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Notas:
1. Devachan,
segundo Helena Petrovna Blavatsky explicou na obra A Chave da Teosofia,
é a Lei misericordiosa
da Natureza que favorece uma existência de felicidade sem sombras
(após a morte ou transição),
ou seja, é um estado intermédio entre duas vidas terrestres.
É a continuação idealizada da vida terrestre que se
acaba de abandonar – período de ajustamento pelos danos e sofrimentos
imerecidamente experimentados naquela vida particular. Cada vida é
composta de dias de atividade, separados por noites de sono ou inação.
Semelhantemente, em um ciclo de encarnação, cada vida ativa
é seguida de um descanso devachânico. Como explica
o Mestre Kut Hu Mi, o
Devachan é um estado, digamos, de intenso egoísmo, durante
o qual o Ego (combinação do Sexto e do Sétimo Princípios)
colhe a recompensa do seu altruísmo na Terra. Está completamente
mergulhado na felicidade de todos os seus afetos pessoais, preferências
e pensamentos terrenos, e recolhe o fruto de suas ações meritórias.
Nenhuma dor, nenhuma pena, nem mesmo a sombra de uma aflição
obscurecem o brilhante horizonte de sua incontaminada felicidade, porque
é um estado de permanente 'mâya'. Vai ao Devachan o Eu pessoal,
mas, beatificado, purificado, santificado. Todo Eu que, depois do período
de gestação inconsciente, renasce no Devachan é necessariamente
tão puro e inocente como uma criança recém-nascida.
O fato de haver renascido comprova, já por aí, a preponderância
do bem sobre o mal da sua velha personalidade. E, enquanto o karma (do mal)
fica temporariamente suspenso, para segui-lo mais tarde em sua futura encarnação
terrena, ele só leva ao Devachan o karma das suas boas obras, das
suas boas palavras
e dos seus bons pensamentos.
2. Que os poderosos
do mundo dialoguem e resolvam em paz a quizila recente da anexação
da Criméia. Eu não sou historiógrafo nem analista político,
mas, não esqueçamos de que a Primeira Grande Guerra –
que teve início em 28 de julho de 1914 e durou até 11 de novembro
de 1918 – começou a fermentar com a anexação
oficial do antigo território otomano da Bósnia e Herzegovina
pelo Império Austro-Húngaro, em 6 de outubro de 1908. O estopim,
praticamente, foi o assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro,
o Arquiduque Francisco Fernando da Áustria, em Sarajevo, na Bósnia,
em 28 de junho de 1914, por Gavrilo Princip, um estudante sérvio-bósnio
e membro da Jovem Bósnia (indivíduos, grupos e organizações
que fomentavam a relação violenta contra a dominação
do Império Austro-Húngaro e a união dos eslavos do
sul com a Sérvia, na formação da Iugoslávia),
que se autodeclarava anarquista radical. A guerra acarretou conseqüências
econômicas devastadoras, e dos 60 milhões de soldados europeus
que foram mobilizados entre os anos de 1914 e 1918, 8 milhões foram
mortos, 7 milhões foram incapacitados de maneira permanente e 15
milhões ficaram gravemente feridos. E o resto é História,
mas, curiosamente, parece que certos fatos estão se repetindo. Entretanto,
talvez, a anexação da Criméia não leve a um
conflito belígero internacional, porque a Economia, hoje, está
tão globalizada e interligada, que nenhum país pense em se
arriscar a colocar os canhões para cantar, principalmente porque
milhões de empresas e de lares europeus dependem fortemente do gás
natural russo (um terço do gás consumido na Europa vem da
Rússia e grande parte passa pela Ucrânia), e, se Vladimir Putin
fechasse a torneira, poria várias Economias européias em sérias
dificuldades, ainda que, por exemplo, para a Espanha seja mais barato trazer
o gás da Argélia do que da Rússia. Mas, a Lituânia
depende 100% do gás russo! Vale lembrar que a União Européria
é o principal parceiro da Rússia em termos econômico,
de investimento e de comércio. As trocas comerciais entre os dois
lados movimentam cerca de 335 bilhões de euros (R$ 1 trilhão)
por ano. Mas, nunca se sabe! Há maluco para tudo! E quem está
adorando esse forrobodó são os extremistas e fanáticos
de plantão, porque, se houver uma chance, ainda que mínima,
eles explodirão o mundo.
3. Talvez,
sem paralelo, o maior exclusivismo-egoísmo dos religiosos em geral
– por simples ignorância egoística consentida das Leis
Universais – seja o ardente e privilegiante desejo de ir para um paraíso
imaginário, ad
sæcula sæculorum, com árvores agradáveis
à vista e saborosos frutos para papar, e, confortavelmente, se refestelar
à direita de um deus onipotente, que eles ilusoriamente imaginam
que exista ou que possa existir.
— Mas, e os
outros? E
o nossos irmãos?
— Ora, que
se danem! Eu cuido do que é meu. Os outros? Os outros são
os outros; que cuidem do que é deles!
Nesta matéria, você conhece alguém que pense diferente
disto?
Música
de fundo:
Bringer of Light
Composição, arranjo e performance: Medwyn Goodall
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20140320-dependencia-de
-gas-russo-dificulta-aplicacao-de-sancoes-contra-moscou
http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20100621-
conflito-do-gas-russo-ameaca-paises-europeus
http://www.esquerda.net/artigo/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Assassinato_de_Sarajevo
http://www.centralinternet.com.br/
professortarcivan.blogspot.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jovem_B%C3%B3snia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Mundial
http://s904.photobucket.com/user/
http://giphy.com/gifs/VnFVMqq4qnu2A
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_mental
Direitos
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neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
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