A CRÔNICA DO AKASHA
(2ª Parte)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Rudolf Steiner

Rudolf Steiner

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo teve por objetivo colecionar alguns fragmentos do Pensamento de Rudolf Steiner apresentados na obra A Crônica do Akasha (A Gênese da Terra e da Humanidade: uma Leitura Esotérica). Akasha deve ser entendido como um estado ou plano vibratório no qual estão gravadas todas as informações sobre a trajetória evolutiva do uni(multi)verso, de um mânvântâra até o prâlâya, designando a faixa de existência que engloba os níveis intuitivos, espiritual, monádico e divino. Por ter impresso em si o transcurso da evolução, o Akasha é denominado Arquivo Cósmico ou Akáshico. Seus dados são energia, em elevado grau vibratório, relacionada ao som imaterial, ou seja, ao poder criativo conhecido como Verbum – a Essência da Palavra Sagrada. Para contatar e consultar os Registros Akáshicos, é preciso se despir de conjecturas intelectuais (miragens + ilusões + coisismos). Seus arquivos são constituídos de conteúdos imperceptíveis à mente concreta, pois, são formados pela consciência imaterial das partículas dos diversos planos da existência, e se tornam disponíveis aos que se devotam ao serviço amoroso e impessoal. Nestes Registros podem ser encontradas referências acerca da trajetória já percorrida pela Humanidade, bem como suas possibilidades atuais e futuras (no Tempo que não é tempo). Helena Petrovna Blavatsky apresentou o Akasha como a eletricidade oculta ou a energia que registra todas as operações universais, sendo, por assim dizer, uma coletânea de todos os eventos que ocorreram, ocorrem e ocorrerão no Uni(multi)verso. Nada disto tem a ver com predeterminação ou destino estabelecido de antemão, pois, acima de tudo estão a Liberdade e o nosso Livre-arbítrio. Portanto, precisamos adquirir a plena Consciência (Iniciática) desta Liberdade para bem utilizarmos (como Iniciados nos Eternos Mistérios) o nosso Livre-arbítrio.

 

Eu era escravo,
e nada sabia.
Compreendi,
me alforriei
e com a ShOPhIa
me casei.

 

 

Fragmentos

 

 

 

A ação destruidora que se manifestou na quarta sub-raça atlante só pôde ser contida quando o ser-humano-aí-no-mundo desenvolveu dentro de si próprio uma força superior: a força mental. O pensamento lógico atua no sentido de refrear os desejos pessoais egoístas. A origem do pensamento lógico deve ser procurada na quinta sub-raça (os Proto-semitas). Se, por um lado, os indivíduos da quarta sub-raça atlante se entregavam com selvageria à satisfação de seus instintos, por outro, os da quinta sub-raça atlante começaram a ouvir a Voz Interior, que, de certa forma, opõe um dique aos instintos, ainda que não consiga destruir as exigências da personalidade egoísta. Desta quinta sub-raça, foi escolhida a parte mais bem-dotada, que sobreviveu após o desaparecimento da Quarta Raça-raiz, e foi o germe da Quinta Raça-raiz a Raça Ariana [atual] – que tem por missão o completo desenvolvimento da força mental com tudo o que dela deriva.

 

Os indivíduos da sexta sub-raça (os Acádios) levaram mais longe a evolução do pensamento. Nessa sexta sub-raça tiveram origem o Direito e as leis.

 

Na sétima sub-raça (os Mongóis) a força mental continuou a se desenvolver. Toda esta evolução decorreu em um espaço de tempo inimaginável. [Devemos nos apressar, porém, sem pressa!]

 

Na Antigüidade, a Sabedoria e as Forças que os Guias da Humanidade (venerados como “Mensageiros de Deus” os mais perfeitos dentre seus irmãos terrestres) possuíam e dominavam não podia ser adquirida com qualquer espécie de educação terrestre. Elas lhes havia sido incutidas por Entidades Superiores, que não pertenciam de modo direto à Terra.

 

Dos “Templos de Mistérios” antigos partia a direção do gênero humano.

