CORPOS INCORRUPTOS

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Música de fundo:
Cálice - Chico e Milton

Fonte:
http://www.musicaecia.com/nacionais.htm

 

 

       A incorrupção de corpos é um mistério que jamais poderá ser explicada convenientemente pela via teológica católica, porque, pura e simplesmente, ela a classifica no rol dos milagres. Ponto final. Até... Talvez, nem mesmo a ciência, por enquanto, chegue a uma conclusão plausível. Alguns corpos, como é sabido, ficam bem preservados por muitos anos após a morte e o devido sepultamento. Mas, de milagre não há nada. Sobre essa matéria (milagres!), recomendo a leitura da obra 'Defesa do Racionalismo ou Análise da Fé', de Pedro Amorim Viana, filósofo português do século XIX.

       O que é geralmente denominado de milagre é tão-só o desconhecimento provisório do funcionamento de uma ou outra Lei Universal. Às vezes (ou muitas vezes), uma caterva negra e muito bem estruturada sabe das coisas, mas não as divulga por nada para não perder um milímetro de poder. 'Sprit de corps' no seu seu mais porco sentido: todos amparando e escondendo a podridão de todos, para que toda a catervagem possa se locupletar de todos os pobres infelizes que caírem em suas garras. Milagre é muito bom, pensam os da caterva: gera romarias, promessas, óbolos e dízimos. Dignidade, então, não demole o sonho do perpétuo exercício do despótico poder. Nas seitas de televisão, o que rende aderentes e dízimos escorchadores são os testemunhos escabrosos. Até vidro vazio de remédio se encheu milagrosamente pela intervenção de não sei quem. Isso ninguém me contou; eu vi e ouvi com os meus olhos e com os meus ouvidos que a terra não há de comer. Serei cremado. Tiranizar, mentir e dominar, então, são os alimentos do dia-a-dia com os quais se nutrem esses quadrilheiros e oportunistas de meia-pataca.

       Mas, quando a Lei passa a ser conhecida, o milagre desaparece. Para tristeza de muitos e desespero de outros tantos, porque sem milagre e sem vaidade acabam os despotismos religiosos e as dominações tirânico-mentais. Por isso, os milagres devem ser fabricados lá de quando em vez. Eu fico imaginando o que deve ter acontecido na Cúria, lá em Roma, quando a corte papal teve que aceitar no peito o sistema heliocêntrico. Deve ter sido um charivari infernal ter de abdicar da Terra como ponto de referência, porque a Terra passaria a ser simplesmente mais um planeta em meio a tantos a girar em torno do Sol. Deixaria de ser o Lugar Escolhido por Deus. Um horror! Deixou de ser. Tiveram que se acostumar e reformular as coisas para que a exploração mental e monetária continuasse.

       Enfim, milagres não são carinhos de Deus. Quando muito, podem ser considerados como acontecimentos maravilhosos (miraculum = maravilhoso) que haverão, um dia, de ser cabalmente explicados. Um desses presumidos miraculi foi a acreditada trasladação telecinésica (movimento de objetos à distância sem intervenção direta ou contato físico e devido a poderes ou fenômenos paranormais), segundo consta para muitos, da Santa Casa de Loreto (Casa na qual é admitido que tenha morado Nossa Senhora, em Nazaré, na Galiléia). Diversos papas, inclusive, determinaram que fossem feitos inquéritos e pesquisas para explicar a trasladação. Sempre acabaram se curvando aos fanáticos, e aceitando que o traslado tinha sido comandado por uma equipe bem treinada de anjos. O fato é que hoje parece ter ficado esclarecido que uma determinada família Bizantina chamada dos Anjos (em latim, de Angelis), no século XII, salvou as pedras da Santa Casa de Nazaré da destruição muçulmana, e as mandou trazer para Loreto a fim de lá mandar reconstruir a Capela. Mas, apesar de todas as evidências já coligidas, o conhecido padre e parapsicólogo Oscar Quevedo escreveu e divulgou: Os modernistas e 'modernizados' classificam de lenda este caso, como todo pretenso milagre, e mais lendário este, precisamente, por sua espetacularidade. (sic). Uma coisa que eu reparei nos escritos de Padre Oscar é que ele – como eu – gosta de inventar palavras. Acho que espetacularidade deve ser uma coisa espetacular. Esta palavra precisa urgentemente ser dicionarizada. Bem, acho que o melhor agora é ver as múmias. Antes, contudo, apresento duas tomadas da Santa Casa de Loreto. (Aponte o mouse para a primeira fotografia.).

 

Santa Casa de Loreto
Santa Casa de Loreto

 

       As múmias abaixo estão, há séculos, imóveis dessa forma.

