O DESPERTAR DOS MÁGICOS
(Parte III)

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Texto

 

 

 

Este texto tem por objetivo apresentar para reflexão a terceira parte de alguns fragmentos da obra O Despertar dos Mágicos (no original em francês, Le Matin des Magiciens), escrito em 1960 por Louis Pauwels e Jacques Bergier, e que, segundo os autores, é uma introdução ao realismo fantástico – um resumo de cinco anos de pesquisas em todos os setores do conhecimento, nas fronteiras da ciência e da tradição. Agora, não confunda com o realismo mágico, gênero literário criado por escritores modernos sul-americanos como Jorge Luis Borges e Gabriel García Márquez, embora não deixe de haver alguma conexão. O realismo fantástico, segundo os autores do livro, é a disposição de investigar o mundo sem as superstições e os preconceitos ditados pelo cientificismo e pelo intelectualismo da era moderna. Nas palavras de Louis Pauwels: Há superstições antigas e modernas. Para certas pessoas, nenhum fenômeno de civilização é compreensível se não admitirmos, nas origens, a existência da Atlântida. Para outros, o Marxismo chega para explicar Hitler. Em O Despertar dos Mágicos, a Alquimia é levada a sério, e os resultados dos Alquimistas, como transformar chumbo em ouro, podiam ser antecipações ainda mais sofisticadas das transformações nucleares da Física Moderna. A História é revista, podendo ser o produto de uma guerra entre sociedades secretas (entra a Senda Direita e a Senda Esquerda), regidas pelos Superiores Desconhecidos. Esta introdução contraria um pouco o que eu penso sobre estes temas, mas... Enfim, devo dizer que, devido à inabitualidade e à especificidade dos temas abordados na obra, sem exageração, fiz algumas interpolações em alguns fragmentos, mas, creio que os autores, se estivessem vivos, não me censurariam. Afinal, para educar, instruir e alforriar, se não houver má-fé, deslealdade, fraude ou perfídia, penso que tudo seja válido, desde que o propósito esteja estruturado em um máximo de honestidade e em um mínimo de ingenuidade. Ou não? Bem, seja como for, quanto a mim, eu apenas posso garantir o máximo de honestidade, porque, reconheço que, até certo ponto, eu sou mesmo meio ingênuo. Fazer o quê?

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

 

Coisa alguma torna os espíritos tão imprudentes e inúteis como a ignorância do passado e o desprezo pelos livros antigos. (Joseph Joubert [Montignac (Dordonha), 7 de maio de 1754 – Paris, 4 de maio de 1824).]

 

O Estado é um misterioso navio ancorado no céu. Poder-se-ia dizer, a propósito do tempo, que o navio do futuro está ancorado no céu do passado. Apenas o esquecimento nos ameaça com os piores naufrágios. [Antoine de Rivarol (26 de junho de 1753, Bagnols-sur-Cèze, Gard – 11 de abril de 1801, Berlim).] Na verdade, o esquecimento não perdoa.

 

Toda a técnica industrial deve ser elaborada a partir de três dimensões: a experiência, a ciência e a história. Eliminar ou desprezar esta última é dar provas de orgulho e ingenuidade. É igualmente preferir correr o risco de encontrar aquilo que ainda não existe, em vez de procurar racionalmente adaptar o que existe ao que se deseja obter.

 

 

Esta animação está errada. Não se aproxima
uma reação química em um balão do nariz!
Se os vapores forem venenosos, você morrerá!

 

 

O dom por excelência da ciência antiga era a simplicidade.

 

A metalurgia de certos processos antigos se baseava sobre a ação de catalisadores ação catalítica dos oligoelementos. [Um oligoelemento é qualquer elemento químico que, em quantidade muito pequena, é essencial para a vida.]

 

 

Catálise (Catalisador: )1

 

 

 

Esquema representando a diferença da energia de ativação
de uma reação com a presença e a ausência de um catalisador.
Os catalisadores, por um lado, diminuem a energia de ativação,
e, por outro, aumentam a velocidade das reações químicas.

 

Na Idade Média, época incessantemente devastada por incêndios, foram descobertos os melhores remédios contra as queimaduras, receitas essas completamente esquecidas. A este respeito, convém saber que certos produtos da antiga farmacopéia [farmacopéia é uma coleção, um catálogo ou um repositório de receitas e de fórmulas de drogas e medicamentos] não só acalmavam as dores, como permitiam evitar as cicatrizes e regenerar as células.

