Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Dedicatória

 

A todos que, sem saber, estão mor†os;
mas que, se quiserem, poderão Viver.
Basta querer; basta lutar; basta mudar.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fiz o que não deveria ter feito;

rompi o que não deveria ter rompido.

Hoje – acabrunhado e contrafeito –

perambulo sozinho, despido.

 

 

Por que cometi esta extravagância?

Por que cometi esta leviandade?

Sim, eu bem sei: foi a maldita ânsia

 

 

Hoje, longe do Caminho

– com mais azar do que sorte

e a alma em desalinho –

espero o dia da minha morte.

 

 

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Meu irmão: não há azar nem sorte;

não há destino determinado de antemão.

Queres Nascer e escapar da morte?

Ouve a Voz Insonora do teu Coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

Observação:

Há alguns anos, em um jantar, um irmão me confessou: — Para mim, não há salvação. Cometi tantos pecados, tantas maldades, que, para mim, não há perdão. Sei que, quando morrer, irei para o inferno. Tantas foram as desgraças que perpetrei, que, para mim, Deus não voltará Sua Face. Os demônios estão me esperando, e todo o inferno festejará quando eu lá entrar. Obviamente, discordei destas palavras (que se não foram exatamente estas, foram parecidas, pois, além de ser traficante de drogas pesadas, até em assassinato este irmão esteve envolvido) e procurei, ainda que soubesse que seria em vão – pelo menos naquele angustiante momento – demover aquele irmão (que, no fundo, queria se endireitar) daquelas idéias estapafúrdicas e desprovidas de qualquer amparo místico ou metafísico (incontornável). O fato é que, ainda que sejamos nós os construtores e os responsáveis pelos nossos infernos, nada é definitivo, pois esse mesmo inferno poderá ser dissolvido e transmutado. E na hora derradeira, um simples pensamento de arrependimento é o suficiente para que haja seqüência e conseqüência. Mas, quem deixa para a última hora não poderá dizer: Deus, ecce Deus! (Deus, eis o Deus!) Seja como for ou como tiver que ser, a única coisa definitiva no Universo é a própria existência do Universo, que não foi criado e não poderá ser descriado. Tudo que existe no Universo é o resultado permanente de três fatores: movimento, reordenamento e transmudamento. Nihil novum sub Sole. (Não há nada de novo sob o Sol). Nihil novi sub Luna. (Não há nada de novo sob a Lua). Nihil novum super Terram. (Não há nada de novo sob a Terra). Life is like the seasons; after winter comes the spring. (Gayle Caldwell).

 

Música de fundo:

Cycles (Gayle Caldwell)

Fonte:

http://www.etplanet.com/download/midi/

 

Observação:

A animação em flash abaixo – Inferno Interior – foi produzida a partir de uma fotografia digital disponibilizada na Página da Internet abaixo citada. Assim sendo, o autor mantém os direitos autorais sobre a animação.

http://www.apuritansmind.com/
ChristianWalk/HateChrist.htm

 

 

 

Inferno Interior