DEMERITÓRIA AMBIÇÃO

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

De que serve, o que adianta o mais poderoso intelecto chegar às sublimes alturas do desenvolvimento, porém, amadurecido apenas pela incansável e demeritória ambição? [Ora, isto é muito simples: seja lá o que for amadurecido apenas pela incansável e demeritória ambição só poderá produzir coisas demeritórias, vergonhosas, indecorosas e obscenas. Basta recordar, por exemplo, o que fizeram e o que continuam a fazer aqueles que tomaram o poder à bruta às expensas de golpes de Estado. 8 de janeiro de 2023 nunca mais!] [In: Zanoni, de autoria de Edward George Bulwer-Lytton.]

 

 

 

 

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
da nossa
demeritória ambição.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos delírios.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos arco-íris.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos caleidoscópios.

 

 

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas Fatas Morganas.

 

 

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos coisismos.1

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos achismos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos mediocrismos.

 

 

No auge da PanCOVIDmia, no Brasil, foi propalado este malévolo mediocrismo!
A questão é: quantos morreram por ter acreditado nisso e não se vacinaram?

 

 

Na atualidade, só as vacinas imunizam.
No futuro, seremos imunizados pelo .

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
do nosso sono paralisante.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
do nosso deixa-pra-lá envergonhante.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas crendeirices acachapantes.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos religiosismos medievais e retrogressivos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas ajoelhações calosas.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas horizontalidades deformantes.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
da nossa esperança irrealizável de milagres.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
da nossa expectativa desastrada de privilégios.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
da nossa espera desairosa por s.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
do nosso aguardamento de s.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
do nosso cagaço de castigos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas subalternidades covardes.

 

 

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas obediências.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas inobediências.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas heranças malditas.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos desejos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas cobiças.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas paixões.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas inflamações.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos defeitos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos imperfeitos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos malfeitos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos preconceitos.

 

 

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando não formos mais
egoístas, hipotéticos e interesseiros.

 

 

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas intolerâncias.

 

 

Palestina Versus Israel
(Intolerância
de Parte a Parte)

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas imisericórdias.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas desfraternidades.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas separatividades.

 

 

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
de tudo o-que-não-é.

 

 

O-que-não-é

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas perversidades.

 

 

Sexta-feira, 23 de junho de 2023
Grupo de Mercenários Wagner se rebelou contra o exército russo.
Esta é a mais grave crise política interna desde que Vladimir Putin
chegou ao poder, em 1999. Será este o começo do fim da Guerra?
Isto só demonstra uma coisa: a crueldade não se entende entre si.
Se puderem e se houver chance, os cruéis se comem mutuamente.
Eu só fico ideando o mau hálito que todos esses cruéis devem ter!

 

 

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas corrupções.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas depravações.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas desculpas esfarrapadas.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas desculpas bem adornadas.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas embromações.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
da nossa vaidade e da nossa impaciência.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando afastarmos de nós
o precipício da ignorância/obstinação.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando afastarmos de nós
a sufocação pelos nossos vícios.

 

 

Cocaína (C17H21NO4)

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas mentiras e falsidades.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas miragens.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas ilusões.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas tergiversações.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das nossas querências.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
do nosso ufanismo.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
do inferno que edificamos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos demônios que criamos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
das mandingas que orquestramos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
da magia negra que praticamos.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando desnublarmos
os nossos pensamentos renitentes.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando somarmos 1 + 1 = 1
e subtrairmos 1 – 1 = 1.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando efetivamente eliminarmos
o fiat voluntas mea.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando efetivamente adotarmos
o Fiat Voluntas Tua.

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando, em nosso interior,
o nosso brilhar.

 

 

Akhnaton e Nefertiti (Museu Egípcio de Berlim)

 

 

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando aprendermos
a ficar em

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando, em nosso interior,
ouvirmos a

Só nos tornaremos Dignos e Livres de fato,
se/quando nos alforriarmos
dos nossos apegamentos.

E o pai de todos os apegamentos,
que gera todos os outros,
é o apego à nossa vida.

Quando compreendermos
que fomos/somos/seremos a ,
perderemos o medo da morte.

Quando compreendermos
que só pela conheceremos a ,
então, estaremos prontos para .

Quando compreendermos
que temos tudo, sem exceção,
não desejaremos mais nada.

Quando compreendermos
que somos nós + os outros,
seremos com

Quando compreendermos
que sempre fomos ,
então, seremos

E, quando, de fato,
nos tornarmos ,
nos unificaremos com

 

Mistério dos Mistérios, para alguns poucos seres-aí, que o mundo vê raramente, como por encanto, neles, a juventude parece indelevelmente se haver fixado em seus semblantes e em suas pessoas. [Ibidem.]