 

O exemplo mais importante da história atual das técnicas é a convergência das diversas disciplinas científicas, o que implica a necessidade de sínteses constantes.

 

 

Síntese

 

 

O presente é apenas um ponto de contato entre a linha do passado e a linha do futuro. Neste sentido, a lucidez do nosso olhar deve manter sempre equilibrados os pratos da balança entre aquilo que [aparentemente] foi e aquilo que [aparentemente] irá ser. [Na realidade, não existe o foi nem existe o será; há apenas o eterno é.]

Esta, talvez, seja a maior das nossas ilusões.

 

 

O filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do existencialismo, Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de junho de 1905 – Paris, 15 de abril de 1980), pura e simplesmente, recusava à Bomba H [a Bomba de Hidrogênio é uma bomba termonuclear que consegue ser milhares de vezes mais potente do que qualquer bomba nuclear de fissão] o direito de existência, e escreveu: a Bomba H é contra a história.

 

À medida que o tempo [que não é TEMPO] passa, tudo vai se alterando e se passando como se a Humanidade buscasse a unicidade, a cooperação e a fraternidade para modificar a si mesma e a Terra. O desejo de desfrutar, de fruir e de gozar vai sendo substituído pelo propósito de ascender, pelo objetivo de ser e pela determinação de realizar.

 

Os poderosos do mundo, os possessores do mundo e os governantes do mundo não passam de intermediários em uma época que é igualmente intermediária. [Tudo é intermediário; tudo liga estágios; tudo é uma ponte.]

 

Esta é a fase que a Humanidade atravessa: a aventura de uma humanização crescente e uma contínua assunção do Espírito.

 

 

 

 

A História não se repete. Quando passa por um período idêntico, é sempre em um grau mais elevado da Espiral Cósmica. [Spira Legis .]

 

Não há, no Uni[multi]verso, coisa alguma que possa resistir ao ardor convergente de um número suficientemente grande de inteligências agrupadas e organizadas. [Pierre Teilhard de Chardin (Orcines, 1º de maio de 1881 – Nova Iorque, 10 de abril de 1955).]

 

Nos séculos de obscurantismo, existia uma força única: o medo de Deus e da sua Igreja... Atualmente, há uma infinidade de pequenas divindades, igualmente delicadas e frágeis, cuja única força é devida ao nosso tácito consentimento em não as discutir... A vida moderna é o pacto não-formulado dos possessores para manter as suas pretensões, e este pacto será eficaz até ao dia em que se fizer outro que os despoje... O saber é a única força - agora e sempre... Os Grandes Espíritos estão fora daquilo a que se chama civilização... A Verdadeira Ciência a Ciência Temível ainda continua secreta... Virá o dia em que o Saber e a Vontade se unirão, e, então, o mundo progredirá... Todo pacto deve durar, até que haja um antipacto... A civilização triunfa porque é uma aliança mundial; os seus inimigos fracassam porque não passam de uma panelinha [fedorenta]... A Verdadeira Substância Pensante do Mundo será internacionalizada... [John Buchan (26 de agosto de 1875 – 11 de fevereiro de 1940).] É possível, e até é provável, que uma sociedade secreta seja a futura forma de Governo...

 

Nas Democracias modernas, no que concerne aos Governos, é praticamente impossível saber quem é quem, quem decide o quê [e quem faz o quê]. [Um exemplo disto é a Área 51, localizada no Condado de Lincoln, Nevada, EUA, que, durante décadas, nunca foi oficialmente reconhecida. Recentemente, documentos oficiais revelados pelo Arquivo de Segurança Nacional da Universidade George Washington, finalmente, retiraram o gênio da garrafa: a Área 51 existe e foi criada com o intuito de desenvolver e de servir como base de testes de um avião de reconhecimento ultra-secreto, no caso o Lockheed U-2, construído no auge da Guerra Fria.1 Não houve, todavia, qualquer menção a ETs, OVNIs, ITs e Flugelrads, o que não quer dizer que não existam ou que o Governo Americano não dê importância ao tema. E Valiant Thor (? – ?) e o Almirante Richard Evelyn Byrd, Jr. (Winchester, 25 de outubro de 1888 – Boston, 11 de março de 1957) parece nunca terem existido!]

