de evolução do espírito.

 

Nos fenômenos de reencarnação, o espírito retorna, e, ao se apropriar do cérebro, evoca as lembranças...

 

Dê valor à sua vida: não a malbarate por motivo algum. Cada dia deve ser vivido com intensidade proveitosa, superior. Não transfira de uma para outra oportunidade a mágoa ou a queixa. Supere-as no nascedouro, a fim de preservar sua saúde.

 

O seu não é o mais grave problema dentre os muitos que existem. Há os menores, é certo, mas também existem outros muitíssimo mais graves e intricados do que o seu. O problema é efeito natural do processo de evolução, que todas as pessoas enfrentam. Não se lamente, portanto, nem busque compaixão.

 

Se, por enquanto, chovem calhaus sobre sua cabeça e se multiplicam cardos ferindo-lhe os pés, ou se traz no cerne do ser punhais de angústia, recomponha-se e produza causas novas, que anularão tais efeitos e gerarão futuras alegrias.

 

Arme-se de coragem, seja qual for a faixa em que você se encontre em trânsito de experiência evolutiva.

 

Hoje, você é o que fez de si mesmo; porém, será amanhã o que hoje realiza da oportunidade com que se defronta.

 

 

 

 

A palavra de bondade é uma semente de simpatia. A frase de acusação é um golpe agravando a ferida que nos propomos curar. O conceito otimista é luz no caminho. O grito de cólera é curto-circuito na sistemática das forças em que venha a surgir. O diálogo construtivo é terapêutica restauradora. O comentário deprimente é pasto da obsessão. A nota de esperança é porta de paz. O conceito pessimista é nuvem enregelante. A frase calmante é ingrediente de paz. O verbo agressivo é indução à doença. Conversando podemos criar saúde ou enfermidade, levantar ou abater, recuperar ou ferir. A nossa palavra, enfim, pode ser uma pancada ou uma bênção. E o uso dessa força que equilibra ou desequilibra, obscurece ou ilumina, ergue ou abate está em nós.

 

O Espiritismo tem como fundamento essencial a prática da caridade, dando-lhe uma abrangência que sai do paternalismo de oferecer coisas ao invés de libertar da miséria. O Espiritismo fundamenta a sua proposta dentro da ciência social. Ao invés de dar esmola, dê trabalho. Ao invés de oferecer o pão habitualmente, dê salário, porque através do salário o indivíduo se dignifica e se liberta daquela dependência emocional que o indignifica cada vez mais.

 

O Espiritismo comprova a reencarnação através das experiências de regressão de memória, chamadas ecminésia, das lembranças espontâneas, das revelações mediúnicas e das análises psicológicas da memória extracerebral. Sempre preocupou a Psicologia o chamado 'déjà-vu', em que um indivíduo tem a sensação de já ter visto, de já ter ouvido, de já ter conhecido determinadas coisas. Carl Gustav Jung narrava que, nas suas viagens pela Europa, antes de chegar a determinado lugar, tinha a impressão nítida de que antes houvera estado ali. Conhecia detalhes, hábitos, cultura, e, ao chegar, para sua surpresa, verificava que aquela percepção era verdadeira. Naturalmente, ele teve uma explicação psicanalítica, que parecia concordar com a sua idéia da irradiação mental. Para nós, os espíritas, é uma reminiscência de ocorrências já experimentadas em encarnações anteriores, o que, por dilatação, vem explicar as simpatias, as antipatias, os ódios acendrados e as animosidades entre familiares. Ademais, a reencarnação pode ser constatada, conforme estabeleceu o Dr. Banerjee, parapsicólogo indiano, através, também, de um outro ângulo: a chamada memória não-cerebral. O conhecimento de idiomas, que a pessoa jamais teve a oportunidade de os estudar; as lembranças de vidas pregressas que fluem espontaneamente; e, ao mesmo tempo, a genialidade precoce. Embora nós acreditemos profundamente nas heranças de natureza genética, nos fenômenos denominados pelo próprio Jung como fenômenos de sincronicidade, em que as coisas acontecem por uma lei de sincronicidade, há fatos históricos de crianças que se recordam ou se recordaram de haver vivido antes, ou também de serem possuidoras de um conhecimento que não tem nenhuma explicação, nem genética, nem de natureza psicossocial. Somente a lembrança da reencarnação é que as pode elucidar.