 

Múmia
Múmia
Múmia Múmia

 

       Quanto à ausência de corrupção em corpos, padre Oscar Quevedo assim se pronuncia: A incorrupção é a preservação do corpo humano da deteriorização (sic porque inventou de novo) que comumente afeta todo organismo poucos dias após a morte. É evidente que são excluídas as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação dos corpos dos mortos, pois seriam incorrupções artificiais.

       Dentre as centenas de casos registrados, no âmbito do Catolicismo, de incorruptibilidade de corpos encontram-se: o mártir Nazário (séc. IV), São Severino (482), Santa Clara de Assis (1253), Madre Inês de Jesus (1634), São Vicente de Paulo (1660), Santa Maria Ana de Jesus (1642), o mártir jesuíta Santo André Bobola, padroeiro da Polônia, (1657), São João Vianey (1859) e Santa Bernadette Soubirous (1879). Em Bolonha, na Igreja de Santa Catarina de Bolonha, fundadora do Mosteiro de Clarissas em Bolonha — morta há mais de quinhentos anos — está o corpo dessa Santa, que se mantém até hoje incorrupto e sentado. A cada dois anos é feita uma radiografia da sua coluna vertebral, e é constatado que se conserva perfeita, como a de uma pessoa adulta.

 

Santa Catarina de Bolonha
Santa Catarina de Bolonha

 

       Fernando Pessoa (1888 - 1935) é um outro exemplo interessante. Conforme afirmei no texto — O Lado Oculto de Fernando Pessoa — ao ser aberto o caixão mortuário do Poeta, no qüinquagésimo aniversário de sua transição, o corpo estava intacto, incorruptível e inalterável. Parecia que Pessoa estava dormindo. Como afirmou padre Quevedo, a simples constatação da incorrupção não é critério de santidade. Disso, obviamente, eu não posso discordar. Entretanto, em determinados casos, pode ser. Não de uma santidade teológica ou meramente religiosa; mas de outro tipo de santidade. Digamos: uma SANTIDADE ALERTADORA e INSPIRADORA absolutamente não-milagrosa. O Diretor do Forest Lawn Memorial-Park, em 7 de Março de 1952, deu a seguinte declaração a respeito de Paramahansa Yogananda, que entrou em mahasamadhi (segundo o Hinduísmo, é a saída consciente do corpo, por um Mestre Iluminado, no momento da morte física): — Nenhuma desintegração física era visível em seu corpo, mesmo vinte dias após a morte.... Este estado de perfeita preservação de um corpo é, até onde sabemos pelos anais mortuários, sem paralelos.... o corpo de Yogananda estava aparentemente em um fenomenal estado de imutabilidade. Equivocou-se o Diretor do Forest Lawn Memorial-Park. Há muitos paralelos. Não entendo como ele não sabia. (Aponte o mouse para a fotografia de Yogananda.)

 

Paramahansa Yogananda
Paramahansa Yogananda

 

       Trinta e oito anos após a morte do Papa João XXIII, seu corpo foi encontrado praticamente intacto. Mas, D. Noé, Arcebispo da Basílica de São Pedro, afirmou recentemente: — Alguns quiseram ver nisso um sinal de Deus. Mas esse fenômeno, sozinho, não pode ser considerado um milagre. Melhoras! Em outros casos, este fenômeno natural tem outra manifestação. Algumas vezes fica preservada apenas uma parte do corpo, como é o caso, por exemplo, de Santa Brígida, que faleceu em 23 de Julho de 1373, da qual encontra-se apenas incorrupto o coração. Quando seus restos mortais foram exumados, todo o corpo estava reduzido a pó, encontrando-se intacto tão-somente o coração. Ou de Santo António de Lisboa, o Martelo dos Hereges (século XII – século XIII) cuja língua está conservada. A cabeça decepada do Rei Carlos I da Inglaterra foi exumada após 165 anos e, de uma maneira geral, apresentava uma aparência extraordinariamente conservada.

       A sobriedade na alimentação e a vida devocional, caracterizante de todos os místicos e ascetas, também não explica a incorrupção de corpos, porque a ausência de corrupção em certos corpos não é verificada apenas em místicos e em santos, não sendo, assim, uma prerrogativa e uma ocorrência exclusivas do Catolicismo. E nem todos os ascetas e místicos mantêm seus corpos intactos por um tempo razoável que possa evidenciar incorrutibilidade. O corpo de Santa Clara, por exemplo, está intacto; mas o de São Francisco de Assis não. A inexplicabilidade aumenta quando se observa e se sabe que determinados corpos incorruptos, anos e até séculos depois de mortos, destilam uma espécie de líquido oleoso. Outros exsudam água e, inclusive, exalam um odor agradável. Os católicos gregos denominavam estes corpos de movoblútai, isto é, destiladores de óleo. Alguns corpos ficam bem preservados por anos; outros, se preservam por centenas ou mesmo milhares de anos. Na Península Ibérica, há dezenas de corpos que permanecem mumificados e que a ignorância vai lentamente adicionando um quê de maravilhoso e de milagroso. E há, ainda, os conhecidos processos de embalsamamento. Formol e embalsamação são, há séculos, do conhecimento das ordens religiosas. Na Igreja Católica, os corpos incorruptibilizados artificialmente eram exibidos como um sinal de vida pura e de santidade. — Não se faz segredo de que ocorre embalsamamento dentro da Igreja — afirmou o padre Zeno Hastenteufel, especialista em história do Vaticano e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Mas, o Vaticano, presentemente — depois de passar anos embalsamando cadáveres para exibi-los aos fiéis pelos motivos que eles (os fiéis) não sabem, mas que todos os místicos, de uma maneira geral, sabem — está mais cauteloso com essas coisas. E menos safado também.

