O Discurso Sobre o Método, por vezes traduzido como Discurso do Método, ou, ainda, Discurso Sobre o Método Para Bem Conduzir a Razão na Busca da Verdade Dentro da Ciência (em francês: Discours de la Méthode Pour Bien Conduire sa Raison, et Chercher la Vérité dans les Sciences), é um Tratado de autoria do filósofo, físico e matemático francês René Descartes (La Haye en Touraine, 31 de março de 1596 – Estocolmo, 11 de fevereiro de 1650), publicado em Leiden, Holanda, em 1637.
Folha de Rosto da Primeira Edição de o Discurso Sobre o Método, de 1637
Constitui, ao lado de Meditações Sobre Filosofia Primeira ou Meditações Metafísicas (originalmente, em latim, Meditationes de Prima Ohilosophia, in qua Dei Existentia et Animæ Immortalitas Demonstratur) e de Princípios de Filosofia e Regras para a Direção do Espírito (originalmente, em latim, Regulæ ad Directionem Ingenii), a base da Epistemologia (Teoria do Conhecimento) do filósofo, sistema que passou a ser conhecido como Cartesianismo. O Discurso Sobre o Método propõe um modelo (quase) matemático para conduzir o pensamento humano, uma vez que a Matemática tem por característica a certeza – a ausência de dúvidas. De acordo com o próprio Descartes, parte da inspiração de seu método (descrito nesse Tratado) se deveu a três sonhos ocorridos na noite de 10 para 11 de novembro de 1619. Nestes sonhos lhe havia ocorrido a idéia de um método universal para encontrar a Verdade, [ainda que eternamente relativa].
O Discurso Sobre o Método foi escrito em vernáculo (os textos filosóficos costumavam ser escritos em latim), de maneira não-doutrinária, pois, Descartes tentou popularizar ao máximo os conceitos ali expressos e de maneira não-impositiva, porém, compartilhada. Em toda a obra permeia a autoridade da razão, conceito banal para o homem moderno, mas, um tanto novo para o homem medieval (muito mais acostumado à autoridade eclesiástica católica – baculina e impositiva). A autoridade dos sentidos (ou seja, as percepções do mundo) também é particularmente rejeitada; o conhecimento significativo, segundo o Tratado, só pode ser atingido pela razão, abstraindo-se a distração dos sentidos. Uma das mais conhecidas frases do Discurso é Je pense, donc je suis (citada freqüentemente em latim, cogito, ergo sum; penso, logo sou): o ato de duvidar como indubitável, e as evidências de "pensar" e "ser" ligadas. (A forma penso, logo existo, popularizada por algumas traduções da obra, não é a mais correta, uma vez que identifica o ser com o existir, conceitos diferentes no Cartesianismo). Esse Exist. Je pense, donc je suis Je ne pense pas, donc je ne suis pas. Cogito, ergo sum Non cogito, ergo non sum.
Este estudo, que estou divulgando hoje, é uma pequena coletânea de fragmentos (eventualmente comentados) do Discurso Sobre o Método. Penso que valha muito a pena refletir sobre as lucubrações cartesianas, particularmente nesta época de incertezas, de smartphones e de news horrorosas. Para redigir este texto utilizei a obra disponibilizada pela equipe Le Livros, tradução de Enrico Corvisieri. A biografia de Descartes poderá ser lida no endereço:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Descartes
Quando a Humanidade estiver unida na busca da Sabedoria, e não mais lutando por
dinheiro e poder, então, nossa sociedade poderá, enfim, evoluir para um novo nível.
