Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

O diabo pode citar as Escrituras, quando isso lhe convém. (William Shakespeare).

 

Quando o diabo está satisfeito, é boa pessoa. (Jonathan Swift).

 

O diabo é um otimista, se acredita que pode piorar as pessoas. (Karl Kraus).

 

O diabo é subtil, e onde não pode entrar com a cabeça mete o rabo. (Torquato Tasso).

 

Diabo: autor de todos os nossos infortúnios e proprietário de todas as coisas boas deste mundo. (Ambrose Gwinnett Bierce).

 

Saúde, ó satanás! Ó rebelião! Ó força vingadora da razão! (Giosuè Carducci).

 

O diabo pode pensar que é o diabo, mas, Deus sabe que o diabo é Deus. (Fernando Pessoa).

 

Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento. (Machado de Assis).

 

Se Hitler invadisse o inferno, eu faria uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Comuns. (Winston Churchill).

 

O mal do mundo é que Deus envelheceu e o diabo evoluiu. (Millôr Fernandes).

 

Um argumento a favor do diabo: é preciso recordar que nós ouvimos só uma versão da História. Deus escreveu todos os livros. (Samuel Butler).

 

Um dia...Pronto! Me acabo.
Pois seja o que tem de ser.
Morrer: Que me importa?
O diabo é deixar de viver.
(Mario Quintana).

 

Deus come escondido, e o diabo sai por toda a parte lambendo o prato. (Guimarães Rosa).

 

Deus fez o alimento, o diabo acrescentou o tempero. (James Joyce).

 

A tecnologia moderna é capaz de realizar a produção sem emprego. O diabo é que a Economia moderna não consegue inventar o consumo sem salário. (Hebert de Souza).

 

A vaidade é o meu pecado predileto! [Al Pacino (como John Milton), in: The Devil's Advocate (Advogado do Diabo]).

 

 

Al Pacino & Keanu Reeves

Al Pacino & Keanu Reeves

 

 

 

 

Diabo                    

Os Três Simpáticos

 

 

 

Toda a moral do Catolicismo moderno [do Movimento Evangélico e das religiões em geral] se resume no mandamento: Temei o diabo. O diabo é o gênio protetor do Catolicismo teológico. Tão santo e reverenciado é seu nome na concepção moderna, que ele não pode, exceto ocasionalmente no púlpito, ser pronunciado, para não ferir os ouvidos dos fiéis. Para alguns, a negação da existência objetiva pessoal do diabo é um pecado contra o Espírito Santo. O que precisamos entender é que a manifestação de qualquer princípio do mal não é malum in se, mas, apenas, a sombra da Luz, por assim dizer. Por isto, as teorias dos Cabalistas tratam dela como uma força que é antagônica, mas, ao mesmo tempo, essencial para a vitalidade, para a evolução e para o vigor do Princípio do Bem. Por exemplo, as plantas poderiam perecer em seu primeiro estágio de existência, se fossem expostas a uma luz solar constante; a noite, que alterna com o dia, é essencial ao seu crescimento saudável e ao seu desenvolvimento. O bem, da mesma maneira, deixaria rapidamente de sê-lo, se não alternasse com o seu oposto. Em a Natureza humana, o mal denota o antagonismo da matéria com o que é espiritual, e, assim, eles se purificam mutuamente. No cosmos, o equilíbrio deve ser preservado; a operação dos dois contrários produz a harmonia, como as forças centrípeta e centrífuga, de tal sorte que uma é necessária à outra. Se uma delas cessasse, a ação da outra se tornaria imediatamente destrutiva. Enfim, três séculos e meio antes de Cristo, Platão expressou sua opinião a respeito do mal dizendo que existe na matéria uma força cega, refratária, que resiste à vontade do Grande Artífice. Essa força cega, sob o influxo cristão, tornou-se fidedigna: foi transformada em Satã! [In: Isis Unveiled: A Master-Key to the Mysteries of Ancient and Modern Science and Theology (em português, Ísis sem Véu: Uma Chave-Mestra para os Mistérios da Antiga e Moderna Ciência e Teologia), Helena Petrovna Blavatsky.]

 

 

 

 

 

 

O que é pior? Juro que não sabo.

Se uma sopinha de jiló com nabo,

se o Malvadeza Durão mui brabo,

se medrar e se cagar do Diabo.

 

 

Sempre no imaginário, o diabo

acaba parindo um arranca-rabo,

porque doutor e burro-sem-rabo

discutem, e dá em escalda-rabo.

 

 

Os biltres malleusmaleficaram1 o diabo,

e o sem eira nem beira e o nababo

encagaçados entornam um malabo.

