CORA CORALINA

(Um exemplo para todos nós: Cora Coralina publicou seu primeiro livro aos 75 anos de idade! Ficou famosa quando seus livros chegaram às mãos de Carlos Drummond de Andrade. Cora tinha quase 90 anos de idade!)

 

 

Uma Colaboração de Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Cora Coralina (Ana Lins de Guimarães Peixoto Brêtas), 20/08/1889 — 10/04/1985, é a grande poetisa do Estado de Goiás. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana. Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil.

Fonte: http://www.releituras.com/coracoralina_menu.asp

Que ensinamento se pode tirar da vida desta ilustre senhora? Penso que, para todos nós, seja o exemplo de jamais desistir. Às vezes as coisas são difíceis, às vezes são mesmo impossíveis. Se conseguirmos renunciar à mais podre das ilusões – a vaidade – passaremos pelas borrascas que a vida nos oferece com uma certa tranqüilidade. O que é certo é que não conquistaremos tudo que desejamos, por isso temos que valorizar aquilo que conseguimos alcançar. Por isso, acho que uma boa prática mística é não pedir nada nunca. Ao contrário, devemos agradecer por tudo, particularmente pela vida que hoje vivemos, possibilidade concreta de libertação.

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