Fragmentos de O Discurso Sobre o Método
A diversidade de nossas opiniões não se origina do fato de alguns entes serem mais racionais do que outros, mas, apenas, de dirigirmos nossos pensamentos por caminhos diferentes e não considerarmos as mesmas coisas. [Isto poderia muito bem ser denominado de ignorância intelectual ou de ignorância cognitiva. O fato é que todas as nossas más escolhas, todos os nossos descaminhos e todos os sofrimentos (os nossos e os que causamos aos outros) são produzidos por uma não-aceitação/incompreensão das Leis Cósmicas, o que vale dizer da nossa própria vida/existência no Unimultiverso, pois, somos ± incapazes de discernir concertadamente o útil do fútil, o certo do errado, o real das miragens e das ilusões, melancolia profunda de melancia na bunda, crocodilo de cocô de grilo e Pires de Oliveira de pratinho de azeitona.]
As maiores [personalidades-]alma são capazes dos maiores vícios, como também das maiores virtudes, e os que só andam devagar [e conscientemente] podem avançar bem mais, se continuarem sempre pelo caminho reto, do que aqueles que correm e dele se afastam.
O juízo que faço de mim próprio me autoriza dizer que eu me inclino mais para o lado da desconfiança do que para o da presunção.
Quem poderá afirmar com absoluta certeza que o que toma por ouro e diamante não passe mesmo de cobre e vidro?
É bom examinar todas as correntes filosóficas (Idealismo, Materialismo, Escolástica, Racionalismo, Empirismo, Pragmatismo, Existencialismo, Pós-modernismo, Psicologismo, Neocriticismo, Metafísica, Filosofia Política etc.), até mesmo as mais eivadas de superstição e as mais falsas, a fim de lhes conhecer o exato valor e evitar ser por elas enganado. [Como podemos dizer que o melhor é isto, se desconhecemos os outros aquilos?]
Por que, para muitos, tudo quanto é diferente dos seus costumes é ridículo e contrário à razão?
Apesar de a Filosofia ter sido cultivada pelos mais elevados espíritos, nela ainda não se encontra uma única coisa a respeito da qual não haja discussão, e, conseqüentemente, que não seja duvidosa.
Para Aristóteles, os escravos eram uma subespécie de homens, isto é, quase-homens
– um perverso preconceito ideológico que ele não pôde ou não conseguiu superar.
Ora, não existe escravidão justa. Toda escravidão é contranatural e anti-humana.Qual a vantagem de qualquer a glória obtida com falsos títulos?
Precisamos estar atentos e vigilantes e ter muito cuidado para não corrermos o risco de ser enganados pelas promessas de falsos alquimistas [sopradores charlatães], pelas predições de astrólogos [fajutos, catastrofistas, apocalípticos e sibilinos], pelas imposturas dos religiosos mágicos [que fazem negócios com deus e vendem milagres, bênçãos, medalhinhas, santinhos, salvações, glossolalias, feijões mágicos, águas consagradas etc.] e pelas artimanhas ou arrogâncias dos que manifestam saber mais do que realmente sabem. [Ora, ninguém sabe nem mais nem menos do que realmente sabe; na verdade, nenhum de nós sabe xongas de lhufas. A peregrinação é/será ilimitada. A Dialética é/será interminável. A verdade desvelada é/será sempre relativa. Mais uma vez, didaticamente, recordo a última frase de Émile Dantinne (Sâr Hieronymus), que nasceu na Cidade de Huy, Bélgica, no dia 19 de abril de 1884, e partiu para a sua Grande Aventura (Grande Iniciação) na mesma Cidade, no dia 21 de maio de 1969: — A gente não sabe nada!]
Não existe tanta perfeição nas obras formadas de várias peças e feitas pela mão de diversos mestres como naquelas em que um só trabalhou. [Penso que não se deva tomar isto como regra, pois, a Grande Pirâmide de Gizé, por exemplo, contraria flagrantemente este conceito.]
É quase impossível que nossos juízos sejam tão puros ou tão firmes como seriam, se, desde o nascimento, pudéssemos utilizar totalmente a nossa razão e se tivéssemos sido guiados apenas por ela.