 

 

Área 51

 

 

Lockheed U-2, o Espião do Céu

 

 

O mundo moderno disfarça os seus chefes, como os insetos que parecem ramos de árvores ou folhas... Em caso de guerra, veríamos, sem dúvida, os Governos aparentes serem substituídos por Governos de sombras... E seria crime de traição desvendar a identidade dos responsáveis. Nem sequer está excluída a hipótese de que esses Governos de sombras possam residir fora do nosso mundo, em satélites artificiais que girariam ao redor da Terra.

 

Uma fogueira é o princípio de toda a Alquimia. A alquimia é parecida com a jardinagem. Não é possível ensinar Alquimia. Todas as grandes obras literárias que resistiram aos séculos têm qualquer coisa desse ensinamento. São a obra de homens adultos verdadeiramente adultos que falaram para as crianças, mas, respeitando as leis do conhecimento adulto. Jamais se apanha uma grande obra em falta a respeito dos princípios. Mas, o conhecimento desses princípios e o caminho que leva a esse conhecimento devem se manter secretos. No entanto, há um dever de auxilio mútuo para os investigadores do primeiro grau. Trabalho de mulher e brincadeira de criança...

 

Há um caminho na solidão. [Na verdade, a solidão não existe, pois, de fato, nunca estivemos sozinhos, não estamos sozinhos e jamais estaremos sozinhos. O caminho na solidão significa estar no mundo sem ser do mundo, sem pertencer ao mundo.] Há regatos no deserto. Não há caminho nem regatos no homem misturado com os outros. [No mundo, seja na multidão, misturados com muitos, seja no falanstério, misturados com poucos, não encontraremos nada. Mas, em Silêncio, encontraremos tudo.]

 

Em Alquimia, são necessários: Paciência, Esperança (certeza de que há um objetivo, que esse objetivo existe e que pode ser atingido nesta vida), Trabalho. E, seja qual for o Trabalho, nunca se Trabalha o bastante.

 

Aaaaaa61 Em seguida, quando pretendia dar um sentido mais completo ao que me dissera

 

A falta de atenção do Espírito é o nosso crime fundamental. A atenção extrema desvenda o acordo perfeito entre todos os acontecimentos de uma vida, e também, possivelmente, num plano mais vasto, desvenda o acordo perfeito entre todos os elementos e todos os movimentos da Criação, isto é, a harmonia de e entre todas as coisas.

 

Tudo o que é compreendido está certo. [Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde ou, simplesmente, Oscar Wilde (Dublin, Irlanda, 16 de outubro de 1854 – Paris, 30 de novembro de 1900).]

 

Existem íntimos pontos de contato entre a Alquimia Tradicional e a ciência de vanguarda.

 

A Alquimia, que não é o resultado de uma revelação divina caída do céu, de fato, é um um dos mais importantes resíduos de uma Ciência, de uma Técnica e de uma Filosofia pertencentes a uma civilização desaparecida. [Atlântida? Lemúria?]

 

Técnica Alquimista —› Desintegração Nuclear.

 

 

 

 

Na Alquimia, há restos de uma Ciência desaparecida, difíceis de compreender e de utilizar, por faltar o contexto. A partir desses restos, há, inevitavelmente, tentativas, mas, em uma direção determinada. Há também uma superabundância de interpretações técnicas, morais e religiosas. E há por fim, para os detentores destes restos, a imperiosa necessidade de guardar segredo. [Por que a imperiosa necessidade de guardar segredo? Porque não há mérito. Quando houver mérito, o segredo desaparecerá. Afinal, se tudo é 1, se o Unimultiverso é 1, se somos todos 1, não pode existir quem pode e quem não pode. Há, sim, quem ainda não merece, mas, que, certamente, no futuro, merecerá.]

 

Talvez, se a nossa civilização interrogasse com seriedade a Antigüidade, tornasse mais rápida a nossa própria progressão.

 

Lenda ou não, segundo o que se sabe, divulgado nos mais de cem mil livros e manuscritos alquímicos, o Alquimista, no fim do seu trabalho sobre a matéria, assiste a uma espécie de Transmutação na sua própria pessoa. Aquilo que se passa no seu crisol se passa igualmente na sua consciência ou na sua [personalidade-]alma. Há uma mudança de estado. Todos os textos tradicionais insistem neste ponto, e evocam o momento em que a Grande Obra se realiza, instante em que o Alquimista se transforma em um Homem [parcialmente] Desperto. [A Alquimia Operativa é tão-somente uma espécie de controle de qualidade do Lapis Philosophorum; o que importa, e importa apenas, é a Alquimia Interior Transcendental, em que o nosso chumbo-demônio se transmuta em Ouro-Deus.]

