Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Porque não é boa a árvore que dá frutos maus, nem má a árvore que dá bom fruto. Porquanto cada árvore se reconhece pelo seu fruto. Pois, nem se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas de um abrolho. O homem bom, do bom tesouro do seu Coração tira o bem; e o homem mau do mau tesouro tira o mal. Porque a boca fala da abundância do coração.

(Lucas, VI 43-45)

 
 

 

Objetivo do Trabalho

 

De vez em quando, sem uma explicação razoável que não me preocupa ou aborrece nem um pouco, muito pelo contrário me enche de contentamento e de alegria, sinto um certo impulso de fazer uma revisitação de personagens ilustres que vieram a este Planeta dar o seu recadinho. Então, em geral, agora que já possuo um computador, resolvo passear pela WEB para ver e ler o que disseram sobre esses Irmãos que já partiram. Algumas vezes me entristeço; penso que não precise dizer o porquê. Mas o método que uso é muito simples: vou lendo, vou me entusiasmando e vou recortando das páginas da Internet e dos websites visitados o que acho que seja mais consistente e educativo para depois poder divulgar, visando, particularmente, em algumas situações, aqueles que não têm um embasamento místico ou esotérico. Certamente alguém que resolvesse fazer o que eu faço escolheria outros excertos. Mas o melhor, para mim, é que visito dezenas de autores, e quando me dou conta, já é alta madrugada. Nada que um Nissin Lámen, dois ovos estrelados e uma banana não resolvam. Sem problema, estou aposentado.

Foi o que fiz, mais uma vez, com o amado por todos — Francisco Cândido Xavier. Do que eu li, fiz uns recortes que estou disponibilizando para todos, sejam espíritas ou não (como eu), porque o pensamento do Chico está acima do próprio Espiritismo e de qualquer religião. Não estou dizendo isso sem uma certa base mística. Você pode conferir isso, por exemplo e em aditamento, vendo em que Ilustríssimas companhias ele (Mestre C-X) está na Masters' Galery da Ordo Svmmvm Bonvm, nos endereços abaixo:

Ordo Svmmvm Bonvm

http://svmmvmbonvm.org

Masters' Galery

http://svmmvmbonvm.org/masters/masters.htm

 

Mais uma vez, entretanto, recomendo que os fragmentos não sejam apenas lidos ou pior: lidos rapidamente. Concordar com o que disse e escreveu o Mestre C-X é pouco; discordar é um privilégio de todos nós. Mas refletir, dialeticamente, é o ideal. Nesse processo, pode ser que alguma novidade aconteça. Comigo aconteceu. Exatamente hoje, quando fui tomar um copo de água na cozinha. Mas o que intuí, infelizmente não posso revelar, até porque não posso provar. Apenas posso dizer que o nosso Chico Xavier foi e é muito mais do que um médium que canalizava mensagens. Em vista desse rápido comentário, deixarei uma pergunta para reflexão: terá sido Chico Xavier apenas um médium espírita ou terá sido um Mestre que se projetou para este Plano e usou, entre outros, o artifício de psicografar com assinaturas de terceiros, à semelhança, mutatis mutandis, dos heterônimos pessoanos? É conhecido o ditado que santo de casa não faz milagre. As pessoas ainda precisam de certas pirotecnias catalisadoras para serem emuladas; precisam, enfim, que outros façam o que elas pensam que não podem ainda fazer sozinhas. Então, também se alguém diz alguma coisa em seu próprio nome, faz menos efeito do que se disser que está transmitindo uma mensagem de um ser ascensionado. Meditar sobre essa matéria será iluminador.

Finalmente, para concluir este item, reproduzo, para começar, uma interessantíssima biografia do Mestre C-X, ligeiramente editada, que recolhi no Website do Instituto Espírita Chico Xavier, que recomendo que seja visitado. Peço desculpas por quaisquer equívocos e desejo a todos Paz Profunda.

 

 

Biografia de Chico Xavier

(Editada do INECX - Instituto Espírita Chico Xavier)

Fonte:

http://www.inecx.com.br/secao.php?sec=9&PHP
SESSID=f4d3a959571d5f106bc944240c0d2b1e

 

Nascimento e Desencarnação

 

 

rancisco Cândido Xavier, mundialmente conhecido como Chico Xavier, nasceu em 2 de abril de 1910, no município mineiro de Pedro Leopoldo, uma cidade pequena, tranqüila, de tradição bandeirante, sem atrações, vida pacata e comércio rudimentar, tendo apenas a agricultura como a base mais importante de subsistência. A chegada da indústria pesada, do aço, fábricas de cimento e outras, causou uma grande transformação no município, ocasionando inclusive o desenvolvimento e o aumento populacional. Chico desencarnou no dia 30 de junho de 2002, dia em que o Brasil sagrou-se pentacampeão mundial de futebol. Seu desenlace ocorreu pacificamente, sereno, ainda em atitude de prece a Deus. Conforme revelara a amigos mais íntimos, tinha o desejo de partir em um dia em que o povo brasileiro estivesse muito feliz.

 

Casa onde Chico Xavier nasceu

Em conseqüência, a vida pacata passou a não fazer mais parte do cenário de Pedro Leopoldo, onde hoje se conta com uma população de aproximadamente quarenta mil habitantes. Pedro Leopoldo ficou conhecida nacionalmente a partir da década de 30, quando chegaram às grandes cidades as primeiras notícias da fama de Chico Xavier. O pai João Cândido Xavier e a mãe Maria João de Deus, tiveram nove filhos: Maria Cândida, Luíza, Carmozina, José Cândido, Maria de Lurdes, Francisco Cândido, Raymundo, Maria da Conceição e Geralda.

Em 1915, Dona Maria João de Deus, percebendo a gravidade de sua enfermidade e pressentindo o desencarne próximo, entregou seus filhos a pessoas amigas, para cuidarem de sua educação. Diante de tais circunstâncias, Chico foi entregue à sua madrinha, Dona Rita de Cássia, mais conhecida como Ritinha.

Percebendo a separação de sua família, o menino Chico, perguntou à sua mãe o porquê de aquilo estar acontecendo, sem compreender a gravidade da situação e, muito inocentemente, chegou a pensar que a mãe não o amava mais.

Dona Maria, conseguindo superar as emoções, lhe disse que se preparava para sair da casa em tratamento de saúde e que voltaria em breve para cuidar de todos. Resignado com a situação, aceitou as palavras finais de sua mãe, que veio a desencarnar no dia seguinte, 29 de setembro.

 

A Vida Com Dona Ritinha

 

Durante suas constantes crises nervosas, Dona Ritinha premiava Chico com surras que chegaram a acontecer até três vezes ao dia. Sua vida, tão cheia de provações, certamente poderia torná-lo um ser revoltado e marginal. Tal fato ocorreria realmente se sua riqueza espiritual de médium não se manifestasse.