Como a vida de alguém poderá ser boa, luminosa e edificante, e, de fato, autônoma, criativa e fecunda, se for conduzida e construída apenas sobre velhos alicerces [tradição, separatividade, intolerância, preconceitos e magia negra] e se está ancorada tão-somente sobre princípios e conceitos a respeito dos quais se deixou convencer em sua juventude, sem nunca tê-los analisado se eram concertada e efetivamente verdadeiros? Logo, todos nós podemos concluir que, se quisermos nos libertar, deveremos e precisaremos reformar nossos próprios pensamentos e passar a projetar, planejar e edificar em um terreno que tenha sido desenhado por nós e que seja todo nosso ou...
A Humanidade se compõe (quase) só de duas espécies de indivíduos: 1ª) de aqueles que, se julgando mais hábeis do que realmente são, não podem se impedir de precipitar seus juízos nem ter suficiente paciência para conduzir ordenadamente todos os seus pensamentos, disso decorrendo que, se tivessem tomado uma vez a liberdade de duvidar dos princípios que aceitaram e de se desviar do caminho comum – [senso comum hipotético] – jamais poderiam se ater à trilha que é necessário tomar para ir mais direito, e permaneceriam perdidos [encavernados e desertificados] ao longo de toda a existência, [jogando, desta forma, a própria encarnação na lata de lixo]; e 2ª) de aqueles que, tendo bastante razão (ou modéstia) para se considerarem menos capazes de diferenciar o verdadeiro do falso do que alguns outros, pelos quais podem ser instruídos, devem, antes, ficar satisfeitos em seguir as opiniões desses outros, do que se esforçar por achar, por si mesmos, outras melhores. Bem, de maneira geral, acontece assim: são bem mais o costume e o exemplo que nos convencem do que qualquer conhecimento correto, [pois, por falta de disposição, preguiça e indolência, preferimos imitar, ser maria-vai-com-as-outras e nos deixar influenciar e conduzir por outros, do que raciocinar e deliberar por nós mesmos. Por isto, as religiões, os smartphones, as mídias sociais [blogs, Google Groups, Wikipedia, MySpace, Facebook, Last.fm, YouTube, Second Life, Flickr, Twitter e o Wikis] e as news fazem tanto sucesso!]
— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que a COVID-19 foi um castigo terrível mandado por deus.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que só quem está possuído pelo bute pega a COVID-19.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que quem não pega a COVID-19 é um peixinho de deus.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que vacina contra a COVID-19 faz virar 'Caiman latirostris'.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que vacina contra a COVID-19 faz desenvolver AIDS.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que vacina contra a COVID-19 faz mudar de sexo.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que só Cloroquina e chá-de-bico curam a COVID-19.
Chá-de-bico
(Nem morto! Só hipnotizado e acorrentado!)
— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que o Coronavírus é um vírus comunista.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que H2O consagrada cura a COVID-19.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que feijão mágico cura a COVID-19.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que a Terra está povoada por e .— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que Deus ajuda quem cedo madruga.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que Deus escreve certo por linhas tortas.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que o papa é infalível, quando ensina com autoridade ('ex cathedra').
— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que tudo o que existe foi criado por Deus a partir do nada.
Nada surge do nada. [Parmênides de Eléia (530 a.C. – 460 a.C.)]
— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que, no fim do mundo, Cristo virá de novo para julgar os homens.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que é dando que se recebe.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que o que não tem remédio, remediado está.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que olho por olho dente por dente.
— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que Deus ajuda quem cedo madruga.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que floresta boa é floresta deitada.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que bom é morto.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que ucraniano bom é ucraniano morto.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que gazense bom é gazense morto.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que bom é morto.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que bom é morto.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que contra-Maduro bom é contra-Maduro morto.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que bom é morto.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que bom é morto.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que bom é morto.— Disseram-me e eu, lento e maria-vai-com-as-outras,
acreditei que eu era o líder e o messias que salvaria o Brasil.
Primeiro Preceito Cartesiano: Nunca aceitar algo como verdadeiro que não possamos conhecer claramente como tal.
Segundo Preceito Cartesiano: Repartir cada uma das dificuldades que analisarmos em tantas parcelas quantas sejam possíveis e necessárias a fim de melhor solucioná-las.
