Como poderá haver comparação entre aquilo que é uma parte insignificante e AQUILO cuja dimensão é ilimitada no [inexistente] espaço-tempo? Como poderá haver comparação entre aquilo que é extremamente imperfeito e AQUILO que [presumidamente] possui a Perfeição Suprema? [Por isto, qualquer coisa que se imagine ou se diga de AQUILO que não sabemos O-QUE-É, mas, que, normalmente, como afirmou Alfarábi, supomos ter uma Perfeição Suprema, essa coisa (imaginada ou dita) será sempre limitada e deformada, e estará circunscrita à nossa cultura, seja ela material, objetiva ou agnóstica, seja ela religiosa, fanático-fideísta ou mesmo Iniciática. Portanto, tentar categorizar AQUILO, seja lá do jeito que for, é, no mínimo, uma perda de tempo. No mínimo! Enfim, parafraseando Voltaire, o nosso desejo de que uma coisa exista e de que seja do jeito que pensamos que seja não faz com ela exista nem que seja como sonhamos que seja. O fato lamentável nisso tudo é que, como desconhecemos como O-QUE-É efetivamente é, vivemos e morremos acreditando prisionalmente em o-que-não-é!] [In: A Cidade Virtuosa, de autoria de Alfarábi.]
Perda de Tempo
O inexistente tempo passa...
O inexistente tempo voa...
Não endurece a argamassa
nem ficamos numa boa!O inexistente tempo passa...
O inexistente tempo voa...
A banana-d'água vira passa,
e não embarcamos na canoa!O inexistente tempo passa...
O inexistente tempo voa...
Um Dia, faremos Boa Massa,
e o Inesperado, enfim, Soa!O inexistente tempo passa...
O inexistente tempo voa...
E o Tempo-Que-Não-Passa,
nos cinge com uma Coroa!O inexistente tempo passa...
O inexistente tempo voa...
E nosso Anjo Solar devassa
o SOM que no Sempre ecoa!
Simbolicamente, para todos nós, sempre foi, é e será assim.
— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é todo-poderoso.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é onividente.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é oniparente.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é onissapiente.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é perfeito em grandeza.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é perfeito em substância.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é perfeito em beleza.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é perfeito em bondade.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é perfeito em misericórdia.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,— Sempre admiti
que AQUILO que não sabemos O-QUE-É
é Perfeição Suprema.
Nunca comprovei, perdi meu tempo,
Quanto maior e mais fanático for o fideísmo, maior e mais tenebrosa será a prisão.
Música de fundo:
Ta Pedia Tou Pirea ()
Composição: Manos HatzidakisFonte:
https://mp3.pm/song/22441366/Manos_Hadjidakis_-_02_ta_pedia_tou_pirea/
Manos Hatzidakis
Páginas da Internet consultadas:
https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/525982-canoa-em-branco
https://medium.com/famous-quotes/few-quotes-from-h-l-mencken-c9132da4138
https://stock.adobe.com/br/search/images?k=voltaire
https://br.pinterest.com/pin/174092341830318211/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mestre_Kame
https://pt.gta5-mods.com/misc/majora-s-mask-moon
https://br.pinterest.com/pin/963911126471295355/
https://www.dreamstime.com/illustration/clock-vector.html
https://wirbel.rs/animated+gif+hourglass
https://pt.123rf.com/clipart-vetores/ajoelhado.html
Direitos autorais:
As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.