Já afirmei diversas vezes que não presto culto a nenhum dos deuses criados pela Humanidade, não estou filiado a nenhuma religião e penso que a mediunidade espírita, particularmente e de maneira geral, seja, ao mesmo tempo, perigosa e retrocessiva. Mas, não posso deixar de reconhecer que, ao longo da História, nas mais variadas religiões, apareceram personalidades invulgares e iluminadas, que auxiliaram a peregrinação das pessoas em direção a uma compreensão mais elevada. Ainda que o Espiritismo (Doutrina Espírita) não seja propriamente considerado uma religião, pois, pretende ser uma ponte para fazer um alinhamento entre a ciência, a filosofia e a religião, agasalhou e tem agasalhado em suas fileiras pessoas notáveis, como é caso, por exemplo, de Divaldo Pereira Franco, Discípulo de Chico Xavier, mais conhecido como Divaldo Franco ou simplesmente Divaldo (Feira de Santana, 5 de maio de 1927), que é um professor, médium, filantropo e orador espírita brasileiro. Este modesto estudo, sob a forma de fragmentos educativos selecionados, pretende apresentar para reflexão alguns pensamentos do Divaldo, o maior divulgador da Doutrina Espírita na atualidade, que, dos seus noventa anos, dedicou setenta à causa espírita, com mais de cinqüenta devotados à mediunidade e à caridade e mais de sessenta como um importante orador espírita. Quando considerei importante, comentei o fragmento.

 

 

 

Ensinamentos do Divaldo

 

 

 

Nunca deixe de tentar. Há um fenômeno psicológico que nos leva ao desânimo com facilidade. Mande seus currículos, visite empresas, vá pessoalmente, gaste o seu sapato, gaste o pé, mas, vá! Não delegue, não espere que caia um saco da fortuna na sua porta. Não acredite que por uma rogativa a Deus Ele vá solucionar mandando-lhe algo de presente.

 

As desigualdades [humanas] são de natureza moral. Graças às diferenças que existem entre nós, aos nossos preconceitos e aos nossos atavismos, resultam essas desigualdades perturbadoras. Mas, se cada qual cumprir com seu dever, por menor que seja, irá atingir o seu patamar de harmonia íntima. Porque, mesmo no estado de igualdade econômica, de igualdade social, se o indivíduo é insatisfeito consigo próprio, ele deserta [da vida]. Quantos milionários sucumbem pelo suicídio? Quantos indivíduos ricos se alucinam pelas drogas? O importante é o autodescobrimento, a viagem para dentro, a conquista da autoconsciência. Então, adquirindo-se esses valores, conhecendo-se a si mesmo, como diz aquele ditado popular: O pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada.

 

Apesar do avanço tecnológico, o homem moderno não encontrou a paz que procurava. Ao possuir coisas, defrontou-se com o vazio interior. Este vazio somente é preenchido, como diria Platão, através do autoconhecimento. No momento em que nos identificamos, sabemos qual é a finalidade da vida. [Penso que o avanço tecnológico não tenha nada a ver com paz, e, em certo sentido, até muito pelo contrário. Basta recordarmos o fim molhado e catastrófico da Atlântida (4ª Raça-raiz), que conheceu um avanço tecnológico muito maior do que o nosso, desta 5ª Raça-raiz – a Raça Ariana. Mas, por que isto costuma ser e acontecer assim? Por uma razão básica: o avanço tecnológico costuma ser egoísta-exclusivista, e o egoísmo-exclusivismo, que é uma das expressões da Grande Loja Negra, é incompatível com o desenvolvimento espiritual, com a Compreensão das Leis Cósmicas e com a Libertação-Ascensão, tanto individual quanto coletiva. Entre outros fatores, é também por isto que os impérios, nascem, se desenvolvem e acabam sucumbindo por algum tipo de destruição peculiar. Talvez, o exemplo mais flagrante disto seja o do Grande Reich Alemão (Großdeutsches Reich), criado para durar 1000 anos, mas, que existiu apenas de 1933 a 1945.]