Terceiro Preceito Cartesiano: Conduzir por ordem os nossos pensamentos, iniciando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para nos elevarmos, pouco a pouco, como galgando degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e presumindo até mesmo uma ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros.
Quarto Preceito Cartesiano: Efetuar em toda parte relações metódicas tão completas e revisões tão gerais nas quais tnhamos a certeza de nada omitir.
Só há uma maneira de compreendermos as coisas e de nos libertarmos (de nós mesmos): habituar o nosso Espírito a se alimentar de verdades e a não se satisfazer com falsas razões.
Se considerarmos que existe somente uma verdade de cada coisa, se nós a encontrarmos, conheceremos a seu respeito tanto quanto se pode conhecer. [O grande problema, aqui, é conseguirmos ultrapassar os dois degraus que nos aprisionam a nós mesmos: nossas miragens + nossas ilusões (, eikasia, ilusão – termo usado por Platão para se referir ao modo humano de lidar com as aparências) e nosso fideísmo (, pistis, crença – termo usado por Platão para se referir ao modo humano de lidar com a fé). É exatamente a não-ultrapassagem destes dois degraus que, na atualidade, por exemplo, deram origem à desarrazoada Guerra Russo-ucraniana, à assimétrica Guerra Israelense-Hamas e à fraude vergonhosa, inaceitável e em grande escala cometida nas eleições venezuelanas. O pior de tudo isto é a inércia da ONU e a indolência da comunidade internacional em resolver estes absurdos. Não há banho-maria que justifique que nada seja feito.]
Para tudo, não devemos nos preocupar com a perfeição, mas, sempre devemos fazer o melhor que pudermos. [O Complexo de Perfeição é um fenômeno psicológico que tem intrigado psicólogos e psicanalistas ao longo dos anos. Ele se manifesta quando um indivíduo busca incessantemente a perfeição em todas as áreas de sua vida, muitas vezes levando a um estado de ansiedade + insatisfação crônicas. Os sintomas do Complexo de Perfeição podem variar de indivíduo para indivíduo, mas, geralmente, incluem: a) autocrítica intensa; b) ansiedade crônica; c) relações interpessoais afetadas; e d) insatisfação persistente. Na atualidade, a busca pela perfeição tem sido alimentada pela Internet e pelas redes sociais, pois, criam pressões adicionais para manter uma imagem de perfeição. Bem, precisamos nos conscientizar de que a verdadeira perfeição reside na autenticidade e na aceitação de nossas imperfeições. Vale a pena ler o artigo Além da Superfície: Desvendando o Complexo de Perfeição, disponibilizado em:
https://www.band.uol.com.br/]Regra Insubstituível: Extirpar da mente todas as más opiniões que nela demos acolhida. Devemos tentar aperfeiçoar, cada vez mais, os nossos juízos, e, de maneira alguma, torná-los piores. Sempre melhores.
Primeira Máxima Moral Cartesiana: Obedecer às leis e aos costumes do país em que vivemos.
Segunda Máxima Moral Cartesiana: Ser o mais firme e decidido possível em nossas ações. Quando não está em nosso poder distinguir o que é mais verdadeiro, devemos seguir o que é mais provável de ser verdadeiro. [Esta máxima se aplica principalmente em política e em religião. E ditadura, ausência de liberdade, céu e inferno nunca foram, não são e jamais serão coisas verdadeiras.]
Terceira Máxima Moral Cartesiana: Procurar, primeiro, sempre vencer a nós próprios (os nossos desejos, as nossas cobiças e as nossas paixões) antes de tentar modificar os outros e a ordem do mundo.
Todo excesso costuma ser mau.
Precisamos nos libertar de todos os arrependimentos e de todos os remorsos que costumam agitar as nossas consciências. [Mas, isto só será possível através de um esfoço diário e sem limites para, relativamente, alcançarmos a Compreensão das Leis Unimultiversais.]
