O objetivo deste longo trabalho foi estudar as vinte conferências proferidas por Max Heindel (Aarhus, Dinamarca, 23 de julho de 1865 – Oceanside, Califórnia, 6 de janeiro de 1919) – um dos mensageiros escolhidos pelos Irmãos Maiores da Ordem Rosa+Cruz para, entre outras tarefas, explicar e transmitir à Humanidade os Mistérios Ocultos nas chamadas Sagradas Escrituras – em Columbus, Ohio, durante o mês de novembro de 1908. Posteriormente, Max Heindel, entre 1909 e 1911, fundou a Fraternidade Rosacruz, em Mount Ecclesia, Oceanside, Califórnia. O que fiz foi escolher algumas passagens destas conferências e republicá-las sob a forma de fragmentos, comentando-os, quando considerei importante.
Ensinamentos Heindelianos
(Parsifal – o Famoso Drama Místico Musical de Wagner)
Sempre há um som, mesmo na chamada Natureza inanimada.
Destes três atributos da Natureza – forma, cor e som – a forma é o mais estável, tendendo a permanecer no status quo por muito tempo e mudando lentamente. Por outro lado, a cor muda com mais facilidade, desvanece, e há algumas cores que mudam seu matiz quando colocadas à luz em diferentes ângulos. Mas, o som é o mais fugaz dos três: vai e vem como um fogo-fátuo, que ninguém pode agarrar ou reter.
Ondas Sonoras
Há três artes que procuram expressar o bom, o verdadeiro e o belo nos três atributos da Alma do Mundo: escultura, pintura e música.
Le Penseur – O Pensador
(Escultura de bronze de Auguste Rodin)
Bagunça...
Boêmia...
Brincadeira...
Divertimento...
Farra...
Festa...
Folia...
Galhofa...
Gandaia...
Pândega...
Rega-bofe...
Troça...
Gargalhada...
Pensar? Por quê?
A música tem um poder de falar a todos os seres humanos de uma maneira que está além das outras duas artes. A música aumenta nossas alegrias e conforta nossas mais profundas tristezas. Pode acalmar a paixão de uma natureza selvagem e despertar a bravura no maior covarde.
O fato de o homem ser composto de Espírito, [personalidade-]alma e corpo físico é o que faz com que seja tão diversamente afetado pela escultura, pela pintura e pela música.
Quanto mais intensa for a vida interior do homem, menos necessidade ele terá de procurar companhia fora de si mesmo, pois, ele é seu melhor companheiro, independente de entretenimento exterior, tão ansiosamente procurado por aqueles cuja vida interior é árida, que conhecem legiões de outras pessoas, mas, se sentem estranhas a elas e receosas de sua própria companhia.
A nossa vida interior é dupla:
1º) a vida da [personalidade-]alma, que lida com os sentimentos e com as emoções; e
2º) a atividade do Eu, que dirige todas as ações pelo pensamento.
Assim como o mundo material é a base de suprimento de onde os materiais para nosso corpo denso são extraídos (e que é preeminentemente o mundo da forma), existe também um mundo da [personalidade-]alma, chamado Mundo do Desejo entre os Rosacruzes, que é a base de onde as vestes sutis do Eu são tiradas, e este é, particularmente, o mundo da cor. O ainda mais sutil Mundo do Pensamento é o lar do Espírito Humano, o Eu. Este é o reino do som.
Na obra-prima Parsifal, do maestro, compositor, diretor de teatro e ensaísta alemão Richard Wagner (Leipzig, 22 de maio de 1813 – Veneza, 13 de fevereiro de 1883), a música e os personagens estão interligados como em nenhuma outra produção musical moderna.
Richard Wagner em Munique, 1871
Um mito é uma caixa contendo as mais profundas e preciosas jóias da Verdade Espiritual, pérolas de beleza tão rara e etérica que não podem permanecer expostas ao intelecto material. Para protegê-las e ao mesmo tempo permitir que atuem sobre a humanidade para sua elevação espiritual, os Grandes Mestres são os guias da evolução. Invisíveis, mas, poderosos, eles dão à Humanidade nascente estas Verdades Espirituais, envoltas no pitoresco simbolismo dos mitos, para que possam trabalhar sobre nossos sentimentos, até que nossos intelectos nascentes tenham se tornado suficientemente evoluídos e espiritualizados, para que nós possamos tanto sentir como entender.