 

A Aventura do Espírito se repete continuamente, porém, sempre, de cada vez, em um grau mais elevado da Espiral Cósmica. [Spira Legis.]

 

 

 

 

Nas recomendações alquímicas sistematicamente se lê uma mística aprendizagem da paciência. [O maior conselho que um velho Alquimista deixou aos interessados na arte-ciência da Alquimia foi: paciência, esperança, trabalho. Outro grande Adepto do século XV, em carta a seu filho, recomendou: a paciência é a escada dos filósofos, e a humildade a porta do seu jardim.

 

Além da transmutação dos metais, existem outros grandes mistérios, dos quais os Grandes Mestres não se gabam. Só eles conhecem estes segredos. [Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643greg. – Kensington, 31 de março de 1727).]

 

Transmutação Alquímica operada por Johann Friedrich Schweitzer, conhecido como Helvétius, (17 de janeiro de 1630, em Köthen, Alemanha) – 29 de agosto de 1709, em Haia, (Reino dos Países Baixos): seguindo as instruções de um estrangeiro, Helvétius derreteu três dracmas de chumbo [uma dracma é equivalente a 28,691 g], envolveu a pedra em cera e deixou-a cair no metal líquido. E este se transformou em ouro! Um ourives declarou que se tratava do ouro mais fino que jamais vira.

 

A Transmutação, para o Alquimista, é apenas um fenômeno secundário. [Controle de qualidade.] Poder sobre a matéria e a energia não passa de uma realidade acessória. O verdadeiro objetivo das Operações Alquímicas, que talvez sejam o resíduo de uma ciência muito antiga pertencente a uma civilização desaparecida, é a Transmutação do próprio Alquimista o seu acesso a um estado de Consciência Superior. Os resultados materiais são apenas as promessas do resultado final, que é Espiritual [e Iniciático]. Tudo converge [e, no bom sentido, conspira] para a Transmutação do próprio Adepto, para a sua Divinização, ou seja, a sua fusão consciente com a Energia Divina fixa [e, desde sempre, A Mesma], de A Qual irradiam todas as energias da matéria. [Negrito e sublinhado meus, e pergunto: o que adianta ter todo o ouro do mundo, e permanecer um demônio ignorante?]

 

Sabei, dizia um Mestre Alquimista, sabei vós todos, Investigadores da Arte da Alquimia, que o Espírito é tudo, e que se neste Espírito não estiver encerrado outro Espírito semelhante [semelhante não é igual], esse tudo para nada servirá.

 

Não é impossível que certas misturas naturais produzam, sob o efeito dos raios cósmicos, reações núcleo-catalíticas em grande escala, susceptíveis de conduzir a uma transmutação compacta dos elementos. Seria necessário ver nisso uma das chaves da Alquimia [Operativa] e a razão pela qual o Alquimista repete indefinidamente as suas manipulações, até ao momento em que as condições cósmicas se reúnem.

 

A Grande Obra é atingida por fases progressivas, e aquele que, ao fim de dezenas e dezenas de anos de manipulações e de ascese, aprende a desencadear as forças nucleares, aprende, igualmente, quais as precauções que convém tomar para evitar o perigo.

 

Podemos mais do que aquilo que sabemos. Embora nem tudo seja permitido, tudo é possível. [Roger Bacon (Ilchester, Somerset, 1214 – Oxford, 1294), também conhecido como Doctor Mirabilis.]

 

Sob o efeito de uma Chama Divina, o Adepto, já velho, é inteiramente consumido. Nome, família, pátria, todas as ilusões, todos os erros, todas as vaidades caem como pó. E destas cinzas, como a fênix dos poetas, uma nova personalidade renasce. Pelo menos, a tradição filosófica assim o diz.

 

Os trabalhos a que se dedicam [pesquisas no campo da energia nuclear] bem como os seus colegas, são terrivelmente perigosos. Não são apenas os senhores que correm perigo. Este é de recear para a Humanidade inteira. A libertação da energia nuclear é mais fácil do que pensam. E a radioatividade artificialmente produzida pode envenenar a atmosfera do planeta dentro de poucos anos. Além disso, podem ser fabricados explosivos nucleares a partir de alguns gramas de metal, e arrasar cidades. Posso lhe dizer com sinceridade: há muito que os alquimistas o sabem. Para desencadear as forças nucleares bastam disposições geométricas de materiais extremamente puros, sem que seja necessário utilizar a eletricidade ou a técnica do vácuo. [Fulcanelli.]