 

 

 

 

Toda a vez em que a civilização atinge um ápice de progresso, há uma curva de afirmação de valores. E naturalmente, uma decadência. [Isto ocorre] desde a antiga Babilônia até a Europa moderna, que atingiu um alto nível na civilização e, no entanto, não pôde evitar duas guerras. É um fenômeno natural e histórico no processo da evolução. Apesar disto, nunca houve na Humanidade tanto amor, tanta bondade e tanto sacrifício. A crise nos afeta muito, mas, é necessário descobrirmos os valores que estão ocultos e os exaltemos. A crise é uma preparação de mudança, seja de natureza social, seja de tecnológica. Toda crise é uma [re]adaptação. [Mas, todas as crises e todas as readaptações, para uma determinada Raça-raiz, têm um limite educativo. Este limite deve ser entendido como sendo o fim de um ciclo, jamais como uma punição divina. Sodoma e Gomorra não foram destruídas por Deus com fogo e enxofre caídos do céu. Este é um dos muitos delírios bíblicos, usado como uma mistura de argumento ad ignorantiam e argumento baculino, para meter medo e manter as pessoas na linha. Ora, ninguém se mantém na linha, digamos assim, por medo, seja de Deus, seja do faraó. Só a Compreensão Liberta.]

 

 

[Re]adaptação

 

 

[Só ultrapassaremos as crises e redescobriremos novos valores] quando cada um de nós realizar uma mudança de valores. Em vez de nos preocuparmos tanto com os valores externos, com a posição social ou em atingir topo, [deveríamos] nos preocupar com a harmonia interna. Com essa modificação, haverá um contágio de sentimentos.

 

O grande desafio da criatura humana é a própria criatura humana. O indivíduo muda somente de nome e de endereço. Os conflitos psicológicos, as ânsias e as necessidades emocionais são as mesmas, porque falta às pessoas aquele conhecimento profundo de si, para dar a sua vida um objetivo e uma natureza existenciais. Apesar das conquistas tecnológicas, o homem moderno não encontrou aquela paz que procurava. Ao possuir coisas, defrontou-se com o vazio interior.

 

Somos responsáveis pela violência. O que negamos aos necessitados, eles vêm tomar pela força. Faltando a cooperação, surge a violência. [Não somos responsáveis só pela violência; somos, de fato, sem exceção, responsáveis por tudo, e esta responsabilidade impõe e implica em eventuais compensações e ajustes (Lei da Causa e do Efeito), às vezes, tremendamente dolorosos, como foi o caso, por exemplo, da Segunda Grande Guerra (1939 – 1945) e, hoje, está sendo o caso desta Pandemia pelo Novo Coronavírus, que todos nós estamos atravessando. Então, compreendamos que nunca fomos e não estamos sendo punidos por Deus, pelos ETs ou por quem quer que seja; fomos e estamos, sim, sendo permanentemente educados, para nos tornarmos melhores e mais dignos. Para ultrapassarmos vitoriosos este momento pandêmico angustiante precisaremos ter paciência, humildade e vontade de mudar.]

 

 

 

 

Dar qualquer um dá, mas, para SE DAR e tornar o outro feliz, é necessário renunciar ao ego.

 

Amar vale a pena. O amor desabrocha através do respeito pela vida e se consolida pela amizade. Posteriormente, pela aglutinação de sentimentos. Através destes sentimentos [solidariedade, altruísmo, desapego, caridade, misericórdia, bondade etc.], tornamos o mundo melhor e o ser humano se torna parte do Universo. O ser humano é parte do Universo, mas, não sabe. É como no caso do holograma: cada pedaço tem o todo e o todo tem os pedaços. Nós carregamos o mundo dentro de nós. Quando nos dermos conta de que somos cédulas utilíssimas desta realidade universal, mudaremos interiormente e voltaremos, com sentimento de amor, em alta escala de progresso. E a vida será melhor.

 

É melhor não ter religião e ser digno do que ter religião e não ter dignidade. Muitas vezes, a religião é só um rótulo. É como um produto que está designado por um nome mas, por dentro, tem outro significado. A função da religião é apresentar a pedagogia da boa conduta. Por isto, toda religião que não leva ao fanatismo é boa. Mas, invariavelmente, o indivíduo tem a religião como ato social, e não se impregna de todos os postulados. Ou, em outras vezes, não tem religião e tem sentimento de nobreza. Se olharmos os grandes construtores da sociedade, veremos que não eram religiosos. Sua religião era a prática do bem, o desejo de fomentar o progresso e de promover o indivíduo ao status de cidadania.

