Este estudo teve por objetivo apresentar para reflexão alguns pensamentos do pintor, poeta, filósofo, compositor modernista e astrólogo humanista francês Dane Rudhyar, nascido Daniel Chennevière, (Paris, 23 de março de 1895 – San Francisco, 13 de setembro de 1985). Ele foi um pioneiro da Astrologia Transpessoal moderna.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Dane Rudhyar e sua segunda esposa, Eya Fechin

 

 

Dane Rudhyar nasceu em Paris, em 23 de março de 1895. Aos 12 anos, em razão de uma doença grave, guiou para a música o seu desenvolvimento intelectual, para compensar sua falta de agilidade física. Ele estudou na Sorbonne, na Universidade de Paris e no Conservatório de Paris. Seus primeiros estudos de Filosofia e sua associação com a comunidade artística de Paris o convenceram de que toda a existência é cíclica por natureza.

 

Em 1916, sua música o levou a Nova York, onde compôs algumas das primeiras primeiras politonais realizadas nos Estados Unidos. Ele também conheceu Sasaki Roshi, um dos primeiros professores japoneses Zen nos Estados Unidos, que o conduziu ao estudo da Filosofia Oriental e do Ocultismo. Este interesse foi estimulado por sua associação com a Teosofia, que começou quando ele foi convidado a compor música para uma produção da Sociedade Teosófica, em Los Angeles, em 1920. Rudhyar se tornou um cidadão naturalizado dos Estados Unidos em 1926, se estabelecendo na Califórnia, e, em 1930, se casando com Marla Contento, secretária independente da Theosophist Will Levington Comfort.

 

Rudhyar aprendeu Astrologia durante um período em que ele também estava estudando os escritos psicológicos de Carl G. Jung. Neste sentido, postulou que as estrelas não causam os efeitos observados na vida humana, mas, estavam sincronicamente alinhadas aos seres humanos. Para ele, as estrelas influem nas forças psicológicas dos indivíduos, porém, não substituem a liberdade humana (livre-arbítrio) na resposta a essas forças. Ele chamou esta sua nova interpretação de Astrologia Harmônica, e, depois, a rebatizou de Astrologia Humanista, tema do livro The Astrology of Personality, publicado em 1936.

 

Em 1969, Rudhyar fundou o Comitê Internacional para a Astrologia Humanística, passando a refletir sobre o movimento da Nova Era, e escreveu vários volumes sobre a consciência planetária e a Filosofia New Age.

 

Dane Rudhyar morreu em 13 de setembro de 1985, em San Francisco, Califórnia.

 

 

 

Pensamentos de Dane Rudhyar

 

 

 

Dane Rudhyar

 

 

 

Todas as tragédias humanas, todos os acidentes aparentes e todos os conflitos resultam de assuntos inacabados. [Podemos entender os assuntos inacabados como sendo karma não esgotado por não ter sido ainda integralmente compensado. Entretanto, lembre-se: muito mais do que individual ou pessoal, o nosso karma é coletivo.]

 

A Astrologia foi a primeira expressão humana de uma percepção de ordem. Seu objetivo é transformar o caos em cosmos e a Natureza coletiva em personalidade individual criativa.

 

Eu me interesso por pessoas, pessoas que vivem e se esforçam no sentido de realizar a totalidade de seu potencial de ser, AGORA.

 

Por que deixar para daqui a pouco
o que pode ser feito já, agora?
Por que deixar para amanhã
o que pode ser feito hoje?
Por que deixar para a próxima vida
o que pode ser feito nesta?
Por que deixar para o mânvântâra venturo
o que pode ser feito neste?
Por que deixar para nunquinha
o que, um dia, terá que ser feito?
Ora, por que sempre deixar?

 

Signos = Dons do Espírito; Casas = Provas da Existência Individual; Planetas = Estações Planetárias.

 

Travessia é o conjunto de experiências que um indivíduo atravessa ao longo de sua vivência, em conflito com a Natureza, onde pode fazer suas escolhas de evolução ou de queda. Estas escolhas são feitas ao se deparar com as provas que se impõem.

 

Prova do Isolamento: Isolar-se para ser distinto de si mesmo, e não diferente dos outros. A imortalidade é a vitória sobre toda espécie de morte. É a capacidade de permanecer sendo o que se é, e renascer eternamente.

