DAMODAR
K. MAVALANKAR
(Pensamentos)
Damodar
K. Mavalankar
ão é exagerado dizer que somente nestes poucos
meses eu tenho sido um homem realmente vivo, pois, entre a vida
como ela me aparece agora e a vida como eu a compreendia antes,
existe um abismo insondável. Eu sinto, agora, que, pela primeira
vez, tenho uma percepção clara do que são o
homem e a vida – a natureza e os poderes do primeiro, e as
possibilidades, deveres e alegrias da última.
Antes,
embora ardentemente ritualista, eu não estava realmente gozando
de felicidade e paz mental. Simplesmente praticava minha religião,
sem a compreender. O mundo pesava tão duramente sobre mim
quanto sobre qualquer outro, e eu não podia ter nenhuma visão
clara do futuro. A única coisa real me parecia ser a rotina
diária; na melhor das hipóteses, o horizonte diante
de mim se estendia apenas até o fim de uma vida atarefada,
com a queima de meu corpo e as cerimônias fúnebres
oferecidas por amigos. Minhas aspirações eram apenas
por mais 'Zamindaries' [terras],
posição social e gratificação de desejos
e apetites. Mas, meus estudos e minhas reflexões posteriores
me mostraram que todas essas coisas não passam da névoa
ilusória de um sonho, e que somente é digno de ser
chamado um homem aquele que fez do capricho seu escravo e da perfeição
de seu ser espiritual o grande objetivo de seus esforços.
Seu
único desejo deve ser fazer tudo pela Humanidade e nada para
você próprio, isto é, embora esteja no mundo,
seu Homem Interior deverá estar fora dele. Quando agir sempre
deste modo, lhe será dado a conhecer pelos Adeptos outros
meios de realizar o seu objetivo.
O
Irmão ------ ordenou-me para segui-lo. Após percorrer
uma curta distância de cerca de meia milha, nós nos
dirigimos para uma passagem subterrânea natural que fica sob
o Himalaia. O caminho é muito perigoso. Há um caminho
natural que flui por baixo do Rio Indo com toda sua fúria.
Somente uma pessoa de cada vez pode passar por ele, e um passo em
falso marca o destino do viajante. Acima do caminho, há vários
vales a ser cruzados. Depois de andar uma considerável distância
por esta passagem subterrânea, surge uma planície aberta
em L-----K. Há uma grande construção maciça
com milhares de anos. Em frente à ela, há um enorme
Tau egípcio. O edifício apóia-se em sete grandes
pilares em forma de pirâmides. A porta de entrada tem um grande
arco triangular. No interior, há vários apartamentos.
O edifício é tão grande que eu penso que pode
conter 20.000 pessoas. Foram-me mostrados alguns dos compartimentos.
Este é o Principal Localização Central onde
todos da nossa seção que foram preparados para a iniciação
dos Mistérios têm de ir para a cerimônia final,
e ali permanecer durante o período requerido para tal. Eu
entrei com o meu Guru no enorme salão. A grandiosidade e
serenidade do lugar são suficientes para impressionar alguém,
impondo-lhe respeito. A beleza do Altar, que está na parte
central e no qual cada candidato toma os seus votos no momento da
sua iniciação, certamente deslumbra o mais brilhante
dos olhares. O esplendor do Trono do Senhor é incomparável.
Todas as coisas estão estabelecidas em princípios
geométricos e contendo vários símbolos que
são somente explicados aos Iniciados. Mas, não posso
falar mais, pois fiquei sobre a obrigação de segredo,
que ------ me fez jurar.
Os
poderes da magia negra dependem da força de vontade engendrada
por uma forma concentrada de egoísmo.
Poucos
podem conscientemente entrar na Fraternidade Universal porque a
maioria não aspira conquistar as imensas dificuldades encontradas
entre a solidão intelectual e o companheirismo intelectual.
Este abismo é permanentemente preenchido pela simpatia intelectual
mútua – sem fanatismo, sem dogmatismo e sem preconceitos
de qualquer espécie – que somente pode ser construída
em uma vida de meditação.
A ciência ensina que
cada homem troca continuamente seu corpo físico, e esta mudança
é tão gradual que é quase imperceptível.
Por que deveria ser diferente com o Homem Interno? Este último
também está constantemente se desenvolvendo e trocando
átomos a cada momento. E a atração destes novos
conjuntos de átomos depende da Lei de Afinidade: os desejos
do homem atraem à sua moradia corporal apenas as partículas
que estejam em relação com eles ou, mais precisamente,
que estejam dando a eles sua própria tendência e colorido.
