DEVAGAR... MUITO DEVAGAR...

 

 

 

Stylommatophora Peidona

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Sem a Força do Amor, somos barcos parados nos mares do tédio... Que são mortíferos. [In: Ponte Para o Sempre (The Bridge Across Forever), de autoria de Richard Bach.]

 

Às vezes, para derreter nossas dúvidas, coincidências acontecem! [Richard Bach sabe muito bem que, no Unimultiverso, não há coincidências, acasos, fortuitidades, imprevistos, sorte, azar, milagres, perdões, punições, privilégios, balas perdidas, estar no lugar errado na hora errada, estar na hora errada no lugar errado... Se estas coisas existissem, a coisa toda, há muito tempo, já teria virado um fudelhufas de cagahouse ou um fudehouse de cagalhufas. Então, esta sentença do Richard Bach é meio que uma licença poética sem ser.] [Ibidem.]

 

Devagar, muito devagar, nossas perguntas vão se transformando em respostas. Cada passo que damos é um passo a mais na Ponte que devemos atravessar para nos encontrar. [Mas, as Pontes não acabam; sempre haverá Pontes a ser cruzadas. Nossa peregrinação é ilimitada.] [Ibidem.]

 

 

 

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
o (que não é tempo),
vai passando – sem passar.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
as noites vão se tornando dias
e os dias vão se tornando noites.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
a estadia, cá, vai findando,
e acabamos embarcando.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
o (que não é tempo),
– sem passar – vai passando.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
os dias vão se tornando noites
e as noites vão se tornando dias.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
a estadia, , vai findando,
e acabamos reencarnando.

 

 

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
largamos mão da chucha,
e abocanhamos o dedão.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
os dentes de leite vão caindo,
e irrompem os permanentes
(até serem trocados por uma perereca).

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
deixamos de mijar na cama,
e mijamos no peniquinho.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
deixamos de comer meleca,
para comer só de vez em vez.

 

 

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
deixamos de inculpar o miau,
pelos nossos puns fedorentos.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
vamos descrendo de,
e adotando outras
miralusões.

 

 

Outras Miralusões

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
descobrimos que a coquinha
é
mais melhor do que a .

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
nos
expertizamos em pecar,
e, aí... Não paramos mais.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
o careca vai ficando cabeludo,
e o cabeludo mais cabeludo.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
aprendemos, enfim, a rosetar,
e aí... Rosetamos até esfolar!

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
torramos o crânio do Joe,
para que ouça o nosso pranto.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
pedimos:
one for my baby,
and one more for the road!

 

 

Frank Sinatra
[One For My Baby (and One More for the Road)]

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
imitando sem cessar, viramos
negacionistas e antivacinistas!

 

 

Na verdade, ela, de fato, nunca se mandou!
A República Popular da China que o diga!

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
imitando sem cessar, cremos
em Cloroquina e em jacaré!

 

 

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
imitando sem cessar, cremos
em imunidade coletiva por infecção!

 

 

Imunidade Coletiva por Infecção

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
imitando sem cessar, cremos
em tratamento precoce contra a COVID-19!

 

 

Só há um triplo tratamento precoce contra a COVID-19:
1º) tomar vergonha na cara;
2º) esquema vacinal completo; e
3º) manter as medidas não-farmacológicas.

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
o cabeludo vai ficando
kojeca,
e o
kojeca mais kojeca ainda.

 

 

Telly Kojak Savalas

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
pinta a Curva da Estrada...
E começamos a .

 

 

 

 

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
iniciamos a nos arrepender
dos nossos defeitos e malfeitos.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
lutamos o .
Um Dia, somos Illuminados!

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
então – já Illuminados –

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
todas as nossas perguntas,
se convertem em respostas.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
todo o nosso apedeutismo
se transmuta em .

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
nosso ego multimilenar
se transmuta em .

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
deixamos de crer em milagres,
e passamos a crer em nós.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
nosso
karma pessoal terreno
se esgota inteiramente.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
nossa existência na Terra
vira Amor à Humanidade.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
para nós, neca de pitibiriba;
para a Humanidade, tudo.

Devagar, muito devagar,
e bota muito devagar nisso,
só nos projeta(re)mos na Terra,
para .

 

 

 

 

Música de fundo:

One For My Baby (and One More for the Road)
Composição: Harold Arlen & Johnny Mercer
Interpretação: Frank Sinatra

Fonte:

https://archive.org/details/12-one-for-my-baby

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.songfacts.com/

https://pt.vecteezy.com/

https://revistapesquisa.fapesp.br/

https://pixabay.com/

http://www.crfsp.org.br/

https://www.gifcen.com/santa-claus-gif-18/

https://tenor.com/pt-BR/search/booger-gifs

https://br.pinterest.com/pin/723812971340970109/

https://pt.org.br/tag/mortes-por-covid-19/page/7/

https://br.pinterest.com/pin/light-speed--186547609543707202/

https://gfycat.com/densewellwornhoki-slow-snail

https://br.pinterest.com/pin/469711436114661584/

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.