Este
estudo teve por objetivo colecionar alguns fragmentos do Pensamento de Rudolf
Steiner apresentados na obra A
Crônica do Akasha (A
Gênese da Terra e da Humanidade: uma Leitura Esotérica).
Akasha
deve ser entendido como um estado ou plano vibratório no qual estão
gravadas todas as informações sobre a trajetória evolutiva
do uni(multi)verso, de um mânvântâra
até o prâlâya,
designando a faixa de existência que engloba os níveis intuitivos,
espiritual, monádico e divino. Por ter impresso em si o transcurso
da evolução, o Akasha
é denominado Arquivo Cósmico ou Akáshico.
Seus dados são energia, em elevado grau vibratório, relacionada
ao som imaterial, ou seja, ao poder criativo conhecido como Verbum
– a Essência da Palavra Sagrada. Para
contatar e consultar os Registros Akáshicos,
é preciso se despir de conjecturas intelectuais (miragens
+ ilusões + coisismos). Seus arquivos são constituídos
de conteúdos imperceptíveis à mente concreta, pois,
são formados pela consciência imaterial das partículas
dos diversos planos da existência, e se tornam disponíveis
aos que se devotam ao serviço amoroso e impessoal. Nestes Registros
podem ser encontradas referências acerca da trajetória já
percorrida pela Humanidade, bem como suas possibilidades atuais e futuras
(no Tempo que não é tempo). Helena Petrovna
Blavatsky apresentou o Akasha
como a eletricidade oculta ou a energia que registra todas as operações
universais, sendo, por assim dizer, uma coletânea de todos os eventos
que ocorreram, ocorrem e ocorrerão no Uni(multi)verso. Nada disto
tem a ver com predeterminação ou destino estabelecido de antemão,
pois, acima de tudo estão a Liberdade e o nosso Livre-arbítrio.
Portanto, precisamos adquirir a plena Consciência (Iniciática)
desta Liberdade para bem utilizarmos (como Iniciados nos Eternos Mistérios)
o nosso Livre-arbítrio.
—
Eu
era escravo,
e nada sabia.
Compreendi,
me alforriei
e com a ShOPhIa
me casei.
Fragmentos
A
ação destruidora que se manifestou na quarta sub-raça
atlante só pôde ser contida quando o ser-humano-aí-no-mundo desenvolveu dentro
de si próprio uma força superior: a força mental. O
pensamento lógico atua no sentido de refrear os desejos pessoais
egoístas. A origem do pensamento lógico deve ser procurada
na quinta sub-raça (os Proto-semitas). Se, por um lado, os indivíduos
da quarta sub-raça atlante se entregavam com selvageria à
satisfação de seus instintos, por outro, os da quinta sub-raça
atlante começaram a ouvir a Voz Interior, que, de certa forma, opõe
um dique aos instintos, ainda que não consiga destruir as exigências
da personalidade egoísta. Desta quinta sub-raça, foi escolhida
a parte mais bem-dotada, que sobreviveu após o desaparecimento da
Quarta Raça-raiz, e foi o germe da Quinta Raça-raiz –
a Raça Ariana [atual]
– que
tem por missão o completo desenvolvimento da força mental
com tudo o que dela deriva.
Os
indivíduos da sexta sub-raça (os Acádios) levaram mais
longe a evolução do pensamento. Nessa sexta sub-raça
tiveram origem o Direito e as leis.
Na
sétima sub-raça (os Mongóis) a força mental
continuou a se desenvolver. Toda esta evolução decorreu em
um espaço de tempo inimaginável.
[Devemos nos apressar,
porém, sem pressa!]
Na
Antigüidade, a Sabedoria e as Forças que
os Guias da Humanidade (venerados como “Mensageiros de Deus”
– os mais
perfeitos dentre seus irmãos terrestres) possuíam e dominavam
não
podia ser adquirida com qualquer espécie de educação
terrestre. Elas lhes havia sido incutidas por Entidades Superiores, que
não pertenciam de modo direto à Terra.