Certa vez, Chico dirigiu-se à madrinha muito feliz, dizendo que havia conversado com a mãe desencarnada. Foi o suficiente para receber uma surra extra. Essa conversa com sua mãe foi a primeira experiência de Chico no campo da mediunidade. No entanto, ele continuava a ter visões e conversas com sua mãe, o que sempre narrava à madrinha. Dona Ritinha decidiu então conversar a respeito com o pároco do local, o qual recomendou ao Chico que rezasse mil Ave-Marias com uma pedra de 15 kg em cima da cabeça durante a procissão. Não bastasse isso, Chico foi atingido por algumas garfadas, o que algum tempo depois se transformou numa hérnia estrangulada, que o acompanhou até desencarnar.

Em suas visões, a mãe o aconselhava a ter paciência. Explicava-lhe que não podia levá-lo para junto de si e procurava ajudá-lo a superar os maus tratos da madrinha. Outro fato lamentável ocorreu quando Dona Ritinha soube que a única maneira de curar a ferida infeccionada de seu outro filho adotivo, o sobrinho Moacir, era lamber-lhe a ferida durante três semanas seguidas, em completo jejum. Incumbido desta tarefa, Chico foi desesperado até o quintal, onde evocou o socorro de sua mãe. Recebeu dela palavras que naquele momento lhe confortaram. E quando iniciou a penitência, percebeu com surpresa que sua mãe colocava um pozinho sobre a ferida. E assim, pouco depois a perna de Moacir estava curada.

Apesar de tantos maus tratos, nunca se ouviu uma só palavra de Chico Xavier queixando-se de sua madrinha. Ao contrário, ele dizia que o temperamento de sua madrinha Rita era benévolo.

 

Segundo Casamento do Pai

 

A permanência de Chico junto a Dona Ritinha durou dois anos. Em 1917 seu pai casou-se em segundas núpcias com Dona Cidália Batista, de cuja união a família Xavier se viu aumentada em seis filhos: André Luís, Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido.

Dona Cidália fez questão de reunir todos os filhos de João Cândido. Foi quando Chico mudou-se para junto deles. Foram dez anos de compreensão e muito carinho entre pai, mãe e quinze filhos!

 

A Primeira Menção Honrosa

 

Os espíritos continuavam a enviar mensagens a Chico, mas ele receava ser rotulado de louco se comentasse com alguém as conversas que mantinha com almas do outro mundo.

Ele percebia os fenômenos, mas ainda não sabia explicá-los. Chegavam a manifestar-se até na sala de aula, durante os quatro únicos anos de instrução primária que recebeu.

O próprio médium contou que, em 1922, no primeiro centenário da independência do Brasil, todos os alunos tiveram que apresentar uma dissertação sobre a data. Antes de começar a dissertação, Chico viu um homem ao seu lado ditando o que deveria escrever. Assustado foi falar com a professora que o aconselhou a escrever o que ouvira, tranqüilizando-o: — Ninguém lhe disse nada. O que você ouviu veio de sua própria cabeça. Com esse trabalho o garoto Chico recebeu a sua primeira Menção Honrosa.

 

Aprofundamento nos Estudos da Doutrina

 

Naquela época, a maior dificuldade de Chico era conciliar a Doutrina Católica, que lhe era imposta, com as primeiras manifestações e conhecimento que obtinha do Espiritismo.

Começou a ler sobre a doutrina espírita aos dezessete anos. Nesta época veio a perder sua segunda mãe, Dona Cidália, que desencarnou no dia 19 de abril de 1931. Seu pai não mais voltou a se casar, desencarnando no dia 6 de setembro de 1960, na cidade de Pedro Leopoldo aos 92 anos de idade.

Chico prosseguiu em seus estudos doutrinários apesar de o padre Sebastião, que era o conselheiro da família e o mesmo que lhe receitou as mil Ave-Marias como penitência para acabar com as assombrações, deixar bem claro que a Igreja Católica não aprovava o Espiritismo. Decidido que estava, Chico aprofundou seus conhecimentos pesquisando Allan Kardec e se dedicando cada vez mais ao desenvolvimento mediúnico.

 

Fato Decisivo

 

O episódio que levou decisivamente Chico Xavier a se dedicar à tarefa mediúnica ocorreu no mesmo ano de 1927. Uma de suas irmãs ficou em estado de profunda obsessão, atormentada durante dias por maus espíritos. Chico procurou o amigo José Hermínio Perácio, espírita convicto, que lhe ofereceu sua casa para um tratamento adequado. José e sua esposa Carmem, uma médium experiente, conseguiram curar a irmã de Chico através dos ensinamentos da doutrina espírita e do desenvolvimento de suas faculdades mediúnicas. Ainda na residência do casal espírita, na Fazenda Maquiné, situada no município de Curvelo, a 100 km de Pedro Leopoldo, Chico e sua irmã receberam mensagens tranqüilizadoras da mãe. Assim, a irmã voltou para a sua casa completamente curada e Chico sem qualquer dúvida a respeito da verdadeira face do Espiritismo. Desde então, ele passou a organizar e a reunir um grupo de crentes para estudar e desenvolver a doutrina. Tal passagem é narrada no prefácio de Parnaso de Além Túmulo, onde confessou: ... foi nessas reuniões que me desenvolvi como médium escrevente, semimecânico, sentindo-me muito feliz, datando daí o ingresso do meu nome nos jornais espíritas onde comecei a escrever sob a inspiração dos bondosos mentores que nos assistiam.

 

Emmanuel

 

Emmanuel, o principal guia espiritual de Chico Xavier, acompanhou o médium desde que as primeiras manifestações espirituais se fizeram perceber pelos amigos, parentes e pelo próprio Chico. Quatro anos antes de encontrar o médium, Emmanuel já havia mantido contato com Dona Carmem Perácio em uma reunião espírita realizada em Maquiné. Emmanuel identificou-se, na ocasião, como amigo espiritual de Chico, relatando a Dona Carmem que esperava apenas o momento certo para começar a grande tarefa dos livros psicografados através dele.

 

As Provações dos Espíritos

 

Em 193l, começaram os primeiros contatos entre Emmanuel e Chico. Nessa época Chico já sofria de uma doença complexa nos olhos: o deslocamento do cristalino, que, somado ao estrabismo da vista direita, incomodava-o dia e noite. Ele pediu ao mentor uma orientação sobre o tratamento que deveria seguir para amenizar o seu sofrimento. Talvez pensasse em obter uma cura imediata através dos poderes espirituais de Emmanuel, mas este lhe ensinou uma lição: não deveria esperar privilégios do mundo espiritual só porque havia sido escolhido para transmitir ensinamentos sublimes. Deveria tratar-se sim, recorrendo à medicina humana, que segundo Emmanuel, está no mundo em nome da Divina Providência. (Grifo meu).