      Já sob outro ângulo (mistura de culto à personalidade com tentativa de suster uma ideologia), em Moscou, Lenin está embalsamado e perfeito há mais de setenta anos, exposto à visitação pública em sua urna de cristal na Praça Vermelha. É o velório político mais longo de que se tem notícia. Em Pequim, Mao Tse-Tung também repousa sob vidro. Quem quiser, pode ver. Agora, interessante é que mulçumanos, protestantes, judeus, espíritas e outros partidários das ditas religiões pagãs não têm corpos incorruptos para mostrar!

 

Mao
Lenin e Mao

 

 

 

 

       Mas, como explicar este fenômeno? Vou arriscar a dar uma opinião sobre este tema tão controverso. Por isso, meu pensamento sobre esta matéria é meramente especulativo, e cada qual, se achar que convém, poderá fazer uma pesquisa mais elaborada sobre este fenômeno. Admito que posso estar redondamente equivocado no que vou propor. Não estou equivocado — e disso tenho certeza — é quanto ao conceito que se faz de milagre. Milagre seria uma adulteração da Ordem Cósmica, o que é, de plano, um absurdo absurdante absurdantíssimo. Não existe. Entretanto, por exemplo, quando alguém fica curado de uma mazela considerada incurável, é porque, primeiro houve mérito para que assim sucedesse, e, segundo, houve um tipo de harmonização especifíca e transcendental com um Plano Superior. Então, o que estava desarmonizado, pelo mérito, pôde ser harmonizado. Além do mérito, há, também, a necessidade e o motivo. Ninguém será sede de uma reestruturação harmonizante para continuar nas bacanálias e nas sacanagens de antanho. Moratória e Alquimia não são para qualquer um. Chico Xavier recebeu algumas moratórias porque fazia um trabalho magnífico. Viveu para a Humanidade, e, por isso, ficou encarnado neste Plano mais tempo do que estava programado. Bom para todos nós; crucificação consciente e penosa para ele. Mas, como o Grande Chico era um Mestre... Por isso, os Avatares e Aqueles Que Podem não andam 'pelaí' operando as Leis Cósmicas a torto e a direito, ou a troco de promessas e de grana. Essa esculhambação só pode ser acreditada por imbecis.

       Como o ser humano é fundamentalmente setenário, talvez se possa admitir que o segundo componente da quaternidade inferior — o Corpo Etéreo — por se constituir de uma massa vibratória de freqüências mais elevadas do que o Corpo Físico e ocupando o mesmo espaço deste Corpo Físico— mas com funções adicionais que o Corpo Físico não possui — seja o portador da memória e de forças universais que mantém intacta e sistematicamente (em vida e em corpos incorruptos) a configuração do próprio Corpo Físico.

 

 O  ENTE:   4  + 3
 O  ENTE:   4  + 3

       Se a desarmonia consome a força vital etérea — e pode chegar a produzir fendas ou depleções e congestões na aura — a harmonia, pelo contrário e obviamente, mantém a saúde e o equilíbrio global do ser. O Corpo Etéreo, além de interpenetrar completamente o corpo físico, quando saudável, pode se expandir por dez a vinte centímetros além dele. Em circunstâncias especiais pode alcançar alguns metros. Na transição, ao se romper o cordão de prata, em uma primeira etapa, estão unidos os outros seis corpos constitutivos do ser na proporção de três para três. O ternário mais denso — que é composto dos Corpos Etéreo (ou Etérico), Astral e Eu (ou Personalidade-alma) — se separa (dissolve) gradualmente. A transição, em realidade, ocorre em diversas etapas. Bem, o que penso que possa acontecer com aqueles corpos que não se decompõem (quando isso não é devido a embalsamamento, forças telúricas, caixões protetores de chumbo etc.) é simplesmente a fixação temporária — ainda que possa ser longa ou muito longa — do Corpo Etérico no Corpo Físico, dando-lhe sustentação e mantendo sua forma. Mas, temporária, repito, pois, a Lei da Entropia tem que funcionar. Contudo, se isto impressiona como fato inabitual, nada tem de milagroso, e, com o tempo, o Corpo Etérico tende a se desprender do Corpo Físico, para que a Alquimia Universal possa seguir seu curso (Lei da Entropia), sem que nisso se possa ver arbitrariamente qualquer finalidade teleológica ou sobrenatural. Agora, certos místicos, por causas específicas, podem, após a transição ou passagem, comandar temporariamente, por assim dizer, a união corpo físico/corpo etérico. O comando (a ordem) pode ter sido dado, inclusive, antes da transição. Desligado o comando, inicia-se o processo de decomposição do Corpo Físico e a desagregação do Corpo Etérico, que também se decomporá. O que não se perde jamais é o Registro. Mas, ter o domínio e o controle do próprio Registro, isso é outra coisa. Daí o DECIFRA-ME, OU TE DEVORAREI! O esquema abaixo, simbolicamente, representa uma Lei Cósmica vigente no Plano Terra. Penso que observar a figura será muito ilustrativo.