 

Confundimos felicidade com prazer. O prazer é fugidio, resultado da vida sensorial. A felicidade é o aprofundamento dos valores.

 

A dor é um apelo do Universo para que nos tornemos melhores.

 

Não devemos exigir que o outro seja como nós queremos.

 

Quando mudamos, o mundo se transforma.

 

 

Divaldo Pereira Franco

 

 

O Espiritismo é a ciência da filosofia, a filosofia da religião e a religião da ciência.

 

Quando ocorrem tragédias que consomem multidões, sejam elas da mais variada apresentação, estamos diante de um ajustamento coletivo de Espíritos endividados perante as Leis Divinas, ora convocados à reabilitação. Nada acontece que não se encontre ajustado ao estabelecido pelas Leis Cósmicas.

 

— No 'Kosmos', não existe por acaso.
No 'Kosmos', não existe porventura.
Tudo sempre é bom, em qualquer caso;
tudo acaba Illuminando a Noite Escura.

 

Diante das inquietações que nos avassalam, necessitamos de reflexão, de tranqüilidade e de confiança irrestrita, com a finalidade de mudarmos de atitude perante a existência, vinculando-nos ao dever e ao amor, através do Conhecimento [ShOPhIa] que liberta.

 

Os hábitos enfermiços que nos acompanham, como resultado do processo antropológico da evolução, exigem alteração [mudança pela Compreensão] para comportamentos saudáveis, em benefício da organização física, emocional e psíquica, e quando isto ocorre, as atitudes diante da vida são auspiciosas e felizes.

 

 

Mudança pela Compreensão

 

 

A depressão, segundo os especialistas, é um transtorno de comportamento na área da afetividade, que se apresenta sob dois aspectos: unipolar e bipolar. As suas causas são muito complexas, podendo ser de natureza endógena: hereditariedade, enfermidades infectocontagiosas, seqüelas das enfermidades infectocontagiosas. Também podem ser exógenas: problemas psicossociais, econômicos e psicológicos, como a ansiedade, o medo, a solidão, as perdas de qualquer natureza, incluindo a desencarnação de seres queridos. O Espiritismo acrescenta a essas psicogêneses, baseado no processo da reencarnação, as obsessões e os transtornos mediúnicos. Em síntese: trata-se de efeitos morais incursos na Lei da Causa e do Efeito. Conforme a conduta positiva ou negativa, os efeitos produzem os resultados compatíveis e, no caso das condutas infelizes, as problemáticas psicológicas, psiquiátricas, orgânicas e, entre todas, a depressão.

A grande realidade de nós mesmos é o autoconhecimento, a transformação para melhor e a adoção dos postulados que Jesus nos ensinou: o amor, o auto-amor e a caridade.

 

A violência irrompe de uma forma catastrófica e penso que, do ponto de vista psicológico e sociológico, este é um estado intermediário da grande transformação que se opera na Terra. Nós, espíritas, consideramos esta a grande transição. Alan Kardec fazendo uma análise do planeta terrestre dizia, por informações dos espíritos, que a Terra era um mundo de provas e de expiações em trânsito para um mundo de regeneração, do qual a dor será banida. [A dor não existe como dor-em-si; o Sol não dói, o Uni(multi)verso não dói, a Vida não dói, a LLuz não dói. A dor é um resultado, uma conseqüência. E, no caso humano, é o resultado e a conseqüência da ignorância. Então, como sempre haverá algum tipo de ignorância, sempre haverá, ipso facto, algum tipo de dor. Enfim, a dor não tem que ser banida; o que precisa ser Illuminada é a ignorância. Só assim a dor diminuirá.]

 

Somente quando o indivíduo se desarmar emocionalmente será possível o desarmamento geral.

 

 

 

 

Na hora que descobrirmos que somos o efeito de uma causalidade e a respeitarmos, detectaremos que nunca poderemos fugir da nossa própria consciência nem da Consciência Cósmica.

 

O grande problema que hoje varre o mundo dos sofredores é a ignorância. Logo, a solução para este problema é a educação. Um povo deseducado ou mal-educado é um povo agressivo e sem rédea. A solução está longe de ser a pequena importância ou a cesta básica que se oferece aos necessitados. Esta é uma forma de nós nos iludirmos a nós mesmos e de fazermos com que as pessoas se tornem menos agressivas, pelo menos enquanto estão com a barriga cheia.

