OS DEUSES INVENTADOS
(O Bobo da Corte)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Os deuses [inventados por nós] fabricam os terríveis ímpetos, desejos, prazeres e ainda as impressões, as aflições e uma relação espúria com a nossa [personalidade-]alma, a partir dos equívocos que alimentamos. [In: As Enéadas (em grego clássico: ) – uma coleção de escritos do filósofo neoplatônico Plotino compilada por Porfírio de Tiro.]

 

Todas as nossas características, ações, [reações], manias, preconceitos e sofrimentos derivam da condição de sermos impressionáveis, [ignorantes, inexpertos e de cedemos facilmente às vontades e aos apelos do nosso ego]. Entretanto, a Natureza nos concedeu os meios de dominar os desejos, as cobiças e as paixões, e de aceitar da nossa [personalidade-]alma o impulso para o Alto, para o Belo e para o Divino. [Aceitar ou recusar este impulso depende apenas de nós.] [Ibidem.]

 

 

 

 

— Babaquara, inventei o deus do Átomo Primordial,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o -mor do impossível.

 

Zeus e o Átomo Primordial
[O Big Começo que nunca aconteceu e o Big Fim que jamais acontecerá!]

 

— Babaquara, Babaquara, inventei o deus dos milagres,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o fideísta-mor da Pasárgada, Manuel Bandeira.

 

—Vou-me embora pra Pasárgada.
Lá, sou amigo de deus.
Lá, ele fará muitos milagres,
na dos sonhos meus!

 

— Babaquara, inventei o deus das servências e das valências,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o -mor de Patópolis.

 

— Babaquara, inventei o deus da rogação,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o rogador-mor de Gotham City.

 

— Babaquara, inventei o deus das crenças absurdas,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o crendeiro-mor de Metrópolis.

 

— Babaquara, inventei o deus das promessas impossíveis,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o supersticioso-mor de Central City.

 

— Babaquara, inventei o deus dos perdões e das punições,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o encagaçado-mor de Coast City.

 

— Babaquara, inventei o deus que privilegia os peixinhos e os escolhidos,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o hipotético-mor de Opal City.

 

Heredograma Descabido Favorecedor

 

— Babaquara, inventei o deus sanguinário, vingador e destruidor,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o cagarolas-mor de Hub City.

 

— Babaquara, inventei o deus das manias, das venetas e dos TOCs,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
um 'fósforo usado'-mor 'dentro da caixa outra vez'.

 

— Babaquara, inventei o deus do 'cousismo',
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o 'cousista'-mor de Saramandaia.

 

— Babaquara, inventei o deus do achismo,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o achista-mor de Sucupira.

 

— Babaquara, inventei o deus do despropósito,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o disparatado-mor da Terra do Nunca.

 

— Babaquara, inventei o deus da água consagrada,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o aguadeiro-desidratado-mor do Rio Guandu.

 

— Babaquara, inventei o deus dos feijões mágicos,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando

o 'Phaseolus-vulgaris'-mor da .

 

— Babaquara, inventei o deus da glossolalia fajuta,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o esqueleto-mor do circo dos horrores.

 

 

 

— Babaquara, inventei o deus do desejo,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o rei-mor da ambição.

 

— Babaquara, inventei o deus da cobiça,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
um
cobiçoso-mor sem paralelo.

 

— Babaquara, inventei o deus da paixão,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o autoritário
-mor e o dominador-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus do prejulgamento e do preconceito,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o senhor
-mor do 'apar
‹—   —› theid'.

 

 

 

— Babaquara, inventei o deus da escravidão,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o feitor
-mor da senzala.

 

 

 

— Babaquara, inventei o deus do privilégio,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o privilegiado
-mor do pedaço.

 

— Babaquara, inventei o deus da mentira,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o autor
-mor da Lenda do .

 

— Babaquara, inventei o deus da 'gripezinha',
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o
descomprador-mor das vacinas anti-COVID-19.

 

— Babaquara, inventei o deus do 'resfriadinho',
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando

o inadimplente-mor das recomendações da .