 

O segredo da Alquimia é o seguinte: existe uma forma de manipular a matéria e a energia de maneira a produzir aquilo a que os cientistas contemporâneos chamariam um campo de força. Este campo de força age sobre o observador e o coloca em uma situação de privilégio, em face do Universo. Deste ponto privilegiado, ele tem acesso a realidades que o espaço e o tempo [espaço-tempo], a matéria e a energia habitualmente nos dissimulam. É aquilo a que chamamos a Grande Obra. [Fulcanelli, talvez o último Alquimista autêntico do século XX.]

 

Em Alquimia, o essencial não é a transmutação dos metais, mas, a do próprio investigador. [Fulcanelli.] [Ora, precisamos acabar com esse troço fora dos engonços e sem pé nem cabeça de achar que os Alquimistas eram um bando de lelés insensatos que passavam a vida tentando fabricar ouro. Os saltimbancos que se dedicavam a esta futilidade nunca foram Alquimistas (Adeptos); eram, sim, sopradores e mercenários. Somente os homens de Coração Puro e de Intenções Elevadas, Altruístas e Nobres foram, são e serão capazes de realizar a Grande Obra (Magnum Opus ), e, neste sentido, encontrar a Pedra Filosofal (Lapis Philosophorum) significa descobrir o Segredo da Existência e se tornar um Illuminatus. É óbvio que isto não é coisa para soprador!]

 

Nós, os sábios, tomamos contato com o pecado. [Declaração de Julius Robert Oppenheimer (Nova Iorque, 22 de abril de 1904 – Princeton, 18 de fevereiro de 1967) em 17 de Janeiro de 1955.]

 

Seria um pecado terrível desvendar aos soldados o segredo da tua Arte [a Alquimia]. Toma cuidado! Que nem um inseto haja na sala em que trabalhas! [Um Alquimista chinês.]

 

A Lei Alquímica é o segredo. A Ambição Alquímica é a Ordem Espiritual. Está fora de dúvida, escreveu René Alleau (1917 2013), que as manipulações alquímicas servem de suporte a uma ascese interior. Se a Alquimia contém uma Ciência, esta Ciência é apenas um meio de atingir a [Super]Consciência. Importa, portanto, que não saia para o exterior, onde se transformaria num fim.

 

A última finalidade da Alquimia é a Transmutação do próprio Alquimista, e as manipulações não passam de um lento caminhar em direção à libertação do Espírito.

 

O trabalho de dissolução alquímica deve se efetuar sob luz polarizada, pois, enquanto a luz normal vibra em todas as direções em redor de um eixo, e a luz polarizada vibra numa única direção.

 

Em Alquimia, para que haja lenta condensação do Espírito Universal, é necessário que, por parte do Alquimista, haja, paralelamente, Paciência Sagrada.

 

Tudo é único em a Natureza; cada [personalidade-]alma não tem outra semelhante. [Wolfgang Ernst Pauli (Viena, 25 de abril de 1900 – Zurique, 15 de dezembro de 1958), em 1925, afirmou que dois férmions idênticos não podem ocupar o mesmo estado quântico simultaneamente.]

 

O Alquimista atual, como o de ontem, trabalha em segredo, pobremente, e considera a expectativa uma virtude.

 

Durante dias...
Durante meses...
Durante anos...
O Adepto Alquimista
Aquece...
E deixa arrefecer...
Paciência Sagrada...
Aquece novamente...
E deixa arrefecer...
Paciência Sagrada...
Aquece outra vez...
E deixa arrefecer...
Paciência Sagrada...
.....................
.....................
.....................
E, lentamente,
vai se condensando
o Espírito Universal!
Um outro estado do ser!
Um outro grau da consciência!
Um novo estado do ser!
Um novo grau da consciência!
Cada fim é um recomeço.
Aperfeiçoamento permanente...
Sempre Ascensão!
Paciência Sagrada...