 

O necessitado: — Estou com fome; me dá um peixe.

O sábio: — Não; tome um anzol.

 

O papel do homem na sociedade é Servir. Enquanto nós não aprendermos a servir não saberemos viver. Serviço, aqui, tem uma amplitude muito grande. Não é apenas ser servidor de outrem, mas, ser colaborador da sociedade, trabalhador do grupo social, contribuinte da solidariedade, amigo e irmão que socorre e, também, cidadão que constrói e que dignifica o conjunto da Humanidade.

 

Nós somos os autores do nosso destino.

 

— Oh!, Deus! Faz um milagre aí!
— Não. O milagre é você.

 

O Amor é a única resposta.

 

 

 

 

Não podemos incutir nem impor ao indivíduo a sua melhora socioeconômica.

 

Quando as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas culturas democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades para apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas... Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores. O ser humano da atualidade se encontra inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade. Não há mais lugar, na cultura moderna, para o absurdo de governos arbitrários nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior. A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo. É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, se aproveitem desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição. Que, para esses inconseqüentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas, que se preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações. O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas, porém, em ordem e em paz.

 

A Amizade é a luz do caminho.

 

Na vida terrena, cada um tem a sua cruz para carregar. O importante mesmo é você conseguir crescer nas adversidades. Ninguém poderá carregar os fardos das suas dores. Eduque-se com o sofrimento. Ninguém entenderá os problemas complexos de sua existência. Exercite o silêncio. Ninguém seguirá com você indefinidamente. Acostume-se com a solidão. Ninguém acreditará que suas aflições sejam maiores do que as do vizinho. Liberte-se delas com o trabalho da auto-iluminação.

 

A dor é o que nos ensina a Viver.

 

Respeito mais um ateu digno do que um religioso hipócrita.

 

Os grandes carrascos da Humanidade, até onde se os pode entender, eram portadores de transtornos sexuais, que procuravam dissimular, transferindo-se para situações de relevo político, social, guerreiro, tornando-se temerários, porque sabiam da impossibilidade de ser amados. [Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco.] [Propriamente, não existe crime; existe, sim, doença. Todos os criminosos são doentes, e, por isto, precisam ser tratados como doentes, não como criminosos. Por isto, não há absurdo jurídico maior do que a pena capital.]

 

 

 

 

Prepara-te conscientemente para enfrentar o fenômeno terminal, agradecido ao corpo que vem te servindo de instrumento para a evolução, bem como a tudo quanto te ocorre na atual conjuntura evolutiva. [Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco.]

 

Na vida, todos somos semeadores. Uns semeiam flores e descobrem belezas, perfumes e frutos. Outros semeiam espinhos e se ferem nas suas pontas agudas. Ninguém vive sem semear, seja o bem, seja o mal. Felizes são aqueles que, por onde passam, deixam sementes de amor, de bondade, de afeto.

O indivíduo religioso não deve obrigar as pessoas a pensar como ele pensa.

 

Resguarde-se da enfermidade cultivando a higiene mental.

 

Recolha, em cada dificuldade, a mensagem oculta de advertência para a vida.

 

Todo usurpador se transforma em carrasco de si mesmo.

 

A constância no bem imuniza o homem contra o contágio das misérias morais.

 

Não existe efeito sem causa. Se houver uma causa inteligente, o efeito será inteligente.

 

 

Causa  —›  Efeito

 

 

Céu e inferno são estados de consciência.

 

O indivíduo que cometeu um crime, por exemplo, que assassinou uma pessoa em um momento de fúria, merece uma reeducação, e não uma punição permanente.

 

O que hoje não deu certo é véspera do que irá ser acertado amanhã.

 

Uma tragédia é apenas uma interrupção. A alegria continuará depois.

 

O Armageddon é nosso estado interior de conflito. Nós vivemos numa sociedade conflitiva. As pessoas não se amam, se armam. Ao invés de amar umas às outras, as pessoas se armam umas contras as outras, um verdadeiro caos.

 

 

Presidente Jair Messias Bolsonaro

 

 

É bom viver, pois, cada dia de vida me dá a oportunidade de eu melhorar um pouco mais.

 

Estamos todos engajados na luta da paz contra a ignorância, e o nosso dever deve ser o esforço de semear estrelas na grande noite, a fim de que as sombras sejam vencidas.

