O VELHO TEMPO DO QUANDO

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 


Fraquejei e escorreguei.
Agora, vou me arrastar até pifar!

 

 

 

É muito sedutor escorregar;

depois, árduo é levantar.

Adoramos o tal do enviesado

e de dar uma de safado.

 

Indistinguimos água de vinho

e alinho de desalinho.

Baralhamos deus com demônio

e temporal com favônio.

 

É a balbórdia, é a confusão,

é a negra escuridão.

É vir-e-retornar, é voltar-e-vir,

é merdar e dessentir.

 

Pior: não queremos escutar,

e malogramos sem parar.

Falsamos como chupa-caldos,

e obramos por ser ribaldos.

 

De repente, enfim, acontece

de suprimirmos o refece.

É o Som... É a Voz... É a LLuz...

É o desmantelo da Cruz.

 

E aí, vão avultando vergonhas,

E, devagar, vamos transmutando

o velho tempo do quando.

 

Mas, é bom sentir vergonha;

Assim, talvez, nos libertemos,

e Deuses nos tornemos!

 

 

 

Oh! Quando nos tornaremos Deuses?

 

 

 

Música de fundo:

I Will Drink the Wine
Compositor: Paul Ryan
Intérprete: Frank Sinatra

 

Páginas da Internet consultadas:

http://soundjax.com/crocodile_sounds-1.html

http://hectorllanquin.com/heliogabalos_
party/heliogabalos.html

http://devaneiosdevida.blogspot.com.br/
2011/10/depressao-da-ignorancia.html

 

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