Todos
os véus de mâyâ [ilusão]
devem ser sucessivamente removidos para que Atma se torne um com
Paramatma [a
Alma Suprema do Universo].
A Raja Ioga não encoraja qualquer fingimento, e não
requer posturas físicas de espécie alguma. A Raja
Ioga diz respeito ao Homem Interno, cuja esfera está no mundo
do pensamento. Manter diante de si o mais elevado ideal e se esforçar
incessantemente para erguer-se até ele – essa é
a única verdadeira concentração reconhecida
pela Filosofia Esotérica, que lida com o mundo interno dos
Númenos [Realidade
Superior; no pensamento de Immanuel Kant, está
ligada à
expressão coisa-em-si],
e não com a casca externa dos fenômenos.1
Ilusão
No
verdadeiro Ocultismo, os desenvolvimentos físico, mental,
moral e espiritual devem ocorrer em linhas paralelas.
Meditação
é a inexprimível ânsia do homem interior por
‘sair em direção ao Infinito’, o que nos
tempos antigos constituía o real significado da adoração.
Assim
como o corpo físico requer uma atenção incessante
para prevenir a entrada de uma doença, do mesmo modo o Homem
Interno necessita de uma constante vigilância, de modo que
nenhum pensamento consciente ou inconsciente possa atrair átomos
inadequados para o seu progresso. Este é o real significado
da contemplação. O fator primordial na orientação
do pensamento é a Vontade.
É
inútil fazer jejum enquanto se necessita comida. O essencial
é deixar de lado o desejo interno, e fazer uma imitação
da coisa real é pura hipocrisia e uma escravidão inútil.
A primeira exigência
da Filosofia Esotérica é uma completa pureza de Coração.
O estudante de Ocultismo bem poderia dizer, como Zoroastro, que
a pureza de pensamento, a pureza de palavras e a pureza de ações
são os fatores essenciais para alguém que pretenda
se erguer acima do nível comum e se unir aos Deuses. O caminho
que deve ser percorrido para alcançar essa meta é
o cultivo do sentimento de filantropia inegoísta. Só
isto poderá levar ao Amor Universal, cuja compreensão
constitui o progresso em direção à libertação
dos grilhões construídos por mâyâ em torno
do Eu Superior.
Quanto
maior for o progresso em direção à libertação,
paulatinamente, os sentimentos humanos e puramente individuais,
os laços de sangue e de amizade, o patriotismo e as predileções
raciais irão todos ceder e se transformar em um sentimento
universal – o único Amor verdadeiro e sagrado, o único
Amor inegoísta e eterno, um Amor imenso pela Humanidade como
um todo. Em resumo: o indivíduo se une com o Todo.
Alguns
supõem que o praticante de contemplação tem
que estar completamente passivo e se perder no objeto que está
diante dele, mas, eles deveriam lembrar que, ao praticar deste modo
a passividade, estão, na realidade, permitindo o surgimento
de funções mediúnicas em si mesmos. Como temos
afirmado repetidamente, o Adepto e o médium são os
dois pólos. Enquanto o Adepto é intensamente ativo
e, assim, capaz de controlar as forças elementais, o médium
é intensamente passivo, e assim corre o risco de se tornar
vítima do capricho e da malícia de germes enganadores
de futuros seres humanos e também de elementários.2
O
afastamento temporário [ou
permanente] da
família ou dos amigos não constitui uma qualificação
essencial para se fazer progresso em Ocultismo.
Devemos
aprender a estar no mundo sem ser do mundo.
O
processo de emissão e de atração de átomos
não pára, e os desejos, instintivos ou não,
devem ser regulados de modo a atrair apenas átomos que possam
ser adequados ao progresso interior.
Alguém
se torna um Adepto; ninguém é transformado em Adepto.3
Devemos
cultivar apenas os pensamentos que não sejam incompatíveis
com o mais alto ideal em função do qual se trabalha.
Perfeição
Ideal mais elevado
Divina condição
humana que a Filosofia Oculta prevê para a Sétima Raça
da Sétima Ronda.4
O
primeiro requisito para a Illuminação é o sentimento
de Amor Universal, isto é: desejo intenso de fazer algum
trabalho filantrópico prático e desinteressado [categórico]
pelo outro e pela Humanidade.5
Para
estar identificado com o Todo [desde-sempre-Um],
devemos viver Nele e sentir através Dele. Como isto poderia
ser feito sem a compreensão do sentimento de Amor Universal?