Precisamos aprender a fazer da necessidade uma virtude.
Precisamos aprender a utilizar toda a nossa existência em cultivar a nossa Razão, para que possamos progredir o máximo que pudermos no Conhecimento da Verdade, [mesmo que qualquer Verdade que venhamos a conhecer seja sempre relativa. Você lembra das últimas palavras de Sâr Hieronymus? — A gente não sabe nada! Por isto, sempre: Paciência e Humildade.]
A nossa Vontade [Espiritual Interior] é suficiente para julgar o melhor possível e para agir da melhor maneira, ou seja, para adquirir todas as Virtudes e, ao mesmo tempo, todos os Bens que se possam adquirir. [Esta Certeza Espiritual de René Descartes foi a mesma de, por exemplo, Francis Bacon, Frederico Guilherme II, Johann Wolfgang von Goethe, Victor-Marie Hugo, Gottfried Wilhelm Leibniz, Isaac Newton, Benjamin Franklin e Fernando António Nogueira Pessoa, pois, todos foram Iniciados Rosacruzes.]
Precisamos aprender a ser mais espectadores do que atores em todas as comédias que no mundo se representam. [Ser mais espectador do que ator não significa, de forma alguma, ceticismo, desfraternidade ou separatividade, mas, sim, não-envolvimento emocional, não-participação compartilhada e não-atuação coadjuvante nas comédias e nos dramas humanos e mundanos.]
Precisamos aprender a remover a areia-gulosa de nossas vidas, para podermos encontrar a rocha ou a argila.
Precisamos aprender a ser mais zelosos dos nossos próprios assuntos do que curiosos com os problemas dos outros.
Precisamos aprender a rejeitar como totalmente falso tudo aquilo que pudermos supor que haja a menor dúvida quanto à sua veracidade ou que seja minimamente contestável. [Como é possível que, em pleno século XXI, alguém possa acreditar e noticiar que vacina contra COVID-19 possa fazer um Homo sapiens virar um jacaré-de-papo-amarelo? Como é possível que, em pleno século XXI, alguém possa acreditar e noticiar que vacina contra COVID-19 possa fazer um Homo sapiens desenvolver AIDS? Como é possível que, em pleno século XXI, alguém possa acreditar e vender H2O consagrada para curar a COVID-19? Como é possível que, em pleno século XXI, alguém possa acreditar e vender feijão mágico para curar a COVID-19? Como é possível que, em pleno século XXI, alguém possa acreditar que a Guerra Russo-ucraniana e a assimétrica Guerra Israelense-Hamas sejam justas e legítimas? Como é possível que, em pleno século XXI, alguém possa acreditar que, por Razão de Estado1, tenha sido justo e legítimo o assassinato de Ismail Haniya, no dia 31 de julho de 2024, em sua residência, em Teerã, capital da República Islâmica do Irã? Como é possível que, em pleno século XXI, alguém possa acreditar que as eleições venezuelanas tenham sido corretas, dignas, honestas, incorruptas e irrepreensíveis? Como é possível que, em pleno século XXI, alguém possa acreditar que o aquecimento global e a mudança climática sejam partes de uma conspiração marxista?]
Precisamos aprender a não cometer paralogismos.
Je pense, donc je suis [citada freqüentemente em latim: cogito ergo sum; em português: penso, logo sou] foi o Primeiro Princípio da Filosofia que eu procurava. Para pensar, é preciso ser.
Compreendi, então, que eu era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de lugar algum, nem depende de qualquer coisa material. De maneira que esse Eu, ou seja, a [personalidade-]alma, por causa da qual sou o que sou, é completamente distinta do corpo e, também, que é mais fácil de conhecer do que ele, e, mesmo que este nada fosse, ela não deixaria de ser tudo o que é.
É impossível fazer as coisas sair do nada.
Nada surge do nada. [Parmênides de Eléia (530 a.C. – 460 a.C.)]