Pode-se dizer que onde a religião se torna artificial, é reservado à arte salvar o espírito da religião, reconhecendo o valor figurativo do símbolo místico - o qual a religião queria que acreditássemos num sentido literal - e revelar suas profundas e ocultas verdades, através de uma apresentação ideal... Enquanto o sacerdote apóia tudo nas alegorias religiosas, para que sejam aceitas como realidade, o artista não tem preocupação alguma com tal coisa, pois, aberta e livremente, divulga sua obra como sua própria criação. Mas, a religião se afundou numa vida artificial, quando se sentiu compelida a continuar aumentando o edifício de seus símbolos dogmáticos e, conseqüentemente, ocultando a única Verdade Divina sob um sempre crescente amontoado de incredibilidades, as quais recomenda que se acredite. Sentindo isto, ela sempre procurou o auxílio da arte que, por sua vez, permaneceu incapaz de uma maior evolução, enquanto precisasse apresentar essa pretensa realidade para o devoto, sob a forma de amuletos e de ídolos, visto que só poderia cumprir sua verdadeira vocação quando, por uma apresentação ideal da figura alegórica, levasse a compreensão de sua essência interior - a Verdade Inefavelmente Divina. [In: Religião e Arte, de Richard Wagner.]
Vivei e deixai viver!
O troca de pele de uma serpente simbololiza a Doutrina do Renascimento, pois, assim como ela expele camada por camada, assim também o Eu, em sua peregrinação evolucionária, emana de si próprio um corpo após outro, expelindo cada veículo, como a serpente expele sua pele, quando esta se torna dura, rígida e cristalizada, perdendo assim sua eficiência. Esta idéia também se insere nos ensinamentos da Lei de Conseqüência, que devolve, como colheita, tudo o que semeamos. [O que não podemos nunca esquecer é que a colheita (individual ou coletiva) jamais é punitiva; sempre é educativa.]
Sob uma maldição, ela [Kundry] bem pode estar,
de alguma vida passada que não vemos,
procurando do pecado o grilhão soltar,
por ações pelas quais melhor passemos.
Certamente, este bem, assim ela o está seguindo,
ajudando-se a si mesma, quanto a nós servindo.
[In: Ópera Parsifal, de Richard Wagner.]
O Libertador profetizado pelo Graal: Um simplório puro, Illuminado pela Piedade.
O Castelo de Monte Salvat foi construído em uma montanha, e as relíquias [o Cálice (Graal) e a Lança ensangüentada usada para ferir o Mestre Jesus] foram ali depositadas, sob a guarda de Titurel e de um grupo de santos e castos cavaleiros. Este lugar se tornou um centro de onde influências espirituais poderosas fluem para o mundo exterior. [In: Ópera Parsifal, de Richard Wagner.]
Em todas as religiões, o Espírito Vivificante tem sido simbolicamente representado por uma ave (que é, portanto, a representação simbólica direta da mais alta Influência Espiritual). No Batismo, quando o corpo do Mestre Jesus estava na água, o Espírito de Cristo desceu sobre Ele na forma de uma pomba. [Mais uma vez devo recordar: o Mestre Jesus e o Cristo são Entidades distintas.]
Ninguém pode ser verdadeiramente compassivo e almejar a evolução, enquanto matar para comer, seja de forma pessoal ou indireta. A vida inofensiva é um requisito absoluto e essencial para a vida prestativa.
Para ingressarmos em uma Vida Superior, deveremos esquecer a sabedoria do mundo e morrer para o mundo.
A tristeza morrerá quando a [personalidade-]alma aspirante se afastar das coisas do mundo. O homem, para cumprir seu dever, pode e deve estar no mundo, mas, não ser do mundo. [Ser do mundo é estar preso a desejos, cobiças e paixões, miragens + ilusões que nos mantêm agrilhoados às coisas do mundo.]
A vinda de Cristo estabeleceu certas mudanças definidas na constituição da Humanidade, de modo que, agora, todos podem entrar no Caminho da Iniciação.
— Se a Iniciação
não me fizer ficar ricalhouço,
então, eu não A quero.— Se a Iniciação
não me fizer ficar poderoso,
então, eu não A quero.— Se a Iniciação
não me fizer ficar insuperável,
então, eu não A quero.— Se a Iniciação
não me fizer ficar invencível,
então, eu não A quero.— Se a Iniciação
não me fizer ficar irresistível,
então, eu não A quero.— Se a Iniciação
não me fizer ficar o senhor absoluto,
então, eu não A quero.
A visão do Graal é dolorosa, tanto quanto a dor do remorso aflige a todos nós, quando pecamos contra o nosso ideal.
