Carlos Drummond de Andrade Decimus Iunius Iuvenalis Geraldo Vandré Jorge Luiz Borges Omar Khayyam Rodolfo Domenico Pizzinga
Não Dormirei Mais de Touca Nem Sentado
Passado:
decidi mil paradas – procrastinei.
Presente:
não adiarei nada – tudo cumprirei.
Decidi:
não dormirei mais de touca nem sentado.
cuidarei muito direitinho do meu Quadrado.
não me aplicarei para ser hodierno.
de agora para sempre, serei Eterno.
chega de gostinho pela contramão.
bem-avisadinho, só andarei na mão.
compensarei tudo o que puder.
comutarei a Noite Negra em Dia.
trocarei o poente pelo Nascente.
livrar-me-ei dos tarecos inecessários.
implodirei os problemas imaginários.
não calçado, caminharei na primavera.
só o que valer a pena eu levarei à vera.
abolirei o guarda-chuva e as galochas.
não terei mais letargos com carochas.
não quero mais querer o querer.
serei um com o Sempiterno Ser.
não me desviarei mais do espelho.
embriagar-me-ei com o Vermelho.
não me esconderei dos meus pecados.
os meus equívocos serão revisitados.
não me [pre]ocuparei com céu ou inferno.
não imporei súplicas nem semearei medos.
não produzirei enganos doloridos ou ledos.
não apoiarei mais despotismos ou ditaduras.
paternalizarei dignidades, lhanezas e lisuras.
não desprezarei mais devotos ou libertinos.
orarei para que todos se tornem Pequeninos.
não importunarei mais a Grande Ânfora.
deletei o engenhar bombas com cânfora.
olvidarei o ontem; descolorizarei o amanhã.
detonarei qualquer esperança.
sobrepujarei minhas melancolias.
não partirei a ampulheta em fatias.
não encaixarei mais nada de nada.
por diante... só Estrada Illuminada.
não esperarei mais se irá ou não irá acontecer.
jogarei fora o vidrinho de passiflora.
farei o ano, farei o dia, farei a hora.
Passiflora incarnata
não quero milagre nem arrebatamento.
não quero tardança nem absolvimento.
desplugarei a Lua Negra e seu luar.
em mim, farei a Rosa desabrochar.
minha Rosa aprenderá todas as lições.
minha Rosa vencerá todos os canhões.
caminharei e cantarei a Linda Canção.
escutarei a Voz Silente do meu Coração.
sim, eu ascensionarei para me libertar.
Decidi:s
cada Ser-aí-no-mundo será meu par.
A Vida é Uma! Somos Todos Um!
Música de fundo (versão histórica; gravada ao vivo): Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores ou Caminhando Composição e interpretação: Geraldo Vandré Fonte: http://www.4shared.com/get/iGQznr9q/ GERALDO_VANDR_VANDRE_Pra_Nao_N.html Da história: Geraldo Vandré foi o nome artístico utilizado por Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo (João Pessoa, 12 de setembro de 1935) até 1968, e pelo qual continua sendo conhecido até a atualidade. Seu sobrenome é uma abreviatura do sobrenome do seu pai, José Vandregísilo, de quem ele herdou o sobrenome abreviado para Vandré. Em 1968, Geraldo Vandré participou do III Festival Internacional da Canção com Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores ou Caminhando. A composição, que causou comoção nos presentes, acabou se tornando um verdadeiro hino de resistência à fedorenta ditadura militar instalada no Brasil em 1964, e, como não poderia deixar de ser, foi censurada pelos genuflexos sacristas a serviço da intelligentsia (que era) dona dos canhões. O refrão Vem, vamos embora/Que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora,/Não espera acontecer foi interpretado como uma chamada à luta armada contra o sistema e o ditador-presidente de plantão – na época o Ex.mo Senhor Marechal Artur da Costa e Silva (Taquari, 3 de outubro de 1899 – Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 1969), pai do famigerado Ato Institucional nº 5 ou AI-5. No festival, a música de Vandré ficou em segundo lugar, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim. A música Sabiá foi vaiada pelas pessoas presentes no festival, que exigiam que o prêmio viesse a ser da música de Geraldo Vandré. Tintim por tintim, ponto por ponto, minuciosamente, com todos os pormenores e pormaiores, eu vi isto tudo com os meus olhinhos que a terra não haverá de comer, pois serei cremado. E, quando eu estiver do lado de lá... Edição da fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Geraldo_Vandr%C3%A9 Página da Internet consultada: http://ur.wikipedia.org/wiki/
Música de fundo (versão histórica; gravada ao vivo):
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores ou Caminhando Composição e interpretação: Geraldo Vandré
Fonte:
http://www.4shared.com/get/iGQznr9q/ GERALDO_VANDR_VANDRE_Pra_Nao_N.html
Da história:
Geraldo Vandré foi o nome artístico utilizado por Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo (João Pessoa, 12 de setembro de 1935) até 1968, e pelo qual continua sendo conhecido até a atualidade. Seu sobrenome é uma abreviatura do sobrenome do seu pai, José Vandregísilo, de quem ele herdou o sobrenome abreviado para Vandré. Em 1968, Geraldo Vandré participou do III Festival Internacional da Canção com Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores ou Caminhando. A composição, que causou comoção nos presentes, acabou se tornando um verdadeiro hino de resistência à fedorenta ditadura militar instalada no Brasil em 1964, e, como não poderia deixar de ser, foi censurada pelos genuflexos sacristas a serviço da intelligentsia (que era) dona dos canhões. O refrão Vem, vamos embora/Que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora,/Não espera acontecer foi interpretado como uma chamada à luta armada contra o sistema e o ditador-presidente de plantão – na época o Ex.mo Senhor Marechal Artur da Costa e Silva (Taquari, 3 de outubro de 1899 – Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 1969), pai do famigerado Ato Institucional nº 5 ou AI-5. No festival, a música de Vandré ficou em segundo lugar, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim. A música Sabiá foi vaiada pelas pessoas presentes no festival, que exigiam que o prêmio viesse a ser da música de Geraldo Vandré. Tintim por tintim, ponto por ponto, minuciosamente, com todos os pormenores e pormaiores, eu vi isto tudo com os meus olhinhos que a terra não haverá de comer, pois serei cremado. E, quando eu estiver do lado de lá...
Edição da fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geraldo_Vandr%C3%A9
Página da Internet consultada:
http://ur.wikipedia.org/wiki/