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Notas:
1.
2. Ghiyath al-Din Abu'l-Fath
Umar ibn Ibrahim Al-Nishapuri al-Khayyami (Nixapur, Pérsia, 18 de
maio de 1048 – 4 de dezembro de 1131) foi um poeta, matemático
e astrônomo persa dos séculos XI e XII que se tornou conhecido
no Ocidente como autor do Rubaiyat, obra que ficaria famosa a partir
da tradução do poeta inglês, de ascendência irlandesa,
Edward Fitzgerald (Bredfield, Suffolk, 31 de Março de 1809 –
Merton, Norfolk, 14 de Junho de 1883), em 1839. Já o interesse do
poeta, escritor, publicitário, astrólogo, crítico literário,
inventor, empresário, tradutor, correspondente comercial, filósofo
e comentarista político português Fernando António Nogueira
Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 – Lisboa, 30 de novembro de 1935)
por Umar (ou Omar), como acentuou Ivo Castro, não se limitou à
tradução de quartetos, mas, também, o levou a uma produtiva
criação própria de rubais, uma vez que Pessoa
era um apaixonado pela Filosofia Árabe-islâmica. A seguir,
estão reproduzidos alguns rubais pessoanos, esparsos, inspirados
no Rubaiyat omariano. Observe que em cada rubai (cujo
plural é rubaiyat, que quer dizer quadras, quartetos) o
primeiro, o segundo e o quarto versos são rimados, o terceiro é
branco.
O
fim do longo, inútil dia ensombra.
A mesma esperança
que não deu se escombra.
Prolixa... A vida é um mendigo bêbado
Que estende a mão à sua própria sombra.
Dormimos
o universo. A extensa massa
Da confusão das coisas nos enlaça.
Sonhos; e a ébria confluência humana
Vazia ecoa-se de raça em raça.
Ao gozo
segue a dor, e o gozo a esta.
Ora o vinho bebemos porque é festa,
Ora o vinho bebemos porque há dor.
Mas de um e de outro vinho nada resta.
Contem
o fruto inteiro tantos gomos
Quantos são os que nele. Mudos pomos
A fé em mãos que nada têm com ela.
Viver é nos tornar o que já somos.
Vimos
de nada e vamos para onde.
Perguntamos, e nada nos responde,
A verdade e a mentira são irmãs:
O que é que o evidente nos esconde?
Bordei
a conclusões a externa prova.
Minha memória emudeceu de nova.
Não fui rei, nem fui pária, nem estive entre,
Corcunda, o fado não me deu corcova.
Amei
ou não amei? Não sei dizer.
Quis ou não quis? Recordo sem saber.
O que foi, e o que fora se se dera,
Na mesma cova estão. Mas que é morrer?
Os doze
signos de seu régio curso
Passou o sol, no imposto seu percurso.
Sem mágoa morre o que nasceu sem esperança,
E o resto é amor ou vinho, ou vão discurso.
Entre
gente que é vil, e outra que é serva,
Passam meus dias, como um verme entre erva.
Humilde absurdo exótico dos deuses,
Arrasto-me, mas sinto o deus que observa.
A esperança,
como um fósforo inda aceso,
Deitei, e entardeceu no chão ileso.
A falha social do meu destino
Reconheci, como um mendigo preso.
Cada dia
me traz com que esperar
O que dia nenhum poderá dar.
Cada dia me cansa da esperança…
Mas viver é esperar e se cansar.
O prometido
nunca será dado
Porque no prometer cumpriu-se o fado.
O que se espera, se a esperança é gosto,
Gostou-se no esperá-lo, e está acabado.
Quanta
nobre vingança contra o fado
Me deu o verso que a dissesse, e o dado
Rolou da mesa abaixo, oculta a conta,
Nem o buscou o jogador cansado.
Não
me digas mais nada. O resto é vida.
Sob onde a uva está amadurecida
Moram os meus sonos, que não querem nada.
Que é o mundo? Uma ilusão vista e sentida.
A vida
é terra e o vivê-la é lodo.
Tudo é maneira, diferença ou modo.
Em tudo quanto faças sê só tu,
Em tudo quanto faças sê tu todo.
Bem, aproveito a chance
para contribuir com estes quatro rubaizinhos otimistas, pois, minha
natureza intrínseca é sempre estar disposto para ver as coisas
pelo lado bom, e esperar a cada instante, sem exceção, uma
solução favorável, mesmo nas situações
mais difíceis:
Na Lemúria, descolei.
Como atlante, continuei.
Peregrinando sem parar,
hoje, luto para ser meu Rei.
Bebo Vinho, vivo a Vida.
Seco a dor, limpo a ferida.
Vai a Noite... Vem o Dia...
Venço a queda, na Subida!
Lá no Alto, vejo
a LLuz!
Cá em baixo, troco de Cruz.
Compreendo, vou mudando:
e, em mim, meu Cristo reluz.
Em mim, meu Cristo reluz,
emparelhado a cada lapuz.
Sem o outro não sou nada.
Sem o outro, quem tira o capuz?
3. Mais uma vez, lembro
o que ensinou Alice Ann Bailey na obra Astrologia Esotérica:
As Três Cruzes
do Gólgota são símbolos bíblicos das Três
Cruzes Astrológicas: 1ª) Cruz Comum, Cruz Mutável ou
Cruz da Experiência Mutável e Adquirida (Crise da Encarnação);
2ª) Cruz Fixa ou Cruz da Transmutação (Crise da Reorientação);
e 3ª) Cruz Cardinal ou Cruz da Transcendência [Fundamental]
(Crise da Iniciação).
Nesta terceira e última Cruz, a vida do ego, a vida na forma e a
vida planetária já não mais controlam o ser-humano-aí-no-mundo.
[O mau ladrão – Gestas – representa a Cruz Mutável.
O bom ladrão – Dimas – manifesta a Cruz Fixa. Jesus –
o Cristo – simboliza a Cruz Cardinal.]
As
Três Cruzes do Gólgota
Música
de fundo:
Chega de Saudade
Compositores: Vinicius de Moraes & Tom Jobim
Interpretação: Tom Jobim (Ao Vivo em Montreal)
Fonte:
http://mp3downloadfree.pro/download.php?v=5LfaYKdqfnY
Páginas
da Internet consultadas:
https://aviagemdosargonautas.net/2013/05/18/de-omar-khayyam-
a-fernando-pessoa-em-louvor-do-tintol-por-carlos-loures/
https://aventar.eu/2009/10/23/a-maquina-do-tempo-cancoes
-de-beber-de-omar-khayyam-a-fernando-pessoa/
http://alfredo-braga.pro.br/poesia/rubaiyat.html
https://www.incm.pt/portal/bo/produtos/
anexos/10169420100430164438154.pdf
http://www.escritas.org/pt/t/731/rubaiyat
https://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Jo%C3%A3o_XXIII
https://pt.wikipedia.org/wiki/Omar_Khayyam
http://www.conceptdraw.com/examples/boat-ship-vector
https://br.depositphotos.com/
http://www.wlym.com/antidummies/part51.html
http://www.redesemfronteiras.com.br/noticia_ver.php?id=822
http://kr.vonvon.me/loading/quiz/2836
https://www.dreamstime.com/
http://namo-narayan.blogspot.com.br/
http://vitoriatudodebom2023.blogspot.com.br/
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