O CORDELISTA CITADINO
Rodolfo Domenico Pizzinga
O dia foi minguando; Dia triste, dia chato, Concreto no abstrato; A noite foi entrando – Negra como um tição – E apertou meu coração Que já estava sangrando.
Revivi emocionado Tempos de antigamente; Noite negra – noite dolente – Que me deixou amuado; Lembrei de certa senhora Que partiu em boa hora Levando consigo o enfado.
Senhora de certos pendores Que me jogaram na sarjeta Sem piedade e sem muleta; Tristes tempos – tristes dores – Causados pela velha senhora – A ignorância que foi embora Com seus brilhos e suas cores.
Já não sinto mais saudade Daquele tempo enfermiço Que minh'alma deu sumiço Pra viver na qualidade; Já não sinto isolação, Não vivo na contramão, Nem aceito
falsidade.
E assim acabou o cordel De um cordelista citadino – Sincero Peregrino – Em busca do doce mel; Hoje sou um Rosacruz Que aceitou a sua Cruz E cumpre seu místico papel.
Hoje sou um Rosa+Cruz Que não bebe mais fel; Sei qual é o meu papel Pois aceitei a minha Cruz. Pra quem tem Sinceridade, Vontade, Bondade e Humildade A Rosa florescerá na Cruz.
6 x 7 = 42 42 = 4 + 2 4 + 2 = 6 6 = 3 3 = 1
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