 

2  +  2  +  3  =  7

 

       Para o caso de indivíduos virados para o lado esquerdo — para 359 — que, após morrerem, mantêm seu conjunto físico–etérico incorrupto, há uma outra explicação. Cada um poderá chegar às suas próprias conclusões sobre esse drama. Por isso, em minha modesta opinião, de maneira geral, é o sistema de cremação a melhor solução para dispor dos restos de qualquer ente.

       De qualquer maneira, o que importa não é nada disso. Este mistério, para o qual hoje tentei oferecer uma explicação pessoal – e da qual, obviamente, sou o único responsável – só serve para uma coisa: temos que nos ocupar e não nos (pre)ocupar, isto é, temos que utilizar nossas energias e nossas melhores intenções em benefício de uma paz concertada, global e unificante, pois nada poderá acontecer de autêntico e de realmente místico, se A COISA não for engendrada no seio da PAZ PROFUNDA e do SILÊNCIO MÍSTICO. Talvez, em uma reflexão de três palavras eu consiga expressar todo o meu pensamento sobre essa matéria: AUSÊNCIA DE DESEJO. Qualquer desejo. Aponte o mouse para as fotografias, que exemplificam isso.

 

Desejos, cobiças e paixões... Desejos, cobiças e paixões...
Desejos, cobiças e paixões...

 

       Em 1983/1984 participei de um longo curso de Fundamentos de Parapsicologia no Instituto de Psicologia Aplicada, no Rio de Janeiro, ministrado pela parapsicóloga Maria Lídia Gomes de Matos. Na ocasião, ela me emprestou duas fotografias para que eu as reproduzisse — uma de Santa Bernadette de Lourdes, outra de São Vicente de Paulo. São as duas primeiras que apresentarei mais abaixo. Apenas para mera informação eu as estou disponibilizando em conjunto com uma animação muito interessante, ao lado de outras fotos de corpos incorruptos colhidas na Grande Rede.

       Antes de concluir, devo expressar um outro pensamento: Não se pode confundir jamais a Instituição Igreja Católica Apostólica Romana e muitos de seu piores confrades, com os homens santos e as mulheres santas que a ela, de uma forma ou de outra, estiveram vinculados. Exemplo: o Papa João XXIII. Outro exemplo: Santa Bernadette.

 

 

 

 

 

 

PONDERAÇÕES FINAIS

 

       Fica uma questão pendente. Ou muitas. Enquanto a Igreja Católica e seus autoritários representantes, de maneira intolerante, arbitrária e preconceituosa, admitem que tão-só Jesus pode salvar, e que apenas os santos católicos podem apresentar o misterioso fenômeno da incorrutibilidade (que eles não conseguem entender) de seus corpos após a morte — o que dá direito (do que obviamente discordo) aos que não são católicos de denominarem este incompreendido fenômeno de demoníaco, no mínimo — seres humanos foram queimados vivos durante séculos por apenas discordarem dos dogmas católicos, ou por terem outras crenças religiosas; cruzadas foram organizadas para trucidar infiéis; confissões auriculares (inventadas todos sabem o porquê) destruíram milhares de pessoas; indulgências foram vendidas; concordatas foram assinadas; papas foram destituídos e/ou assassinados; centenas de Evangelhos foram considerados apócrifos; abortos foram praticados aos milhares nos perímetros dos conventos; adulterações, para mais e para menos, foram introduzidas na Santa Bíblia; negociatas medonhas foram orquestradas sem conhecimento da confraria católica; ordens fraternais e iniciáticas foram perseguidas; livros sagrados foram subtraídos e escondidos, e muitos foram queimados; práticas sexuais aberrantes foram (e são) praticadas nas sombras dos monastérios; místicos – como Pierre Michel Eugène Vintras, Jacques de Molay, Bruno, Savonarola e Joana D'Arc – foram dados como heréticos, condenados, presos, excomungados e assassinados; imberbes foram purpurados; e padres acabaram postos para fora do ministério, ou porque foram excluídos, ou porque se viram obrigados a se auto-excluir. Isto tudo, para mim, é um horror sem fim. Mas, caramba! A Religião Católica, o que prega? Precisamos todos, religiosos e místicos, pensar muito nessas coisas, porque, por exemplo, um místico que apóia a invasão do Iraque e o massacre palestino está, no mínimo, confundindo Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão. Apóiam e aplaudem essas barbaridades, depois rezam e comem à pururuca nossos irmãos leitões!