 

Prova das Posses: Nenhum indivíduo deve jamais ser considerado grande pelo que possui, mas, sim, pelo uso que faz do que possua.

 

Prova do Pensamento: Todo sistema intelectual deve deteriorar.

 

Um dia nasceu...
Um dia terminou...
Uma noite nasceu...
Uma noite terminou...
Uma Rosa nasceu...
Uma Rosa terminou...
Uma Vida nasceu...
Uma Vida terminou...
Um agora nasceu...
Um agora terminou...
Um tempo nasceu...
O TEMPO nunca terminará...

 

Prova da Estabilidade: a profundidade de nossas raízes definem e limitam a altura de nossos galhos. A Prova da Estabilidade é a prova de quando, onde e como parar. Onde pare um homem, aí estará seu fundamento: sua personalidade, seu lar.

 

Prova da Pureza: onde a nossa paz ficar vulnerável é justamente ode ela se tornará mais forte. Na pureza e na verdade, a liberdade e a necessidade se tornam idênticas.

 

Prova do Sofrimento: a morte só é sofrida quando é vista como perda.

 

Desejamos,
e queremos conquistar.
Expectamos,
e medramos do fracasso.
Fracassamos,
e pomos a culpa na bruxa.
Morremos,
e achamos que perdemos.
Renascemos,
e começamos tudo de novo.
Reincidimos,
e jogamos a vida no lixo.
Padecemos,
e, devagar, vamos nos ilustrando.
Até que, um dia,
nos tornaremos DEUSES.

 

Prova da Mutualidade: a reciprocidade é o único antídoto para a doença do isolamento do ego. Todas as grandes coisas começam no isolamento, mas, só podem madurar através da mutualidade.

 

Negacionista e egoísta,
aprendi a reciprocidade.
Negacionista e egoísta,
aprendi o intercâmbio.
Negacionista e egoísta,
aprendi a fraternidade.
Negacionista e egoísta,
aprendi a solidariedade.
Negacionista e egoísta,
aprendi a amorosidade.
Negacionista e egoísta,
aprendi a unimultiplicidade.
Negacionista e egoísta,
aprendi: 1 + 1 = 1 e 1 – 1 = 1.

 

Prova da Responsabilidade: recusar a responsabilidade é recusar o potencial criativo, e aceitar a morte pela estagnação. A sociedade é fruto do uso que ela dá à energia nascida do relacionamento humano.

 

E pintou a PanCOVIDmia-19...
E recomendei hidroxicloroquina.
Muitos acreditaram e tomaram.
E pintou a PanCOVIDmia-19...
E recomendei azitromicina.
Muitos acreditaram e tomaram.
E pintou a PanCOVIDmia-19...
E recomendei flexibilização.
Muitos acreditaram e se descuidaram.
E pintou a PanCOVIDmia-19...
E recomendei saçarico e saracoteio.
Muitos acreditaram e bordejaram.
E pintou a PanCOVIDmia-19...
E recomendei papar sonho em padaria.
Muitos acreditaram e paparam.
E pintou a PanCOVIDmia-19...
E tudo o que recomendei foi insânia.
E pintou a PanCOVIDmia-19...
E acabou vindo a 2ª onda,
e me tornei responsável
por um saco sem fundo de mortes.
Por milhares + milhares de anos,
terei que compensar este desvario.
Perdão! Perdão! Perdão!
O que eu fiz? Não sei!
Por que eu fiz? Não sei!
Perdão! Perdão! Perdão!

 

Prova da Significação: entender é tomar consciência do significado. O valor de qualquer frutificação depende da significação que se lhe dê.

 

 

 

 

Prova da Posição: Ser um Sol é emitir luz sobre um grupo de corpos obscuros que gravitam, procurando luz, em torno de um núcleo radioso de nossa dádiva.

 

Prova do Descontentamento: novas gerações desenvolvem mentes mais amplas. Nascem novas sociedades. [Mudança! Movimento! Eternidade!]

 

Nunca estamos satisfeitos.
Vivemos eternamente insatisfeitos.
Receamos abandonar o passado conquistado.
Receamos os desafios do presente.
Receamos as incertezas do futuro.
Receamos perder o nosso conforto.
Receamos perder a nossa segurança.
Receamos a sombra da nossa sombra.
Receamos ter que morrer um dia.
Receamos não ser perdoados.
Receamos ir parar no inferno.
Receamos porque desconhecemos.
Receamos porque não nos conhecemos.
Receamos porque somos ignorantes!

