DESINTERESSADAMENTE
Rodolfo Domenico
Pizzinga
Observação-recomendação
Importante
Rebis
(Theoria
Philosophiæ Hermeticæ – 1617)
(Heinrich Nollius)
Procure
ler as reflexões deste despretensioso rascunho exclusivamente
em Sentido Rigorosamente Esotérico e Iniciático, dando
uma paradinha em cada sentença, para mastigar bem o tema,
que sempre será intrínseca e ocultamente simbólico-alquímico,
de tal sorte que você possa chegar às suas próprias
conclusões intuitivas. Por exemplo, quando faço referência
a Salário, não leia isto como remuneração
pecuniária ajustada pela prestação de um serviço,
por exemplo, em razão de contrato de trabalho, seja hora
por hora, seja dia por dia, seja mês por mês, mas, entenda
maçonicamente, digamos assim, como sendo um Salário
Simbólico, Imaterial e Impalpável, adquirido exclusivamente
por Combate, Serviço e Mérito. À medida que
o Maçom evolui, vai aumentando o Benefício Espiritual,
Transmutativo e Ascensional que retira do Combate que pugna, do
Trabalho que efetua e do Serviço que presta, e isto não
é um patrimônio objetivo, mas, interior – localizado
in Corde.
O Salário de um Maçom, como o de qualquer outro Discípulo,
é a Justa e Perfeita Remuneração Iniciática
e Espiritual auferida pelo seu esforço. Esse Salário
não é contado, não é medido, não
é pesado, não é avaliado. Todo o seu valor
é moral, espiritual, incomunicável e intransferível,
mas, em um certo sentido oculto, pode e deve sempre ser distribuído
para todos. Não há livramento (ou presumida salvação)
individual; o livramento é coletivo. Enfim, os Franco-maçons
denominam Aumento de Salário à Passagem de Grau –
um reconhecimento meritoso dos progressos feitos na Senda. Por outro
lado, entenda o Conceito Iniciático de Sannyasin
como sendo Aquariano, Ocultista e Atual, e não pisciano,
fideísta e démodé.
Seja como for, lembre-se sempre: só poderemos
dar o que tivermos para dar (leite não sai de pedra), o que
puder ser dado (dar para piorar é, no mínimo, um despautério)
e a quem merecer receber (coisa que, efetivamente, nunca saberemos
com certeza). Por último, reflita sobre este pensamento do
ensaísta, filósofo, prosador, poeta, conferencista
e pintor de origem libanesa Gibran Khalil Gibran (Bicharre, 6 de
janeiro de 1883 – Nova Iorque, 10 de abril de 1931):
A generosidade
não está em dar aquilo que temos a mais, mas, em dar
aquilo que o outro precisa mais do que nós.
Em tudo isto, o grande
busílis é sabermos o que, de fato, o outro precisa,
e se ele pode receber. Na dúvida, como regra,
sempre dê, mas, tenha cuidado para não agir como mãe
protetora. E não posso deixar de advertir: sem exceção,
esqueça que deu, o que deu e a quem deu.
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esinteressadamente,
como um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Compreensão que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Intuição
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Perdão que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Comunhão que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Eukharistia
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Panis
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Vinum
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Oração que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Assunção que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Transmutação que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Segundo Nascimento que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Segredo que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Confiança que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Halleluya
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Quota-parte que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Chave que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Tolerância que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Salário que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Ajuda que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Muleta que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a perna de pau que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o espaço-tempo que você recebeu.
Desinteressadamente,
como um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Multi(uni)verso
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Bhagavad-Gita
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Condão que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Empréstimo que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Orvalho que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Azul que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Revelação que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a ShOPhIa
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Sceptrum
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Shekhinah que
você recebeu.
Desinteressadamente,
como um Sannyasin,
sem escolher a quem,
dê o Crisol que você recebeu.
Desinteressadamente,
como um Sannyasin,
sem escolher a quem,
dê o Atanor que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Lapis
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Rubedo
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Aurum
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Magnum Opus
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Mysterium Magnum
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Conquista que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Sucesso que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Saúde que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Cura que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Apoiamento que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Remédio que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Harmonium
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Paz que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Misericórdia que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Generosidade que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Riqueza que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Svmmvm Bonvm
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a "Sorte"
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Aviso que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Mudança Interior que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Justiça que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Ressarcimento que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Parábola que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Alegoria que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Bênção que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Oportunidade (Chance) que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Fortaleza que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Alegria que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Sorriso que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Aconchego que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Amparo que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Beleza que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Carinho que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Presença que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Disponibilidade que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Dica que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Voluntas
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Potentia
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Catalisador1 que você
recebeu.
Desinteressadamente,
como um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Segurança que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Proteção que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Coragem que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Tolerância que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Fraternidade que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Solidariedade que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Amizade que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Mão que você recebeu.
Desinteressadamente,
como um Sannyasin,
sem escolher a quem,
dê o Fogo que você recebeu.
Desinteressadamente,
como um Sannyasin,
sem escolher a quem,
dê o Ar que você recebeu.
Desinteressadamente,
como um Sannyasin,
sem escolher a quem,
dê a Água que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Terra que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Spiritus
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Ascensão que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Liberdade que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Veritas
(relativa) que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Alimento que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Moradia que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Agasalho que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Vacina que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Tranqüilidade que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Calor que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Estrada que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Amor que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Rosa que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Ajuste (Compensação) que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Laissez-passer
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Vida que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Sol que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Acesso que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Visão que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Illuminação
que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Nova Jerusalém que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
a Aurora que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
o Esplendor que você recebeu.
Desinteressadamente, como
um Sannyasin,
sem escolher a quem, dê
tudo o que você recebeu.
O
que de graça você receber,
sem escolher a quem, de graça você deverá
dar.
E o que você, por
esforço, alcançar,
ainda assim, sempre,
sem escolher a quem,
de graça
você deverá dar.
Quem acumular ouros e
tesouros na Terra
irá empobrecendo
e depauperando a cada encarnação.
Não há um
só Shylock
que não tenha
morrido na miséria!
Não há um
só Uncle Scrooge
que não tenha
caído duro!
Não há um
Sérgio Cabral
que não tenha
terminado em desespero!
Não há um
Geddel
que não tenha
visto seu castelo em Salvador desabar!
Não há um
Eike Batista
que não tenha
falido, quebrado ou aminguado!
Não há um
Cosentino
que não tenha
tudo isso e mais um pouco!
Não há um
três pavimentos mal adquirido
que não tenha
desmoronado!
Inexoravelmente, toda
causa gerará um efeito.
Inexoravelmente, todo
efeito é-será educativo.
Inexoravelmente, toda
aprendizagem acabará libertando.
Afinal, não somos
donos de bulhufas,
de xongas e de necas de
pitibiribas;
o que temos é só
um empréstimo temporário.
Como poderemos reter só
para nós
o que nos foi emprestado
e não nos pertence?
Mas, o pior de tudo é,
depois de ir para a Cacuia
– sem sandálias,
sem caniço e sem samburá –
querer se mandar do Plano
Astral e não conseguir!
Isto é mesmo dose
para proboscídeo bêbado
ou para artiodáctilo
esquizofrênico !
Não adianta.
Escolheu? Então, agora, senta!