A Beleza e a criação da Beleza fazem parte da grande lição da nossa encarnação, e a criação da Beleza, através do entendimento, não deixa de ser uma forma de oração. [In: A Clara Virtude do Zen, de autoria de Manly Palmer Hall.]

 

Todo grande enriquecimento precisa de desvios. [Linhas curvas, que simbolizam o caminho das pausas graciosas.] [Ibidem.]

 

A Verdadeira Sabedoria não se apreende só em livros, mas, também, com as árvores, com as flores e com as pequenas pedras. As experiências Zen chegam até nós por pequenos e variados caminhos, fora dos planos do intelecto, que consideramos tão importantes, tão substanciais e tão reais. [Ibidem.]

 

 

— Nesta minha parabólica caminhada
– nesta Quinta Raça-raiz
desta Quarta Ronda –
mais ou menos no meio do caminho,
encontrei uma pirolusita ortorrômbica,
que, desempedernida, me disse:
— Nunca se esqueça, Rofoldo, de que
você também já foi uma pedrinha,
e de que tudo-todos são UM.

— Em seguida, encontrei uma lesma lerda,
lesmando lentamente no caminho,
que, com doçura lesmenta, me disse:
— Nunca se esqueça, Rofoldo, de que
você também já foi um bichinho,
e de que tudo-todos são UM.

— Por último, encontrei uma rosa,
e, enlevado pelo seu perfume,
observei-a por um instante.
De repente, a rosa me perguntou:
— Até quando, Rofoldo, você me manterá
crucifixada na Cruz Comum?
Até quando, Rofoldo, você me manterá
agrilhoada à Crise da Encarnação?
Até quando, Rofoldo, você insistirá
em caminhar em sentido horário?
Até quando, Rofoldo, você viverá
surdo para o seu Deus Interior?

 

 

 

— Abichornado, eu chorei. Chorei muito.
E, deste dia em diante,
fui encurvando a linha reta
da minha intransigência,
da minha prenoção,
da minha intolerância,
da minha arbitrariedade,
da minha prepotência
e da minha austeridade.