O
mundo inteiro está aberto ao homem sábio, pois a pátria
de um espírito universal é o Universo.
O homem só é
infeliz quando é injusto.
O
homem bem disposto – que está ansioso por atos justos
e legítimos – exulta acordado ou a dormir e é
forte e livre de cuidados. Mas aquele que não se importa
com a justiça e que não faz as coisas que são
justas acha todas as coisas tristes...
Se sofrer uma injustiça,
console-se; a verdadeira infelicidade é cometê-la.
A ignorância do bem
é a causa do mal.
O animal é tão
ou mais sábio do que o homem, pois conhece a medida da sua
necessidade, enquanto o homem a ignora.
O
trabalho no estrangeiro ensina a auto-suficiência; pão
de cevada e um colchão de palha são os remédios
mais agradáveis para a fome e a fadiga.
Falsos e hipócritas
são aqueles que tudo fazem com palavras, mas, na realidade,
nada fazem.
Por convenção,
existem o doce e o amargo; por convenção, existem
o quente e o frio; por convenção, existe a cor. Mas,
na verdade, são os átomos e o vazio... Na realidade,
não aprendemos nada exatamente; mas, só quando muda
segundo a condição do nosso corpo e das coisas que
chocam com ele ou lhe oferecem resistência.
Só há uma espécie
de movimento – o devido à vibração.
Aristóteles
afirma, em vários passos, que, para os atomistas, os átomos-alma
e os átomos-fogo eram esféricos, porque tinham
de ser móveis e penetrantes. Nesse sentido, Demócrito
dizia que
a esférica é a mais notável das formas; e assim
é o espírito e o fogo.
Ocupe-se de pouco para ser
feliz.
A
felicidade não reside no gado ou no ouro; a alma é
a mansão do gênio bom ou do do gênio mau de cada
um.
Demócrito
de Abdera (460 a.C. – 370 a.C.)