O desprezo de Chico pelos bens materiais e pelos cuidados com o corpo também não mereceu a aprovação de Emmanuel, para quem o corpo é comparável a uma enxada e o homem lembra o lavrador. Todo cuidado do lavrador é necessário para conservar a enxada em condições de trabalhar com acerto e segurança. As lições foram assimiladas em parte. Chico começou a se cuidar, entretanto o seu intenso ritmo de vida não lhe permitia ter uma boa saúde, pois trabalhava praticamente o dia todo e dormia apenas três horas durante a noite.

Em sua juventude seu corpo ainda resistiu. Porém, com o passar dos anos, as defesas do organismo foram se esgotando, e nem com a ajuda da medicina terrena Chico escapou da debilidade progressiva. Desde 1976 sofreu crises de angina e dois enfartes. Após a última crise de angina, em março de 1982, precisou ser assistido permanentemente por um médico, o clínico geral Eurípedes Vieira, e tomar medicamentos diariamente.

O que a medicina dos homens não conseguiu curar foi o problema da visão. Mas uma vez Chico deu prova de que não se desviaria dos ensinamentos de Emmanuel ao recusar em 1969 uma oferta do médium Zé Arigó que desejava operar espiritualmente os seus olhos. — A doença é uma provação do espírito que devo suportar, respondeu Chico.

 

Trabalho Material

 

Desde os 8 anos Chico trabalhava para ajudar no sustento da família e poucas foram as horas vagas para devotar-se ao Espiritismo. Foi operário em uma fábrica de tecidos, trabalhou como servente de fiação, servente de cozinha no bar de Claudovino Rocha, caixeiro no armazém de Felizardo Sobrinho e, finalmente, inspetor agrícola. O emprego de servente de cozinha fez nascer em Chico o hábito de preparar suas próprias refeições.

 

A Confusão do Nome

 

Chico Xavier, ao ingressar para o serviço público como inspetor agrícola, precisou providenciar seus documentos pessoais. Junto com seu pai, dirigiu-se ao cartório da cidade a fim de obter a sua certidão de nascimento. Qual não foi a surpresa de ambos, quando o funcionário do cartório não conseguiu encontrar ali o seu registro. Após várias horas de busca deparam-se com outras surpresas: o filho do Sr João Cândido Xavier ali registrado era Francisco de Paula Cândido, nascido a 2 de abril de 1910, quando o correto seria: Francisco Cândido Xavier, nascido em 2 de abril de 1910. Como não havia tempo para modificação naquele momento, seu nome assim permaneceu até 1965. Coube ao Meritíssimo Juiz de Direito da 2ª Vara de Uberaba, Dr. Fábio Teixeira Rodrigues Chaves, retificar por sentença o seu nome, passando então a usar aquele que o tornara conhecido através das suas atividades mediúnicas.

Portanto, para sanar qualquer dúvida, funcionário público, depois aposentado do Ministério da Agricultura, é o Sr. Francisco de Paula Cândido. Francisco Cândido Xavier nunca existiu no quadro de funcionários desse Ministério, pelo menos até 1965.

Refletindo sobre tal confusão, após algum tempo, o pai de Chico lembrou-se de que havia solicitado a um amigo para que fosse em seu lugar efetuar o registro de seu filho. Esse amigo, ao chegar ao cartório lembrou-se de que o dia 2 de abril era, segundo o calendário católico, consagrado a São Francisco de Paula. Foi então que decidiu registrar o menino como Francisco de Paula, completando com o primeiro sobrenome, Cândido, ao invés de Xavier.

 

Os Três Períodos de Vida Mediúnica

 

Mesmo sem tempo, Chico conseguiu se desenvolver mediunicamente com a colaboração do casal Perácio. Em 1934, quando o casal se transferiu para Belo Horizonte, a presidência do Centro Espírita de Pedro Leopoldo foi entregue a José Cândido Xavier, irmão de Chico. Tive três períodos distintos em minha vida mediúnica, relata Chico Xavier, no início de Parnaso. O primeiro, de completa incompreensão para mim, é aquele dos 5 anos de idade, quando via minha mãe proteger-me, até aos dezessete anos, quando a doutrina espírita penetrou em nossa casa. O segundo, de 1928 a 1931, no qual psicografei centenas de mensagens que os benfeitores espirituais, mais tarde, determinariam que fossem inutilizadas, porque em suas opiniões essas mensagens eram apenas esboços e exercícios. O terceiro período começou com a presença do nosso abnegado Emmanuel, que, em 1931, assumiu o encargo de orientar todas as atividades mediúnicas até agora.

 

A Vida Pregressa de Emmanuel

 

Após inúmeros contatos com Emmanuel, Chico conseguiu saber algo sobre a vida pregressa do espírito benfeitor: ele esteve na pele de um senador Romano da Judéia, Publius Lentulus, casado com Lívia, com quem teve uma filha de nome Flávia. Sua vida era cercada de luxo e ostentação, totalmente devotada ao imperador César, enquanto que Lívia dedicou sua vida a Deus. Presenciou da arquibancada de honra do Circo Máximo, a execução da mulher que amava e que se convertera ao Cristianismo, sem manifestar qualquer reação que impedisse a ocorrência funesta.

Desencarnou tragicamente, no ano de 79, em Pompéia, quando da erupção do Vesúvio. Anos mais tarde, reencarnou como Nestório, negro de grande cultura. Foi feito escravo pelos romanos e comprado por uma família nobre de Roma que o aproveitou como professor. Cristão desde a juventude, foi um dos assistentes das pregações evangélicas do apóstolo João Evangelista, em Efeso. Freqüentava as reuniões nas catacumbas e, certa noite, na ausência do pregador Policarpo, substitui-o encaminhando a palestra. Após belíssimos ensinamentos, ele e todos os que o ouviram, foram presos e condenados a morrer a flechadas e a serem devorados pelas feras no Circo Máximo.

A mais recente reencarnação de Emmanuel teria sido como o Padre Manuel da Nóbrega, primeiro apóstolo do Brasil. Nasceu em Sanfins, Portugal, em 18 de outubro de 1517 e desencarnou no Rio de Janeiro, no Colégio dos Jesuítas, por ele mesmo construído, no ano de 1570, no mesmo dia e mês de seu nascimento, contando com 53 anos de idade, sendo a tuberculose a causa de sua morte.

Mesmo sentindo que Chico estava preparado para receber mensagens psicografadas, Emmanuel impôs uma condição básica para trabalhar ao seu lado: que o médium seguisse, acima de tudo, os ensinamentos de Hippolyte Léon Denizard Rivail, cognominado Allan Kardec (03/10/1804 - 31/03/1869).

A orientação foi seguida à risca até sua desencarnação. Chico se limitou a aprender e a transmitir os ensinamentos codificados por Kardec. A humildade esteve sempre presente nas atitudes de Chico, que revelou aversão à idolatria e à tentativa de alguns que desejavam mitificá-lo.

