DECIFRA-ME, OU EU TE DEVORAREI

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Música de fundo: Phantom and a Rose

Fonte: http://www.animemidis.net/index.php?Midi=Secret%20of%20Mana

 

Homo sapiens, irrationalis et ignorantis!

Por que assassinas o teu irmão

Sem nenhuma piedade no Coração?

Decifra-me, ou eu te devorarei, ó Homo infantilis.

 

Homo sapiens, irrationalis et ignorantis!

Por que assassinas os animais,

Destróis os vegetais e aniquilas os minerais?

Decifra-me, ou eu te devorarei, ó Homo infantilis.

 

Homo sapiens, irrationalis et ignorantis!

Por que mentes e espolias em nome do teu Deus?

Por que maltratas e torturas em nome do teu Deus?

Decifra-me, ou eu te devorarei, ó Homo infantilis.

 

Homo sapiens, irrationalis et ignorantis!

Por que gargalhas quando teu desejo é chorar?

Por que apóias quando teu desejo é impugnar?

Decifra-me, ou eu te devorarei, ó Homo infantilis.

 

Homo sapiens, irrationalis et ignorantis!

Por que dormes quando podes acordar?

Ó Homo ineptus! Por que insistes em tudo dissonar?

Decifra-me, ou eu te devorarei, ó Homo infantilis.

 

Homo sapiens, irrationalis et ignorantis!

Por que conspiras contra todas as formas de vida?

Quando aprenderás que cada vida é una com a Vida?

Decifra-me, ou eu te devorarei, ó Homo infantilis.

 

Homo sapiens, irrationalis et ignorantis!

Por que subvertes a ordem e as liberdades?

Ó Homo tristis! Precisarás, enfim, de quantas idades?

Decifra-me, ou eu te devorarei, ó Homo infantilis.

 

Homo sapiens, irrationalis et ignorantis!

Levanta-te agora! Dá início à Peregrinação!

Ouve a Voz Silente e Santa do teu Coração

E eu não mais te devorarei, ó Homo infantilis!

 

e e quando vieres a ser um Homo supernus

Poderás voltar por amor ao Homo infantilis,1

Que, como tu, ainda é um Homo ignorantis,

Mas que, também, poderá vir a ser um Homo supernus.2

 

 

 

_______

 

_____

Notas

1. E por amor também a todos os outros seres-irmãos, pois estará realizado pelo Homo supernus que somos todos um.

2. Se se esforçar para isso e compreender que nada pode ser concertada e efetivamente resolvido e compreendido exclusivamente pela razão ou pela fé — já que ambas são relativa e absurdamente equivalentes.