 

No fim da época atlântica, existiam três grupos de entidades da espécie humana: 1º) os assim chamados “Mensageiros dos Deuses” (cujo Guia principal era o Manu); 2º) a grande massa do povo (destinada a desaparecer aos poucos); e 3º) um pequeno grupo que começava a desenvolver a energia mental (do qual teve origem a nova Humanidade).

 

Deste modo, o Manu deu início ao que compete à Quinta Raça-raiz como sua missão propriamente dita: aprender a se guiar obedecendo a seus próprios pensamentos. Mas, esta decisão só poderá dar bons resultados, se o próprio ser-humano-aí-no-mundo se colocar a serviço das Forças Superiores. O ser-humano-aí-no-mundo deve aprender a se servir de sua própria energia mental (processo iniciado na quinta sub-raça do atlantes), mas, esta tem de ser santificada, tendo em vista o Divino [em seu próprio interior].

 

A intenção primordial do Manu era levar os seres-humanos-aí-no-mundo, com toda a independência [livre-arbítrio], partindo de uma necessidade interior a relacionar todas as coisas com a Harmonia Superior do Universo. Os seres-humanos-aí-no-mundo tinham, por assim dizer, a capacidade de escolher o emprego dos conhecimentos no sentido do proveito pessoal ou do serviço religioso de um Mundo Superior.

 

 

Livre-arbítrio

Livre-arbítrio

 

 

Do pequeno grupo, selecionado pelo Manu, que começava a desenvolver a energia mental e do qual teve origem a nova Humanidade, dois traços de caráter persistiram durante toda a evolução da Quinta Raça-raiz. Um desses traços pertence aos seres-humanos-aí-no-mundo abençoados por idéias elevadas; o outro traço pertence àqueles que tudo colocam a serviço de interesses pessoais, ou seja, do egoísmo. Esses traços de caráter tomaram diferentes feições nos diferentes povos, conforme foram se desenvolvendo nas diversas regiões da Terra. Por conseqüência, surgiram as mais diversas culturas e civilizações.

 

E, paulatinamente, aos Iniciados Sobre-humanos foram acrescentados os Iniciados Humanos (seres-humanos-aí-no-mundo entre seres-humanos-aí-no-mundo). Isto significou uma transformação importante na evolução do gênero humano.

 

Excepcionalmente, em se tratando de uma necessidade superior, educativa e urgente, os Iniciados Humanos fazem uso de certas Leis e Forças concedidas pelos Mundos Superiores. Então, realizam atos que a Humanidade, de acordo com as leis humanas conhecidas na atualidade, não compreende, e, por isto, são, com toda a razão, considerados milagres, [ainda que milagres não existam.] Seja como for, a Intenção Superior em tudo isto é dar independência à Humanidade, para que possa desenvolver por completo sua energia mental.

 

 

'Milagre'

'Milagre'

 

 

E a água se tornou Vinho!
E eu proclamei: — Milagre!
E alguns pães se multiplicaram!
E eu proclamei: — Milagre!
E alguns peixes viraram muitos!
E eu proclamei: — Milagre!
E um ceguinho enxergou!
E eu proclamei: — Milagre!
E um paralítico se levantou!
E eu proclamei: — Milagre!
E um leproso foi curado!
E eu proclamei: — Milagre!
E a tempestade se acalmou!
E eu proclamei: — Milagre!
E um demônio foi exorcismado!
E eu proclamei: — Milagre!
E a
Ficus carica secou!
E eu proclamei: — Milagre!
E o zinco virou ouro!
E eu proclamei: — Milagre!
E Ele levitou!
E eu proclamei: — Milagre!
E uma Voz falou baixinho:
Não existem milagres; só há a Lei.
E a Lei não pode ser desvirtuada.

 

 

A Lei

A Lei

 

 

Hoje, os Iniciados Humanos são os intermediários entre o povo e as Potências Superiores, e só a Iniciação permite ter relações com os Mensageiros dos Deuses.