Prova da Conclusão: a arte de morrer [Grande Aventura] é saber que todo novo nascimento é condicionado pelas compreensões alcançadas com a experiência da morte. O mais significativo no desenvolvimento musical de uma obra sinfônica não é a seqüência formal de seus muitos e variados tons, mas, sim, o silêncio após o último som. [Só em Silêncio ouviremos a Voz do Silêncio, a Voz do Deus de nossos Corações.]

 

Os símbolos integram as experiências distintas de um vasto número de homens.

 

Não é que à pessoa suceda um acontecimento, mas, sim, que um acontecimento sucede a uma pessoa. Na vida, um indivíduo se depara com certos eventos porque ele precisa deles a fim de se tornar mais plenamente o que ele só é potencialmente.

 

Encontrei-me com um terno sorriso. Quem será este humano?

 

Uma sociedade e sua cultura se baseiam sempre em um conjunto de pressupostos, de base metafísica e/ou religiosa, que encontram sua expressão em grandes símbolos e mitos.

 

Ontem, foi o mito do
Modelo Geocêntrico.
Hoje, ainda é o mito
da hidroxicloroquina!
Amanhã, qual será o mito?

 

Um Universo composto de sólidas esferas de matéria, separadas umas das outras por grandes distâncias e unidas por imutáveis Leis da Natureza, as quais expressam um absoluto princípio de causalidade, se transformou, após Einstein, em um Universo de campos de energia (ou campos de força) que, somente sob determinadas condições, apresenta ao observador o caráter de solidez material.

 

 

Ondas Gravitacionais

 

O que foi não se perdeu;
tudo é Verdade e Caminho.
Tudo é LAPIS que Transmuta.
Tudo muda; tudo se altera.
No Kosmos, tudo é transicional,
e as ilusões se tornam atualidades,
mas, o TODO permanece UM.
O que virá não se perderá;
será o FOGUETE para o NINHO.

 

 

Toda cultura constrói o modelo de Universo que mais efetiva e convenientemente produz, na mente humana e no seu profundo sentimento de estar vivo e de ser criativo, o tipo de ordem ao qual o estágio da evolução humana, característico da cultura, possa corresponder mais significativamente. Esta ordem se expressa através de mitos e de símbolos.

 

 

Teorema de Pitágoras

 

 

O que o homem percebe no Universo, sendo uma projeção de suas necessidades mais características, constitui, por este motivo, um símbolo do que ele é. É uma imagem cosmificada ou deificada de si mesmo. [O que precisamos compreender é que uma imagem cosmificada ou deificada de nós mesmos não é O-QUE-É.]

 

Precisamos repensar a maior parte das aquisições do pseudo-iluminismo do século XVIII, pois, nossas atitudes e convicções socioculturais estão cada vez mais obsoletas.

 

— Negro bom é negro morto.
Judeu bom é judeu morto.
Gay bom é gay morto.
Árabe bom é árabe morto.
Sem-teto bom é sem-teto morto.
Pivete bom é pivete morto.
Ateu bom é ateu morto.
Comuna bom é comuna morto.
Anti-? bom é anti-? morto.
........................
........................
........................

O Unimultiverso é holístico e hierárquico, e, conquanto ainda em um estágio de potencialidade, está prestes a acontecer dentro de nós. O homem sempre descobre fora de si mesmo aquilo no que está prestes a se tornar. [Prestes não quer dizer a ponto de ou na iminência de; prestes quer dizer que a coisa está ao nosso alcance, porém, tudo depende de nós. Por isto, O fato é que, infelizmente, a inércia da tradição cultural do passado e do conhecimento congelado (cristalizado) em teorias rígidas tem nos impedido de ver e de aceitar o que representa o próximo passo no nosso desenvolvimento. Ainda continuamos ajoelhados acreditando em deuses criados por nós e em demônios inexistentes que espetam bundas desatentas.]

 

Inevitavelmente, em um futuro mais ou menos próximo, a nossa sociedade terá como base de organização novos modelos de relação interpessoal e intergrupal. Mas, para que isto aconteça, é preciso que os velhos padrões de mecanismo e de materialidade – padrões evocados pela nossa tendência inata à criação de entidades e o nosso individualismo egocêntrico e orgulhoso – não poderão continuar funcionando.

