Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

14ab + 7bc = 7b(2a + c)

15x + 9y = 3(5x + 3y)

50 - 10y = 10(5 - y)

3431/3 = 7

32 + 42 = 52

7! = 5040

H2O + H2O H3O+ + OH


 

Certezas
Certeza?

 

 

Em que podemos ter 100% de certeza?

Na (co)ação dos nossos sentidos objetivos?

Em nossos vãos pensamentos ilusivos?

Em que haverá mesmo absoluta clareza?

 

Entretanto, podemos ter inteira certeza

de que, in Corde, há um Deus e um Dajjal1

– um impermisto céu e um leteu2 avernal3

antípodas por constituição e por natureza.

 

Com nossos pensamentos, palavras e ações

construímos, in Corde, o Cristo ou o anticristo4,

termos do Sumo Bem ou de nossas corruções.

 

Temos que manter sempre limpa a Alcarraza;

nada passa desapercebido, nada é imprevisto.

Devemos cuidar de quem entra em nossa Casa!5

 

 

 

 

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Notas:

1. Os cinco pilares do Islã são: 1º – confissão de que há um único Deus (Allah, o Clemente, o Misericordioso, o Sapiente, o Prudentíssimo) – Ach'hadu An Lá Iláha illa Allahh (Testemunho que não há outra Divindade além de Deus) – e seu profeta é Muhammad, que a Paz e a Bênção de Deus estejam com Ele – Ach hadu anna Muhammadan Rassulullah (Testemunho que Muhammad é o Mensageiro de Allah) – enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais do Cristianismo e do Judaísmo que haviam sido em parte esquecidos, em parte corrompidos; 2º – as cinco orações diárias (base fundamental da Religião Islâmica); 3º – distribuição do tributo religioso (Zakat ou Zakah) diretamente às pessoas mais necessitadas (aqueles que tiveram a sorte de se beneficiar da sua riqueza devem, por sua vez, apoiar os membros desfavorecidos da comunidade muçulmana; estas pessoas devem ser tratadas com respeito e o ato de recepção do zakat não deve ser alvo de humilhação); 4º – o Ramadã (nono mês, de 30 dias, do calendário (lunar) islâmico, durante o qual os muçulmanos devem jejuar – Soum – do levantar ao pôr do sol; é um mês de bênção que inclui oração, jejum e caridade); e 5º – a peregrinação (Hajj) anual à Meca (Makka), onde está edificada a Casa de Allah – a Kaabah; o Hajj é obrigatório somente uma vez na vida aos muçulmanos que possuem disposição financeira e física. Os mulçumanos aceitam a Torá, os Salmos de Davi e os Evangelhos, segundo a sua leitura. Não aceitam a canonicidade plena dos evangelhos cristãos e, conseqüentemente, a estruturação dogmática do Catolicismo consubstanciada no Credo de Nicéia (325 d. C.). Para ir ao céu, os mulçumanos afirmam, segundo o Alcorão, que os homens devem conhecer a Lei de Deus, devem ser bons e justos e devem professar a fé em Allah (o o Clemente, o Misericordioso, o Sapiente, o Prudentíssimo) e em Muhammad (que a Paz e a Bênção de Allah estejam com Ele). Os mulçumanos acreditam em outro messias, que virá no fim dos tempos, o Imã Mahdi (O Bem Guiado). O seu aparecimento se dará no momento em que os muçulmanos estiverem extremamente debilitados, quando o domínio dos kafirs (infiéis, incrédulos) terá sido expandido até Medina. Os muçulmanos estarão cercados pelos kafirs e desejarão a vinda do Imã Mahdi. Acreditam que nesse tempo o Islã se expandirá envolvendo todo o Universo. Todas as ações do Imã Mahdi estarão em conformidade com a Chari’ah (A Lei islâmica), que conquistará Constantinopla estabelecendo a justiça e a paz. Depois, enfrentará o Dajjal (Anticristo), na Síria. Dajjal é uma palavra derivada de Dajal e significa falsidade, fraude em árabe; Dajjal, portanto, quer dizer impostor. Dajjal é um falso Messias e jamais entrará em Medina. O Imã Mahdi aguardará a vinda do Profeta Issa (Jesus) e governará o mundo por um período de sete anos, e morrerá com uma idade compreendida entre quarenta e sete e cinqüenta anos. Antes, segundo a fé muçulmana, perseguirá Dajjal e seus seguidores até os aniquilar, perto de Ludd, na Síria.

 

 

2. Letes é um rio do inferno – um dos muitos afluentes do Hades – que, na mitologia greco-romana, era onde as almas dos mortos eram obrigados a beber água. Essa água provocava o total esquecimento do passado. Leteu passou a significar pertencente ou próprio de inferno, que traz esquecimento. Alguns gregos antigos acreditavam que as almas deveriam beber a água deste rio antes de reencarnarem, para que não recordassem as desgraças cometidas em sua vida passada.

3. Lasciate ogni speranza [pellegrino] che entrate! (Perdei toda esperança [peregrino] que entrais). Dante Alighieri (1265 - 1321), parafraseado de La Divina Commedia, canto III.

4. Diuturnamente, precisamos nos perguntar se nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações estão nos cristificando ou se estão nos anticristificando; se estamos nos transmutando no Mestre-Deus de nossa Projeção-Construção-Illuminação ou se estamos nos transformando no Dajjal de nossas ilusórias 'perplexomaldades' (perplexidades + maldades).

5. Domine, non sum dignus ut intres sub tectum meum, sed tantum dic Verbo et sanabitur anima mea. (Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas pronunciai o Verbum Dimissum e minha alma será curada.)

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.ziad.hpg.ig.com.br/
islamismo/por_que_o_islam.htm#7

http://pt.wikipedia.org/wiki/Zakat

http://www.floridarepossessor.com/

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
arch2007-04-01_2007-04-07.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lete

http://www.doutrinacatolica.com/modules/news/

 

Fundo musical:

Domine Non Sum Dignus (Tomás Luis de Victoria,1548 - 1611)

Fonte:

http://www.upv.es/coro/victoria/partituras.html