Dos
“Templos de Mistérios” antigos partia a direção
do gênero humano.
No
fim da época atlântica, existiam três grupos de entidades
da espécie humana: 1º) os assim chamados “Mensageiros
dos Deuses” (cujo Guia principal era o Manu); 2º) a grande massa
do povo (destinada a desaparecer aos poucos); e 3º) um pequeno grupo
que começava a desenvolver a energia mental (do qual teve origem
a nova Humanidade).
Deste
modo, o Manu deu início ao que compete à Quinta Raça-raiz
como sua missão propriamente dita: aprender a se guiar obedecendo
a seus próprios pensamentos. Mas, esta decisão só poderá
dar bons resultados, se o próprio ser-humano-aí-no-mundo se
colocar a serviço das Forças Superiores. O ser-humano-aí-no-mundo deve aprender
a se servir de sua própria energia mental (processo iniciado na quinta
sub-raça do atlantes), mas, esta tem de ser santificada, tendo em
vista o Divino [em seu próprio
interior].
A
intenção primordial do Manu era levar os seres-humanos-aí-no-mundo, com toda
a independência [livre-arbítrio],
partindo de uma necessidade interior a relacionar todas as coisas
com a Harmonia Superior do Universo. Os seres-humanos-aí-no-mundo tinham, por assim dizer,
a capacidade de escolher o emprego dos conhecimentos no sentido do proveito
pessoal ou do serviço religioso de um Mundo Superior.
Livre-arbítrio
Do
pequeno grupo, selecionado pelo Manu, que começava
a desenvolver a energia mental e do qual teve origem a nova Humanidade,
dois traços de caráter persistiram durante toda a evolução
da Quinta Raça-raiz. Um desses traços pertence aos seres-humanos-aí-no-mundo
abençoados por idéias elevadas; o outro traço pertence
àqueles que tudo colocam a serviço de interesses pessoais,
ou seja, do egoísmo. Esses traços de caráter tomaram
diferentes feições nos diferentes povos, conforme foram se
desenvolvendo nas diversas regiões da Terra. Por conseqüência,
surgiram as mais diversas culturas e civilizações.
E,
paulatinamente, aos Iniciados Sobre-humanos foram acrescentados os Iniciados
Humanos (seres-humanos-aí-no-mundo entre seres-humanos-aí-no-mundo). Isto significou uma transformação
importante na evolução do gênero humano.
Excepcionalmente,
em se tratando de uma necessidade superior, educativa e urgente, os Iniciados
Humanos fazem uso de certas Leis e Forças concedidas pelos Mundos
Superiores. Então, realizam atos que a Humanidade, de acordo com
as leis humanas conhecidas na atualidade, não compreende, e, por
isto, são, com
toda a razão,
considerados milagres, [ainda
que milagres não existam.] Seja
como for, a Intenção Superior em tudo isto é dar independência
à Humanidade, para que possa desenvolver por completo sua energia
mental.
'Milagre'
—
E a água se tornou Vinho!
E eu proclamei: — Milagre!
E alguns pães se multiplicaram!
E eu proclamei: — Milagre!
E alguns peixes viraram muitos!
E eu proclamei: — Milagre!
E um ceguinho enxergou!
E eu proclamei: — Milagre!
E um paralítico se levantou!
E eu proclamei: — Milagre!
E um leproso foi curado!
E eu proclamei: — Milagre!
E a tempestade se acalmou!
E eu proclamei: — Milagre!
E um demônio foi exorcismado!
E eu proclamei: — Milagre!
E a Ficus
carica secou!
E eu proclamei: — Milagre!
E o zinco virou ouro!
E eu proclamei: — Milagre!
E Ele levitou!
E eu proclamei: — Milagre!
E uma Voz falou baixinho:
— Não
existem milagres; só há a Lei.
E a Lei não pode ser desvirtuada.
A Lei
Hoje,
os Iniciados
Humanos são os intermediários entre o povo e as Potências
Superiores, e só a Iniciação permite ter relações
com os Mensageiros dos Deuses.
