COTÃO DE UMBIGO

 

 

 

Salsicha

Dançando Ancorada no Mesmo Lugar

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Ser livre não é, meramente, fazermos o que nos apraz ou fugirmos das circunstâncias externas que nos tolhem, mas, sim, compreender todo o problema da dependência interior, emocional e psicológica, [que escraviza, tolhe e retrasa]. Então, para podermos ser livres, teremos de nos revoltar contra todas as dependências interiores, e não poderemos nos revoltar se não compreendermos porque somos dependentes. [In: A Cultura e o Problema Humano (título do original: This Matter of Culture), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

 

Dança

Dançando Ancorada no Mesmo Lugar

 

 

A liberdade e o amor andam juntos. O amor não é reação. Se amamos porque nos amam, isto é pura transação, uma compra no mercado. Amar é nada pedir em troca: não sentir, sequer, que se está dando alguma coisa. Só este amor poderá conhecer a liberdade. [Ibidem.]

 

 

Dança Dança

Dançando Ancoradas no Mesmo Lugar

 

 

De maneira geral, nosso amor é sempre cercado de ansiedade, de ciúme e de medo, e isto deriva de estarmos dependendo de outrem, interiormente, porque desejamos ser amados também. Não amamos simplesmente, sem nada mais desejarmos. Queremos retribuição; e isto, justamente, nos torna dependentes. [Ibidem.]

 

 

Dança DançaDança

Dançando Ancoradas no Mesmo Lugar

 

 

Amei ±... E esperei ser amado.

D(o)ei... E esperei um obrigado.

Dizimei... E esperei um milagre.

Orei... E esperei o fim do agre.

 

Não pequei... E quis o céu.

Perdoei... E quis um solidéu.

Mudei... E quis descer da cruz.

Ajoelhei... E quis o amor de Jesus.

 

Para fugir do diabo, celibatarizei.

Para fugir das tentações, jejuei.

Fiz o que pude para agradar a Deus,

e, inclusive, lapidei gays e ateus.

 

Vivi tão-só hipoteticamente;

nunca jamais categoricamente.

Não me livrei das dependências,

e não vi minhas insuficiências.

 

Sem leme, meu barquinho navegou,

e no porto da ignorância ancorou.

Encagaçado com medo do rabudo

tenho vivido cego, mouco e mudo.

 

 

Porto da Ignorância

 

 

Vejo o inverno se aproximar;

entretanto, não consigo mudar.

Quero compreender; não consigo.

E só aumenta o cotão do umbigo.

 

Aí, pintou o derradeiro dia.

Sempre escravo, sem alforria,

me mandei para o desconhecido.

Agora, aqui, sinto-me perdido.

 

O Deus em Quem eu acreditei,

esse Deus a Quem me entreguei,

não veio me dar boas-vindas.

Minhas expetações estão findas!

 

 

Dança

Dançando Ancorados no Mesmo Lugar

 

 

E assim, foi a minha vida,

mais puxada para uma ferida.

Hoje, vagueio no Plano Astral,

que não tem nada de angelical.

 

É gente querendo sem poder.

É gente padecendo para valer.

É lamento, é choro, é aflição.

É mescla de agonia com ilusão!

 

Aqui, todos são auxiliados

por Discípulos Bem-aventurados,

mas, cada um tem que batalhar,

para, um dia, poder se elevar.

 

O mais difícil é perceber

que já não estamos + a viver

na Mãe-Terra que nos abrigou,

e que esse tempo... Já secou!

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Die Zauberflöte (Overture)
Composição: Wolfgang Amadeus Mozart
Interpretação: Arctic Philharmonic Orchestra (Maestro: Henrik Schaefer)

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=Y9-2jTWNfwM

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.behance.net/

https://es.123rf.com/

http://www.anevithner.dk/

https://www.invisionapp.com/

https://br.pinterest.com/

 

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