 

Para nós, espíritas, o fim do mundo será o fim do mundo moral negativo, quando nós iremos combater os adversários piores, que são os que estão dentro de nós: as paixões dissolventes, os atavismos de natureza instintiva agressiva, a crueldade, o egoísmo e, por conseqüência, todos veremos uma mudança da face da Terra, quando nós, cidadãos, nos resolvamos por nos libertar em definitivo das nossas velhas amarras ao ego e das justificativas por mecanismos de fuga. Então, o homem do futuro será um homem mais feliz, sem dúvida. Haverá uma mudança também da justiça social. Haverá justiça social na Terra, porque nós, as criaturas, compreenderemos os nossos direitos, mas, acima de tudo, compreenderemos os nossos deveres, deveres esses como fatores decisivos aos nossos direitos. Daí, a nossa visão apocalíptica do fim dos tempos ser uma visão da transformação moral em que esses tempos de calamidade passarão a ser peças de museu, que o futuro encarará com uma certa compaixão, como nós encaramos períodos do passado que nos inspiram certo repúdio e piedade pela ignorância, então, que vicejava naquelas épocas.

 

A palavra demônio vem de 'daimon', anjo, espírito tutelar, e ela foi enunciada possivelmente com mais ênfase por Sócrates, que afirmava ser dirigido por um 'daimon'. No caso de Sócrates, era um Espírito tutelar que o defendia do perigo. Mais tarde, traduzida ao latim, ela sofreu uma corruptela, para significar anjo mau, anjo perverso. Nós não temos uma concepção demoníaca de um ser eterno criado por Deus perpetuamente para o mal, que seria o diabo, Lúcifer. Essa dualidade do bem e do mal é uma dualidade psicológica e de colocação filosófica, isto porque o bem é tudo aquilo que nos promove, que nos dá vida, que nos estimula, e o mal é tudo aquilo que nos perturba, que nos impede o crescimento ético e moral. Daí, o demônio é um estado patológico, que está no indivíduo, e não fora dele. Por uma necessidade de afirmação, nós projetamos para fora, mas que está profundamente enraizado no ser. Não obstante, nós acreditamos que os indivíduos maus, primitivos, perversos, que se comprazem na prática do mal, pela sua própria constituição, depois que abandonam o corpo físico, continuam maus e perversos e se comprazem em perturbar as criaturas humanas que com eles se afligem. Daí, para nós, esses Espíritos seriam os demônios, transitoriamente, porque há uma fatalidade, que é o bem, que é a perfeição, que é a libertação de si mesmo. (Grifo meu).

 

A Igreja Católica, no seu alogiário (sic), estabeleceu que determinados indivíduos gozam de bem-aventurança. Através de um processo muito bem elaborado pelo Vaticano, pela Santa Sé, é estudada a vida de homens e de mulheres abnegados, que deixaram pegadas luminosas. No passado, essa atividade era mais política do que religiosa, o que custava para os países, e ainda custa, uma alta soma em dinheiro para ter o nome dos seus bem-aventurados na lista dos candidatos a santos, a fim de que possam subir aos altares. Acredito que, de início, era uma atitude de muita honestidade para destacar as pessoas nobres, os mártires da fé, os que foram sacrificados. A Idade Média, que foi o grande milênio da ignorância, porque foi quase um milênio de trevas, modificou um pouco, e, de tal forma que, após o Concílio Ecumênico Vaticano Segundo, a própria Igreja reconheceu que muitos indivíduos que gozavam de beatitude da santificação sequer existiram, como São Jorge, aliás, o guia da Inglaterra, como São Cosme e São Damião, e outros tantos. Nós compreendemos perfeitamente e achamos natural que erros de tal monta hajam acontecido, como a perseguição a Galileu, a perseguição a Joanna d’Arc, a perseguição a Charles Darwin e a outros que, lentamente, a Igreja vem reconhecendo e atualizando dentro dos fundamentos da ciência e da lógica. Para nós, o que os católicos chamam santos são os Espíritos nobres, Espíritos puros. Nós não santificamos a ninguém. Cada um se auto-santifica, graças ao trabalho de depuração espiritual, de resistência contra o mal, e, então, pelos atos que realizou na Terra e pelo bem que continua realizando no Além, nós lhes damos o nome de Espíritos Bons, Anjos da Guarda, Espíritos Benfeitores, Espíritos Guias, que de alguma forma têm a mesma característica, embora não seja necessariamente a mesma coisa.