 

A Viagem a Belo Horizonte

 

Em janeiro de 1933, Chico trabalhava no armazém de José Felizardo Sobrinho como balconista, recebendo quarenta cruzeiros mensais. O amigo José Álvaro, poeta e escritor, propôs-se a levá-lo para a capital mineira em busca de um melhor salário. João Cândido, seu pai, ficou entusiasmado e incentivou o filho a aceitar a proposta. Chico, defrontando-se com o dilema, consultou Emmanuel que lhe disse achar inoportuna a viagem, mas aconselhou-o a não desobedecer ao pai. Assim, ele resolveu viajar após conseguir uma licença no armazém.

Diante de um novo mundo em Belo Horizonte, onde participava de convenções literárias e recebia visitas de todos os tipos, Chico teve seu primeiro contato com a fama, pois todos queriam conhecer o autor do Parnaso. Durante três meses, ele permaneceu em Belo Horizonte, mas as agitações e os elogios não foram suficientes para fazê-lo perder a humildade. Regressou a Pedro Leopoldo retomando suas atividades no armazém do senhor Felizardo.

 

As Sessões Abertas ao Público

 

Dois anos mais tarde, Chico tornou-se alvo de uma longa reportagem do jornal O Globo. Essas reportagens colaboraram para que a fama de Chico Xavier ultrapassasse os limites de Minas Gerais. A partir daí, uma verdadeira romaria invadiu Pedro Leopoldo para conferir as habilidades de Chico Xavier. Chico não se sentia à vontade com a notoriedade e, mais de uma vez, manifestou seu temor de que a fama excessiva pudesse prejudicar sua missão. Tal fato não ocorreu, e o que ele não poderia imaginar era que anos depois seria conhecido e amado nos quatro cantos do País.

Nessa época, o médium estava preocupado que as sessões abertas ao público – que era um trabalho sério que ele vinha realizando – se transformassem em um simples show. Os textos eram psicografados por Chico Xavier em vários idiomas: inglês, alemão e até em sânscrito. Tal fenômeno era o que mais impressionava a leigos e estudiosos.

Emmanuel esperou por um período de dois anos e solicitou a Chico que as reuniões desse tipo fossem encerradas. Para o Mentor, o trabalho do médium vinha-se cercando de uma curiosidade improdutiva, e isto certamente iria ameaçar a tarefa mais importante que seria a da divulgação de ensinamentos através de livros psicografados. Emmanuel sabia o que estava fazendo. Tanto é que a década de 30 foi a mais rica em termos de mensagens esclarecedoras. O Mentor transmitiu toda a sua sabedoria em textos que tratavam dos mais variados temas, como Sociologia, Economia, Política etc.

 

Desencarne do Irmão

 

Com o desencarne de seu irmão e companheiro de luta, José Cândido Xavier, em fevereiro de 1939, Chico Xavier passou por mais um momento doloroso em sua vida. Acumulou, então, a tutela dos sobrinhos e da viúva Geni, companheira nas atividades espirituais, porém muito doente. Chico desdobrou-se entre o trabalho no armazém durante o dia todo e à noite participando das sessões espíritas.

Nessa época, ocorreu mais um fato curioso: seu irmão deixara uma grande dívida referente à conta de luz. Com o que Chico ganhava, era impossível liquidar tal débito. Um dia, sentado à porta de sua casa, recebeu a visita de um estranho que lhe disse ter vindo saldar uma dívida contraída tempos atrás. Chico recebeu o envelope, agradeceu ao estranho e, quando este se foi, abriu o envelope e encontrou ali a quantia exata para quitar a dívida deixada por seu irmão.

 

André Luiz

 

Emmanuel era o principal mentor de Chico Xavier, mas não o único a lhe ditar mensagens profundas e cheias de ensinamentos. Outro espírito de luz a se comunicar através da psicografia de Chico Xavier era um cientista brasileiro que até hoje mantém sua verdadeira identidade incógnita. Comunicou-se com ele pela primeira vez em 1943, e o médium quis saber de quem se tratava. No entanto, a entidade, apontando para o irmão de Chico que dormia no quarto ao lado, perguntou pelo seu nome. Chico respondeu: — André Luiz. Então, disse o espírito: De agora em diante este será o meu nome. Muitos acreditam que André Luiz tenha sido Osvaldo Cruz, o pioneiro da medicina tropical no Brasil, ou Carlos Chagas. André Luiz descreveu em suas obras experiências fascinantes sobre a vida após a morte.

 

A Transferência para Uberaba

 

Em 1958, já com 48 anos de idade, Chico Xavier sofreu uma crise de hérnia estrangulada e foi internado no Hospital São José Batista, em Pedro Leopoldo. A conselho do médico, Chico foi transferido para Uberaba no início do ano seguinte. Melhorou da hérnia e também de uma labirintite que o fez diminuir por algum tempo sua produção mediúnica.

Tanto Pedro Leopoldo como Uberaba sempre estiveram no coração de Chico em igual plano. Ele definia seu amor pelas duas cidades dizendo: Pedro Leopoldo é meu berço e Uberaba é minha bênção.

 

Os Fenômenos de Efeitos Físicos

 

Chico Xavier não apenas psicografava como também realizava fenômenos de efeitos físicos. Certa vez perfumou a água que os assistentes traziam. De outra vez, foi o ar. Contam algumas testemunhas que Chico, certa ocasião, foi rezar ao lado da cama de uma mulher muito doente e sem esperanças de vida. Enquanto o médium rezava, pétalas de rosas começaram a cair do teto sobre a doente. A mulher veio a desencarnar sem sofrimento, durante aquela madrugada. Após algum tempo desse acontecimento, Emmanuel intercedeu junto a Chico Xavier recomendando a suspensão dos trabalhos de efeitos físicos.

À medida que sua fama se propagava, cresciam também estórias dos poderes do médium, levando-o por diversas vezes a ter que esclarecer o público sobre a inveracidade (sic) de ser capaz de fazer um cego enxergar ou um paralítico andar.

 

A Assistência Social

 

Aposentado pelo Ministério da Agricultura, Chico intensificou seu trabalho de assistência social, juntamente com a comunidade espírita de Uberaba, tentando colocar em prática as orientações de André Luiz, que, na primeira edição de seu livro Nosso Lar, redimensiona a solução para os problemas sociais e mostra a diferença entre os serviços social e profissional e a assistência empírica paternalista.

 

A Missão Internacional

 

Em sua primeira missão internacional, Chico viajou para os Estados Unidos para auxiliar os espíritas brasileiros lá residentes. Essa visita foi programada e orientada por Emmanuel e André Luiz, surtindo como resultado a Fundação Christian Spirit Center, que tinha por objetivo difundir lá a doutrina espírita como é praticada no Brasil. Livros sobre o tema foram traduzidos para o inglês, e até mesmo uma reportagem foi publicada sobre Chico Xavier na revista Cosmic Star, editada na Califórnia. A revista fez uma matéria a respeito de suas atividades e de sua comunidade em Uberaba.

