uas freiras saíram a pé do convento a ver se
ganhavam uns caraminguás vendendo uns biscoitinhos
de vento. Uma, totalmente emocional, se chamava Irmã
Phyrminna de Winchester, e a outra, inteiramente racional,
Irmã Izzollyna de Aquino.
À
noitinha, quando voltavam para o convento...
Irmã
Phyrminna: — Está ficando escuro e está
ameaçando chover. E nós ainda estamos tão
longe do nosso convento...
Irmã Izzollyna:
— É verdade, Irmã. O pior é
que há um homem que está nos seguindo há
uma meia hora. Você reparou?
Irmã Phyrminna:
— Reparei mais ou menos, mas não quis falar
nada para não preocupá-la. O que será
que ele quer?
Irmã Izzollyna:
— Óbvio que ele quer nos estuprar, Irmã.
Comprar uns biscoitinhos de vento ou pedir a nossa bênção
é que ele não quer. Isto é mais do que
lógico!
Irmã Phyrminna
— Oh, não! Se continuarmos neste ritmo, ele
vai nos alcançar no máximo em 5 minutos. Oh,
céus! Valha-nos São Swithun de Winchester! O
que vamos fazer?
Irmã
Izzollyna: — Irmã, com winchester ou sem
winchester, a única coisa lógica a fazer é
andarmos mais rápido.
Irmã Phyrminna:
— Não está funcionando e estou começando
a ficar com o credo na boca e minhas pernas estão começando
a tremer.
Irmã Izzollyna:
— Claro que não está funcionando e nem
vai funcionar. Ele fez a única coisa lógica que
ele poderia ter feito: começou a andar mais rápido
também. Mas, Irmã, segura as pontas aí
que eu vou dar um jeito lógico nesse imbróglio.
Esse cara vai aprender uma lição.
Irmã Phyrminna:
— Vai? E então, o que devemos fazer? O que
será da nossa honra? Vê se bola logo uma coisa
lógica aí.
Irmã Izzollyna:
— A única coisa lógica que nos resta
fazer é nos separarmos. Você
vai por aquele lado, que é mais iluminado, e eu vou por
este aqui, que é bem mais escuro. Ele não poderá
seguir nós duas ao mesmo tempo. Lógico!
Então, o homem,
malandríssimo, logicamente decidiu seguir a Irmã
Izzollyna, que havia escolhido o caminho mais
escuro. A Irmã Phyrminna ao chegar ao convento
ficou preocupadíssima com o que poderia ter acontecido
à Irmã Izzollyna. Passado um bom tempo, eis que
chega a Irmã Izzollyna. Suadérrima e vermelhíssima,
mas lépida e fagueira.
Irmã Phyrminna:
— Irmã Izzollyna! Graças a Deus e a
São Swithun de Winchester você chegou! Conte-me
o que aconteceu. Conte-me tudo e não me omita nada.
Irmã Izzollyna:
— Aconteceu o lógico. O homem não podia
seguir nós duas ao mesmo tempo; então, ele optou
por me seguir, o que eu já esperava.
Irmã
Phyrminna: — Sim, isto eu já sei; mas o que
aconteceu no meio daquela escuridão?
Irmã Izzollyna:
— O lógico. Eu comecei a correr o mais rápido
que podia, e ele também correu o mais rápido que
ele podia.
Irmã Phyrminna:
— E então?
Irmã Izzollyna:
— Novamente aconteceu o lógico: em pouco tempo,
ele me alcançou.
Irmã Phyrminna:
— Oh, meu Deus! O
que você fez?
Irmã Izzollyna:
— Quando eu fiquei entre a cruz e a caldeirinha, fiz
o lógico: bem rapidinho levantei meu hábito.
Irmã Phyrminna:
— Oh, Irmã Izzollyna! O sagrado hábito?
E o homem? Fez o quê?
Irmã Izzollyna:
— Ele também fez o lógico: mais do que
rapidinho abaixou as calças.
Irmã
Phyrminna: — Oh, não! Mil
vezes não! O que aconteceu depois?
Irmã Izzollyna:
— Não é óbvio, Irmã Phyrminna?
Aconteceu
o que só poderia ter acontecido. Uma freira com o hábito
levantado consegue correr muito mais rápido do que um
homem com as calças abaixadas! Foi assim que eu consegui
me escafeder e chegar aqui incólume e honrada.
Irmã
Phyrminna: — Oh!, irmã! Graças a Deus!
Bendito São Swithun de Winchester! Incólume e
honrada! Mil graças! Se ele tivesse vindo atrás
de mim... Eu nem posso imaginar. Quando me vejo entre o martelo
e a bigorna me dá uma tremedeira nas pernas e eu começo
a fazer xixi. Graças! Mil graças!
Tremedeira
+ Xixi