 

A prova mais perigosa [a Morte Iniciática] para o alcançamento do Intrépido Saber [ShOPhIa] só poderá acontecer quando a necessária prática e a Augusta Iniciação tenham sido completadas. [A Morte Iniciática só acontecerá quando estivermos aptos e prontos para MORRER.] [Ibidem.]

 

A primeira vítima da impaciência [irresignação, sofreguidão, preocupação, desassossego, intranqüilidade] somos nós. [Ora, quem não é desejoso, cobiçoso e fanático, que é paciente, despreocupado, sossegado e tranqüilo, geralmente, não tem infarto do miocárdio, e acaba partindo para a sua Grande Aventura de velhice mesmo, sem dor e, muitas vezes, até dormindo.] [Ibidem.]

 

Nas Leis que regulam o Uni[multo]verso está decretado que nada do que é maligno e perverso poderá perdurar. [A malignidade e a perversidade são apenas professores temporários. Quando aprendemos as lições que elas nos ensinam, elas se desvanecem. Tudo é bom!] [Ibidem.]

 

Sempre que uma Transmutação Singular e Interior [de Natureza Iniciática] se opera em nós, assombrados, temos a impressão que nos desconhecemos a nós mesmos! [Por quê? Simples. Porque nos transmutamos no que de fato somos, e deixamos de ser o que pensamos que somos.] [Ibidem.]

 

Pensei que era,
mas, não era.
Tornei-me o Sempre,
e, agora, Eu-Sou!

 

 

 

 

_____

Nota:

1. O vício do 'coisismo' consiste fundamentalmente na tendência a imobilizar o pensamento, pelo carácter definitivo e inibidor que é atribuído tanto a expressões do senso comum, como, particularmente, às 'noções' ou resultados científicos obtidos em cada uma das ciências particulares, como ainda nos sistemas ou correntes de pensamento da história da filosofia. [In: Presença de Kant no Panorama Filosófico Português, de autoria de José Gama.] Já José Acácio Castro, no trabalho Criacionismo e Conhecimento em Leonardo Coimbra, afirma que cousismo (coisismo) significa essencialmente qualquer processo de imobilismo e de absolutização, provocando uma espécie de paralisia do pensamento, que assim se detém num determinado objeto ou elemento, reificando-o, pois, se revela incapaz de o ultrapassar em altura ou abrangência. [Reificar significa encarar algo abstrato como uma coisa material ou concreta, ou seja, coisificar, transformar em coisa, dar o caráter de coisa a algo que não pode ser coisa. É geralmente isto o que acontece com as religiões, que coisificam AQUILO que não pode ser coisificado.] Enfim, no texto Deus e Pessoa em Leonardo Coimbra, Celeste Natário, Docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, afirma: Não há mal e bem em si, que se possa contar e medir. O mal é a cegueira, a bruteza, o cousismo do pensamento ou sentimento. O bem é o consentimento interior na ordem e na harmonia universais. Conclusivamente, penso que podemos sinonimizar cousismo ou coisismo com ignorância cavernal. Portanto, enquanto, em nós, prevalecer a ignorância cavernal, não haverá a menor possibilidade de haver consentimento interior na ordem e na harmonia universais. A ignorância cavernal impede tudo.

 

Música de fundo:

Wiegenlied (em português: Canção de Ninar)
Composiator: Johannes Brahms

Fonte:

https://www.mfiles.co.uk/scores/brahms-lullaby-wiegenlied.htm

Observação:

A foi dedicada à amiga de Brahms, Bertha Faber, por ocasião do nascimento de seu segundo filho. A Canção de Ninar foi realizada pela primeira vez em público em 22 de dezembro de 1869, em Viena, por Louise Dustmann (cantora) e Clara Schumann (piano). Admite-se que esta Canção esteja associada ao 6º Raio [Paz (interior) e Serviço (impessoal)].

 

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.facebook.com/g1/photos/a.286506901401402/4947137118671667/?type=3

https://bsbcapital.com.br/vacina-jacare/

https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/19165/1/Criacionismo
%20e%20conhecimento%20em%20Leonardo%20Coimbra.PDF

https://summa.upsa.es/high.raw?id=0000031421&name=00000001.original.pdf

https://www.inesc.org.br/nota-publica-em-defesa-da-democracia/

https://stock.adobe.com/

https://bcl.wikipedia.org/wiki/Cocaine

https://www.stol.it/artikel/politik/putin-ist-ein-tyrann-und-verbrecher

https://www.law.virginia.edu/

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https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81ton

 

Direitos autorais:

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