Nessa mesma época, Chico viajou para a Europa, onde encontrou o estudo do Espiritismo e a prática mediúnica desenvolvidos principalmente na Inglaterra. Ali ele afirmou: — ... os fenômenos mediúnicos são vivos em toda parte, mas na Inglaterra eles desfrutam de imenso respeito com as notáveis atividades que lhes são conseqüentes.

A partir da década de 60, a fama de Chico Xavier ultrapassou as fronteiras do País, transformando-o no mais famoso médium vivo no Brasil.

 

Prêmio Nobel

 

Seu valor não ficou provado apenas pelos mais de cem títulos de cidadania que recebeu no Brasil. A comissão que organizou sua candidatura ao Nobel referiu-se ao trabalho do médium em prol da assistência social. É bem verdade que este reconhecimento não é unânime, pois o velho presidente da Academia de letras, Austregésilo de Athayde, declarou solenemente: — Aqui na Academia não conheço ninguém que se interesse por livros dele.

A indiferença da Academia não interferiu no prestígio que Chico acumulou em mais de 60 anos de trabalho honesto e humilde. Prova disso foi a grande campanha realizada para que recebesse o prêmio Nobel da Paz em 1981, onde cerca de dez milhões de brasileiros endossaram a campanha, assinando manifestos e cartas.

 

As Sensações

 

Sua fama, e também sua debilidade física, obrigaram-no ao isolamento forçado, mas nunca se negou a receber alguém ou a conversar sobre qualquer assunto. Na época da série de reportagens do jornal O Globo, ele descreveu como se sentia no momento em que psicografava ou incorporava espíritos. O depoimento é válido até hoje tanto para os estudiosos quanto para os leigos. Chico contou que a música produz em sua mente uma excitação muito especial, que pode levá-lo ao transe. Outras vezes, ele disse, escrevo num estado semiconsciente, sonhando acordado. Mas, o que ele sentia no momento em que começa a psicografar as mensagens? Faço tudo mecanicamente, dizia. Um torpor pesado e prolongado me invade. O torpor é profundo, mas é preciso que haja silêncio absoluto. Um chamado brusco, por exemplo, me perturba, me sobressalta, causa-me até um mal psíquico.

 

A Humildade

 

Apesar de tantos livros editados e vendidos (mais de 406 títulos), ele recebia por mês apenas uma aposentadoria como ex-funcionário do Ministério da Agricultura. O dinheiro oriundo das vendas dos livros era doado às obras de caridade.

Chico Xavier sempre prosseguiu fiel em sua missão de revelar à Humanidade a doutrina e os ensinamentos do Espiritismo. Jamais acusou alguém de ser mais ou menos bom para consigo, aceitando o ser humano como é, em nada o reprovando.

 

 

Assinatura de Chico Xavier


 


PENSAMENTOS MÍSTICO-ESPIRITUAIS

A morte é a mudança completa de casa sem mudança essencial da pessoa. Berço e túmulo são simples marcos de uma condição para outra.

Esclarece fazendo o bem. Resolve os problemas, colocando, acima de tudo, a tranqüilidade dos outros. Responde abençoando. Oferece o troco, servindo mais. Emmanuel.

Planejar a infelicidade dos outros é cavar com as próprias mãos um abismo para si mesmo.

A revolução em que acredito é aquela ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo que começa pela corrigenda de cada um, na base do façamos aos outros aquilo que desejamos que os outros nos façam.

Os princípios da reencarnação, quando forem aceitos pela ciência da Terra,conseguirão liquidar aflitivas questões do espírito humano; entretanto, não seria justo de nossa parte impor a verdade ou exigi-la em bases de violência. Enquanto na experiência física, saibamos recolher da ciência os benefícios que ela nos consiga prestar, sem reclamar-lhe realizações que ela própria considere de caráter prematuro.

Eu vivo muito alegre, muito feliz, trabalho, tenho sempre muita gente em volta de mim, muita, muita gente na minha vida, é disso que eu gosto.

Devemos efetuar campanhas de silêncio contra as chamadas fofocas, cultivando orações e pensamentos caridosos e otimistas, em favor da nossa união e da nossa paz, em geral.

O bem que praticares, em algum lugar, é teu advogado em toda parte.

Somos responsáveis por nossa tragédia e por nossa glória.

Meus prezados e nobres amigos da Doutrina da Fraternidade! Boa saúde e paz em Deus, nosso Pai! Aprendamos a viver sob a Lei do Amor, pelos ensinamentos de Jesus Cristo! Fora deste mister, o mundo terreno retrata apenas o combate e o cálculo da soberba, proveniente da cegueira da estreita ciência dos homens. Vosso irmão, Emmanuel.

Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, de trás para diante, no idioma inglês, na sede da União Espírita Mineira, em 04 de abril de 1937:

Toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança. Eu creio que se nós, como povo, fôssemos educados para a tolerância recíproca, para o respeito à autoridade, para o trabalho persistente, sem conflitos entre empresários e trabalhadores, se nós todos nos uníssemos para compreender as necessidades desses valores espirituais na vida de cada um ou de cada grupo social, nós teríamos um país extremamente venturoso. Emmanuel.

Não creia em salvadores que não demonstrem ações que confirmem a salvação de si mesmos. Emmanuel.

Se o homicida conhecesse, de antemão, o tributo da dor que a vida lhe cobrará, preferiria não ter braços para desferir qualquer golpe. Emmanuel.

Se fomos trazidos à Terra para esquecer o nosso passado, valorizar o presente e preparar em nosso benefício o futuro melhor, por que provocar a regressão da memória do que fomos ou fizemos, simplesmente por questões de curiosidade vazia, ou buscar aqueles que foram nossos companheiros, a fim de regressar aos desequilíbrios que hoje resgatamos? A nossa própria existência atual nos apresentará as tarefas e as provas que, em si, são a recapitulação de nosso passado em nossas diversas vidas, ou mesmo somente de nossa passagem última na Terra, fixada no mundo físico, curso de regeneração em que estamos integrados nas chamadas provações de cada dia. Por que efetuar a regressão da memória, unicamente para chorar a lembrança dos pretéritos episódios infelizes, ou exibirmos grandeza ilusória em situações que, por simples desejo de leviana retomada de acontecimentos, fomos protagonistas, se já sabemos, especialmente com Allan Kardec, que estamos eliminando gradativamente as nossas imperfeições naturais ou apagando o brilho falso de tantos descaminhos que apenas induzirão a erros que não mais desejamos repetir? Sejamos sinceros e lancemos um olhar para nossas tendências. Emmanuel.

Tenho aprendido com os benfeitores espirituais que a paz é a doação que podemos oferecer aos outros, sem tê-la para nós mesmos. Mas nunca persigas, não atrapalhes, não desconsideres, não menosprezes e nem prejudiques a ninguém, porque sofrer é muito diferente de fazer sofrer e a dívida é sempre uma carga dolorosa para quem a contraiu. Emmanuel.

Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.

Sigamos juntos, como 'feixe de varas', fortificados no Evangelho e empunhando desfraldada a bandeira iluminada da caridade. Emmanuel.

Estudando o problema da escolha de provações da Esfera Espiritual para o círculo das experiências humanas, imaginemos um campo de serviço terrestre em que cada trabalhador é chamado à execução de tarefa específica. Decerto que, aí dentro, vige a liberdade na razão direta do dever bem cumprido. O servidor que haja inutilizado deliberadamente as peças do arado que lhe requer devoção e suor gastará tempo em adquirir instrumento análogo com que possa atender à orientação que o dirige. O lavrador invigilante que tenha permitido por desleixo a incursão de vermes destruidores na plantação que lho define o trabalho, não pode esperar a colheita nobre antes que se consagre à limpeza e preservação da leira que a administração lhe confia. O cooperador que tenha a infelicidade de envolver-se no crime terá cerceada a sua independência de ação, de vez que será necessário circunscrever-lhe a influência em processo adequado de reajuste. Entretanto, se o operário fiel da lavoura satisfaz agora todos os requisitos das justas obrigações a que, se vê convocado, sem dúvida, plasma, em seu próprio favor, o direito de indicar por si mesmo o novo passo de serviço na direção do futuro, com pleno assentimento da autoridade superior que lhe traça o roteiro de lutas edificantes. Assim, pois, além do sepulcro, nem todos desfrutam de improviso a faculdade de escolher o lugar ou a situação em que deva prosseguir no esforço de evolução, porquanto, quase sempre, é imperioso o regresso às sombras da retaguarda para refazer, com sofrimento e lágrimas, amargura e aflição, o ensejo sublime de acesso à Luz. Se desejas, assim, a marcha vitoriosa para lá dos portais de cinza em que o túmulo se te expressa à visão, afeiçoa-te, com perseverança e lealdade, ao próprio dever, dele fazendo o teu pão espiritual, cada dia, por que para alcançar o triunfo e a elevação de amanhã é indispensável que saibamos consagrar-lhes a nossa atenção desde hoje. Emmanuel. (Grifo meu).

A vida no Além é também atividade, trabalho, luta, movimento. A lei das afinidades a tudo preside, entre os seres despidos dos instrumentos carnais, e, liberto o Espírito dos laços que o agrilhoavam à matéria, recebe o apelo de quantos se afinam pelas suas preferências e inclinações. Emmanuel.

Não adianta indagar do futuro, ociosamente, para satisfazer a curiosidade irrequieta ou inútil. Vale construí-lo em bases que a lógica nos traça generosamente à visão. Não desconhecemos que nosso amanhã será a invariável resposta do mundo ao nosso hoje. E, aos nossos pés, a natureza sábia e simples nos convida a pensar. O arado preguiçoso deve aguardar a ferrugem. A leira abandonada receberá o assalto da planta daninha. A casa relegada ao abandono será pasto dos vermes que lhe corroem a estrutura. O pão desaproveitado repousará na sombra do mofo. A fonte que se consagra ao movimento atingirá a paz do oceano. A flor leal ao destino que lhe é próprio converter-se-á em fruto benfazejo. A plantação amparada com segurança distribuirá bênçãos à mesa. E o minério obediente aos golpes do malho transformar-se-á em peça de alto preço. Sabemos, assim, que é possível edificar o futuro e recolher-lhe os dons de amor e vida. Escolhe a bondade por lema de cada dia, não desistas de aprender, infatigavelmente e, com os braços no serviço incessante, caminharás desde hoje, sob a luz da vitória, ao encontro de glorioso porvir. Emmanuel. (Grifos meus).

Analisar, refletir, ponderar são modalidades do ato de ouvir. É indispensável que a criatura esteja sempre disposta a identificar o sentido das vozes, sugestões e situações que o rodeiam. Sem observação, é impossível executar a mais simples tarefa no ministério do bem. Somente após ouvir, com atenção, pode o homem falar de modo edificante na estrada evolutiva. Quem ouve, aprende; quem fala, doutrina. Emmanuel.

Todo pão que repartes é valor que acumulas. Agasalho que dês faz-se apoio a ti mesmo. Coragem que transmitas é uma luz que te segue. Ofensa que perdoas é paz que te acompanha. Não espere dos outros compensações quaisquer. De todo o bem que faças a resposta é de Deus. Emmanuel.

A caridade não brilha unicamente na dádiva. Destaca-se nos mínimos gestos do cotidiano. Está no sorriso de compreensão e tolerância; na palavra que tranqüiliza; na gentileza para com desconhecidos; no amparo à criança; no socorro ao doente; na atenção para com quem fala; no acatamento das confidências de um amigo; no silêncio ante os conceitos agressivos desse ou daquele adversário; e no respeito perante os hábitos e as cicatrizes do próximo. Emmanuel.

A paz virá ao teu encontro e residirá contigo sempre que te mantenhas na consciência tranqüila, sobre os alicerces do teu próprio dever retamente cumprido. Emmanuel.

Faz-se mister, em vossos tempos, que busqueis desenvolver todas as vossas energias espirituais — forças ocultas que aguardam o vosso desejo para que desabrochem plenamente. O homem necessita das suas faculdades intuitivas, através de sucessivos exercícios da mente, a qual, por sua vez, deverá vibrar no ritmo dos ideais generosos. Emmanuel.

Se aspiras a encontrar libertação e burilamento (sic), abraça a cruz de provas que a existência no mundo te oferece e, seguindo as rotas do Cristo, na disciplina da caridade, jornadearás sempre em caminho certo, porque o amor estará em ti e contigo, por fonte de vida e luz a brilhar. Emmanuel.

Esquecer as ofensas. Promover auxílio espontâneo para os adversários. Ouvir palavrões sem revidar. Calar confidências alheias. Suportar sem queixa a atitude infeliz de pessoas amadas. Cerrar as portas da alma ante as sugestões do ciúme. Aceitar os outros, tais quais são. Entender que as opiniões alheias são tão respeitáveis quanto as nossas. Conservar a calma e cooperar em favor do bem nos momentos difíceis. Não reclamar objetos perdidos. Compreender sem pedir compreensão. Continuar amando as pessoas queridas, mesmo quando se afastam de nós. Escutar com paciência as alegações repetidas de um doente. Abster-se de irritações. Evitar as tempestades de cólera. Melhorar os próprios conhecimentos sem a roupagem da empáfia. Conversar com simplicidade. Deixar aos outros o direito de viver como possam. Saber dar ou receber sem exigências. Silenciar o mal para anular-lhe a influência. Não esperar dos outros aquilo que ainda não podemos fazer. Auxiliar sempre para o bem. Emmanuel.