 

Os Mensageiros Superiores dos Deuses foram se retirando progressivamente da Terra, deixando a direção aos Iniciados Humanos, a quem continuam a prestar assistência com seus conselhos e inspirações. Mas, por que isto aconteceu? Porque, se assim não tivesse sucedido, o ser-humano-aí-no-mundo nunca chegaria a alcançar [pelo livre-arbítrio] o livre emprego de sua energia mental.

 

 

Poder Mental

Poder Mental

 

 

Indolente e cagarola,
eu não queria
pensar nem raciocinar.
Negligente e mariola,
eu sempre pedia
a alguém para me ajudar.
Inadimplente e quicola,
eu fui caducando
sem ver o tempo passar.
Afligente e ruim da bola,
eu dei a louca
sem nem um tico mudar.

 

 

Esqueleto

 

 

 

A Terceira Raça-raiz humana Raça Lemúrica que precedeu Quarta Raça-raiz (Atlântica), habitou o continente lemúrico, que ficava no sul da Ásia, se estendendo mais ou menos do Ceilão até Madagascar.

 

Na Raça Lemúrica ainda não se desenvolvera a memória. Não havia ainda uma linguagem propriamente dita. O lemuriano podia se comunicar com seu próximo sem precisar de uma linguagem para isto. Esta comunicação consistia numa espécie de “leitura do pensamento”. Quando necessário, podia dar a seu braço a força do aço, só pelo esforço da vontade. Podia erguer, assim, pesos incríveis, só com o esforço desenvolvido por sua vontade. Por assim dizer, o lemuriano era não se compreenda erradamente a expressão um mago nato, em todas as esferas da atividade humana.

 

Aquilo que a futura Humanidade executaria após reflexões, cálculos e combinações lógicas, tinha, para o lemuriano, o caráter de uma atividade instintiva.

 

Na Lemúria, uma grande parte da Humanidade era tão pouco desenvolvida, que se podia chamá-la de animal e vivia uma vida animalesca. De fato, esses seres-humanos-aí-no-mundo-animais, quanto à conformação exterior e ao modo de vida, eram completamente diversos daquela pequena parte de eleitos. [Entenda eleitos não como eleitos, mas, como mais avançados.] Eles não se diferenciavam claramente dos mamíferos inferiores, que, em certo sentido, também se assemelhavam a eles na forma exterior.

 

Aquilo que mais tarde se desenvolveu como “Iniciação” e como “Mistério” teve origem na Lemúria, em um tipo imediato de relação dos seres-humanos-aí-no-mundo com os Deuses. [Entenda Deuses não como deuses, mas, como os Guias da Humanidade.] Nos tempos que se seguiram, este relacionamento tomou outro aspecto, porque o pensamento e o espírito humanos assumiram outras formas.

 

Foi do gênero feminino, na Lemúria, que surgiram as primeiras idéias sobre o “bem e o mal”. Começou-se, então, a amar certas coisas que causavam uma determinada impressão à vida das idéias, e a abominar outras. Em outras palavras: os primeiros passos no progresso da vida representativa mental foram dados pelas mulheres lemurianas. O ser-humano-aí-no-mundo havia observado as forças naturais e as havia empregado, mas, a mulher foi a primeira a decifrá-las. Surgiu, assim, uma nova e especial maneira de viver pela reflexão (uma espécie de clarividência). Enfim, dos seres-humanos-aí-no-mundo lemurianos partia uma influência mais divino-natural e das mulheres lemurianas uma influência mais divino-anímica.

 

Neste sentido, os Guias da Humanidade, através da vida anímica já desperta nas mulheres, faziam evoluir as [personalidades-]alma dos seres-humanos-aí-no-mundo.

 

 

 

Continua...

 

 

 

Música de fundo:

Come With me and Dance

Fonte:

https://www.waldorfschoolsongs.com

 

Páginas da Internet consultads:

https://dharmadhannyael.blogspot.com/2013/05/akasha.html

https://www.youtube.com/channel/UC1fmkMdJiWfwHyd6J2b5buQ

https://kimemsonanimates.com

https://giphy.com

https://wifflegif.com

https://www.associacaomurundu.com.br/obras-rudolf-steiner


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