A
crença [injustificada
e fideísta] nasce sempre [da
ignorância, da submissão e] do cagaço,
e é, dentre todas as coisas, a mais [retrogressiva,
escravizante e] destrutiva. A crença separa os homens,
os torna duros, faz com que se odeiem mutuamente e que, horrendamente, cultivem
[o preconceito, o ressentimento
e] a guerra. A crença, tal como outro ideal qualquer,
é uma fuga de o-que-é. A mente anuviada pelo cagaço
ou pela crença é incapaz de qualquer espécie de compreensão
e de percepção da Verdade. E assim, porque não Sabemos,
cremos, e ficamos escravizados ao tempo [que
não é Tempo], e, por conseguinte, não temos
qualquer possibilidade de Compreender Aquilo-Que-É, conhecendo apenas
coisas ultrapassadas e mortas. Para podermos compreender o-que-é,
é necessário haver Liberdade, o que significa estar livre
não só do conhecido, mas, também, do cagaço
do desconhecido. [In:
A Luz que Não se Apaga (em inglês: The
Urgency of Change), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
—
Acreditei no impossível,
e vivi com cagaço do Possível.
Acreditei no inverossímil,
e vivi com cagaço do Verossímil.
Acreditei
no ilegítimo,
e vivi com cagaço do Legítimo.
Acreditei
no mutável,
e vivi com cagaço do Imudável.
Acreditei
no inautêntico,
e vivi com cagaço do Autêntico.
Acreditei
na submissão,
e vivi com cagaço do Insubmissão.
Acreditei
no fútil,
e vivi com cagaço do Útil.
Acreditei
na antiga hora,
e vivi com cagaço do Agora.
Acreditei
no inferno,
e vivi com cagaço do Eterno.
Acreditei
no Caronte,
e vivi com cagaço do Desmonte.
Acreditei
no arcabuz,
e vivi com cagaço da Santa LLuz.
Acreditei
no eclipse,
e vivi com cagaço do Apocalipse.
Acreditei
na dogmática,
e vivi com cagaço da Axiomática.
Acreditei
nos argumentos baculinos,
e vivi com cagaço dos Pequeninos.
Acreditei
na coisa delirante,
e vivi com cagaço da Coisa Pensante.
Acreditei
na desrazão,
e vivi com cagaço da Razão.
Acreditei
na rudeza,
e vivi com cagaço da Delicadeza.
Acreditei
na borbonhoca,
e vivi com cagaço do Buraco de Minhoca.
Acreditei
na desfortuna,
e vivi com cagaço da Vida Una.
Acreditei
no patriotismo,
e vivi com cagaço do Pacifismo.
Acreditei
no fuzil de assalto AK,
e vivi com cagaço do Festival de Wesak.
Acreditei
na discórdia,
e vivi com cagaço da Misericórdia.
Acreditei
na corrupção,
e vivi com cagaço da Distinção.
Acreditei
na contramão,
e vivi com cagaço da Solução.
Acreditei
na tradição,
e vivi com cagaço da Ascensão.
Acreditei
no azar,
e vivi com cagaço de Avançar.
Acreditei
na oferenda,
e vivi com cagaço da Senda.
Acreditei
na separatividade,
e vivi com cagaço da Unimultiplicidade.
Acreditei
na pena capital,
e vivi com cagaço do Intemporal.
Acreditei
na xenofobia,
e vivi com cagaço da Harmonia.
Acreditei
na fantasia,
e vivi com cagaço da Alegria.
Acreditei
na dolor,
e vivi com cagaço do Amor.
Acreditei
na escuridade,
e vivi com cagaço do Liberdade.
Acreditei
na tristeza,
e vivi com cagaço da Beleza.
Acreditei
na excomunhão,
e vivi com cagaço da Autodeterminação.
Acreditei
na Negra Magia,
e vivi com cagaço da Branca Magia.
Acreditei
no coisismo,
e vivi com cagaço do Altruísmo.
Acreditei
na barafunda,
e vivi com cagaço da Paz Profunda.
Acreditei
na aventurança,
e vivi com cagaço da Balança.
Acreditei
no nhenhenhém,
e vivi com cagaço do Sumo Bem.
Acreditei
na impossibilidade,
e vivi com cagaço da Verdade.
Acreditei
no macacão,
e vivi com cagaço da Illuminação.
Acreditei
na miralusão1 exterior,
e vivi com cagaço do meu Deus Interior.
Acreditei
na maldição,
e vivi com cagaço da Iniciação.
Acreditei
no absurdus,
e vivi com cagaço de Aquarius.
Acreditei
no lado-de-cá,
e vivi com cagaço do lado-de-lá.
Acreditei
na escravatura,
e vivi com cagaço da Grande
Aventura.
Acreditei
na anarquia,
e vivi com cagaço da Hierarquia.
Acreditei
no não-ser,
e vivi com cagaço do Vir-a-ser.
Acreditei
no nigredo,
e vivi com cagaço do Rubedo.
Acreditei
na desobra,
e vivi com cagaço da Grande Obra.
Acreditei
no fictício,
e vivi com cagaço do Vitalício.
Acreditei
no viver esmo,
e vivi com cagaço de Mim Mesmo.
Buraco de Minhoca
_____
Nota:
1. Miralusão
= Miragem + Ilusão.
Música
de fundo:
Blue Bloods (Reagan's
Theme)
Composição: Mark Snow
Performance: Scott McKone
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=k-b4hUmblnk
Páginas
da Internet consultadas:
https://www.spiritfanfiction.com/
https://link.springer.com/
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las,
se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar
que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei
do ar imediatamente.