       E, por último, esses automasturbadores intelectualóides de botequim (nada contra botequins, mas é lá que, normalmente, eles se reúnem para trocar figurinhas intelectuais e para beber litros de chope) quando irão aprender a ser menos preconceituosos e menos venenosos, e a olhar um pouquinho só para os próprios umbigos? A maldade e a malícia são um veneno para a alma. Sugestão: vasculhar na Santa Bíblia o significado espiritual da multiplicação setenta vezes sete.

 

70  x  7  =  

 

 

 

 

Santa Bernadette
Santa Bernadette
Santa Bernadette

 

 

Santa Bernadette

Animação retroativa
desde a contemporaneidade
até o dia
do falecimento
de Bernadette,
em 16 de abril de 1879.
http://www.catholicpilgrims.com
/lourdes/ba_bernadette_intro.htm

 

 

 

Santa Bernadette
Santa Bernadette hoje

 

 

São Vicente de Paula
São Vicente de Paulo

 

 

Santo Silvan
Santo Silvan
Martirizado no Século IV

 

 

Santa Catarina Labouré

 

 

Beato Estéfano Bellesini
Beato Estéfano Bellesini

 

 

S.  Pio  X
Altar com o corpo de S. Pio X,
Basílica de S. Pedro, Vaticano

 

 

Santo Cura d'Ars
Santo Cura d'Ars

 

 

Santa Clara
Santa Clara

 

 

 

 

Websites Consultados:

 

http://www.pbs.org/wgbh/nova/chinamum/taklamakan.html

http://www.geocities.com/Heartland/Hills/8437/incorrupt.html

http://www.yogananda-srf.org/aboutsrf/index.html

http://www.lepanto.com.br/CorpSant.html

http://www.enigmas.hpg.ig.com.br/htm/sobrenatural040401.htm

http://www.catolicanet.com.br/gf/conteudo.asp?pagina=136

http://www.yoga-vidya.de/Bilder/Galerien/Yogananda.html

http://www.novascoop.com/article.php3?id_article=3885

http://www.union.edu/PUBLIC/HSTDEPT/HST198/mao/mao.htm

http://www.lulli.net/WEB/lyr/99poesia-entropia/pag1.html

http://www.unav.es/farmacia/cursocero/MATEMATICAS.htm

http://www.loreto.org.br/loreto.asp

http://www.paroquiasantacatarina.com.br/corpos_icor3.htm

 

 

 

 

359
360
Para comparar e meditar

 

 

 

 


VERDADE E MENTIRA
(Capítulo do livro digital 'Abrindo a Mente')

pelo Frater Velado (*)
Iniciado
Sétimo Grau do Faraó

 

(A animação e as imagens não fazem parte do texto original. Fui eu quem as incluí.)

 

Frater Velado

 

Ao longo dos séculos muito se tem exaltado sobre a necessidade de se viver na verdade, para a verdade e pela verdade. O faraó Akhenaton foi, talvez, quem mais exaltou, entre os grandes místicos do passado, a necessidade fundamental de as pessoas se aterem à verdade - para ele consubstanciada na divindade Maat (Ma'et), que rege a Ética, a Justiça e o Equilíbrio no Panteão de Khem (Antigo Egito). Mas a verdade, afinal o que é exatamente a verdade? É algo concreto e perfeitamente definido que não aceita interpretações subjetivas? Poderá estar a verdade de cada um em sintonia com a verdade do outro? Haverá, enfim, algo que possa ser chamado de Verdade Absoluta? Neste ensaio, que é uma ampliação de um com o mesmo título, anterior, e que publiquei há alguns anos, examinaremos não só este tema com um pouco mais de profundidade, como também haverá um experimento, ao final, para que se tente penetrar esotericamente nesse assunto de alto interesse para todos.