 

— Babaquara, inventei o deus das '7 @',
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
uma gordurenta @
-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus do golpe de Estado,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando

o minutador-mor da .

 

— Babaquara, inventei o deus da corrupção,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando

o corrupto-mor do .

 

— Babaquara, inventei o deus da ,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o pedófilo-mor da Ecclesia Catholica.

 

— Babaquara, inventei o deus do ,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o estuprador-mor de 'L'Armata Brancaleone'.

 

 

— Babaquara, inventei o deus da ,

e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o maioral-mor das fraudes do orçamento.

 

Anões do Orçamento1

 

— Babaquara, inventei o deus da ,

e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o guerreiro-mor Estepe Euroasiática.

 

— Babaquara, inventei o deus da ,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o torturador-mor da Casa de Petrópolis.

 

— Babaquara, inventei o deus da aversão,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o arquiteto-mor do gabinete do ódio.

 

— Babaquara, inventei o deus da crueldade,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o implacável-mor da Faixa de Gaza.

 

— Babaquara, inventei o deus da sedição,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o sedicioso-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus da traição,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o traiçoeiro-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus da destruição,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o destruidor-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus da imitação,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
um inocente-útil-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus da piratice,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando

um -mor.

 

— Babaquara, inventei o deus do despropósito,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
um maria-vai-com-as-outras-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus da subserviência,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
um pau-mandado-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus da bajulação,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o beija-mão-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus da bobice,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o bobo-da-corte-mor da Ilha da Fantasia.

 

— Babaquara, inventei o deus do incêndio,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o pirobológico-incendiário-criminoso-mor.

 

— Babaquara, inventei o deus da floresta deitada,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o desflorestador-mor da Amazônia.

 

— Babaquara, inventei o deus do ,

e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o mercúrico-mor dos rios brasileiros.

 

— Babaquara, inventei o deus da separatividade,
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o artífice-mor da divisão desfraterna.

 

 

— Babaquara, inventei o deus do 'fudelhufas de cagahouse',
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o 'cagafude'-mor do 'fudecaga' mundial.

 

— Depois, ainda babaquara, troquei esse deus pelo deus do 'fudehouse de cagalhufas',
e, delirante, quis me tornar e, de fato, acabei me tornando
o 'fudecaga'-mor do 'cagafude' mundial.

 

— Um Dia, já Iniciado e Illuminado, parei de inventar esses deuses,
e Compreendi, me Libertei, Ascensionei
e me tornei um Deus Consciente.

 

— Hoje, desejo e invoco esta Illuminação que recebi para todos, sem exceção.
Está feito. Está selado. Hoje. Já. Agora. Eternamente.
A
.'. U.'. M.'.   A.'. U.'. M.'.   A.'. U.'. M.'.

 

 

O cavalo vem do cavalo e do homem vem o homem, e em todas as formações o Sol é colaborador. [Ibidem.]

 

Sempre, o que vem de fora prejudica ou ajuda. [Sempre, o que vem de dentro, do nosso Coração Espiritual, ajuda, catalisa e liberta.] [Ibidem.]

 

Tudo e todos, em relação ao Todo, são convenientes. Uns e outros, em relação ao Todo, são convenientes. [É por isto que tanto tenho dito e insistido, e vou insistir mais uma vez, que, no Unimultiverso, não há seres ou coisas mais importantes nem seres ou coisas menos importantes. Nada ultrapassa nada em nada. Nada frustra nada em nada. O não pode ser ± ou ± .] O Todo é só, e única é a harmonia.] [Ibidem.]