 

Estamos caminhando para um tempo em que as atividades humanas serão infinitamente variadas, conquanto interdependentes.

 

Há uma Vida Única a preencher todo o espaço.

 

A tecnologia constitui uma importante vitória humana, mas, a próxima geração poderá morrer com a aplicação inexorável da mesma, a menos que reconsidere e modifique completamente os postulados sobre os quais nossa civilização ocidental baseia sua imagem clássica do Universo e do relacionamento do homem com este mesmo Universo [e com os outros homens].

 

 

 

 

A comunicação entre o Universo e o homem deve ser restabelecida, [isto é, os Mistérios da Antigüidade precisam sair das sombras e reaparecer. Todas as teologias inventadas e seus respectivos dogmas autoritários precisam desaparecer. Precisam = Irão.]

 

No futuro, matéria, vida, mente e energia-substância supramental, a qual denominamos vagamente espírito, irão ser consideradas e diretamente experimentadas como diferentes níveis de organização da realidade. [Unimultiverso = Energia.]

 

Estamos caminhando para uma nova interpretação com base em uma nova dimensão da consciência, conferindo um novo caráter a todas as realidades básicas da existência humana.

 

Não há negros nem brancos;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há gays nem héteros;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há árabes nem judeus;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há senhores nem escravos;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há ricos nem miseráveis;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há crentes nem ateus;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há escolhidos nem malditos;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há sábios nem ignorantes;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há maçons nem rosacruzes;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há iniciados nem goteiras;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há patriotas nem apatriotas;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há comunistas nem capitalistas;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há bolsonaristas nem lulistas;
há seres-humanos-aí-no-mundo.
Não há menos um nem mais um;
há seres-humanos-aí-no-mundo.

 

A nossa Galáxia em espiral simboliza a lenta emergência da Comunidade Universal do Homem.

 

 

Via Láctea

 

 

O fator essencial na transformação da consciência humana reside na transmutação do "ego solar" em um "nós galáctico". Nesta "consciência-nós" atua o princípio de interpenetração. Esta é a dimensão galáctica da existência, onde desaparece o senso de separatividade de entidades isoladas (i-sol-adas!) – as quais são única e exclusivamente o que são. Tudo não apenas se relaciona com todo o resto, mas, toda entidade – bem como toda mente – interpenetra as demais.

 

Quando a consciência de um indivíduo é capaz de funcionar segundo uma dimensão espiritual, ela começa a participar de maneira ativa e transformadora do processo de integração da Humanidade em um nível no qual a formação de um "pleroma" (ou plenitude) se toma possível – o nível da mente espiritual ou superconsciência. Neste nível, predomina a unanimidade da consciência ou como diria um verdadeiro ocultista da Loja Branca.

 

Em qualquer ciclo de crescimento sempre deve haver uma primeira vez. [O problema é como interpretamos esta primeira vez e o que fazemos com ela.]

 

Só daremos um novo passo rumo ao Alvorecer, se a resistência do passado for superada. Mas, se houver impaciência, medo ou ambição espiritual, poderemos calcular mal a amplitude do passo, e cair inconscientes sobre o limiar ou mesmo mergulhar no abismo aberto pelo nosso próprio despreparo. [Três palavras ou condições para meditar: vigilância, paciência e humildade.]

 

Meta para todos nós: libertação [pela compreensão] do cativeiro do universo de causas e efeitos e da vida repetitiva [e imitativa].

 

 

 

 

Vivemos, nos movemos e temos o nosso ser no espaço galáctico.

 

A fim de conseguirmos levitar [espiritualmente]... precisamos neutralizar, por um instante, a gravitação solar, [isto é, a gravitação dos desejos, das cobiças e das paixões]. Não é preciso ir a parte alguma ou gerar qualquer poder. Todo poder de que necessitamos se encontra aqui [em nós]. Basta destruir nossos vínculos com as formas inferiores de gravitação terrestre e solar. O que significa, em primeiro lugar, deixar de crer na inevitabilidade de nossa subserviência a essas formas, nos aquietarmos interiormente e permitir que as vibrações do espaço galáctico se imprimam na nossa consciência com toda a sua pureza, simplicidade e transcendência. [Medo? De quê? Por quê?]