Estar na verdade é uma condição que tem sido procurada por líderes religiosos e políticos a fim de lhes conferir dignidade, para que possam se sentir imbuídos de autoridade especial. Na verdade, porém — e em verdade lhes digo — a dignidade não advém de se assumir postura e procedimento que se julgue dignos, mas, sim, de se estar realmente em paz consigo mesmo. Poderá um genocida se sentir digno mesmo que tenha assumido estar a serviço do seu Deus para exterminar populações de outro credo? Poderá um assassino a sangue frio, carrasco que se julgue a serviço de alguma Divindade, se sentir digno ao decapitar um refém muitas vezes inocente? Estas são questões que devem ser examinadas profundamente por todos os místicos. Mas os místicos não podem fazer esse exame em uma távola rasa, olhando para os fatos como se fossem peritos policiais ou médicos-legistas destrinchando um cadáver para descobrir a causa mortis. Como místicos é importante que não nos atenhamos aos fatos por eles mesmos, pois todos os eventos do mundo fenomênico são apenas símbolos representativos de certos efeitos do entrelaçamento das vibrações de várias faixas da Mente Cósmica. Devemos extrair desses eventos algum possível substrato didático de utilidade para todos no que se refere ao aprimoramento do grau de percepção das consciências - e isto vem a ser um serviço efetivo para a consecução da Grande Obra. A busca incessante da verdade e sua compreensão em termos esotéricos para a competente digestão alquímica é um dos serviços mais árduos oferecidos àqueles que assumem e se empenham no trabalho da Grande Obra.

Muitos de vocês já terão se questionado acerca do que seria, realmente, a verdade. Alguns de vocês talvez já tenham meditado sobre esse tema. Vivendo como vivemos, em um mundo em permanente conflito, com o egoísmo açulando interesses particulares e acirrando questões, a verdade passa a ser uma interpretação pessoal dos fatos, das coisas, dos entes e das circunstâncias, deixando de ser uma verdade abstrata para ser a verdade de cada um. De certa maneira, algo como a imagem de Deus deixar de ser abstrata e passar a ser aquela que as religiões apresentam, cada uma delas alegando que seu Deus é que é o único e o verdadeiro, às vezes promovendo guerras e matando, torturando e ferindo física e mentalmente milhares e milhares de pessoas, para a mera imposição dessa idéia.

Verdade, teoricamente, seria o aspecto único e real de algo. Digamos que uma pessoa se apresentasse de certa maneira, tal e qual um ator assumindo uma personalidade, para ser simpático a um grupo, vender uma imagem ou simplesmente assumir uma pose cujo reconhecimento, validado pelo próximo, lhe satisfizesse o ego necessitado de massagem. Suponhamos que o rosto que essa pessoa apresenta para tal fosse o de uma máscara e que nós a arrancássemos. O que haveria sob a máscara? A face real? Talvez não, porque a pessoa poderia estar fazendo o ‘jogo da mentira’, poderia ter se preparado para aquela ação e estaria com uma segunda máscara sob a primeira. Não é assim que a maioria dos políticos age? Não é por esse expediente que eles se esquivam ao vexame quando são, digamos, apanhados com a boca na botija? Pois bem, este é realmente o ‘jogo da mentira’ e sobre cada máscara arrancada aparece outra, sob a qual há uma dúzia de outras máscaras. Certos dirigentes de nações são peritos nesse tipo de simulação.

Há mais de dois mil anos a civilização ocidental - tida como a mais culta e a mais avançada tecnologicamente - tem vivido na mentira, para a mentira e pela mentira, revelando sua origem mentirosa. Essa sociedade foi construída em cima da suposta história de um homem que era muito bom, queria esclarecer e ajudar o próximo, e foi traído, preso, injuriado, torturado e finalmente assassinado juntamente com dois ladrões. Mas, esse homem, que fora gerado no ventre de uma mulher por meios sobrenaturais, por interferência direta do Espírito Santo, não teria morrido em vão: seu sacrifício teria salvado a Humanidade inteira das penalidades medonhas advindas do pecado original. Por trás de tudo, um Deus prepotente, sacana, vingativo, ávido de bajulação e adoração. Seu filho, o sacrificado na cruz, além de não ter morrido em vão fez mais: ressuscitou e ascendeu aos céus espirituais, sentando-se à direita do Pai, de onde virá, segundo, a história, para julgar vivos e mortos no dia do Juízo Final, um fantástico evento marcado para a planície do Armagedon. Em cima desse roteiro místico, foi escrita uma novela de terror que inclui sucessões de perseguições religiosas, como a Inquisição, e uma coleção sangrenta de guerras, como a que a máquina bélica Americana move neste terceiro milênio cristão contra o Islam. Este, por sua vez, lança bombas do terror na Ásia vergastada pelos tsunamis, que deixaram cerca de 300 mil mortos. Enfim, a verdade de cada etnia ataca a de outra, rotulando-a de mentira. No fundo, é o Deus de cada cultura querendo se impor como único e verdadeiro. Desse circo dos horrores resta de bom os princípios esotéricos que místicos bem intencionados e ardendo em fervor legaram aos pósteros. Ao menos isso se aproveitou.

