Precisamos
(aprender a) descobrir por nós mesmos, abstendo-nos de citar o que
dizem os gurus, os psicólogos e os especialistas. [In:
A Arte da Libertação, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
—
Um guru me recomendou:
– Faça
isto.
Eu fiz;
não adiantou lhufas.
Um psicólogo me recomendou:
– Faça
aquilo.
Eu
fiz; não adiantou bulhufas.
Um padre
me recomendou:
– Não
faça isto.
Eu
não fiz; não adiantou xongas.
Um rabino
me recomendou:
– Não
faça
aquilo.
Eu
não fiz; não adiantou neca.
Livrei-me dos recomendadores,
ouvi a Voz do Silêncio
e adiantou
tudo.
Costumamos
atribuir aos ritos uma importância extraordinária, que eles
não têm. Qualquer rito só faz embotar a mente e transformar
a vida em um processo mecânico. Para se achar a Verdade, não
se necessita de livro algum, de gurus, de psicólogos, de especialistas
etc. [Ibidem.]
—
Eu queria achar a Verdade.
Então,
li todos os livros que pude.
Não A encontrei: só fiquei mais baratinado.
Eu queria achar a Verdade.
Então,
me aconselhei com um guru.
Não A encontrei: só fiquei mais atazanado.
Eu queria achar a Verdade.
Então,
me aconselhei com um xamã.
Não A encontrei: só fiquei mais desorientado.
Eu queria achar a Verdade.
Então,
me aconselhei com um médium.
Não A encontrei: só fiquei mais transtornado.
Eu queria achar
a Verdade.
Então,
me aconselhei com um babalaô.
Não A encontrei: só fiquei mais atarantado.
Eu
queria achar a Verdade.
Então,
me aconselhei com um cartomante.
Não A encontrei: só fiquei mais embatucado.
Eu queria achar a Verdade.
Então,
me aconselhei com um padre.
Não A encontrei: só fiquei mais siderado.
Eu
queria achar a Verdade.
Então,
me aconselhei com um áyatolláh.
Não A encontrei: só fiquei mais atolado.
Eu queria achar a Verdade.
Então,
me aconselhei com um rabino.
Não A encontrei: só fiquei mais azabumbado.
Relativamente, entrevi a Verdade
quando, in Corde, entrei no Silêncio,
deixei de buscá-La e fiquei tranqüilizado.
Quem
insiste e continua a fazer uma coisa, sem saber o que faz, é, evidentemente,
uma pessoa desequilibrada. [Ibidem.]
A
maioria das pessoas prefere e quer permanecer embotada, porque não
deseja enfrentar a vida, e a mente embotada pode dormir e viver feliz, em
um estado semicomatoso. [Ibidem.]
—
Vi um com-fome. Dexei-pra-lá.
Vi um com-sede. Dexei-pra-lá.
Vi um escravizado. Dexei-pra-lá.
Vi um explorado. Dexei-pra-lá.
Vi um abandonado. Dexei-pra-lá.
Vi um refugiado. Dexei-pra-lá.
Vi um deslocado. Dexei-pra-lá.
Vi um muralhado. Dexei-pra-lá.
Vi um pedofilizado. Dexei-pra-lá.
Vi um sem-lhufas. Dexei-pra-lá.
Vi um sem-picas. Dexei-pra-lá.
Vi um aleijado. Dexei-pra-lá.
Vi um ceguinho. Dexei-pra-lá.
Vi um escorraçado. Dexei-pra-lá.
Vi um injustiçado. Dexei-pra-lá.
Vi um torturado. Dexei-pra-lá.
Vi um atormentado. Dexei-pra-lá.
Vi um obliterado. Dexei-pra-lá.
Vi a mim-mesmo. Dexei-pra-lá.
Tornei a me olhar. Fui até lá.
Hoje, sem exceção, olho para todos,
e me envergonho de ter-deixado-pra-lá.
Poderá
a mente se tornar penetrante, se viver no isolamento, na exclusão?
Não. A mente só se tornará penetrante, clara, veloz,
quando for inclusiva, quando não viver no isolamento, quando for
capaz de seguir cada pensamento até o fim, vendo todas as suas conseqüências.
Só então a mente será capaz de se tornar penetrante,
e não quando se concentrar em qualquer idéia, o que representa
um processo de exclusão. [Ibidem.]
—
Ave Maria... Ave Maria...
Eu rezava e só pedia.
São Longuinho... São Longuinho...
Entulhai-me de dinheirinho.
Pai nosso... Pai nosso...
Dai-me carne, não osso.
Glória ao Pai... Glória ao Pai...
Ponde fim neste meu ai.
Salve Regina... Salve Regina...
Fazei de mim um papa-fina...
Gloria... Gloria...
Mudai o enredo da história.
Tantum ergo... Tantum ergo...
Acabai com todo o adergo.
Confiteor... Confiteor...
Livrai-me desta dolor.
Credo... Credo... Credo...
Libertai-me do meu medo.
Miserere nobis... Miserere nobis...
Ora pro nobis... Ora pro nobis...
Deus de meu Coração... Deus de meu Coração...
Unificai-me com cada irmão!
Addendum
—
Tantos anos... Solidão!
Tantos anos... Contramão!
Então, vislumbrei a LLuz!
Pude, assim, mudar de Cruz!
—
Hoje, sei que o Caminho
– que levará todos ao Ninho –
está dentro, no Coração!
Em Silêncio, Manumissão!
Música
de fundo:
Der
Untergang (Exodus)
Compositor: Stephan Zacharias
Fonte:
http://mu.fm/track/stephan-zacharias-exodus-qryawew
Páginas
da Internet consultadas:
https://sgwmscog.com/
http://www.differencebetween.net/
https://www.stripers247.com/
https://www.clipartmax.com/
https://pixers.pt/
https://www.youtube.com/
https://mbtskoudsalg.com/
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