Naturalmente, o Adeptado não está dentro do alcance
fácil de todos. De outro lado, o Ocultismo não atribui
nenhum lugar ou localidade desagradáveis para aqueles que
não aceitam as suas doutrinas. Ele apenas reconhece evoluções
mais e mais altas, de acordo com uma cadeia de causas e efeitos
que trabalha sob o impulso da Lei Imutável da Natureza.6
A
contemplação não é uma
determinada forma de olhar fixamente para alguma coisa, um processo
que, sendo realizado durante um número estabelecido de horas
durante o dia, dará poderes psicológicos. Contemplar
não é, de modo algum, o ato de olhar fixamente para
algo.
Meditação
Raciocínio que
vai do conhecido (mundo dos fenômenos, que é cognoscível
pelos nossos cinco sentidos) para o desconhecido (mundo dos númenos).
O
Ocultismo não depende de um só método, mas,
emprega tanto o método dedutivo como o método indutivo.7
O
que o estudante de Ocultismo tem que fazer primeiro é compreender
os axiomas gerais e, empregando o método dedutivo, avançar
do universal para o específico. Ele deve então raciocinar
do conhecido para o desconhecido, e ver se o método indutivo
de avançar do específico para o universal confirma
estes axiomas. Este processo forma o primeiro estágio da
verdadeira contemplação. O estudante deve primeiro
captar o assunto intelectualmente, antes que possa ter a esperança
de realizar as suas aspirações. Quando isto é
alcançado, vem, então, o próximo estágio
da meditação, que é a inexprimível ânsia
do homem interior por ‘sair em direção ao Infinito’.
Antes que qualquer ânsia desse tipo possa ser adequadamente
direcionada, a meta que o estudante deverá ser levado a buscar
deve ser determinada durante os estágios preliminares. O
estágio mais alto, na verdade, consiste em compreender na
prática aquilo que os primeiros passos colocaram dentro do
campo da nossa compreensão. Em resumo, a contemplação,
no seu verdadeiro sentido, consiste em reconhecer a verdade da afirmação
de Éliphas Lèvi: 'Acreditar sem saber é fraqueza;
acreditar porque sabemos é poder.'
Conhecimento8
Poder.
Para
compreender o numenal, o estudante deverá se identificar
com a Natureza. Ao invés de olhar para si mesmo como um ser
isolado, ele deve aprender a ver a si mesmo como parte do Todo Integral
[desde-sempre-Um].
Isto porque, no mundo imanifestado, pode ser claramente percebido
que tudo é controlado pela Lei da Afinidade, pela atração
entre um e outro. Assim, tudo é Amor Infinito, entendido
em seu verdadeiro sentido.
Eu
respeito um homem por suas qualidades e não por seu nascimento.
Isto é, o homem que, a meus olhos, é superior, é
aquele cujo Homem Interior se desenvolveu ou está em uma
condição de desenvolvimento. Este corpo, riquezas,
amigos, relações e todos os outros prazeres mundanos
que os homens consideram tão caros e próximos de seus
corações passarão, mais cedo ou mais tarde.
Mas, o registro de nossas ações para sempre permanecerá
para ser transmitido de geração para geração.
Nossas ações, portanto, devem ser tais que nos façam
dignos de nossa existência neste mundo, enquanto estivermos
aqui, assim como após a morte.
A
Percepção Verdadeira é o Verdadeiro Conhecimento.
A percepção é uma atividade da alma; é
a visão da inteligência mais elevada, cujo olhar nunca
erra. E isto pode ser exercido na verdadeira serenidade mental,
como o Mahatma Kut Hu Mi observa: 'É sobre a serena e plácida
superfície da mente imperturbada que as visões captadas
do mundo invisível encontram uma representação
no mundo visível.'
Alegoria
Hindu: É na escuridão da noite (quando há completo
repouso físico e mental, quando há uma perfeita paz
e quietude na mente) que Krishna nasce. Só então é
que a natureza mais elevada do homem se torna um veículo
adequado para a manifestação da Palavra [Verbum
Dimissum et Inenarrabile].
O
Princípio Divino no homem é indivisível.
A alma humana [personalidade-alma]
é universal. Aquele que quiser desfrutar da Vida
Eterna deve viver no Princípio Divino e unir a alma humana
com ele. Portanto, um sentido de isolamento pessoal produz morte
e aniquilamento, enquanto que a filantropia autêntica e altruísta
coloca o indivíduo em contato com o Espírito Divino,
e, assim, dá a ele Vida Eterna.