As emoções e os sentimentos que não forem controlados pelo Conhecimento Superior serão fontes férteis de tentação. As próprias inocência e sinceridade da [personalidade-]alma que aspira, freqüentemente, se tornam presas fáceis do pecado. Para o crescimento da [personalidade-]alma é necessário que surjam as [bem-vindas] tentações, a fim de revelar nossos pontos fracos. Sempre que caímos, sofremos, mas, a dor desenvolve a consciência e traz aversão ao pecado, nos tornando fortes contra a tentação. Toda criança é inocente porque não foi tentada. Todavia, só quando tivermos sido tentados e permanecermos puros, ou quando, após a queda, nos arrependermos e nos corrigirmos, é que seremos virtuosos.
Bem-vinda Tentação!
O amor que arde em ti é apenas sensual, e entre esse e o Verdadeiro Amor dos Corações Puros, se abre um abismo, como o que existe entre o céu e o inferno. [In: Ópera Parsifal, de Richard Wagner.]
Antes: Eu não sei. Depois: Venho da busca e do sofrimento. [In: Ópera Parsifal, de Richard Wagner.]
A Lança é um instrumento para curar, não para ferir. A Lança é o Poder Espiritual que chega à Vida e aos Corações puros, mas, só deverá ser usada para propósitos altruístas; impureza, paixão (e se for usada para salvar a si próprio) causarão a sua perda. [Neste fragmento, substitua Lança por Sabedoria Iniciática.] Somente aqueles dotados do mais perfeito altruísmo, unido ao melhor discernimento, estão aptos a receber o Poder Espiritual, simbolizado pela Lança.
Uma palavra: Serviço. Sempre Serviço.
Aquele que VENCER, irá trabalhar para a Humanidade, desde os Mundos Superiores. Não necessitará mais do corpo denso. Estará além da Lei do Renascimento. [Estes são os Nirmânakâyas.]
O médico, poeta e polímata norte-americano Oliver Wendell Holmes (Cambridge, Massachusetts, 29 de agosto de 1809 – 8 de outubro de 1894) registrou em The Chambered Nautilus (O Náutilo Enclausurado):
Ano após ano,
sempre em silêncio,
prossegue na labuta
de ampliar suas reluzentes espirais,
e, à medida que elas crescem mais,
deixa a morada do ano que passou,
e na nova vai habitar.Com suaves passadas,
deslizando através dos umbrais
construídos com vagar,
acomoda-se outra vez em novo lar,
e não mais o anterior irá recordar.Pela mensagem celeste que me trazes,
graças te dou – filho do oceano –
lançado do teu meio desolado!
Dos teus lábios mortos,
nasce uma nota mais clara
que quaisquer das que Tritão
já tirou do seu corno espiralado!
'Oh! Minh'alma, constrói para ti
mansões mais majestosas,
enquanto as estações passam ligeiramente!
Abandona o teu invólucro, finalmente!''Deixa cada novo templo
mais nobre do que o anterior,
com cúpula celeste com domo bem maior,
e que te libertes decidida,
largando tua concha superada
nos agitados mares desta vida.'
Nautilus belauensis
(Molusco cefalópode do gênero Nautilus encontrado
em águas profundas dos Oceanos Índico e Pacífico)
Glorioso será o dia em que a fé for absorvida pelo Conhecimento. [Sabedoria, ShOPhIa.]
Música de fundo:
DNA
Composição: Pdogg – "Hitman" Bang – KASS –Supreme Boi – Suga – RMFonte:
https://www.youtube.com/watch?v=BxtV5UzG8AA
Observação:
DNA é uma música gravada pelo grupo sul-coreano BTS do seu quinto EP Love Yourself: Her e seu terceiro álbum compilado na língua coreana, Love Yourself: Answer (2018). A música foi lançada primeiramente pela Big Hit Entertainment em 18 de setembro de 2017 na Coréia do Sul. Em 6 de dezembro de 2017, foi lançada como um single A-side, junto com MIC Drop e Crystal Snow no Japão. Em março de 2019, o videoclipe já tinha mais de 700 milhões de visualizações. Dee Lockett, da Vulture, afirmou: DNA é um dos melhores singles do ano.
Páginas da Internet consultadas:
https://downloadhdwallpapers.in
https://www.pinterest.com/pin/807129564466739436/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Wagner
https://www.pinterest.com/pin/77194581086084043/
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Pensador
https://tenor.com/search/sound-waves-animation-gifs
Direitos autorais:
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