UM PAPO COM O DALAI LAMA

(Ficção, mas poderia ser verdade)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

Eu: — Dalai, o que é a morte?

Dalai Lama: Há muitos tipos de morte, mas depende de cada um. Poderá ser uma transição para o Leste; uma viagem para o Oeste; um mergulho para o Sul; ou uma experiência no Norte.

Eu: E qual é a melhor religião?

Dalai Lama: — A que infundir em sua alma maior compaixão.

 

Eu: — O que você acha da Lei de Talião?

Dalai Lama: Olho por olho e o mundo acabará privado da visão.

Eu: Como posso desenvolver minha intuição?

Dalai Lama: — A única forma de desenvolvimento concertado e efetivo é um esforço constante através da meditação.

 

Eu: — Como posso superar meus sonhos frustrados?

Dalai Lama: Temos de nos esforçar para aprimorar e transmutar nossos quadrados.

Eu: Como posso vencer minha ansiedade?

Dalai Lama: — Ouça o Deus do seu Coração. A arte de escutar é como uma Luz que dissipa a ignorância e a escuridade.

 

Eu: — O que eu faço? Sinto-me triste e doente.

Dalai Lama: Construa seu Deus Interior; este deve ser o verdadeiro trabalho da mente.

Eu: O que eu faço? Sinto que o meu tempo está se esgotando.

Dalai Lama: — Nada fica para semente ou é sempre igual. O Verbo que devemos conjugar é Peregrinar. Ontem, Peregrinei; hoje, Peregrino; amanhã, Peregrinarei. Sempre Peregrinando!