 

Aquilo dentro de nós que cai pode ser resgatado em forma de LLuz, Illuminando as mentes de todos os homens.

 

Só no Silêncio o Divino [em nós] poderá, enfim, semear.

 

A maioria das pessoas não percebe suficientemente como somos condicionados desde o nascimento pelo ambiente que nos cerca, pelo sentimento que há nas palavras que ouvimos, pelos exemplos que instintivamente imitamos, pela linguagem necessária ao desenvolvimento de nossa inteligência potencial e por todas as tradições da nossa sociedade, aceitas explícita ou implícita, consciente ou inconscientemente. A fim de nos libertarmos deste impacto proteiforme [que muda freqüentemente de forma] do nosso ambiente físico, emocional, psíquico e intelectual, precisamos passar por um processo de descondicionamento, geralmente longo, tedioso e catártico.

 

Só seremos totalmente livres de tudo quando formos capazes de viver sem qualquer apego ou motivação pessoais.

 

O ser verdadeiramente livre se situa além das escolhas, [além de qualquer escolha].

 

O ser verdadeiramente livre
se situa além dos preceitos,
além das regras, das doutrinas e das normas,
além dos preconceitos,
além da crítica,
além da separatividade,
além do patriotismo,
além do fideísmo,
além da religiosidade,
além dos deuses e dos demônios,
além das esperanças,
além das desesperanças,
além do partidarismo,
além do neutralismo,
além do ontem, do hoje e do amanhã,
além das miralusões,
além dos desejos,
além das cobiças,
além das paixões,
além da vida e da morte,
além de si mesmo.

 

A expressão "unidade na diversidade", na verdade, deveria ser "diversidade buscando Unidade". A vida ascende do todo menor ao todo maior, do átomo e células ao homem e às galáxias, e este movimento é iluminado pelo grande Sonho de Unidade.

 

A ilusão humana mais característica da vida é o sexo... O sexo foi tão glorificado neste "século do homem comum" porque a relação sexual é uma das formas mais fundamentais de obter a experiência de profundidade do poder existente em todo organismo humano... Se, por vezes, a experiência sexual acaba por ser uma descida aos infernos é porque a função sexual, na nossa Humanidade atual, e durante muito tempo, tem sido pervertida pelo ego, que usa a Força Vital da Biosfera para prazer e poder próprios.

 

 

 

 

Se Cristo, como assegurou Rudolf Steiner, era um Arcanjo Solar, não veio Ele redimir a Humanidade... a fim de possibilitar a transformação do Sol em estrela galáctica, permitindo ao homem abrir sua consciência à dimensão galáctica da existência?

 

A evolução da consciência galáctica exige uma experiência total do significado da desintegração e do fracasso ao longo do ciclo em que se alcança o estado de Consciência Crística.

 

O Adepto Branco, de alguma forma, deve tomar consciência e sentir enfaticamente o trágico estado do Adepto Negro, pois, em sua compaixão, Ele inclui as trevas e a Luz.

 

Paz e Misericórdia
para toda a Humanidade.
Sem não-inclusões e sem exceções.
Que o karma coletivo se cumpra.
Que a PanCOVIDmia-19 chegue ao fim.
Que uma vacina venha para salvar a Humanidade.
Que toda a Humanidade possa prosseguir
rumo à Libertadora Unicidade.
Está feito. Está selado. A.'. U.'. M.'.

 

A Crucificação... relaciona-se, ao menos simbolicamente, com o processo de germinação, pois, a germinação é a crucificação da semente. A primeira porção a emergir da semente lacerada é a radícula, e esta radícula "desce" ao humo, produto da queda das folhas e de tudo o que já foi vivo. O solo escuro é o inferno da esfera da vida, mas, é também o alicerce de todos os processos vitais – a "mãe sombria", que é o passado, porém, que será redimida, quando seu corpo em desintegração for levado em direção ao ar e à luz, dentro da nova vida, alcançando finalmente o estado de flor.

 

As memórias devem ser conhecidas nas trevas subterrâneas, para que haja novos inícios criativos. Em termos junguianos, este é o Encontro com a Sombra.

 

O significado fundamental de toda influência plutoniana reside em nos forçar, amiúde inexoravelmente, a depreciar ou a abandonar tudo o que constitua manifestação de vida superficial, e mergulhar tão profundamente na experiência humana quanto possa suportar a nossa condição mental, afetiva e espiritual.