O mascaramento da verdade para a consecução de objetivos tem sido uma constante na história da Humanidade. Em certas doenças mentais, como a esquizofrenia, o paciente pode apresentar o fenômeno da personalidade fragmentada, mostrando-se como portador de várias personalidades, e há pessoas que podem ter (e assumir) dezenas delas. Isso ocorre independentemente de sua vontade, em razão de distúrbios nos processos químicos cerebrais. Entretanto, esse tipo de assunção pode estar sob vontade, como no caso do político, do estadista e do ator. Seria, então, a verdade realmente a verdade de cada um? Seria isso a verdade, ou seja: ela não existiria de forma abstrata, tal qual a Deusa Maat a simboliza na Religião Kemetica?

Estou certo que não. O que foi apresentado nas linhas anteriores foi ‘a interpretação da verdade segundo cada um’ e não ‘a apresentação da verdade tal qual ela é’. Bem, mas como é a verdade, que aqui passaremos a grafar com V maiúsculo em homenagem a Maat? Há vários conceitos sobre isso, mas aqui, no Plano da Dualidade, os conceitos têm de ser formulados de uma forma tal que os seres os possam compreender - mesmo porque senão de nada adiantaria formulá-los: seria como exarar uma bula papal para um público inexistente, eis que, como já afirmei em outro escrito anterior, este é essencialmente o Plano da Interação, um drama representado no palco da existência, no qual atores e público interagem.

 

 

O Poliedro da Verdade
e o Jogo da Mentira

 

 

Eu diria, então, que uma definição de verdade, para este Plano, seria a de que ‘a verdade é um consenso abarcando todos os aspectos de uma questão, coisa, evento ou manifestação animada, como um ser’. Examinemos de forma mais clara o que vem a ser isso. Suponha que eu crie mentalmente e concretize na matéria do Mundo Físico (Plano da Dualidade) um magnífico poliedro totalmente translúcido, sem cor alguma. E que a seguir eu projete sobre esse poliedro um feixe de Luz Primordial, totalmente incolor, abstrata em essência e branca em compreensão para nível humano. Digamos, nessa experiência, que o poliedro, a quem chamarei de Consciência, receba, como um dom que eu lhe aponha para uso em sua existência - a qual será finita - a propriedade prismática. Imaginemos, ainda, que utilizando essa propriedade, o poliedro não só decomponha a luz branca em sete cores, mas que as apresente, individualmente, em cada uma das suas sete faces. Passarei para o parágrafo seguinte:

Prestem atenção: vocês estão no Palco da Vida, um picadeiro iluminado pelo Sol Metafísico, que lhes dá a existência e a autoconsciência, isto é, a faculdade de se perceberem a si próprios como criaturas vivas e pensantes, sabedoras de que nasceram, estão vivendo e vão morrer. Este é um Triângulo Sagrado, uma emanação do Triângulo Abstrato, manifestado na Dualidade como Lei Cósmica que os seres podem manipular. Entretanto, as criaturas, apesar de conhecerem o significado dos três lados, das três pontas, são autorizadas somente a modificar uma: a maneira pela qual decidem viver, por vontade consciente, por adaptação ou por comodismo. É só isso que pode ser mexido nesse Triângulo pelo ser humano. No nascimento e na morte — ou seja, no começo e no fim — você não pode mexer. Você pode gerar um novo ser, pode gerar o corpo físico dele no ventre de uma mulher; mas não é você quem decide qual o tipo de criatura que nascerá, quer dizer, se será feia ou bonita, perfeita ou deficiente, boa ou má, inteligente ou burra, ou que tipo de personalidade apresentará. Da mesma maneira você sabe que vai morrer, e pode até decidir o momento em que isso acontecerá, suicidando. Mas a hora da sua morte está decretada desde que você nasceu, através de uma bomba genética, que tem a propriedade de se manifestar também através do suicídio, como ocorre coletivamente com os lêmures do Ártico (quando há superpopulação eles se matam, lançando-se em um abismo de águas geladas, e esta é uma forma de a lei natural sanear o desequilíbrio ecológico que adviria da explosão demográfica desses seres sobre um plano no qual a alimentação proporcionada seria insuficiente para uma enorme população). Você não é um lêmure do Ártico, é uma evolução de um antropóide e tem autoconsciência; você é capaz até de criar Deus com a sua mente; mas veja bem: você não tem poderes para impedir a sua morte ou mesmo um infortúnio. Exemplificarei: um vaso capilar estoura no cérebro de uma pessoa e pronto: aquele ser que (suponhamos) era arrogante e seguro de si, totalmente autosuficiente, é levado pela paralisia a depender completamente dos seus semelhantes. As pessoas não podem impedir que uma coisa dessas aconteça. Mas podem não ser arrogantes - e com isso terão mexido no lado do triângulo que lhes é permitido manipular. Então, você vê que embora você não possa impedir certos eventos você poderá modificar as conseqüências que eles teriam. Note que até no caso do suicídio o exercício da vontade nesse evento é questionável, pois a pessoa poderia ter sido compelida por sua ‘bomba genética’.

