Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

Votar por interesse pessoal é uma indignidade.

É uma torpidade votar para favorecer alguém.1

Votar 'desideologicamente' é uma ignobilidade.

É uma indecorosidade votar sem saber em quem.

 

Por meio do voto é robustecida a Democracia.

Por meio do voto são fortalecidas as liberdades.

Por meio do voto é purificada a pedantocracia.

Por meio do voto são exumadas as indignidades.

 

Para que um país alcance maioridade política

cada cidadão não pode viver como um alienatus,

como se fosse uma espécie de invertebratus.2

 

Para que um país alcance maioridade política

seus cidadãos têm que votar conscientemente,

dignamente, responsavelmente e inalheavelmente.

 

 

 

 

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Notas:

1. Ou para favorecer um grupo qualquer. Eu entendo que, misticamente, o voto só pode ser emprestado para um político que esteja comprometido com causas sociais.

2. A coluna vertebral não deve servir apenas para manter o ser humano em pé, até porque animais cordados como ágnatos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos também possuem uma coluna vertebral. Os mamíferos de quatro patas, particularmente, se ficarem em pé (na vertical) por muito tempo podem até morrer. A coluna vertebral tem um segredo místico incompreendido na esfera da ciência e da medicina tradicionais. Assim sendo, mexer com a coluna vertebral sem se saber exatamente o que se está fazendo, poderá levar o indivíduo à loucura.

 

 

Música de fundo:

Opinião (Zé Kéti). Como afirma Jaime Guinzburg, com quem concordo, entre as obras da música de resistência uma das mais incisivas foi Opinião, de Zé Kéti:

Podem me prender,
podem me bater,
podem até deixar-me sem comer,
que eu não mudo de opinião.

Fonte:

http://www.midiaindependente.org/
pt/blue/2005/03/309260.shtml

Observação:

Na animação que abre este soneto, a frase Eu não mudo de opinião deve ser entendida no sentido de resistência democrática contra ditadura-64 que... Porra, ditadura nunca mais!