 

A Pedra Filosofal representa o primeiro degrau suscetível de auxiliar o homem a se elevar em direção ao Absoluto. [Mas, atenção: esta elevação da Consciência é-será sempre ilimitada e, portanto, sempre relativa. Não devemos tentar encontrar um fim absoluto onde inexiste fim. Especulativamente, se houvesse um fim, depois do fim seria ou haveria o nada. Como o nada inexiste, o fim também não pode existir. Se lutarmos até ao fim para nos libertarmos da ignorância, a própria verdade lutará conosco, e venceremos, finalmente, todas as coisas. Talvez, para nós, comece, então, a Verdadeira Metafísica – do grego antigo (metà) = depois de, além de tudo e (physis), uma das disciplinas fundamentais da Filosofia que examina a natureza fundamental da realidade, incluindo as relações entre mente e matéria, entre substância e atributo e entre potencialidade e atualidade.]

 

De maneira geral, poder importa mais do que saber. Entretanto, é deste apetite de poder que os Adeptos Alquimistas sempre tiveram o cuidado de fugir.

 

O poder de dominar...
O poder de se apoderar...
O poder de destroçar...
O poder de devastar...
O poder de macular...
O poder de ordenar...
O poder de autorizar...
O poder de denegar...
O poder de escravizar...
O poder de libertar...
O poder de condenar...
O poder de assassinar...
O poder de obstaculizar...
O poder de pespegar...
........................
........................
........................
Ora, nada disto é poder;
é tão-só viver e morrer.

 

Precisamos ter consciência de que as explosões nucleares envenenam a atmosfera do Planeta. Este envenenamento, que progride de forma geométrica, aumentará extraordinariamente o número de crianças nascidas mortas, dos cancros e das leucemias, e destruirá as plantas, alterará o clima, produzirá monstros, escangalhará os nervos, sufocará a Humanidade. Os governos, quer sejam totalitários ou democratas, não renunciarão. Não renunciarão por duas razões. A primeira é que a opinião popular não pode abranger a questão. A opinião popular não possui nível de consciência planetária suficiente [nem o poder ou a força] para reagir. A segunda é que não há governos, mas, sociedades anônimas com capital humano, encarregadas, não de fazerem a história, mas, de exprimir os diversos aspectos da fatalidade histórica. [E esta fatalidade histórica inclui, por egoísmo, sempre levar vantagem em tudo. Primeiro eu! É este raciocínio/comportamento egolátrico e desumano que, por exemplo, na PanCOVIDmia-19, produziu o bárbaro, cruel e desalmado apartheid de vacinas. Primeiro eu!]

 

Seja como for, a fatalidade histórica [que produz todos os tipos de conflitos] não é senão uma das formas do destino espiritual [peregrinação educativa = karma individual + karma coletivo] da Humanidade. A Humanidade não desaparecerá, mesmo que tenha de sofrer mil agonias, e é através das suas dores imensas e pavorosas que encontrará ou que tornará a encontrar a alegria de se sentir em marcha. [Esta PanCOVIDmia-19 exemplifica exatamente isto.] A Ciência será capaz de desatar o nó górdio que deu.

 

Os Alquimistas sabem e afirmam há milênios que há processos simples, econômicos e sem perigo de produzir transmutações maciças. Tais processos devem passar por uma dissolução da matéria e pela sua reconstrução em um estado diferente do estado inicial. [E esta reconstrução é, fundamentalmente, nuclear.]

 

 

mais alguma coisa =

 

menos alguma coisa =

 

mudando alguma coisa =

 

A menor alusão ao fato de que possam existir no Uni[multi]verso domínios imensos de Desconhecido perturba desagradavelmente os homens.

 

Achamos que somos os únicos...
Achamos que somos exclusivos...
Achamos que somos o máximo...
Achamos que somos poderosos...
Achamos que somos invulneráveis...
Achamos que somos os melhores...
Achamos que somos os preferidos...
Achamos que somos os escolhidos...
Achamos... Achamos... Achamos...

 

O que normalmente acontece? Uma quantidade imensa de fatos é repudiada e adulterada porque eles alteram e incomodam os raciocínios correntes delirantes. Vivemos sob um regime de inquisição científica em que a arma mais freqüentemente utilizada contra a realidade discordante é o desdém acompanhado de risos e de mentiras. Na atualidade, de maneira geral, o conhecimento é a ignorância envolvida em risos e em 'fake news'.

 

Sou obrigado a conceber outros mundos...

 

Minha visão pessoal do Universo é antidogmática.

 

Precisamos ter paciência, pois, à medida que progredirmos no estudo das diversas ciências, progrediremos na descoberta das nossas insuficiências!

 

O que não podemos jamais é fazer do absurdo um ídolo.