Toda dependência é uma falha. [E por que toda dependência é uma falha? Porque toda ependência é submissão, e toda submissão é escravização, e toda escravização é ausência de autonomia e de liberdade e sem autonomia e liberdade não... Não... Não... Não... Não... Não... Não...]
A nossa imaginação ou os nossos sentidos jamais poderão nos garantir coisa alguma, se o nosso juízo não intervier.
Como podemos afirmar que os pensamentos que nos surgem em sonhos são menos verdadeiros do que os outros que temos quando estamos acordados? [Bem, aqui, é necessário distinguir sonho de ] Seja como for, quer estejamos despertos, quer estejamos dormindo, jamais deveremos nos deixar convencer de nada, à exceção da evidência da nossa razão, e, portanto, de maneira alguma da nossa imaginação ou dos nossos sentidos.
As coisas que concebemos de forma bastante evidente e distintamente são todas [relativamente] verdadeiras.
As coisas confusas que não compreendemos derivam do fato de nós não sermos perfeitos.
A razão não nos sugere que tudo quanto vemos ou imaginamos seja verdadeiro, mas, nos sugere, realmente, que todas as nossas idéias e todas as nossas noções devem conter algum fundamento de verdade, pois, não seria possível que Deus – [o Deus de Nossos Corações] – que é todo perfeito e verídico, as tivesse colocado em nós sem isso.
Você já percebeu que, às vezes, há calor sem luz, e outras vezes, luz sem calor?
Todos os efeitos surgem a partir de causas. [Somos responsáveis por tudo.]
Durante um período, lamentavelmente, isto aconteceu no Brasil!
Milhares morreram pela recusa do Governo em comprar vacinas!
As Leis da Mecânica são as mesmas Leis da Natureza.
A razão é um instrumento universal, que [nos] serve em todas as ocasiões.
Os animais não possuem menos razão do que os homens. De fato, eles não possuem nenhuma razão. [Tudo bem, mas, isto não quer dizer que não sejam nossos amigos e nossos irmãos. São, sim!]
A nossa [personalidade-]alma é de uma natureza inteiramente independente [e diferente] do nosso corpo físico e, conseqüentemente, não está, de maneira alguma, sujeita a morrer com ele. A nossa [personalidade-]alma é imortal.
Não devemos dizer [afirmar] nada, não devemos escrever nada e não devemos publicar nada que possa acarretar prejuízo para qualquer pessoa.
É uma Lei Unimultiversal nos obrigarmos a procurar, no que depende de nós, o bem geral e o progresso de todos os homens-aí [nossos irmãos]. Com fidelidade e categoricamente, precisamos e devemos comunicar ao público o pouco que já tivermos descoberto, de tal maneira que, todos juntos, possamos ir muito mais longe, do que poderia ir cada um em particular. [Exatamente por isto que Alice Ann Bailey, na obra A Alma: a Qualidade de Vida, telepatizada para ela por Djwhal Khul – Mestre Ascensionado da Grande Loja Branca – afirmou: A Intuição sempre diz respeito à atividade grupal, coletiva, e não a pequenos assuntos particulares, pessoais e egoístas, isto é, a bem-estares egoístas e ambições pessoais.]
Entrelaçamento Quântico Cordial Unimultiversal
Se conhecermos como operam as forças e as ações do fogo, da água, do ar, dos astros, dos céus e de todos os outros corpos que nos cercam, tão claramente como conhecemos os vários ofícios dos nossos artífices, poderemos utilizá-las da mesma forma em todos os usos para as quais são próprias, e assim nos tornar Senhores e Possuidores da Natureza. [A.'. U.'. M.'.]
A conservação da saúde é, sem dúvida, o primeiro bem e a base de todos os outros bens desta vida.
Em nossa pesquisa de tudo devemos: 1º) tentar encontrar os Princípios ou as Causas Primeiras de tudo quanto existe ou pode existir no mundo; 2º) examinar quais são os primeiros e os mais comuns efeitos que se podem deduzir dessas Causas; e 3º) avançar sempre, cada vez mais, no conhecimento da Natureza.