 

 

Não se combatem idéias senão com outras superiores.

 

Nada adianta o indivíduo ter uma vida brilhante, se ele não deixar rastros de amor para aqueles que vêm depois.

 

Matar é crime, seja qual for a aparente justificativa.

 

Victor Hugo já nos falava há mais de 150 anos: um grande pecado é a omissão.

 

O sexo é livre. Livre, sim! Mas, ele não tem a liberdade de indignificar a sociedade. Poderemos, sim, exercer o sexo. É uma função do corpo e também da alma, mas, com respeito e com a presença do amor.

 

 

 

 

Determinados comportamentos estabeleceram o Marxismo disfarçado e a corrupção como princípio ético. A teoria de gênero, uma delas, é para criar na criança, no futuro cidadão, a ausência de qualquer princípio moral.

 

Sim, os Espíritos Elementais ou Espíritos da Natureza existem e contribuem em favor do desenvolvimento dos recursos da Natureza. Em todas as épocas, eles foram conhecidos, se identificando através de nomenclatura variada, fazendo parte mitológica dos povos e se tornando, alguns deles “deuses” que se faziam temer ou amar. Alguns são de elevada categoria e comandam os menos evoluídos, que se lhes submetem docilmente, elaborando em favor do progresso pessoal e geral, na condição de auxiliares de aqueles que presidem os fenômenos da Natureza. De acordo com o papel que desempenham, de maior ou menor inteligência, se tornam responsáveis por inúmeros fenômenos ou contribuem para que os mesmos aconteçam. Os que se fixam nas ocorrências inferiores, mais materiais, são, portanto, pela própria atividade que desempenham, mais atrasados, e estão submetidos aos de grande elevação, que os comandam e orientam. Alguns vivem o Período Intermediário entre as formas primitivas e hominais, se preparando para futuras encarnações humanas.

 

A reencarnação [Lei do Renascimento] é Lei da Vida, através de cujo processo o psiquismo adquire sabedoria e desvela o seu Deus Interno.

 

A perfeição é meta que a todos os seres está destinada. [Perfeição sempre relativa, porque perfeição absoluta não existe e jamais poderá ser alcançada. Por quê? Porque, se uma perfeição absoluta fosse conquistada definitivamente, isto seria equivalente a uma espécie de estaticidade, e isto não existe no Uni(multi)verso. A nossa peregrinação é eterna, no Tempo que não é tempo.]

 

Um número imenso de elementais teve sua origem na Terra, e outros vieram de diferentes mundos, a fim de contribuírem com o progresso do nosso Planeta.

 

Os elementais executam tarefas inumeráveis. Protegem os vegetais, os animais e os homens. Contribuem para acontecimentos diversos, como tempestades, chuvas, maremotos, terremotos etc., interferindo nos fenômenos “normais” da Natureza, sob o comando dos Engenheiros Espirituais, que operam em nome de Deus, que não exerce ação direta sobre a matéria.

 

Os elementais mais atrasados oferecem utilidade ao conjunto, não
suspeitando sequer que são instrumentos de Deus.

 

Em geral, os elementais fazem pela Natureza o que gostariam que cada qual fizesse por si mesmo.

 

Todos somos energia condensada, naquilo que denominamos como corpo somático, e a maioria dos conflitos e das enfermidades são decorrência da desarmonia entre mente e emoção, além da hereditariedade que exerce um papel muito significativo na construção da saúde.

 

Somos herdeiros dos hábitos passados e das construções mentais e morais do passado, que se transformam em saúde ou enfermidade na nova experiência carnal.

 

O equilíbrio emocional perante a vida é decorrência das heranças psíquicas de outras existências. Sendo assim, para a conquista da saúde plena, é indispensável a harmonia entre o pensar, o sentir e o agir.

 

O hábito de cultivar pensamentos edificantes, o respeito por si mesmo, a meditação, as leituras saudáveis, a prática do bem, do perdão e da compaixão, em forma de caridade e de amor, mesmo que sem a conotação religiosa, constituem excelentes caminhos para a aquisição da saúde integral.

 

A melhor maneira de desenvolver nossa força de vontade para a luta contra os males que nos afligem é perseverar nos bons propósitos, e, mesmo repetindo o erro, recomeçar tantas vezes quantas se façam necessárias. O exercício da paciência na conquista e edificação interior produz a energia que nos dá resistência para os enfrentamentos internos com os males que nos ameaçam.