 

Os chamados males, que estão no Todo, são necessários, porque, se não existissem, incompleto seria o Todo. [Na verdade, precisamos compreender que o mal (como malum per se) não existe ou não tem existência real. Em alguns casos, é uma miragem; em outros, é uma ilusão. Podemos, se quisermos, entender o mal como uma ausência perceptiva episódica e fortuita, digamos assim, do Bem, do Concerto, da Ordem, da Simetria e da Harmonia. As questões dialéticas são: 1ª) como o Unimultiverso poderia, de alguma forma, ser mau?; e 2ª) como, no Unimultiverso, poderia, de alguma forma, haver um inferno e demônios?] A Alma do Todo [Anima Mundi] sempre tende à Natureza Inteligível [que, em Si-Mesma, é Boa, Misericordiosa, Indulgente, Magnânima, Conveniente, Favorável etc.] [Ibidem.]

 

 

 

 

_____

Nota:

1. Os Anões do Orçamento foi um grupo de congressistas brasileiros que, no final dos anos 80 e início dos anos 90, se envolveu em fraudes com recursos do Orçamento da União, até serem descobertos e investigados, em 1993, perante uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de grande repercussão. A denominação de anões se deve ao fato de que os principais envolvidos no caso eram deputados sem grande repercussão nacional, ou seja, anões sem poder no Congresso Nacional. Os envolvidos, na época, roubaram mais de R$ 100.000.000,00 públicos, com esquemas de propina, para favorecer governadores, ministros, senadores e deputados. Uma sacanagem com o Brasil e com o povo brasileiro para filho-da-puta nenhum botar defeito. Em 1993, a CPI dos Anões do Orçamento investigou 37 parlamentares de merda por suposto envolvimento em esquemas de fraudes na Comissão de Orçamento do Congresso Nacional, e concluiu que havia dois esquemas fraudulentos. No primeiro, os parlamentares ladrões faziam emendas remetendo bufunfa para várias entidades filantrópicas ligadas a parentes seus e laranjas cooptados. Mas, o principal esquema da sacanagem era os acertos com grandes empreiteiras escrotas, para a inclusão de verbas orçamentárias para grandes obras, em troca de polpudas comissões. Segundo o que foi apurado na CPI do Orçamento, o deputado recebia entre 5% e 20% do valor da obra. O relatório final de Roberto Magalhães (PFL-PE) pediu a cassação de 18 deles, mas, apenas seis perderam seus mandatos, oito foram absolvidos e quatro preferiram renunciar, para fugir da punição e da inelegibilidade. Curiosamente, muitos segredos das sacanagens praticadas pelos Anões do Orçamento continuam guardados e não foram divulgados. Até hoje, não se sabe, exata e completamente, como esses sacanocratas agiam e faturavam.

Para conferir:

https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%B5es_do_Or%C3%A7amento

 

Música de fundo:

Marcia di Brancaleone – L'Armata Brancaleone
Composição: Carlo Rustichelli

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=p3yjLv1katI

 

 

 

Capitão Brancaleone da Nórcia (Vittorio Gassman)
[— Sono impuro, bordellatore insaziabile, beffeggiatore, crapulone, lesto de
lengua e di spada, facile al gozzoviglio. Fuggo la verità e inseguo il vizio!

Sou impuro, um bordeleiro insaciável, um escarnecedor, um glutão, rápido com
a língua e com a espada, fácil de se deleitar. Eu fujo da verdade e persigo o vício!
Só faltou ele dizer: Sono incasinato e sottopagato! (Estou ferrado e mal pago!)]

 

Páginas da Internet consultadas:

https://desciclopedia.org/wiki/Brancaleone

https://pt.pngtree.com/freepng/a-couple-of-fat-green-dwarf_7484306.html

https://pt.dreamstime.com/illustration/dedo.html

https://tenor.com/pt-BR/search/skeleton-walking-gifs

https://www.kwai.com/discover/circo-dos-horrores-completo-dublado

https://app.planejativo.com/questao/51901/biol
ogia-primeira-lei-de-mendel-e-heredogramas

https://dublagempedia.fandom.com/pt-br/wiki/Tio_Patinhas

https://pt.pikbest.com/png-images/church-icon-line-vector_9002986.html

https://www.freepik.com/premium-vector/zeus-
logo-design-vector-illustration_47144129.htm

https://www.teepublic.com/

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