Os
Mensageiros Superiores dos Deuses foram se retirando progressivamente da
Terra, deixando a direção aos Iniciados Humanos, a quem continuam
a prestar assistência com seus conselhos e inspirações.
Mas, por que isto aconteceu? Porque, se assim não tivesse sucedido,
o ser-humano-aí-no-mundo nunca chegaria a alcançar [pelo
livre-arbítrio] o livre emprego de sua energia mental.
Poder
Mental
—
Indolente e cagarola,
eu não queria
pensar nem raciocinar.
Negligente e mariola,
eu sempre pedia
a alguém para me ajudar.
Inadimplente e quicola,
eu fui caducando
sem ver o tempo passar.
Afligente e ruim da bola,
eu dei a louca
sem nem um tico mudar.
A
Terceira Raça-raiz humana –
Raça Lemúrica –
que precedeu Quarta Raça-raiz (Atlântica), habitou o continente
lemúrico, que ficava no sul da Ásia, se estendendo mais ou
menos do Ceilão até Madagascar.
Na
Raça
Lemúrica ainda não se desenvolvera a memória. Não
havia ainda uma linguagem propriamente dita. O lemuriano podia se comunicar
com seu próximo sem precisar de uma linguagem para isto. Esta comunicação
consistia numa espécie de “leitura do pensamento”. Quando
necessário, podia dar a seu braço a força do aço,
só pelo esforço da vontade. Podia erguer, assim, pesos incríveis,
só com o esforço desenvolvido por sua vontade. Por assim dizer,
o lemuriano era
–
não se compreenda
erradamente a expressão –
um mago nato, em todas as esferas da atividade humana.
Aquilo
que a futura Humanidade executaria após reflexões, cálculos
e combinações lógicas, tinha, para o
lemuriano, o
caráter de uma atividade instintiva.
Na
Lemúria, uma grande parte da Humanidade era tão pouco desenvolvida,
que se podia chamá-la de animal e vivia uma vida animalesca. De fato,
esses seres-humanos-aí-no-mundo-animais, quanto à conformação
exterior e ao modo de vida, eram completamente diversos daquela pequena
parte de eleitos. [Entenda
eleitos
não como eleitos, mas, como mais avançados.] Eles
não se diferenciavam claramente dos mamíferos inferiores,
que, em certo sentido, também se assemelhavam a eles na forma exterior.
Aquilo
que mais tarde se desenvolveu como “Iniciação”
e como “Mistério” teve origem na Lemúria, em um
tipo imediato de relação dos seres-humanos-aí-no-mundo
com os Deuses. [Entenda
Deuses
não como deuses, mas, como os Guias da Humanidade.]
Nos tempos que se seguiram, este relacionamento tomou outro aspecto, porque
o pensamento e o espírito humanos assumiram outras formas.
Foi
do gênero feminino, na Lemúria, que surgiram as primeiras idéias
sobre o “bem e o mal”. Começou-se, então, a amar
certas coisas que causavam uma determinada impressão à vida
das idéias, e a abominar outras. Em outras palavras: os primeiros
passos no progresso da vida representativa mental foram dados pelas mulheres
lemurianas. O ser-humano-aí-no-mundo havia observado as forças naturais e as havia
empregado, mas, a mulher foi a primeira a decifrá-las. Surgiu, assim,
uma nova e especial maneira de viver pela reflexão (uma espécie
de clarividência). Enfim, dos seres-humanos-aí-no-mundo lemurianos partia uma influência
mais divino-natural e das mulheres lemurianas uma
influência mais divino-anímica.
Neste
sentido, os Guias da Humanidade, através da vida anímica já
desperta nas mulheres, faziam evoluir as [personalidades-]alma
dos seres-humanos-aí-no-mundo.
Continua...
Música
de fundo:
Come
With me and Dance
Fonte:
https://www.waldorfschoolsongs.com
Páginas
da Internet consultads:
https://dharmadhannyael.blogspot.com/2013/05/akasha.html
https://www.youtube.com/channel/UC1fmkMdJiWfwHyd6J2b5buQ
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