PONTO FINAL

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Intuição

 

 

Os conceitos tirados pela intuição empírica ou pela percepção no mundo sensível não têm nem podem ter nenhum outro uso senão tornar possível a experiência. [E é exatamente através das nossas múltiplas experiências que, ad tempus, concluiremos que a intuição é insuficiente e insatisfatória para que possamos nos libertar (de nós mesmos). Só a Transrazão nos libertará.] [In: Prolegômenos a Toda Metafísica Futura (em alemão, Prolegomena zu Einer Jeden Künftigen Metaphysik, die als Wissenschaft Wird Auftreten Können), de autoria do filósofo Immanuel Kant.]

 

A nossa razão estará sempre limitada apenas aos fenômenos. [Ibidem.]

Explosão de uma Supernova

 

 

Fora da razão humana há, certamente, fronteiras, mas, não limites, isto é, fora dela há, sem dúvida, alguma coisa onde ela jamais poderá chegar. [Ainda que essas fronteiras sejam, digamos assim, ilimitadamente elásticas, como é possível que se possa dizer, por exemplo, que deus... Isto... Aquilo...?] [Ibidem.]

 

 

 

 

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é onisciente?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é autossuficiente?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é imutável?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é oniparente?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é onipresente?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é atemporal?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é perfeitol?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é justo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é sábio?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é bom?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é paciente?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é fiel?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é onividente?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é onipoderoso?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é brasileiro?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode adiantar o tempo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode atrasar o tempo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode congelar o tempo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode aumentar o espaço?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode diminuir o espaço?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode estabilizar o espaço?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode incendiar as florestas?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode secar os oceanos?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode inundar os desertos?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é assim?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é assado?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é cozido?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é frito?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é refogado?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é ensopado?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é isto?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não é isto?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é aquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não é aquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus quer isto?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não quer isto?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus quer aquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não quer aquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus permite isto ou aquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus proíbe isto ou aquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus se alegra?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus se entristece?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus se ofende?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode isto?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não pode isto?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode aquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não pode aquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus gosta disto?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não gosta disto?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus gosta daquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não gosta daquilo?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus ama?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus odeia?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus julga?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus condena?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus salva?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pune?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus perdoa?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus prefere?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus escolhe?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pretere?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus é indiferente?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus abandona?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus desampara?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus desonra?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus exclui?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus ignora?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus marginaliza?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus dá?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus privilegia?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus tira?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus deixa morrer à míngua?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus sim?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus faz?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus desfaz?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus não faz?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus protege os amigos?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus destrói os inimigos?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Caramba! Como é possível que alguém, sem-cerimônia,
possa afirmar que deus possa fazer um treco deste?

 

 

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus talvez?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus por acaso?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus quiçá?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus porventura?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus pode ser?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus quem sabe?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que deus mora no céu?

Como é possível que alguém, sem-cerimônia, possa afirmar
que: — Em nome de deus...

Ora, tenha a santa paciência!
Ponha a mão na consciência!
Deixe-me viver em paz!

Sai de vez do meu caminho!
Esse seu papo é mui daninho!
Oh!, me abandone, por favor!
Vocé tentou me convencer
de tudo o que não pode ser,
e eu quase fiquei maluquete!
Imperativo hipotético...
Comportamento patético...
Miragem + Ilusão + Retrogressão...
Tenha a santa paciência!
Ponha a mão na consciência!
Deixe-me viver em paz!


É preciso ter mesmo muita cara-de-pau
para afirmar essas irracionalidades.
Todas estas coisas são absurdos
incoerentes, limitantes e retrogressivos,
mas, enriquecem os mal-intencionados.
Isto tudo é mesmo um baita horror!
Ponto final.

 

O baita horror da ignorância!

 

Música de fundo:

Vai, Vai Mesmo
Compositor: Ataulfo Alves
Interpretação: Nora Ney

Fonte:

https://www.boemio.com.br/nacionais.php?letra=N

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.cinemascomics.com/

https://www.designi.com.br/afd64ec8c084b0b8

https://www.bigdis2008.com/?category_id=6441526

https://www.flickr.com/photos/arttamas/7778578302

https://www.todamateria.com.br/inquisicao/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sambenito

https://www.cbr.com/

https://br.thptnganamst.edu.vn/

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https://www.socialismocriativo.com.br/

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Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.