 

 

No fundo, me condói o pobre-diabo

que acredita nessa porra de diabo!

Eu, que to cagpeidando2 pro ,

trato essa fantasia com menoscabo.

 

 

Nessas rimas, faltaram quiabo,

pomba-do-cabo, águia-sem-rabo,

alma-do-diabo, aspargo-do-cabo,

estrela-de-rabo e outros abos.

 

 

Seja como for, aqui eu acabo,

pois, se eu continuar, eu babo.

Mas, se você crê, não desgabo,

e, acredite: eu não me embrabo.

 

 

 

 

Caldeirão

Se for para enfiar
a rataria do petrolão
nesse caldeirão aí,
dou o maior apoio.

 

 

 

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Notas:

1. Malleusmaleficar é um neologismo sem graça e tenebroso que eu inventei, derivado de Malleus Maleficarum Maleficat & Earum Hæresim, ut Framea Potentissima Conterens ou mais comumente chamado apenas Malleus Maleficarum, que é o título original em latim do livro O Martelo das Bruxas ou O Martelo das Feiticeiras, obra demoníaca publicada em 1.486 ou 1.487, de autoria dos esquizofrênicos e serial killers dominicanos Heinrich Santiago Kraemer (Sélestat, cerca de 1430 – Kromeríž, 1505) e James Sprenger (Rheinfelden, 1435 – Estrasburgo, 6 de dezembro de 1495), na Alemanha, em cumprimento à Bula Papal Summis Desiderantis Affectibus, do Papa-maluquete Inocêncio VIII, nascido Giovanni Battista Cibo (Gênova, 1432 – Roma, 25 de Julho de 1492), que os autorizava criar um manual de combate aos praticantes de heresias. Este livro maldito veio a se tornar o guia dos inquisidores pelo restante do século XV e seguintes. Embora outros manuais tenham sido escritos no período, este é o mais perverso e cruel, um verdadeiro manual de ódio, de tortura e morte. A partir dele, a Igreja Católica torturou, matou e perseguiu especialmente as mulheres, acusadas de bruxaria, pactos com o diabo e heresias, levando à fogueira mais de cem mil delas na Europa. O Malleus passou a ser o guia da perseguição às mulheres acusadas de práticas de magia, fazendo com que todo o período fosse conhecido como de caça às bruxas, tendo seus eventos mais acentuadamente ocorridos na França e na Alemanha, e, em alguns momentos, na Inglaterra, na Bélgica, na Suíça e na Itália. O livro é dividido em três partes: a primeira relata as propriedades do diabo e sua ligação com a bruxaria; a segunda trata de como lidar com os malefícios durante o dia-a-dia; e a terceira descreve como proceder nos julgamentos e como cumprir as sentenças. Os Protocolos dos Sábios de Sião ou Os Protocolos de Sião (em russo: ) – um texto anti-semita, criado na época da Rússia czarista, que descreve um alegado projeto por parte dos judeus e dos maçons, de modo a atingirem a dominação mundial através da destruição do mundo ocidental – e Minha Luta (em alemão: Mein Kampf) – de autoria do Mago Negro Adolf Hitler (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 – Berlim, 30 de abril de 1945), obra na qual o kleiner führer expressou suas idéias fedorentas, anti-semitas, racistas e nacional-socialistas de extrema direita, depois adotadas pelo Partido Nazista – são irmãos tardios do Malleus Maleficarum.

 

Papa-maluquete Inocêncio VIII

Papa-maluquete Inocêncio VIII

 

 

Malleus Maleficarum

Malleus Maleficarum
(Edição Veneziana de 1576)

 

 

Os Protocolos dos Sábios de Sião           Mein Kampf

 

2 . Cagpeidando = Cagando, peidando e andando.

 

Música de fundo:

Malvadeza Durão
Composição e interpretação: Zé Kéti

Fonte:

http://www.krafta-musicas.co/playlist/ze-keti-malvadeza-durao

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pngimage.net/radio-logo-png-7/

https://picsart.com/

https://br.pinterest.com/pin/368802656972609626/

https://www.wook.pt/livro/protocolos-dos-sabios-de-siao/193776

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mein_Kampf

https://pt.wikipedia.org/wiki/
Os_Protocolos_dos_S%C3%A1bios_de_Si%C3%A3o

https://en.wikipedia.org/wiki/Pope_Innocent_VIII

https://pt.wikipedia.org/wiki/Malleus_Maleficarum

https://deadline.com/

https://www.pensador.com/

http://www.citador.pt/

https://derpibooru.org/1308455?q=lava

http://www.animated-gifs.eu/

https://edoc.site/queue/isis-sem-veuvoliiihpblavatsky-pdf-free.html

 

Direitos autorais:

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