A evolução é uma escalada infinita. Cada qual abrange a passagem de acordo com o degrau em que se coloca. Emmanuel.

Quanto menos trabalho, mais preguiça.

Quanto menos esforço, mais estagnação.

Quanto menos direito, mais insegurança.

Quanto menos serviços, mais penúria.

Quanto menos fé, mais desconfiança.

Quanto menos caridade, mais aspereza.

Quanto menos entendimento, mais perturbação.

Quanto menos bondade, mais intolerância.

Quanto menos diligência, mais necessidade.

Quanto menos simpatia, mais obstáculos.

Quanto mais fizeres pelos outros, mais receberás do próximo em teu benefício.

Quanto mais auxiliares, mais serás auxiliado.

Quanto mais aprenderes, mais saberás.

Quanto mais te aplicares ao bem, mais o bem te glorificará o caminho.

Quanto mais te consagrares ao próprio dever, mais respeito e mais nobreza te coroarão.

Quanto mais te dedicares ao plantio da fé pela compreensão de nossa insignificância, à frente do Senhor, mais a fé brilhará em tua fronte.

Quanto mais sacrifício puderes suportar, mais alta ser-te-á a própria sublimação.

Quanto mais te humilhares, buscando a posição do fiel servidor da Divina Bondade, mais engrandecido te farás diante da lei.

Quanto mais suportares as faltas alheias, usando a paciência e a afabilidade, mais amor conquistarás naqueles que te observam e seguem.

Quanto mais souberes perder nas ilusões da Terra, rendendo culto diário à reta consciência, mais lucrarás na imortalidade vitoriosa.

Recordemos o ensinamento do Cristo: — Ao que mais tiver, mais lhe será acrescentado.

E, aumentando a nossa boa vontade no trabalho que o Senhor nos concede para as horas de cada dia, estejamos convictos de que mais seguramente avançaremos no rumo de nossa própria libertação. Emmanuel.

Distribui sorrisos e palavras de amor aos irmãos algemados a rudes provas como se os visses falando por teus lábios, e atravessarás os dias de tristeza ou de angústia com a luz da esperança no coração, caminhando, em rumo certo, para o reencontro feliz com todos eles, nas bênçãos de Jesus, em plena imortalidade. Emmanuel.

Não hesites. Inicia a jornada do serviço ao próximo, onde estiveres. Emmanuel.

Sonha e mentaliza, mas serve e caminha. Emmanuel.

Compreender e desculpar sempre, porque todos necessitamos de compreensão e de desculpa nas horas do desacerto; mas observar a coerência para que os diques da tolerância não se esbarrondem corroídos pela displicência sistemática patrocinando a desordem. Emmanuel.

Fora da caridade não há tolerância; não há tolerância sem coerência. Emmanuel.

Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo eu sabendo que as rosas não falam. Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre. Que eu não perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa. Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas. Que eu não perca a vontade de ajudar as pessoas,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda. Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia. Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim. Que eu não perca a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão meus olhos. Que eu não perca a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos. Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas. Que eu não perca o sentimento de justiça, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu. Que eu não perca o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos. Que eu não perca a beleza e a alegria de viver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma. Que eu não perca o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia. Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu Coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado. Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno. E acima de tudo, que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois a vida é construída nos sonhos e concretizada no amor!

Renascer... Eis a vida, o progresso incessante, o eterno evoluir, eis a lei do Criador! Eis do Mestre Jesus, como luz rutilante o ensino imortal no evangelho do amor. Renascer... Eis a lei imutável, constante, pela qual nosso "eu" no cadinho da dor, em sublime ascensão pela luz deslumbrante, subirá para Deus, nosso Pai e Senhor...

A humildade é a chave de nossa libertação. Emmanuel.

Tudo tem seu apogeu e seu declínio... É natural que seja assim; todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge, triunfante e bela! Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço!

A inteligência sem amor é o gênio infernal que arrasta os povos de agora às correntes escuras e terrificantes do abismo... Nada pedir para nosso eu exclusivista, a fim de que possamos encontrar o glorioso Nós da vida imortal... Ser luz para as sombras, fraternidade para a destruição, ternura para o ódio, humildade para o orgulho, bênção para a maldição... Cristo em nós, conosco, por nós e em nosso favor é o Cristianismo que precisamos reviver à frente das tempestades, de cujas trevas nascerá o esplendor do Terceiro Milênio. (Fragmento de uma mensagem de São Francisco de Assis psicografada por Chico Xavier).

O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizesssem grandes sacrifícios. Ele sé pediu que nos amássemos uns aos outros.

Se Allan Kardec tivesse escrito que 'fora do Espiritismo não há salvação', eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu 'fora da caridade' , ou seja, fora do amor não há salvação.

Gente há que desencarna imaginando que as portas do mundo espiritual irão se lhes escancarar... Ledo engano!

Ninguém quer saber o que fomos, o que possuíamos, que cargo ocupávamos no mundo; o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo...

Devemos aceitar a chegada da chamada morte – assim como o dia aceita a chegada da noite – tendo confiança que, em breve, de novo, haverá de raiar o Sol.

Diálogo espiritual entre Emmanuel e Chico Xavier:

Emmanuel — Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com Jesus?

Chico — Sim, se os bons espíritos não me abandonarem.

Emmanuel — Você não será desamparado. Mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.

Chico — E o Senhor acha que eu estou em condições de aceitar o compromisso?

Emmanuel — Perfeitamente, desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o Serviço.

Chico — Qual é o primeiro?

A resposta veio firme de Emmanuel — Disciplina.

E o segundo? — perguntou Chico.

Disciplina — disse-lhe Emmanuel.

E o terceiro? — quis saber Chico, já sabendo qual seria a resposta.

Disciplina — concluiu Emmanuel.

Quem ama tem sempre calor humano para distribuir.

Sempre que vejo certas flores espirituais, o miosótis por exemplo, sinto as vibrações que emitem e não posso conter as lágrimas.

Um médico legista, pensando que poderia abalar a crença de Chico Xavier, disse-lhe que durante muitos anos, fazendo necropsias e dissecando cadáveres a bisturi, nunca havia encontrado a alma, matéria-prima das religiões, e principalmente do Espiritismo, que o médium professava. Chico Xavier, com a sua habitual tranqüilidade, respondeu-lhe perguntando: — Doutor, como é que o senhor queria encontrar o pássaro depois que ele fugiu da gaiola?

No século 20, somos induzidos a pensar em muitos autores da crucificação, que já passaram pela reencarnação 20, 22, às vezes 30 vezes, e que continuam, como tantos outros entes humanos da época do sacrifício do Senhor, mostrando para nós que o perdão dos Céus foi concedido sob condições e dividido em estâncias no tempo, obrigando-nos a meditar no aproveitamento dos dias e das horas, compreendendo a necessidade de Evangelização...

Cada um dá o que tem e cada um recebe o que pode, dentro das leis que regem nossas disposições íntimas. André Luiz.