O Espírito Divino
[Alma Cósmica
ou Alma Universal] permeia tudo o que existe, e cada
um que se coloca em contato com o Espírito Divino está,
necessariamente, em contato com todas as outras entidades que também
estão em contato com Ele. Portanto, os Mahatmas, que são
conscientes do Logos, estão em constante relação
magnética com aqueles que conseguem se libertar da natureza
animal inferior; e que, expandindo Manas Superior (a mente, o quinto
princípio dos ocultistas), tentam unir a mente permanentemente
com Buddhi e Atma, o sexto e sétimo princípios mencionados
na Doutrina Secreta.
O
conhecimento aumenta na proporção direta do seu uso.
Isto significa que, quanto mais ensinarmos, mais aprenderemos. Do
mesmo modo, quanto mais um órgão for exercitado, mais
aumentará a sua atividade funcional – uma vez que,
naturalmente, não haja expectativas excessivas ou imediatas.
Assim também a vontade se fortalece à medida que é
exercida; e quanto mais o indivíduo enfrenta tentações
– o que só é possível quando ele convive
com seus companheiros – mais oportunidades haverá para
que ele exercite e fortaleça sua vontade. Neste processo,
surge um momento no qual a estrutura do indivíduo mudou tanto,
que ele fica incapacitado para trabalhar no plano físico.
Ele, então, deve trabalhar sobre sua estrutura desde planos
mais elevados, para os quais ele deve se retirar. Mas, até
a chegada deste momento, ele deve estar com a Humanidade, e trabalhar
inegoisticamente pelo real progresso humano. Só isto pode
produzir a verdadeira felicidade.
Ao empreender qualquer coisa,
a primeira coisa que se requer é a perseverança. 'Tente
novamente'9
sempre deveria ser nosso lema. Uma criança nunca aprenderia
a andar, se nunca tentasse fazer isto, simplesmente porque em suas
primeiras tentativas ela sofre fracassos e cai de vez em quando.
Mas, apesar disto, o instinto da criança a estimula a continuar
em seus esforços até ter sucesso. Será que
o mesmo espírito que dá à criança o
instinto, não a ilumina depois que ela se torna um homem?
Não é vergonhoso, para qualquer pessoa, que, embora
na infância ela aja em obediência às instruções
do Espírito Divino [Deus
Interior], após chegar à maturidade
se torne surda aos ensinamentos daquele Espírito que uma
vez já lhe deu o sucesso, em sua juventude, apesar de todos
os primeiros fracassos?
Eu
abri a porta, e que grande alegria senti quando vi
novamente!10
Manter-se
em contemplação é Illuminar os próprios
pensamentos com base na ética e no discernimento, direcionando
a atenção para aquilo que possui verdadeiro valor.
Propósito
útil Aquilo
que for compreendido teoricamente deverá ser realizado praticamente.11
______
Notas:
1. Isto, na
verdade, não requer rituais exteriores nem posturas físicas
particulares. Diz respeito apenas ao Homem Interior. Isto equivale
a dizer que Verdadeira Iniciação só poderá
acontecer no Coração.
2. Elementários
são restos astrais de uma pessoa egoísta que já
morreu. Um Iniciado jamais permite que forças estranhas dominem
seu ser.
3. E isto, normalmente,
não acontece em uma única encarnação.
Para não dizer que é impossível, direi que
é muito difícil alcançar o Adeptado em apenas
uma vida. Mas, como digo sempre, o importante é não
desistir. Um pecadinho
aqui outro pecadinho
ali fazem parte da existência. Seja como for, só duas
coisas importam neste Caminho: Sinceridade e Trabalho. E, mais uma
vez, repito este importante ensinamento de Raymond Bernard (19 de
maio de 1923 – 10 de janeiro de 2006): Na
Via Iniciática prestigiosa que seguimos, as tentações
são numerosas, as quedas ocasionais e a dúvida periódica.
4. Aqui, é
necessário ter claro que perfeição absoluta,
em princípio, não existe. Querer isto é
querer o impossível. Nem os mais nobres e augustos Mahatmas
são perfeitos. Caminhamos, de perfeição em
perfeição, de realização em realização,
de Iniciação em Iniciação, sempre para
um estado mais perfeito. Logo, aquele que está satisfeito
consigo mesmo está dormindo sem saber.
A perfeição ideal – divina
condição humana que a Filosofia Oculta prevê
para a Sétima Raça da Sétima Ronda
– de que falou Damodar, é apenas a mais alta possibilidade
de realização espiritual possível para este
ciclo evolutivo de nossa consciência, que se conclui na Sétima
Raça da Sétima Ronda. Mas, repito: isto não
é o fim do Caminho e da nossa peregrinação,
até porque o Caminho e a peregrinação não
têm fim. Ainda que a nossa autoconsciência possa ter
tido um começo, a realização plena da Consciência
Cósmica é um trabalho árduo, progressivo e
ilimitado, repleto de tentações
numerosas, de quedas ocasionais e de dúvidas periódicas,
como disse Raymond
Bernard. Mas, anote aí: nunca desistir. A coisa é
mesmo como minha mãe tripeira comicamente dizia:
pra frente é que se anda; pra trás, mija a burra.
