COMPETIÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Os excessos do sistema de competição e de especialização prematura, sob os falaciosos pretextos de eficiência + eficácia, assassinam o espírito, impossibilitam qualquer vida cultural e chegam a suprimir os progressos das ciências. É preciso, enfim, tendo em vista a realização de uma educação perfeita, desenvolver o espírito crítico na inteligência do jovem. Aprender deve ser um dom inestimável; nunca uma obrigação penosa. [In: Como Vejo o Mundo, de autoria de Albert Einstein.]

 

 

 

 

Todo mundo me ensinou assim:
na vida, é preciso competir,
sempre com eficiência
+ eficácia.
É preciso competir e sempre vencer.
É preciso vencer para enriquecer.
É preciso enriquecer para ser feliz.
É preciso ser feliz para não sofrer.
É preciso nunca parar de competir.
Sempre com eficiência
+ eficácia.

Então, passei a vida competindo,
com todos, e, principalmente, comigo,
sempre buscando novas metas a conquistar.
Nem o Inferno, do Alighieri, foi tão quente!
Meus demônios nunca deixaram de me açular!
E eu, de bom grado, sempre topei o açulamento.
E assim, em algumas coisas, eu venci,
todavia, em diversas eu perdi.
Quando eu vencia, era feliz;
quando eu perdia, era infeliz.
Quando eu era feliz, me alegrava;
quando eu era infeliz, eu sofria.
E, nessa insana competição sem descanso
de
dia e de noite, de noite e de dia,
de 1º de janeiro a 31 de dezembro,
sem exclusão dos anos bissextos

envelheci, infartei e fui para o beleléu.
Como nasci mais ou menos eu morri:
ignorante, egoísta e autocentrado,
avarento, mesquinho e hipotético,
insignificante, ordinário e reles.
Todavia, pelo menos, fiquei rico!
Para mim, o outro era só o outro.
Eu jamais fui categórico, fraterno,
solidário, amoroso e misericordioso.
Baseei minha existência em três lemas:
primeiro – vantagem, a qualquer preço,
segundo – lucro, custe o que custar e
terceiro – que se dane o mundo gemebundo.
Para isso, a quem pude, constrangi:
escravidão, mais-valia e mais-trabalho.
E, de quem pude, à força, arranquei:
sangue, suor, desespero e dolor.
Sempre, em primeiro lugar, eu. Sempre.
Como eu disse: o outro era só o outro.
E assim, reestruturei completamente
o Positivismo, de Auguste Comte, pois,
surgiu na França no início do século XIX,
e está integralmente ultrapassado.
Este é, portanto, o Novo Positivismo:
exclusivamente, viver para si mesmo;
permanentemente, viver às escuras;
o Grande Dia será quando ficarmos ricos; e
sempre ter o lucro por princípio,
sempre ter a vantagem por base,
sempre ter o enriquecimento por fim.

Vivi sem e morri sem .
Morri sem e vivi sem .
Só me alimentei de miragens e ilusões.

 

 

Lema e Regime Positivista
(Auguste Comte foi o criador da palavra altruísmo,
que resume o ideal da sua Religião da Humanidade.)

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Praise God From Whom All Blessings Flow
Composição atribuída a: Thomas Ken
Interpretação: Hillsong Worship

Fonte:

https://coghive.com/from-whom-all-blessings-flow-doxology-hillsong-worship/

Observação:

O Hino Praise God From Whom All Blessings Flow (Louvado Seja Deus de Quem Fluem Todas as Bênçãos) foi originalmente o verso final de três hinos de Thomas Ken (1637 – 1711) – A Morning Hymn, An Evening Hymn e A Midnight Hymn – mas, é mais comumente cantado como um hino em si mesmo. É um pequeno hino de louvor, porém, muitas vezes, é conhecido como Doxologia. Geralmente, é cantado com a melodia Old Hundredth. Admite-se que esta canção esteja associada ao 2º Raio [Illuminação (interior)].

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.newgrounds.com/art/view/aperturejam/zelensky-snap

https://www.newgrounds.com/art/view/aperturejam/zelensky-snap

https://www.deviantart.com/

https://www.maninhobrinquedos.com.br/artigos/educacao/

https://dribbble.com/shots/13396943-Bertrand-Russell

 

Direitos autorais:

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