Rodolfo Domenico Pizzinga
As pessoas esquecem
e esquecem que esqueceram.
As pessoas figuram
e figuram que não figuraram.
As pessoas fraudam
e fraudam que não fraudaram.
Algumas estão mortas,
mas imaginam que estão vivas.
Vivem a cerrar portas,
mas comemoraram e dão vivas.
Quando chega o fim,
parecem cegos em um tiroteio.
Lamentam cada sim
e o termo de cada cambaleio.
Mas nunca é tarde
para uma revisitação sincera.
Silente, sem alarde,