Voltemos ao poliedro, que poderia ter 49 faces (ou 49 vezes 49 se você assim o preferir), mas que aqui terá tão-somente sete. A Humanidade, como eu disse, está no Palco da Vida, um gigantesco círculo (que na realidade é apenas uma das voltas da Espiral da Lei — Spira Legis) que momentaneamente se uniu para formar o círculo que constitui um Plano de Compreensão do Ser. A Humanidade está nesse palco, nesse picadeiro, e muitos acham que o dono desse circo é o Diabo. No centro do círculo está o poliedro. Ele está imóvel e cada parte da Humanidade voltada para ele só pode ver uma única face sua. Uns vêem a face vermelha e dizem que esse heptaedro mágicko é vermelho; outros enxergam a face verde e julgam que ele é dessa cor; outros tantos podem vislumbrar apenas a face azul e acreditam que ele seja totalmente azul; uma outra parte da Humanidade verá apenas a face amarela e assim por diante. Todos acharão que estão absolutamente certos sobre a natureza desse poliedro e sobre qual a sua cor verdadeira. Estarão dispostos a lutar até à morte pela sua verdade, tal a certeza que conferem à sua visão. Se eu mandasse esse poliedro girar, de forma que, gradativamente, todas as porções da Humanidade fossem vendo suas diferentes faces coloridas, muitos simplesmente enlouqueceriam ante a revelação. Seria o esclarecimento gradual a iluminação mais propriada? Vejamos:

 

Poliedro

 

Admitamos então que surja um sábio, um Avatar. Ele entra no palco e grita:

Acordem! Este poliedro na verdade é branco, tudo o que ele faz é decompor a luz branca irradiando cores diferentes para cada uma de suas faces! Sigam-se, pois eu sou a Verdade e fora de mim não há salvação.

 

 

Digamos que os crentes nas cores de cada face sejam os seguidores das várias religiões existentes no mundo. Imaginemos que os adeptos do Avatar surgido sejam os membros de ordens esotéricas e iniciáticas não religiosas. Muito bem, suponhamos, agora, que uma Voz do Invisível se fizesse ouvir e dissesse:

Esse poliedro não é branco. Realmente ele não tem cor alguma, nem mesmo a branca. Ele é absolutamente, imaculadamente, incolor. Esta é a Verdade.

 

 

Mas não paremos por aqui. Façamos de conta que a algumas pessoas uma Voz Interior afirmasse:

Nada do que foi dito até agora representa a Verdade Suprema.

E qual seria, então, a Verdade Suprema — perguntaria você, suponhamos, a essa Voz Interior.

A Verdade Suprema — diria ela — é que esse poliedro simplesmente não existe na Eternidade. Ele é apenas e tão somente a criação mental de uma mente.

E que mente é essa, ó Voz?

Pode ser a sua.

 

 

Um Experimento
Para Ver Melhor

 

Após essa pequena exposição, com a qual espero não tê-los maçado, eu proporia a cada um de vocês — místicos da Internet que estejam me lendo — que realizassem um experimento, mentalizando o poliedro descrito neste ensaio e visualizando as cenas que descrevi. Façam isso e pode ser que uma grande revelação sobre o que vem a ser, exatamente, a Verdade, se manifeste para cada um de vocês. Certamente aqueles que tiverem mérito, acumulado por sinceridade de propósitos, receberão essa chave. Sim, porque essa revelação é apenas a chave que abre a porta - melhor dizendo, o portal - que dá para um Plano de Compreensão totalmente novo. Se alguém perguntar porque deveria se interessar em entrar nesse Plano, eu diria que isso seria uma ascensão, algo como subir de grau em nível de consciência. Dali se poderia ver praticamente tudo melhor, de forma mais nítida. A pessoa estaria, de certa forma, mais perto da verdade. Alguém se interessa?

 

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Nota

(*) O Frater Vicente Velado, OS+B, Irmão Leigo da Ordem Rosacruz Verdadeira, Eterna e Invisível, é Abade Especial da Ordo Svmmvm Bonvm para o Terceiro Mundo.

Visitem o Site Oficial da OS+B:

http://svmmvmbonvm.org/

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PAI,   NÃO   AFASTE   DE   MIM   O   CÁLICE;   QUERO   BEBER   O   SANGUE   ATÉ   A   ÚLTIMA  GOTA.                MAS,   QUE   NÃO   SEJA   FEITA   MINHA   VONTADE,   E   SIM   A   TUA.