Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Mata o desejo; mas, se o matares, acautela-te bem, para que não ressuscite depois de morto.

 

A Voz do Silêncio, Fragmento I, versículo 63.
Helena Petrovna Blavatsky (1831 - 1891)

 

 

 

 

 

O Borracho

 

 

 

 

dei um tempo, mas voltei a cafungar.

Dia, noite, desacertado, embriagado;

parei, mas voltei a me embebedar.

 

 

Durante anos, fui um peculatário;

me emendei, mas voltei a subtrair.

Meu viver sempre foi voluptário;

 

 

E assim, de fraqueza em vileza,

de baixeza em sem-vergonheza,

matei e ressuscitei mil defeitos.

 

 

Hoje, vivo triste e desnorteado

a ver aonde me levará meu fado.

Não me orgulho dos meus feitos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:
Maldição
Letra e Música: Alfredo Duarte e Armando Vieira Pinto
Intérprete: Amália Rodrigues

Fonte:

http://br.geocities.com/mariafernanda58/maldicao.htm

 

 

Que destino ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro assim perdido,
(Somos dois gritos calados,
Dois fados desencontrados,
Dois amantes desunidos.) Bis.

Por ti sofro e vou morrendo,
Não te encontro, nem te entendo.
A mim o digo sem razão:
(Coração... quando te cansas
Das nossas mortas esperanças,
Quando páras, coração?) Bis.

Nesta luta, esta agonia,
Canto e choro de alegria,
Sou feliz e desgraçada.
(Que sina a tua, meu peito,
Que nunca estás satisfeito,
Que dás tudo... e não tens nada.) Bis.

Na gelada solidão,
Que tu me dás, coração,
Não é vida, não é morte...
(É lucidez, desatino,
De ler no próprio destino
sem poder mudar-lhe a sorte...) Bis.

 

 

Observação:

A animação em flash que abre este poema – O Borracho – foi elaborada a partir de dois GIFs animados disponibilizados nos Websites abaixo citados. Neste sentido, os webdesigners que produziram os GIFs animados mantêm os direitos autorais sobre o flash.

http://kk099.k12.sd.us/

http://crazyphools.com/