CONSEQÜÊNCIAS ETERNAS
(Cagaços Sem Sentido)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Derretimento do Gelo Polar
Com as miragens e ilusões que fabricamos, nós estamos parindo isto!

 

 

 

Aquecimento Global
Com as miragens e ilusões que fabricamos, nós estamos parindo isto!

 

 

 

Desertificação
Com as miragens e ilusões que fabricamos, nós estamos parindo isto!

 

 

 

Nada vislumbramos que, desde já, nos possa informar sobre o nosso destino num mundo futuro, excepto o juízo da nossa própria consciência moral, isto é, o que o nosso presente estado moral, tanto quanto o conhecemos, nos permite, a este respeito, julgar de um modo racional, a saber, que princípios da nossa conduta vital, que encontramos em nós dominando até o seu termo (sejam eles princípios do bem ou do mal), também, após a morte, continuarão a ser predominantes, sem que tenhamos a mínima razão para supor, nesse futuro, uma modificação dos mesmos. Devemos, pois, esperar, também para a eternidade, as conseqüências correspondentes ao mérito ou à culpa, sob o domínio do bom ou do mau princípio. Nesta perspectiva, é prudente, então, agir como se uma outra vida, e o estado moral com que terminamos a presente juntamente com as suas consequências, fosse inalterável com a entrada nela. [Admitir conseqüências eternas para o que quer que seja (de ordem material, de ordem espiritual, da ordem que for) é sinônimo de imobilidade (punitiva ou premiadora), e, por isto, é inteiramente contrário à boa lógica e à razão (pura ou prática), sendo um um completo absurdo e um cabal contra-senso. Ora, se o Unimultiverso está fundamentado em movimento e mudança permanentes e perpétuos, conseqüências eternas não têm o menor cabimento e, absolutamente, este (des)raciocínio longe está de ser prudente. Tudo isto está mais para filme de terror terrificante do que para qualquer outra coisa que seja útil.] [In: O Fim de Todas as Coisas (em alemão, Das Ende Aller Dinge), de autoria do filósofo Immanuel Kant.]

 

 

 

 

Delirando nefelibaticamente meio-ânion,
sempre me encagacei do Isaac Newton.
Delirando nefelibaticamente e me benzendo com água benta,
sempre me encagacei do ano
2060.
Delirando nefelibaticamente meio-changeant,
sempre me encagacei do Immanuel Kant.
Delirando nefelibaticamente e meio-microrrizo,
sempre me encagacei do Dia do Juízo.
Delirando nefelibaticamente meio-adeus,
sempre me encagacei de Deus.

Delirando nefelibaticamente meio-toleirão,
sempre me encagacei da excomunhão.

Delirando nefelibaticamente meio-zé-pé-de-rabo,
sempre me encagacei do diabo.
Delirando nefelibaticamente meio-zé-bozerna,
sempre me encagacei da conseqüência eterna.
Delirando nefelibaticamente meio-zé-ferida,
sempre me encagacei da outra vida.
Delirando nefelibaticamente sem-fim,
sempre me encagacei do fim.
Delirando nefelibaticamente a três por dois,
sempre me encagacei do depois.
Delirando nefelibaticamente sem-termo,
sempre me encagacei do ermo.
Delirando nefelibaticamente sem-razão,
sempre me encagacei da punição.
Delirando nefelibaticamente sem-esmo,
sempre me encagacei de mim-mesmo.
Delirando nefelibaticamente no escuro,
sempre me encagacei do futuro.
Delirando nefelibaticamente meio-eclipse,
sempre me encagacei do apocalipse.
Delirando nefelibaticamente meio-pororom,
sempre me encagacei do Armagedom.
Delirando nefelibaticamente meio-abatido,
sempre me encagacei do Har Megido.
Delirando nefelibaticamente meio-manco na Estrada,
eu vivi acreditando em H2O (des)consagrada.
Delirando nefelibaticamente meio-autofágico,
eu vivi acreditando em feijão mágico.
Delirando nefelibaticamente meio-jeremias,
eu vivi acreditando em glossolalias.
Delirando nefelibaticamente meio-zé-vinage,
eu vivi acreditando em milagre.
Delirando nefelibaticamente meio-zé-bundão,
eu vivi acreditando em salvação.
Delirando nefelibaticamente meio-nuvioso, como ela,
meus dias anoiteceram na janela.
Enfim, delirando nefelibaticamente mais-para-não-ser,
vivi sem e morri sem .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Carolina
Compositor e Intérprete: Chico Buarque de Holanda

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=3hW3GXw1l7s

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pixabay.com/pt/vectors/vaca-morto-deserto-cr%C3%A2nio-1295061/

https://www.istockphoto.com/br/search/2/image?mediatype=illustration&phrase=desertification

https://colab.research.google.com/drive/1c6twGz73vMUyNqDRexzjKikSbqJVbCBE

https://dribbble.com/shots/5503852-Climate-Change-won-t-change-unless-we-change

https://hotcore.info/babki/how-isaac-newton-changed-the-world.htm

http://www.animated-gifs.fr/category_horror/skeletons/index.php?page=14

https://www.stickpng.com/img/miscellaneous/graveyard/rip-grave-clipart

https://gfycat.com/pl/stickers/search/cosmic+fear+garou

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.