Nunca estás só. Sabendo disso, ajuda sempre. Em toda e qualquer movimentação de tua parte, hás de fornecer aos outros o que já possuis em ti. Sê, assim, vigilante severo de tuas mentalizações, como quem guarda precioso receptáculo, pois dele verterá, inelutavelmente, para os outros, aquilo que és, com tua plena responsabilidade. André Luiz.

Não te descuide da hora livre; da conversa banal; da amizade de ocasião; da distração vaga; do pensamento solto; do olhar displicente; da emoção livre; da relação informal. Para que depois não te assalte o ócio; não te martirize o tédio: não te aflija o remorso; não te fira a solidão; não te surpreenda o desprezo; não te domine o vício; não te curve o fracasso; não se desfaça a alegria. André Luiz.

Lembra-te de que falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem.

Deixa algum sinal de alegria, onde passes.

Não cobres tributos de gratidão.

Valoriza os amigos. Respeita os adversários.

A desilusão de agora será benção depois.

O VENTO

Certa vez, uma senhora foi até Uberaba e lá, diante do Chico, começou a se queixar de que não conseguia nada do que precisava, mesmo trabalhando na Doutrina e orando dia e noite.

Ao ouvir suas queixas, Chico lhe disse: — Quando a gente tem fé, quando confia, eles ajudam, minha filha!

— Uma vez, em Pedro Leopoldo , eu ensinava catecismo às crianças, mas, um dia, me proibiram. Eu ensinava catecismo para quarenta crianças... e fui proibido porque me tornara espírita. Fiquei em casa. Mas as crianças queriam o tio Chico... Então as famílias levaram as crianças lá em casa. E eu fiquei com muita pena, porque na igreja elas tinham lanche. Já eram duas horas e eu só tinha água e uns pedacinhos de pão em casa. Eram quarenta crianças... Como eu iria alimentar aquelas crianças? Eu fiz uma prece e pedi a Deus que me ajudasse, porque elas não podiam ficar sem comer. Como é que eu iria fazer?

Estávamos embaixo de uma árvore. E, então, um vento muito estranho começou a balançar as folhas da árvore. O vento uivava entre os galhos daquela árvore. Uma vizinha saiu e perguntou:

— Chico, que é isso? Que barulho é esse?

— O vento...

— O vento? E essas crianças aí?

— Catecismo!

— Você não deu nada para elas comerem?

— Não tenho!

— Oh, Chico! Eu tenho, aqui, bolo e pão.

E a outra vizinha do lado também apareceu e perguntou:

— O que foi isso, Chico? Que vento foi esse?

— O vento...

— E essas crianças aí?

— O catecismo...

E assim, doze famílias se reuniram e passaram a oferecer o alimento, o lanche daquelas crianças, por causa do vento.

Sou apenas o médium. As obras são dos espíritos.

Em um sonho, Chico viu-se defronte de um casarão em cujo frontispício estava escrito: DASP. E exclamou para o espírito de Emmanuel, a seu lado:

Há pouco, saí de uma casa com esse nome. Fiz a prova de datilógrafo e não logrei aprovação. E agora, aqui, encontro também o mesmo DASP.

E seu guia informa-lhe bondoso: Lá embaixo, na Terra, existe o DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DOS SERVIDORES PÚBLICOS, ao passo que aqui existe coisa diferente: DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DOS SERVIÇOS DO PAI. Naquele você não conseguiu ser datilógrafo, mas aqui você já é.

Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão. Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza... Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação. Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da Luz. Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho! Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes (sic) no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes. Emmanuel.

 

 

Breve Epílogo

 

Neste trabalho não há qualquer mérito pessoal. Eu só fiz juntar letras, palavras e frases – reflexões místico-espirituais, é verdade – para fazer um rol de alguns pensamentos psicografados e pessoais de Chico Xavier. Sempre que faço um trabalho como este fico imaginando como as pessoas o lêem. Como disse anteriormente, eu gostaria que os fragmentos não fossem apenas lidos, mas, sim, depois de lidos, refletidos e, em Santo Silêncio, discutidos com o Coração. Ninguém deve aceitar nada a priori de quem quer que seja, mesmo que esse alguém seja um Mestre. Devemos tentar estabelecer um processo dialético espiralar e ascensional mudando o que possa e deva ser mudado, subtraindo o que possa e deva ser subtraído, acrescentando o que possa e deva ser acrescentado e transmutando o que possa e deva ser transmutado. Por exemplo, nos fragmentos acima se você substituir a idéia de Deus do Mestre C-X por Mestre-Deus Interior, compreendendo o que isso realmente significa, não terá cometido nenhuma heresia. Nós não somos marionetes, logo, repetir e copiar é inútil; tentar ensinar o que não se compreende é uma temeridade; e plagiar é muito pior.

Para concluir este gratificante e inspirador momento, gostaria de deixar uma pequena e despretensiosa colaboração em forma de oração:

Em primeiro lugar, paz a você e a mim, porque se nós não estivermos em paz não poderemos transmiti-la e esparramá-la. Em segundo lugar, paz à Terra e aos filhos da Terra; paz aos minerais, paz aos vegetais, paz aos animais e paz aos seres-no-mundo. Em terceiro lugar, paz à Grande Loja Branca e à Ordem Rosacruz Verdadeira, Eterna e Invisível; paz aos Mestres Cósmicos e aos Adeptos; paz a todas as Fraternidades Místicas e a todos os Iniciados; paz a todas as religiões e a todos os religiosos. Paz a todos sem qualquer distinção de absolutamente nada. Simplesmente paz.

 

 

 

 

 

Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2007.

 

 

Páginas da Internet e Websites consultados:

http://etc.dal.ca/belphegor/vol2_no2
/articles/02_02_Fernan_Chico_pt_cont.html

http://www.geem.org.br/relembrando_7.asp

http://www.nedvida.casaespirita.org.br/
Members/brandao/chicoxavier

http://www.espirito.org.br/
portal/categorias/showlink.asp?CatID=545

http://hospedagem.infolink.com.br/
nostradamus/c04q025.htm

http://www.inecx.com.br/secao.php?sec=9&PHP
SESSID=f4d3a959571d5f106bc944240c0d2b1e

http://www.overmundo.com.br/
overblog/nosso-lar-psicografia-de-chico-xavier-1

http://www.moacirsader.com/saofranc.htm

http://www.mensageiros.org.br/chico.htm

http://www.saberespirita.com.br/
preces/outras_chico_xavier.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Xavier

http://www.universoespirita.org.br/

http://paginas.terra.com.br/
arte/chicoxavier/index.htm

http://www.chicoxavieruberaba.com.br/

http://www.chicoxavier.hpgvip.ig.com.br/

 

Fundo musical:

Peace

Fonte:

http://ftp.monash.edu.au/pub/
midi.songs/unsorted/NEWS/MISC/