 

A canonização é um ato político-cerimonial, vinculado à uma imposição teológica, para destacar os membros que merecem maior consideração do alto clero e daqueles que estão vinculados a essa denominação religiosa. Desejamos deixar bem claro que isto é respeitável, embora, para nós, não tenha maior significação.

 

A mediunidade é a faculdade da alma que o corpo veste de células para o fenômeno, e ser médium é ter a capacidade de captar ondas, vibrações transpessoais que sejam transmitidas pelos Espíritos encarnados ou desencarnados.

 

O ser humano vem conquistando espaço. Amplia-se o horizonte cósmico. A cada dia ele descobre a grandiosidade do infinito. As sondas espaciais trouxeram informações dantes jamais sonhadas. Os microscópios eletrônicos adentraram-se nas micropartículas, e quando o ser humano acreditou que estava com todas as respostas, ele desperta para constatar que está cheio de dúvidas. A ciência trouxe-lhe um número enorme de equações, aparentemente solucionadas. Mas, neste momento, existem mais de duzentas interrogações intrigantes para a ciência: Por que existe o Universo? Como o Universo se auto fez? Fala-se do 'Big-Bang', de que as partículas estavam condensadas e explodiram, mas isto já é um efeito. Como surgiram as partículas? Do nada? Qual é a força do nada? No campo da Biologia as interrogações são ainda mais perturbadoras: como a célula inicial, o neuroblasto, ao se dividir, pode apresentar células específicas para as cartilagens ou para o nervo ótico; para o neurônio cerebral ou para os cabelos; para a pele ou para a elasticidade cardíaca? Por que, em um determinado momento, a célula do dedo pára de crescer, ao invés de prosseguir ininterruptamente, como caberia à unha? A ciência dá-se conta, através dos seus mais eminentes investigadores, que este é um momento de perguntas. Por que existe a noite? Qualquer um de nós dirá: porque o Sol está do outro lado. Muito bem! E os bilhões de estrelas muito mais poderosas do que o Sol? Por que não iluminam a noite? Será que estão tão distantes que a sua luz ainda não chegou à Terra? Então, a engenharia genética, tentando copiar a Natureza através dos clones e de outros inventos, ameaça o homem de respostas aberrantes. Mas, qual a solução? A viagem para dento. A criatura humana ainda não teve a coragem de se autopenetrar. Faz uma viagem numa bólide espacial, mas tem medo de se autodescobrir. Quando o indivíduo fizer a viagem para dentro e se perguntar 'quem sou eu?' 'por que estou aqui?', 'qual é o objetivo essencial da minha vida?', a ciência lhe dará o contributo intelectual, mas ele descobrirá os valores morais, que servirão de ponte para endossar bem a ciência e se encontrar consigo mesmo, o que equivale dizer com seu Deus Interno. Então, nossa mensagem de paz seria esta: Em qualquer conjuntura, seja você, caro amigo leitor, quem ame. Se não o amarem, se o martirizarem, se o afligirem, sem nenhum masoquismo, continue amando. Aquele que não nos compreende está de mal consigo mesmo. Nós, que já descobrimos a vida, somos como o Sol guardado em uma lâmpada. E é necessário fazer com que a lâmpada que nos envolve seja transparente, para que a nossa luz, saia, não devendo permitir que o envoltório seja fosco e deixe nossa luz retirada. Então, que sejamos nós aqueles que amamos e que não desistamos nunca. É verdade que aparentemente há prevalência do mal e dos maus. Há a dominação dos arbitrários, mas é transitória. A futura árvore tem que vencer a casca da semente, o Sol a lustro, as pragas, as intempéries para poder perpetuar a espécie. Então, vale a pena amar porque quando nós amamos nós saímos da amargura...

 

Nós somos uma sociedade castrada. Nós fomos educados no sentido negativo e proibitivo. Quando se fala do amor, logo confundimos com sexo. Como sexo dá um prazer fisiológico, ele não plenifica emocionalmente, deixando um certo tipo de vazio. Então, o indivíduo fica com medo de uma nova aventura à que ele chama amor, mas é na verdade uma busca sexual.

 

A violência algema o indivíduo ao desequilíbrio, e este desequilíbrio é responsável por muitas desgraças humanas.

