A CONFIANÇA DA INOCÊNCIA

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

O sentimento de confiança que deriva da capacidade de ser bem-sucedido dentro da estrutura social é, em verdade, uma presunção – uma estranha arrogância. Mas se, ao contrário, pela investigação [busca] e pela compreensão, nos libertarmos da estrutura social, da qual, inevitavelmente, somos partes integrantes, advirá uma confiança de espécie totalmente diferente, na qual não haverá sentimento da nossa própria importância. Então, são coisas inteiramente distintas a presunção colorida de arrogância e a confiança livre do ego... A busca de Deus ou a busca da Verdade [que, no fundo, são a mesma coisa] não se efetuam dentro do padrão estabelecido, porém, antes, compreendendo a prisão e rompendo os muros deste padrão. E este próprio movimento para a liberdade cria uma nova cultura, um mundo diferente. [In: A Cultura e o Problema Humano (título do original: This Matter of Culture), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

 

 

Al Pacino

Al John Milton/Satan Pacino
(The Devil's Advocate – O Advogado do Diabo)

 

 

 

Tomista, eu era muito arrogante.

Visionário, me achava importante.

Fantasista, me achava um portento.

Soberboso, era cheiinho de vento.

 

Absolutista, só causei aflição.

Reformador, só projetei contramão.

Cesarista, fiz a sociedade sofrer.

Mandão, fiz o ente-aí escurecer.

 

Sempre fui um autômato eficiente;

jamais percebi que estava doente.

Plagiei. Segui ordens. Obedeci.

Sim, estava vivo, mas, morto vivi.

 

Nunca busquei a Vera Resposta,

e levei uma duração de labrosta.

Perdi-me no meio da mediocridade,

e nunca conquistei a Maioridade.

 

Nunca tive a confiança da inocência.

Nunca, de fato, tive independência.

Nunca me libertei do padrão social.

Quis fazer o bem, mas, só fiz o mal.

 

Time after time, conduzi cegos.

Time after time, pastoreei pregos.

Time after time, fomentei vaidades.

Time after time, alastrei inverdades.

 

E qual foi o fim desta história?

A de todos os que buscam a glória.

Uma existência cinzenta e chocha,

e —› †raspassação à la patocha!

 

 

 

Time After Time

Time After Time

 

 

 

Música de fundo:

Time After Time
Compositor: Sammy Cahn & Jule Styne
Interpretação: Frank Sinatra

Fonte:

https://www.yump3.us/descargar-mp3/
miles-davis-time-after-time-long-version.html

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.slideshare.net/

https://pixabay.com/

https://gifer.com/en/VbUP

https://giphy.com/

 

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