AD-SEMPERMENTE
Rodolfo Domenico
Pizzinga
Tudo
depende de nós!
Um
dos grandes problemas de todos nós é chegarmos a conclusões
irreflexivas. [Vagueza
+ Ambigüidade. Um exemplo disto é o sorites (sofisma
do amontoado) – um polissilogismo no qual o atributo da primeira
proposição se torna sujeito da segunda, o atributo
da segunda, sujeito da terceira, e, assim, sucessivamente, e no
qual a conclusão une o sujeito da primeira e o atributo da
última, geralmente de maneira ilegítima. Exemplos:
1º exemplo:
A Grécia
é governada por Atenas.
Atenas é governada por mim.
Eu sou governado por minha mulher.
Minha mulher é governada por meu filho, criança de
10 anos.
Logo, a Grécia é governada por esta criança
de 10 anos. (Qualquer soritalhança
com o nosso Patropi recente não é mera coincidência!)
2º exemplo:
Quem trabalha,
ganha dinheiro.
Quem ganha dinheiro, pode comprar alimentos.
Quem compra alimentos, pode ter uma vida mais saudável.
Quem tem uma vida mais saudável, vive mais tempo.
Logo, quem trabalha vive mais tempo.
3º exemplo:
Toda pessoa
que tem apenas cem centavos no bolso é pobre.
Se lhe acrescentarmos um centavo a mais no bolso, continuará
sendo pobre.
Todo centavo que vá sendo acrescentado à quantidade
que tenha tal pessoa e em virtude da qual se diga que é pobre,
seguirá deixando esta pessoa pobre.
Portanto, toda pessoa pobre continuará sendo pobre.
Enfim, precisamos
ter cuidado como os conceitos vagos, que transformamos em modus
faciendi, em
modus operandi
e em modus vivendi.
Os conceitos vagos, como explica Eduardo Dayrell de Andrade Goulart
no texto Observações Introdutórias sobre
os Paradoxos Sorites e o Fenômeno da Vagueza na Linguagem
Natural, são
aqueles que admitem casos-fronteira, casos em que não sabemos
e não é claro se o conceito se aplica ou não,
mesmo quando todas as informações para essa tarefa
estejam suficientemente fornecidas. Não podemos classificar
se uma pessoa é alta ou não, mesmo se a informação
de sua altura e a da média das pessoas for fornecida. Não
podemos classificar se um amontoado de areia é ou não
um monte, mesmo que seja fornecido o número exato de grãos
de areia. Não podemos classificar se uma pessoa é
careca ou não, mesmo que seja fornecido o número exato
de fios de cabelo dessa pessoa. Um caso-fronteira é um indivíduo
para o qual não é claro se o conceito se aplica ou
falha ao se aplicar.]
Quanto a tudo isto, o certo é que o Kojak não era
sorites; era careca!
Sempre
se pode extrair um Bem de um mal aparente. O mal, em
si, é uma miragem ou uma ilusão, porque a separatividade
e o egoísmo [bem
como o preconceito e a ignorância]
empregam o motivo e a oportunidade para constituir e existenciar
as coisas que chamamos mal(es). Todavia, de um motivo correto e
de análogas circunstâncias, poderá surgir o
Bem.
In: O
Discipulado na Nova Era, tema
recebido telepaticamente por Alice Ann Bailey do Mestre Ascensionado
Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna.
Observação:
O que chamamos de mal é apenas uma realidade miraginal-ilusória
fabricada por nós, que, na verdade, serve sempre e apenas
como experiência educativa. Na Atualidade Cósmica,
desde sempre a mesma, permanente e perpétua – pois,
no Cósmico (Eterno Hoje), o que sempre foi é o que
é, e o que será é o que é – só
existe o Bem, o Svmmvm
Bonvm.
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Bolo de Neurônios
de um Soritocrata
(Sacanocrata que Sofre se Sorites)
ue
– ad-sempermente
– cheguem ao fim
as sacanices, as safadezas
e as putrefações.
Que – ad-sempermente
– cheguem ao fim
os peculatos, os mensalões
e os petrolões.
ue
– ad-sempermente
– cheguem ao fim
o toma-lá-dá-cá,
o
dá-cá-toma-lá
e o
me-dá-me-dá.
Que –
ad-sempermente
–
cheguem ao fim
os medos
e as invencionices sobre o lado de lá.
ue
– ad-sempermente
– cheguem ao fim
as insurreições,
as sangueiras e as degolas.
Que – ad-sempermente
– cheguem ao fim
as abarticulações,
as armadilhas e as gaiolas.
ue
– ad-sempermente
– cheguem ao fim
todas as crueldades e
as separatividades.
Que – ad-sempermente
– cheguem ao fim
todas as irregularidades
e as ofensividades.
ue
– ad-sempermente
– cheguem ao fim
as intolerâncias,
as rudezas e as xenofobias.
Que – ad-sempermente
– cheguem ao fim
ue
– ad-sempermente
– cheguem ao fim
todos os sorites, as extravagantites
e as esquisitites.
Que – ad-sempermente
– cheguem ao fim
todos os apetites, as
antipatites
e as anti-...ites.
ue
– ad-sempermente
– cheguem ao fim
os preconceitos
contra a calcita e a pisseta.
Que –
ad-sempermente
–
cheguem ao fim
as fofocagens
contra a pirolusita e a bureta.
ue
– ad-sempermente
– possam vencer
o Amor, a Paz, a Beleza,
a Justiça e o
Bem.
Que – ad-sempermente
– possamos dizer:
Ensinamento
do 14° Dalai Lama*
É
muito bom recitar o Mantra OM MANI PADME HUM, mas, enquanto se recita,
deve-se pensar nos significados, pois, os significados das seis
sílabas são muitos e vastos.
OM
simboliza o corpo, a fala e o discurso impuros do indivíduo;
ao mesmo tempo ele simboliza a Pureza do Corpo, a Pureza da Fala
e a Pureza da Mente do Buddha.
As
próximas quatro sílabas indicam o Caminho. MANI significa
Jóia, e simboliza o Método, que é a intenção
altruística de se tornar Illuminado, e, portanto, simboliza
Compaixão e Amor.
As
duas sílabas PADME significam Lótus, e simbolizam
a Sabedoria.
A
Pureza deve ser atingida através da unidade indivisível
do Método e da Sabedoria, e que é simbolizada pela
sílaba final HUM, que significa Indivisibilidade.
Assim,
as seis sílabas – OM MANI PADME HUM – significam
que a prática do Caminho leva à transformação
do corpo, da fala e da mente impura na exaltação da
Pureza, que são o Corpo, a Fala e a Mente do Buddha.
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* Jetsun
Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso (nascido Lhamo Döndrub,
em 6 de julho de 1935) é o 14º e atual Dalai Lama, líder
espiritual do Budismo Tibetano. Considerado a reencarnação
do Bodisattva da Compaixão, Tenzin Gyatso é monge
e geshe (doutor) em Filosofia Budista. Em 1989, recebeu
o Nobel da Paz, e, ao longo da sua vida, foi agraciado com mais
de 100 títulos honoris causa.
Tenzin
Gyatso – 14º e atual Dalai Lama
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