 

É necessário que as pessoas façam uma viagem interior para se autodescobrirem e minimizarem os sentimentos negativos.

 

A morte não é o fim da vida, até porque a vida continua.

 

A mudança no modelo econômico que o mundo vive hoje será natural partindo do indivíduo para o grupo. E partindo para grupo através da justiça social. Porque quando não temos justiça social, não temos valores econômicos que dêem dignidade; a criatura se desajusta, e, então, parte para o desespero. Em uma sociedade injusta o número de felizes é muito menor, até que desenvolva nela um sentimento de solidariedade humana.

 

O abordo, a eutanásia, o suicídio e a pena de morte são inegavelmente crimes hediondos que praticamos pela vida.

 

A Terra está em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa de suas maiores comoções. As maiores perturbações serão causadas pelo homem e não pela Natureza, isto é, serão mais morais e sociais que físicas.

 

Considerando-se a Lei do progresso, tudo evolve, desde o átomo primitivo até o arcanjo. Desse modo, também geologicamente a Terra experimenta mudanças físicas significativas, para se tornar o 'habitat' compatível com o processo de evolução para mundo de regeneração. Os atuais cataclismos que periodicamente a assolam, a movimentação contínua das placas tectônicas e as alterações climáticas lentamente criam um novo orbe, no qual os Espíritos que a habitarão, já não sofrerão os impactos da lei de destruição, que arrebata coletividades inteiras, auxiliando-as no processo de depuração das mazelas morais. Neste ínterim, embora a insânia humana, filha perversa do egoísmo, que vem gerando graves problemas para a vida no Planeta, conforme a conhecemos, os Espíritos nobres que cooperam com Jesus, vêem providenciando a reencarnação de Missionários do Bem em todas as áreas, a fim de que o progresso moral não seja perturbado. Nesses futuros tempos já não se sofrerão as calamidades coletivas, conforme sucede em nossos dias. O egrégio codificador conseguiu penetrar com muita sabedoria na informação dos Guias da Humanidade, ao abordar a questão, confirmando que as grandes alterações serão mais morais e sociais do que físicas, embora essas últimas já estejam acontecendo. Nesse porvir, o amor reinará, por fim, entre os seres humanos e os seus irmãos dos demais reinos da Natureza.

 

O conhecimento do futuro, por enquanto, não auxilia o desenvolvimento ético-moral das criaturas humanas, ainda aferradas ao crasso materialismo e aos interesses imediatistas. Se fora viável que isso acontecesse, a Divindade não o velaria com a delicadeza da parcial impossibilidade. Nada obstante, pode-se penetrar, de alguma forma, no conhecimento do futuro, mediante deduções lógicas dos acontecimentos, inspiração e percepção mediúnica. A medida do tempo é sempre relativa, seja ele observado do ponto de vista fisiológico, psicológico, terrestre… Os acontecimentos encontram-se mais ou menos estabelecidos como resultado dos efeitos das ações praticadas pelos seres humanos e pelo determinismo4 programado pela Divindade. Sempre que se torna útil penetrá-lo, o fenômeno ocorre, proporcionando meios hábeis para se evitar o mal e se gerar os fatores que promovem o progresso e a felicidade. Já não é mais somente o desenvolvimento da inteligência que os homens necessitam; é a elevação do sentimento, e, por isto, é preciso destruir tudo quanto possa excitar neles o egoísmo e o orgulho. A geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada por elementos mais purificados, encontrar-se-á animada por ideais e sentimentos completamente diversos dos que são adotados pela geração presente, que se retira a passos de gigante.

 

A evangelização da criança é da mais alta relevância, se dissermos que, quem instrui prepara para a vida, quem educa dá a vida, quem evangeliza fomenta a vida. Este 'evangeliza', entendamo-lo à luz do Espiritismo, por ser a luz do Espiritismo que dá lógica e entendimento ao Evangelho. O Evangelho, puro e simples, é ministrado por outras doutrinas cristãs, mas a reencarnação e a comunicabilidade dos espíritos dão clareza e lógica, ao contrário de outras doutrinas evangélicas, preparando a criança para uma vida saudável no seu relacionamento futuro. Não se pode conceber uma Casa Espírita na qual as novas gerações não recebam a evangelização espírita, porque, sem isto, estaremos condenando o futuro a uma grave tarefa curativa das chagas adquiridas no trânsito da juventude para a razão.