 

 

 

 

A equilíbrio para uma vida saudável deve ser perfeitamente compatível com os níveis de normalidade emocional, mental e de conduta.

 

O ser humano sofre porque não se permite o autoamor, e, não se amando, aos demais não ama, o que gera inumeráveis conflitos que o infelicitam. Mesmo sem esperar pela retribuição, vale a pena amar. O amor já não é mais uma proposta da libido ou da teologia, mas, um processo psicoterapêutico que favorece a harmonia interior no ser humano, proporcionando bem-estar e paz, com efeitos positivos na saúde. Deste modo, não nos devemos preocupar quando temos inimigos, mas, ficarmos vigilantes, a fim de não nos tornarmos inimigos de ninguém, porque todo aquele que guarda ódio, ressentimento e desejo de vingança conduz lixo mental, e esse lixo envenena os neurônios, tornando inditoso aquele que lhe sofre a injunção.

Sou um incorrigível defensor da liberdade de imprensa, dada a minha irresistível vocação democrática.

 

Todo ódio é fruto da involução. [Penso que o ódio, mais do que fruto da involução, como pensa Divaldo, seja fruto da ignorância. Por quê? Porque a ignorância é a mãe de tudo o que obstaculiza, impede e estagna. Então, uma pessoa que odeia não está propriamente involuindo; ela não está evoluindo ou se reintegrando, o que é diferente. Dois exemplos contemporâneos disto são os membros da Ku Klux Klan e os atuais protestadores brasileiros, que pedem uma intervenção militar no Brasil, a volta da ditadura, do AI-5, da censura e o fechamento do Congresso e do Supremo. Os primeiros ainda vivem em 1865, após o final da Guerra Civil Americana, quando a primeira KKK foi fundada pelo general Nathan Bedford Forrest, da Cidade de Pulaski, Tennessee, e os segundos ainda estão em 1964, quando um golpe militar derrubou o Governo de João Goulart, o então Presidente democraticamente eleito do Brasil, e depois, em 6 de dezembro de 1976, assassinado por agentes da Operação Condor. Portanto, isto, nos dois casos, não é involução; é estagnação ignorante e delirante.]

 

 

 

 

A Escolástica¹ sufocou os cristãos durante séculos.

 

Chico Xavier não é apenas um símbolo do verdadeiro espírita, mas, um exemplo digno de ser seguido por qualquer indivíduo que aspire ao bem e ao ideal de construção de uma Humanidade feliz.

 

Só quando a criatura humana tiver a certeza da imortalidade da [personalidade-]alma, quando conhecer a responsabilidade dos seus atos, dando-se conta que é construtora do seu destino, sempre responsável pelo seu comportamento, vivenciando a Lei da Causa e do Efeito, modificar-se-á para melhor, assumindo conscientemente as conseqüências positivas e negativas dos seus atos, e assim trabalhará em favor da paz e da justiça social.

 

O ser humano tem o dever de preservar a Natureza. É lamentável que o comportamento mental das criaturas ainda vinculadas ao egoísmo perturbem a grande Mãe Terra, envenenando a sua atmosfera com os gases danosos, poluindo os rios, mares e lagos, as nascentes de águas, destruindo as florestas, em decorrência da ganância agrícola, pastoril ou imobiliária, sem nenhuma consideração pela vida. O Espiritismo trabalha com seriedade pelo ambientalismo, pelo respeito a tudo e a todos.

 

Combater o que se ignora é presunção.

 

Vivemos um momento da grande transição de um mundo de provas e de expiações para um mundo de regeneração, sendo-nos indispensável a preservação de uma conduta saudável, que nos proporcione harmonia interior e alegria de viver. Ante as provocações da violência e do despautério, em face dos desafios e das dificuldades, cabe-nos a todos a manutenção da irrestrita confiança em Deus [no nosso Deus Interior – o nosso melhor amigo], fazendo o melhor ao nosso alcance e Servindo sem cessar. Deste modo, a única solução para todos os problemas que aturdem o ser humano é o Amor.

 

— Odiei e padeci.
Amei e me alegrei.
Odiei e ofendi.
Amei e me apiedei.
Odiei e escureci.
Amei e me Illuminei.
Odiei e descendi.
Amei e ascensionei.