 

O Verdadeiro Ocultismo (que, praticamente, nada tem que ver com o que hoje é popularmente conhecido como ocultismo) é uma psicologia cósmica profunda. Ele só poderá ser significativamente compreendido e construtivamente aplicado por indivíduos que foram internamente "separados" da vibração da Humanidade (e da biosfera terrestre de modo geral).

 

A coragem é necessária, bem como a vontade que transcende as decisões mesquinhas do ego e manifesta o caráter da inevitabilidade. Ninguém deve tentar trilhar o Caminho a não ser que tenha de fazê-lo, devido a um ímpeto inevitável que não pode ser ignorado. Uma vez iniciada a Jornada, não se deve parar ou olhar para trás.

 

— Iniciei a Jornada,
porém, desisti.
Olhei para trás,
e, então, morri!

 

 

Desistência Irresponsável, Irrefletida e Inconseqüente

 

 

Precisamos aprender a reorganizar os fragmentos dispersos do que [miragens + ilusões] por tanto tempo aceitamos como sendo nós.

 

Devemos aceitar como postulado a existência no Universo de um Fator X (galáctico), que busca gravar em todos os organismos vivos um sentido de ordem cósmica transcendente, que é fundamental à consciência reflexiva (Teilhard de Chardin), que denominamos humana.

 

Os fatos não se opõem aos mitos, pois, qualquer mito válido e transformador da consciência se baseia em fatos reais, experimentados por pelo menos alguns seres humanos. O mito amplia tais fatos, tornando-se não apenas propriedade comum da Humanidade, ou pelo menos de toda uma cultura, mas, um incentivo geral e fascinante para que possamos dar o próximo passo na evolução humana... Os mitos são essenciais ao desenvolvimento da consciência humana, assim como as utopias são indispensáveis ao crescimento da consciência social do homem.

 

 

Stonehenge

 

 

Um verdadeiro espaço quadridimensional implica relações que associam entidades existentes no estado transfísico de materialidade. Neste estado, essencialmente, todas as entidades se interpenetram. [Cada entidade é uma (diferenciada), mas, todas são uma. Isto é semelhante aos sons produzidos pelos diversos instrumentos de uma orquestra que se interpenetram.]

 

 

Espaço Quadridimensional

 

 

Matéria é a mente "congelada".

 

Onde existe relacionamento existe também a consciência; e como existem níveis de relação, existem também níveis de consciência – material, mental e espiritual. [Consciência material + consciência mental + consciência espiritual = UNIMULTIPLICIDADE.]

 

O mito da crença humana em deuses – ou em um Deus – ainda, de certa forma, é indispensável, pois, impulsiona os seres humanos à transcendência, via de regra heróica, de suas limitações físicas e egos saturninos.

 

Eis a escolha crucial que teremos que fazer: ser um Sol, enquanto continuamos a sonhar com uma presumida identificação com o Supremo Espírito ou ser uma estrela entre outras estrelas companheiras, dedicando-nos a toda a Humanidade.

 

A potencialidade ilimitada da existência e da presença do Um está latente em cada homem – [em cada Coração] – e cada indivíduo pode se tornar um agente do Poder Divino que vibra no centro da Terra e no Coração de cada ser humano.

 

A era de individualidades isoladas, irredutíveis e quase absolutas, bem como de objetos físico-materiais inteiramente distintos e sem relação entre si, está no fim. Estamos tendo acesso a uma nova dimensão da realidade, na qual o Universo e a totalidade dos seres existentes se interpenetram. [UNIMULTIPLICIDADE]. Contudo, em geral, o que tem faltado a todos nós é imaginação e coragem para nos libertarmos completamente dos antigos paradigmas da nossa arcaica cultura. [Por isto, todas as mudanças são muito lentas. Entretanto, queiramos ou não, nós mudaremos, porque, simplesmente, é mudar ou ser entropizado. Haveremos de compreender que a VIDA não é um epifenômeno ou um efeito secundário da química dos processos materiais. Haveremos de compreender que a essência da realidade é a TOTALIDADE. Haveremos de compreender que não existe morte. O Unimultiverso é VIDA PERMANENTE.]

 

 

 

Interpenetração