 

Há, em todo indivíduo, a tendência para o bem, porque somos lucigênitos. Esse heliotropismo5 divino nos leva sempre a discernir entre o que é certo e o que é errado. Se, por acaso, por inexperiência, não orientamos bem o filho na primeira infância, é sempre tempo de começar, porque estamos sendo educados até a hora da própria desencarnação.

 

É a exemplificação a melhor metodologia para que se inculquem as idéias que desejamos penetram naqueles que vivem conosco.

 

Na infância, as faculdades psíquicas são muito aguçadas, porque o Espírito ainda não está totalmente reencarnado. O cérebro ainda não absorveu toda a percepção extra-sensorial. Como há uma percepção mais aguçada que ainda não foi assimilada pelos neurônios cerebrais, várias faculdades se manifestam, já que é o próprio Espírito que vê, que ouve, que sente. À medida que ocorre o mergulho na indumentária carnal, vão diminuindo as possibilidades parapsíquicas, até que ficam relativamente bloqueadas.

 

Não é lícito forçar o desenvolvimento de aptidões, para as quais, talvez, não se esteja moral e emocionalmente equipado para enfrentar as conseqüências desta decisão.

 

A melhor maneira de se enfrentar um desafio é começá-lo.

 

O jovem padece constrição de uma sociedade que não tem sido justa para com os seus membros. O jovem, não tendo recebido no lar a formação de uma educação nas bases reencarnacionistas, assim, tem buscado uma forma de cortar os efeitos através de leis que, infelizmente, não alcançam a causalidade. É perfeitamente justa a necessidade e a busca de engajamento do jovem na política, para equacionar o problema que ele apenas vê nos resultados negativos. A maneira de conciliar a situação é educá-lo para um saudável engajamento, não através do jogo dos interesses imediatos, mas ensinando-o a ser bom eleitor. Politizá-lo, conscientizá-lo. Dizer-lhe que em uma sociedade democrática o voto é a grande arma do cidadão. No momento que ele esgrimir essa arma, não venderá a consciência aos corruptos; pelo contrário, os eliminará.

 

Há o receptador porque existe o ladrão. Este furta um aparelho, porque há alguém que o compra por qualquer preço. Não se pode punir o primeiro sem alcançar o outro. Aquele que não denuncia o ladrão e aceita-lhe o fruto da rapina, também furta. Se o ladrão oferece ao receptor uma peça valiosa e este a compra por valor inferior está furtando do outro delinqüente e não tem interesse de denunciá-lo porque também o é. Assim, devemos politizar a mentalidade jovem, para que não venda o seu voto a amigos, a conhecidos, nem àqueles que se utilizam de expedientes escusos. Iremos conscientizar os jovens, a fim de que não se vendam, votando com a consciência.

 

Na Mansão do Caminho nós somos apolíticos. Nossa política é a do Evangelho. Procuramos educar de forma que as pessoas tenham consciência do seu voto. Lá não permitimos que se faça campanha eleitoreira. Teremos que ensinar a atual geração, a fim de que ela esteja equipada para enfrentar a corrupção que se tornou clássica em a natureza humana. Não só no Brasil, porém em toda a parte.

 

Não temos o direito de invadir a privacidade de ninguém, a pretexto de querer ajudar os outros.

 

O sexo foi feito para a vida; não a vida para o sexo.

 

 

 

 

Minha Reflexão Pessoal

 

 

 

 

 

 

 

mais do que um erro, é um voluntário desterro.

A possibilidade de Illuminação e a Liberdade

independem da canalização de uma entidade.

 

 

Repito, repito e repito, e repetirei mil vezes:

devemos ouvir diuturnamente, não a revezes,

a Voz Insonora do Deus de nosso Coração,

que, certamente, nos alçará à Illuminação.

 

 

 

 

 

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Notas:

1. A dor, o primeiro degrau, só é mestra enquanto prevalecerem a ignorância e a ilusão. Só no terceiro degrau – a compreensão – é que poderemos nos libertar.