 

As coisas passam, tornam a passar e não cessam de passar...

 

Há tempo para tudo, e há mesmo um tempo para que os tempos tornem a se encontrar. [Na verdade, não há reencontro dos tempos, pois, a realidade não pode se reencontrar com a Atualidade. Quando Compreendermos, substituiremos as miragens e as ilusões pela Atualidade Cósmica. Logo, substituição não é reencontro.]

 

E os Mistérios se ocultaram...
E os Mistérios se desvelarão...
E a Hierarquia se ocultou...
E a Hierarquia se desvelará...
E o Tempo substituirá o tempo...
E a Atualidade substituirá a realidade...
E o ser-aí Compreenderá...
E o ser-aí se Libertará...
E o ser-aí Ascenderá...
E o ser-aí se Divinizará...

 

Em vez de condenar, repudiar, escolher, seria conveniente amar. O amor é tudo: a um tempo repouso e movimento.

 

 

 

Continua...

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Em Química, o catalisador é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação. Estas substâncias não se consomem nas reações, logo, a massa dos catalisadores é a mesma no início e no fim das reações. No entanto, os catalisadores, com o tempo, podem perder a sua atividade. Ao processo de aumento da velocidade de reação mediante a ação de um catalisador, dá-se o nome de catálise. Catalisadores têm amplo emprego na indústria. Alguns exemplos incluem processos de fabricação de ácidos (como ácido sulfúrico e ácido nítrico), hidrogenação de óleos e de derivados do petróleo, fabricação de fármacos e em catalisadores automotivos. No entanto, nem todos os catalisadores são sintéticos: todos os organismos vivos dependem de catalisadores biológicos denominados enzimas, que regulam as reações bioquímicas.

2. Guerra Fria foi um período de tensão geopolítica entre a União Soviética e os Estados Unidos e seus respectivos aliados, o Bloco Oriental e o Bloco Ocidental, após a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945). Considera-se, geralmente, que o período abrange a Doutrina Truman, de 1947, até a dissolução da União Soviética, em 1991. O termo "fria" é usado porque não houve combates em larga escala diretamente entre as duas superpotências, mas, cada uma delas apoiou grandes conflitos regionais conhecidos como guerras por procuração. O conflito foi baseado em torno da luta ideológica e geopolítica pela influência global das duas potências, após sua aliança temporária e vitória contra a Alemanha nazista em 1945. A doutrina da destruição mutuamente assegurada (MAD) desencorajou um ataque nuclear preventivo de ambos os lados. Além do desenvolvimento do arsenal nuclear e da mobilização militar convencional, a luta pelo domínio foi expressa por meios indiretos, como guerra psicológica, campanhas de propaganda, espionagem, embargos econômicos de longo alcance, rivalidade em eventos esportivos e competições tecnológicas como a Corrida Espacial. Um estado renovado de tensão entre o Estado sucessor da União Soviética, a Rússia, e os Estados Unidos nos anos 2010 (incluindo seus aliados ocidentais), bem como uma tensão crescente entre uma China cada vez mais poderosa e os Estados Unidos e seus aliados ocidentais passou a ser referido como a Segunda Guerra Fria. Infelizmente, por diversos motivos, isto acabou desembocando na covarde invasão da Ucrânia, na quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022, ordenada pelo déspota sagrento e desumano Vladimir Vladimirovitch Putin e sua entourage de oligarcas.

 

 

Nações da OTAN e do Pacto de Varsóvia

 

 

Música de fundo:

Alchemy of Life

Fonte:

https://mp3download.to/9en/1Uo6N8Hu1k0.html

 

Páginas da Internet consultadas:

https://bestanimations.com/

https://gfycat.com

http://www.petquimica.ufc.br

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Fria

https://www.airway.com.br/lockheed-u-2-o-espiao-do-ceu/

https://tecnoblog.net/meiobit/137756/area-51-fim-mito-
governo-americano-admite-existencia-lockheed-u-2/

https://gifer.com/en/Aidg

http://naturezaevolutiva.blogspot.com/2016/06/uma
-breve-abordagem-sobre-as-enzimas.html

https://gifer.com/en/LYIr

https://pt.wikipedia.org/wiki/Catalisador

http://www.dfn.if.usp.br/pesq/ipre/pesquisa/

https://pixabay.com

https://apkpure.com/br/

https://www.pinterest.ch/pin/

https://g1.globo.com/sp/campinas

https://dribbble.com

 

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