Ser
livre não é, meramente, fazermos o que nos apraz ou fugirmos
das circunstâncias externas que nos tolhem, mas, sim, compreender
todo o problema da dependência interior, emocional e psicológica,
[que escraviza, tolhe e retrasa].
Então, para
podermos ser livres, teremos de nos revoltar contra todas as dependências
interiores, e não poderemos nos revoltar se não compreendermos
porque somos dependentes. [In:
A Cultura e o Problema Humano (título do original: This
Matter of Culture), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

Dançando
Ancorada no Mesmo Lugar
A
liberdade e o amor andam juntos. O amor não é reação.
Se amamos porque nos amam, isto é pura transação, uma
compra no mercado. Amar é nada pedir em troca: não sentir,
sequer, que se está dando alguma coisa. Só este amor poderá
conhecer a liberdade. [Ibidem.]

Dançando
Ancoradas no Mesmo Lugar
De
maneira geral, nosso amor é sempre cercado de ansiedade, de ciúme
e de medo, e isto deriva de estarmos dependendo de outrem, interiormente,
porque desejamos ser amados também. Não amamos simplesmente,
sem nada mais desejarmos. Queremos retribuição; e isto, justamente,
nos torna dependentes. [Ibidem.]


Dançando
Ancoradas no Mesmo Lugar
—
Amei ±... E esperei ser amado.
D(o)ei... E esperei um obrigado.
Dizimei... E esperei um milagre.
Orei... E esperei o fim do agre.
—
Não pequei... E quis o céu.
Perdoei... E quis um solidéu.
Mudei... E quis descer da cruz.
Ajoelhei... E quis o amor de Jesus.
—
Para fugir do diabo, celibatarizei.
Para fugir das tentações, jejuei.
Fiz o que pude para agradar a Deus,
e, inclusive, lapidei gays e ateus.
—
Vivi tão-só hipoteticamente;
nunca jamais categoricamente.
Não me livrei das dependências,
e não vi minhas insuficiências.
—
Sem leme, meu barquinho navegou,
e no porto da ignorância ancorou.
Encagaçado – com medo do rabudo –
tenho vivido cego, mouco e mudo.

—
Vejo o inverno se aproximar;
entretanto, não consigo mudar.
Quero compreender; não consigo.
E só aumenta o cotão do umbigo.
—
Aí, pintou o derradeiro dia.
Sempre escravo, sem alforria,
me mandei para o desconhecido.
Agora, aqui, sinto-me perdido.
—
O Deus em Quem eu acreditei,
esse Deus a Quem me entreguei,
não veio me dar boas-vindas.
Minhas expetações estão findas!

Dançando
Ancorados no Mesmo Lugar
—
E assim, foi a minha vida,
mais
puxada para uma ferida.
Hoje,
vagueio no Plano Astral,
que não tem nada de angelical.
—
É gente querendo sem poder.
É
gente padecendo para valer.
É
lamento, é choro, é aflição.
É
mescla de agonia com ilusão!
—
Aqui, todos são auxiliados
por
Discípulos Bem-aventurados,
mas,
cada um tem que batalhar,
para,
um dia, poder se elevar.
—
O mais difícil é perceber
que
já não estamos +
a viver
na
Mãe-Terra que nos abrigou,
e
que esse tempo... Já secou!

Música
de fundo:
Die
Zauberflöte (Overture)
Composição: Wolfgang Amadeus Mozart
Interpretação: Arctic Philharmonic Orchestra (Maestro: Henrik
Schaefer)
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=Y9-2jTWNfwM
Páginas
da Internet consultadas:
https://www.behance.net/
https://es.123rf.com/
http://www.anevithner.dk/
https://www.invisionapp.com/
https://br.pinterest.com/
Direitos autorais:
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