 

 

 

 

2. A respeito desta citação, tenho outro entendimento. Não creio que seja pela aceitação honesta do fenômeno culpa pela consciência que proporcione aquisição emocional para o trabalho de diluição dos fatores que a geraram, mas, sim, pela compreensão dos equívocos cometidos. Aceitação, pura e simplesmente, não produz evolução nem reintegração; apenas anestesia. É meio que trocar Allium cepa por Allium sativum. Mas como a compreensão é um processo longo e trabalhoso, entra em ação a Lei da Necessidade (Reencarnação) para, crédito por crédito, degrau por degrau, vida após vida, educativamente promover a consciência do pântano das ilusões a um dos Três Sóis Universais, no caso, o segundo Sol – o Sol Interior. Enfim, o argumento definitivo que contradita a aceitação honesta do fenômeno culpa pela consciência, como propõe Divaldo, é o seguinte: quem aceita poderá, um dia, muito bem desaceitar; todavia, quem compreende interiormente e realiza a compreensão adquirida dificilmente reflui. Aceitar é submeter-se; compreender é libertar-se. Por isto, enquanto a fé submete e anestesia, a Iniciação Illumina e Liberta.

 

 

 

 

3. E também indispensável e insubstituível.

4. Aqui, com todo respeito, também não posso concordar com o meu bem-aventurado Irmão Divaldo. Aceitar qualquer forma de determinismo é, no mínimo, rejeitar o livre-arbítrio e a liberdade. É admitir que tudo no Universo – de modo inclusivo a vontade humana – está submetido a leis necessárias e imutáveis, de tal forma que o comportamento humano está totalmente predeterminado pela Natureza, e o sentimento de liberdade não passa de uma ilusão subjetiva. É consentir e admitir a existência de um Poder Superior Criador que tudo criou e que brinca com o futuro tanto quanto brincou com o passado. No meio disto, há o efêmero presente, tão efêmero que não permite qualquer ligação entre o futuro e o passado, e a possibilidade de o próprio livre-arbítrio se manifestar. Crer em uma Divindade programadora é abrir mão de tudo, e, assim, qualquer discurso moral, religioso, espiritual et cetera fica nu e desprovido de qualquer sentido. Ora, eu não compreendo e não aceito nada disto. Nós, sim, é que somos responsáveis por tudo. Para um Místico Ateu, se há uma Divindade boiando por aí, não interessa, tanto quanto não interessa ficar esgaravatando encarnações passadas; nós é que temos que tomar vergonha na cara, agora, já, e parar de imputar ao que quer que seja e a quem quer que seja nossos azangos, azares, cafifes, camarços, desastres, desaventuras, desfortunas, desfortúnios, desgraças, desgraceiras, desventuras, fatalidades, infelicidades, infortunas, infortunidades, infortúnios, lástimas, lazeiras, mal-andanças, mal-aventuras, mesquinharias, perdas, tragédias e o cacete a catorze. Parimos o Mateus? Então, teremos que o embalar.

5. Heliotropismo é a mudança de orientação de organismos fixos ou de suas partes, em resposta à luz do Sol.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.bible.ca/sola-
scriptura-interpretation.htm

http://www.kardecian.org/Evangelizacao
_Infantil/evangelizacao-divaldo.html

http://www.espiritismop2p.ex-br.com/
EP2P/viewtopic.php?f=41&t=1243

http://ibahia.globo.com/entrevistas/artigos
/default.asp?modulo=1444&codigo=100344

http://nequidnimis.wordpress.com/2009/09/08/meditacao
-divaldo-franco-pelo-espirito-joanna-de-angelis/

http://www.mundoespirita.com.br/
antigo/jornal/set6-1.htm

http://silmara-c.blogspot.com/

http://gracieladacunha.blogspot.com/
2008_06_16_archive.html

http://gracieladacunha.blogspot.com/
2008_06_16_archive.html

http://portugalnocoracao.
blogs.sapo.pt/171933.html

http://azel.blogspot.com/
2008_04_01_archive.html

http://www.almacarioca.net/o-mundo
-da-psicografia-com-divaldo-franco/

http://www.forumespirita.net/

http://www.dailymotion.com/video/x4kjrn_
conversando-com-divaldo-franco-027_family

http://www.youtube.com/
watch?v=8pt1euh0eu4

http://www.mansaodocaminho.com.br/

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Divaldo_Pereira_Franco

http://www.divaldofranco.com/

 

Fundo musical:

The More I See You
Música: Harry Warren
Letra: Mack Gordon
Intérprete: Chris Montez

Fonte:

http://www.charles50tao.com.br/
diversas_internacionais_II.htm