Devemos escrever e publicar todas as coisas que considerarmos de alguma importância para o bem da Humanidade e para beneficiar o público.
O pouco que aprendemos e que sabemos é quase nada, em comparação com o que ignoramos. O que não devemos é desanimar e desistir de sempre tentar aprender. [Desanimar e desistir é morrer.]
Não esqueçamos jamais que, de maneira geral, muitos homens vêem melhor do que um só. [Há exceções. Claro!]
Não se pode compreender tão bem uma coisa, e torná-la nossa, quando a aprendemos de outrem, como quando nós mesmos a criamos.
A Verdade só se descobre pouco a pouco, [e, mesmo assim, sempre incompleta, portanto, relativamente.]
À medida que vamos compreendendo as coisas, elas vão se tornando cada vez mais difíceis e mais obscuras de compreender. Seja como for, a regra é: procurar, em princípio, as coisas fáceis, e passar, gradualmente, para outras mais difíceis.
A glória é contrária ao Repouso [Silêncio].
Uma boa decisão é se manter indiferente entre o fato de ser conhecido, [incensado e festejado] e o de não sê-lo.
Se a nossa razão sugerir para aceitarmos uma coisa, então, deveremos aceitá-la.
Devemos nos afastar de qualquer tipo de tendência ou de intenção que possa ser útil a uns prejudicando outros.
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Nota:
1. Como explicam Eugênio Mattioli Gonçalves (Bolsista PIBIC/CNPq) e o Prof. Dr. Roberto Romano da Silva (Orientador), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – IFCH, UNICAMP, no texto Estudo Sobre a Formação do Conceito de Razão de Estado, a Razão de Estado (Raison d’État) estabelece ao governante o imperativo hipotético de uso da força estatal e dos demais meios que forem necessários para a manutenção do poder, [que é exatamente o que está fazendo atualmente Nicolás Maduro Moros (Caracas, 23 de novembro de 1962), para escândalo internacional, na República Bolivariana da Venezuela]. De origem atribuída aos escritos do filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento Niccolò di Bernardo dei Machiavelli (Florença, 3 de maio de 1469 – 21 de junho de 1527), a Razão de Estado obteve amplo desenvolvimento e aplicação sob a ascensão dos governos absolutistas na Europa moderna. Posteriormente, no século XX, ganharia novo fôlego como prática adotada por governos autoritários ao redor do Globo.
Música de fundo:
La Vie en Rose
Composição: Edith Piaf (letra) & Louis Guglielmi (melodia)
Interpretação: Edith PiafFonte:
https://archive.org/details/78_la-vie-en-rose_edith-piaf-louiguy-luypaerts_gbia0011638b
Páginas da Internet consultadas:
https://dribbble.com/shots/5922692-Fake
https://www.shutterstock.com/pt/
https://prp.unicamp.br/pibic/congressos/xixcongresso/resumos/081262.pdf
https://dribbble.com/shots/13396943-Bertrand-Russell
https://pt.wikipedia.org/wiki/Analogia_da_linha_dividida
https://pt.aliexpress.com/item/1005004858194459.html
https://open.spotify.com/intl-pt
https://www.shutterstock.com/pt/search/mahatma-gandhi
https://pt.pngtree.com/free-png-vectors/tribo-yanomami
https://www.freevector.com/vector/muslim
https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/ateu
https://dribbble.com/shots/2303645-Priest/attachments/9234639?mode=media
https://www.theoria.com.br/edicao0212/a_escravidao_natural_na_politica_de_aristoteles.pdf
https://www.vecteezy.com/free-vector/solar-system
https://www.pngwing.com/pt/search?q=cor+Mapa+do+mundo
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/orientacao-sexual.htm
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60518951
https://dribbble.com/shots/14216267-phone-animated-illustration
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Descartes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Discurso_sobre_o_M%C3%A9todo
https://nossateca5.webnode.page/products/o-discurso-do-metodo-pdf/
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