Enfim, como o próprio Damodar reconheceu, o
limite máximo de Perfeição Espiritual suprema
está, atualmente, além da nossa compreensão.
5. Que poderá
ser o mais simples possível, como, por exemplo, ao passar
por uma pessoa na rua, em silêncio, desejar ardentemente para
ela paz, alegria, saúde, harmonia, proteção,
compreensão etc.
6. Ou como disse
o escritor, filósofo e poeta estado-unidense Ralph Waldo
Emerson (25 de maio de 1803 – 27 de abril de 1882): Homens
fracos acreditam na sorte. Homens fortes acreditam em causa e efeito.
7. O método
indutivo (ou indução) é o raciocínio
que, após considerar um número suficiente de casos
particulares, conclui uma verdade geral. A indução
parte da experiência sensível dos dados particulares.
A enumeração, por exemplo, trata-se de um raciocínio
indutivo baseado na contagem. É importante que a enumeração
de dados (que correspondem às experiências feitas)
seja suficiente para permitir a passagem do particular para o geral.
Entretanto, a indução também pressupõe
a probabilidade, isto é, já que tantos se comportam
de tal forma, é muito provável que todos se comportem
assim, como é o caso, por exemplo, das pesquisas eleitorais
e de pesquisas semelhantes. O método dedutivo (ou dedução)
é a modalidade de raciocínio lógico que faz
uso da dedução (inferência lógica de
um raciocínio) para obter uma conclusão a respeito
de determinada(s) premissa(s). Essencialmente, os raciocínios
dedutivos se caracterizam por apresentar conclusões que devem,
necessariamente, ser verdadeiras, caso todas as premissas sejam
verdadeiras, se o raciocínio respeitar uma forma lógica
válida. Enfim, uma dedução é uma espécie
de argumento no qual a forma lógica válida garante
a verdade da conclusão, se as premissas forem verdadeiras.
Por exemplo: Premissa 1: Todos os homens são mortais. Premissa
2: Sócrates é homem. Conclusão: Logo, Sócrates
é mortal. Comparando os métodos dedutivo e indutivo,
é possível concluir que enquanto o pensamento dedutivo
leva a conclusões inquestionáveis, porém, já
contidas nas hipóteses, o raciocínio indutivo leva
a conclusões prováveis, todavia, mais gerais do que
o conteúdo das hipóteses.
8. Conhecimento
Sabedoria (ShOPhIa).
9. Tentar,
como disse muito bem Henry Steel Olcott (2 de agosto de 1832 –
17 de fevereiro de 1907), é
a primeira, a última e a eterna lei de auto-evolução.
Fracasse cinqüenta, quinhentas vezes se precisar, mas, continue
a tentar e tente sempre, e você terá sucesso no final.
'Eu não posso' nunca desenvolveu um homem ou um planeta.
10.
era a forma
geométrico-simbólica e respeitosa como Damodar se
referia ao Mestre Kut Hu Mi.
11. Trecho de
uma carta do Mestre Kut Hu Mi a Damodar: ... o
progresso espiritual superior deve ser acompanhado pelo desenvolvimento
intelectual em uma linha paralela... Lembre-se de que nenhum esforço
jamais é perdido,e que para um Ocultista não há
passado, presente ou futuro, mas, sempre o Eterno Agora.
Mestre
Kut Hu Mi
Observação:
Damodar K. Mavalankar
(1857 – retirou-se para os os Himalaias em 1885) foi um teosofista
indiano e, posteriormente, discípulo do Mestre Kut Hu Mi.
Ele nasceu na família de Karhâda Maharashtra, casta
dos brâmanes, uma rica família indiana. Além
de aprender os princípios de sua religião com seu
pai desde tenra idade, ele também recebeu uma educação
inglesa muito boa.
Em 1879, Damodar
conheceu Henry Steel Olcott e Helena Petrovna Blavatsky, tendo ingressado
na Sociedade Teosófica em 1879, desistindo de sua casta.
Em 1885, com 28 anos de idade, partiu para o Tibete, a
terra da bem-aventurança, nas regiões de nossos Mestres,
como a ele se refere Madame Blavatsky. E nunca mais se soube dele.
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